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Guias e Dicas
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Sistema Cardiovascular e Respiratório, Notas de estudo de Clínica médica

Clinica ambulatorial na Medicina Veterinária

Tipologia: Notas de estudo

2023

Compartilhado em 07/06/2023

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Bacharelado em Medicina Veterinária – 9º Período
Dielly Veiga Lopes
Karinne Josiely Guida da Silva da Brugnorotto
SISTEMA CARDIOVASCULAR E RESPIRATÓRIO
Redenção-PA
2023
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Bacharelado em Medicina Veterinária – 9º Período Dielly Veiga Lopes Karinne Josiely Guida da Silva da Brugnorotto SISTEMA CARDIOVASCULAR E RESPIRATÓRIO Redenção-PA 2023

Dielly Veiga Lopes Karinne Josiely Guida da Silva Brugnorotto SISTEMA CARDIOVASCULAR E RESPIRATÓRIO Trabalho apresentado como pré-requisito avaliativo na disciplina de Clínica Ambulatorial para obtenção parcial de nota no Curso de Medicina Veterinária da Faculdade Integrada Carajás – FIC. Orientação: Diego Vinicius. Redenção-PA 2023

SISTEMA CARDIOVASCULAR

1. CORAÇÃO

O coração é o órgão central muscular que funciona como uma bomba de sucção pressão: as diferenças de pressão causadas pela sua contração relaxamento determinam a circulação do sangue e da linfa. No animal adulto é constituído por: átrio direito, átrio esquerdo, ventrículo esquerdo, ventrículo direito. O coração é constituído por duas bombas em cada lado dentro de um único órgão. A bomba direita recebe mais sangue e este é desoxigenado e o conduz ao tronco pulmonar, já a bomba esquerda recebe sangue oxigenado e o leva para a artéria aorta, que o distribui para todo o corpo. Em relação ao tamanho, em regra é relativamente maior nas espécies e indivíduos menores. Em geral é considerado cerca de 0,75% do valor corporal, o formato e a posição em geral são semelhantes em todos os mamíferos. 1.1. O PERICÁRDIO E A TOPOGRAFIA DO CORAÇÃO O pericárdio envolve quase completamente o coração e este é essencialmente um saco seroso fechado tão profundamente invaginado pelo coração, as lâminas visceral e parietal do pericárdio prolongam-se entre si em uma reflexão complexa, que se segue os átrios e as raízes dos grandes vasos. Embora o pericárdio se contorça para acomodar a forma variada do coração durante o ciclo cardíaco, seu componente fibroso impede qualquer distensão significativa. Está situado no meio do mediastino do tórax e embora geralmente cônico, apresenta uma certa compressão lateral para adaptar-se á compressão semelhante do tórax da maioria dos quadrúpedes. A incisura cardíaca na borda ventral de cada pulmão permite que o coração tenha um contato restrito com a parede torácica, que normalmente é maior do lado esquerdo, devido a posição assimétrica. 2.1. ANATOMIA GERAL DO CORAÇÃO O tamanho e a anatomia do coração variam de espécie para espécie. O coração é considerado como tendo ápice, base, duas bordas e duas superfícies. O ápice situa- se, centralmente, dorsal ao esterno. A base está orientada dorsalmente, e sua parte mais alta situa-se, aproximadamente, na junção dos terços dorsal e mediano do diâmetro dorsoventral do tórax, ela é formada pelos átrios de paredes finas, que ficam nitidamente separados dos ventrículos por um sulco coronário circundante, que contém os principais troncos dos vasos coronários em um revestimento de tecido adiposo. Os ventrículos constituem uma parte muito maior do coração, que também é muito mais firme devido á maior espessura das paredes. Embora os ventrículos fundam-se externamente, suas extensões separadas são definidas por sulcos rasos que descem em direção ao ápice. A borda direita cranial é convexa e curvada ventral e caudalmente e a maior parte é paralela ao esterno. A borda esquerda caudal é muito mais curta e é, aproximadamente, vertical. As superfícies, atrial (direita, diafragmática) e auricular (esquerda, esternocostal) são convexas e marcadas pelos sulcos que indicam a divisão do coração em quatro câmaras, os dois átrios

dorsalmente e os dois ventrículos ventralmente. Internamente os átrios estão separados pelo septo interatrial. O septo interventricular é a parte que separa os dois ventrículos. O sulco coronário (atrioventricular) indica a divisão entre o átrio e os ventrículos. Ele circunda quase completamente o coração. A linha de separação entre os dois ventrículos é marcada pelo sulco interventricular paraconal e pelo sulco interventricular subsinuoso. O coração ainda possui válvulas cardíacas que são estruturas compostas basicamente de tecido conjuntivo, localizadas na saída de cada uma das câmaras cardíacas, que auxiliam no fluxo unidirecional do sangue. Estão localizadas, mais especificamente, entre os átrios e ventrículos, bem como nas saídas da artéria aorta e artéria pulmonar. Quando o sangue passa pelas válvulas, há o fechamento das mesmas, impedindo o refluxo sanguíneo para a câmara cardíaca anterior, sendo que essa abertura e fechamento são regulados pelas pressões presentes no interior da câmara cardíaca. Existem quatro válvulas cardíacas: a. Mitral ou bicúspide: apresenta dois folhetos. Esta válvula possibilita a fluxo sanguíneo entre átrio e ventrículo esquerdos. b. Tricúspide: apresenta três folhetos e possibilita o fluxo sanguíneo entre átrio e ventrículo direitos. c. Aórtica: está localizada na saída do ventrículo esquerdo para a aorta, possibilitando o fluxo sanguíneo entre a luz dessas duas estruturas. d. Pulmonar: localizada na saída do ventrículo direito para a artéria pulmonar, possibilitando o fluxo sanguíneo entre a luz dessas duas estruturas. O músculo que sustentam as válvulas cardíacas é chamado de papilar, enquanto que as estruturas fibrosas que ligam o folheto valvular ao músculo recebe o nome de cordoalha tendínea (impedem a inversão da válvula). 1.2.1. ÁTRIO DIREITO: Átrio direito forma a parte cranial direita da base do coração e situa-se dorsalmente ao ventrículo direito. Consiste em um seio venoso das cavas, no qual se abrem as veias e uma aurícula. Existem cinco óstios principais no átrio direito. O óstio da veia cava cranial está situado na parte dorsal. O óstio da veia cava caudal está situado na parte caudal. O seio coronário abre-se ventralmente à veia cava caudal. O óstio atrioventricular direito situa-se na parte ventral e conduz ao ventrículo direito. 1.2.2. VENTRÍCULO DIREITO: O ventrículo direito constitui a parte cranial direita da massa ventricular. Ele forma quase toda a borda cranial do coração, mas não alcança o ápice. É algo triangular

As partes atriais e ventriculares do músculo são separadas por um esqueleto fibroso, que é formado principalmente pela conjunção dos anéis que circundam os quatro orifícios cardíacos. O esqueleto fibroso é perfurado para dar passagem ao feixe atrioventricular que conduz o impulso para a contração. A musculatura atrial é fina, já a musculatura ventricular é muito mais espessa também dispõe de feixes superficiais e profundos. Alguns feixes superficiais enrolam-se ao redor de ambas as câmaras, utilizando o septo para completar um trajeto em forma de oito. 3.2. SUPRIMENTO SANGUÍNEO: O coração recebe sangue venoso de três fontes. A veia cava cranial traz sangue da cabeça, pescoço, apêndices torácicos e tórax. A veia cava caudal coleta sangue venoso do abdome, pelve e apêndices pélvicos. O átrio direito recebe sangue venoso proveniente do miocárdio por meio do seio coronário. Quando o sangue retorna ao coração através de veias do corpo, ele entra no átrio direito de onde é impulsionado para dentro do ventrículo direito. É bombeado para os pulmões por meio do tronco pulmonar. As artérias pulmonares cedem gás carbônico e absorvem oxigênio. O sangue oxigenado nos pulmões retorna, por meio das veias pulmonares, ao átrio esquerdo, que o impulsiona para o ventrículo esquerdo. O ventrículo esquerdo bombeia o sangue através da aorta e artérias sistêmicas através dos capilares, e este retorna ao coração pelas veias.

  1. A CIRCULAÇÃO NO FETO E ALTERAÇÕES APÓS O NASCIMENTO A placenta combina as funções que mais serão desempenhadas pelos pulmões, trato digestório e rins, durante a vida fetal. O sangue, portanto é reabastecido com oxigênio suprido com nutrientes e tem os resíduos removidos em sua circulação através da placenta. É conduzido de volta ao feto por duas grandes veias umbilicais que giram no cordão umbilical e unem-se em uma só onde entram o umbigo. A placenta recebe a maior parte do fluxo através da aorta descendente, por meio das artérias umbilicais, estas se ramificam das artérias ilíacas e deixam o feto no umbigo, junto ao ducto alantóico. A corrente sanguínea fetal entra em perfeita posição com a corrente sanguínea materna na placenta, embora a espessura e a permeabilidade da barreira tecidual interposta variem entre as espécies. As alterações que acompanham o nascimento não acontecem imediatamente como muitos acreditam, são necessárias horas ou dias, varia entre as espécies. O fechamento permanente dos canais fetais redundantes requer um tempo muito maior. A parada da circulação placentária pode anteceder ou suceder o início da ventilação pulmonar, de acordo com as circunstâncias do parto. O coto da veia umbilical fora do abdome seca e a parte intra-abdominal transforma-se lentamente nos ligamentos redondos do fígado. As superfícies umbilicais feridas constituem uma entrada potencial para infecção, o ducto alantóico e a veia trombosa sendo vias adequadas para a disseminação.

Anatomia do sistema cardiovascular de um animal, 2023. Anatomia do sistema cardiovascular completa de um animal, 2023.

determinar o sabor dos alimentos na boca por meio da olfação em carnívoros. Em herbívoros ele serve como órgão olfatório acessório. Os seios paranasais são divertículos da cavidade do nariz que adentram os ossos do crânio. Possuem importância desconhecida, porém sabe-se que oferecem certa proteção térmica e mecânica às órbitas nasal e cranial, afetam a voz a aumentam as áreas para inserção muscular sem aumentar o peso. A cavidade nasal possui função olfativa, umidificação e limpeza do ar. O ar, ao ser inalado, passa sobre a mucosa vascular e é umidificado por secreções serosas e vaporização das lágrimas, logo em seguida é limpo por entrar em contato com glândulas mucosas. O muco resultante é deglutido. 2.3. FARINGE A faringe é um órgão de dupla função, onde concentrará esforços no encaminhamento de alimento para o tubo digestório e ar para o respiratório. Primordialmente é constituído por um mecanismo valvular, composto por músculos, ossos e cartilagens. A faringe possui três porções: nasofaringe (responsável pela passagem exclusiva de ar); orofaringe (responsável pela passagem facultativa de ar e alimento) e laringo- faringe (ponto de encontro entre os dois sistemas). A nasofaringe apresenta no seu teto, as tonsilas faríngeas e um óstio faríngeo da tuba auditiva, onde a pressão atmosférica poderá entrar em equilíbrio entre orelha média e ambiente externo, evitando rupturas do tímpano. 2.4. LARINGE A laringe é um órgão cartilaginoso que tem como função fazer a ligação entre a faringe e a traquéia. Situa-se abaixo da faringe e pode ser usada para fonação. O formato da cartilagem e algumas estruturas menores podem mudar de espécie para espécie. Esse órgão é formado por quatro tipos de cartilagem: Cartilagem epiglótica- é predominantemente rostral, composta de cartilagem elástica e flexível, ela pode se inclinar para proteger a entrada da laringe durante a deglutição; Cartilagem tireóidea- é maior dentre os quatro tipos, forma a maior parte do assoalho da laringe, sua parte mais rostral corresponde ao “pomo de Adão”, é hialina e susceptível a alterações da idade; Cartilagem cricóide- também é hialina e sujeita a alterações da idade, ela consiste de uma lâmina e um arco; Cartilagem aritenóide- possui formato irregular, é predominantemente hialina, mas possui processo corniculado elástico. Alguns animais possuem ainda cartilagens corniculadas, exceto os gatos, e cuneiforme, presentes apenas em cães e equinos. 2.5. TRAQUÉIA A traquéia é constituída por um tubo com anéis cartilaginosos. Ela faz a condução do ar entre a laringe e os bronquíolos nos pulmões. Esse órgão termina por bifurcar-se

em dois brônquios, sendo um direito e um esquerdo, que penetram nos pulmões ramificando-se. É composto por anéis cartilaginosos para evitar dobras na via aérea traqueal devido à esforços do animal. Esses anéis são gradualmente substituídos ao longo do percurso por placas irregulares de tamanho menor. A parede da traquéia é composta de mucosa interna, camada média fibrocartilagínea e camada adventícia. Possui glândulas mucosas que produzem uma camada protetora. O muco resultante é deglutido. 2.5.1. BRÔNQUIOS: são em número de dois brônquios principais, um direito e outro esquerdo. Ruminantes e suínos apresentam um brônquio acessório mais cranial, chamado brônquio traqueal. O brônquio traqueal vai para o pulmão direito, sendo ausente no pulmão esquerdo. Os brônquios são constituídos de anéis cartilaginosos assim como a traquéia.

  1. PORÇÃO RESPIRATÓRIA (TROCA GASOSA) 3.1. PULMÃO São em número de dois, cada um é invaginado por um saco pleural e unidos pela raiz ao mediastino. É um órgão cônico que se apoia contra o lado cranial do diafragma. O pulmão direito é mais lobado e maior que o esquerdo, devido ao fato do coração estar ligeiramente inclinado à esquerda. A inspiração se dá por controle voluntário e involuntário. Os músculos intercostais externos atuam na inspiração, músculos abdominais e intercostais internos agem na expiração. O diafragma é uma lâmina músculo tendínea em forma de cúpula inervado pelo nervo frênico, ele é o principal musculo respiratório. 3.1.1. VARIAÇÕES ANATÔMICAS A lobação pulmonar pode variar entre as espécies de animais. a. Em ruminantes: o pulmão esquerdo é dividido em lobos cranial e caudal, o pulmão direito é dividido em 4 lobos: lobos cranial, caudal, médio e acessório. Presença do brônquio traqueal; b. Em suínos: o pulmão esquerdo é dividido em lobos cranial e caudal, o pulmão direito é dividido em 4 lobos: lobos cranial, caudal, médio e acessório. No pulmão direito o lobo cranial possui porção cranial e caudal. Presença do brônquio traqueal; c. Em equinos: pulmão direito com lobos cranial e caudal com lobo acessório e pulmão esquerdo com lobos cranial e caudal; d. Em carnívoros: o pulmão esquerdo é dividido em lobos cranial e caudal, o pulmão direito é dividido em 4 lobos: lobos cranial, caudal, médio e acessório. No pulmão direito o lobo cranial possui porção cranial e caudal.

Sistema respiratório canino, 2023. Sistema respiratório equino, 2023.

REFERÊNCIAS

Sisson & Grossman: Anatomia dos animais domésticos / Robert Getty; [tradução Alzido de Oliveira... et al.]. – [reimpr.] – Rio de Janeiro: Guanaba Koogan,

  1. Acessado em: 20 de mar. 2023. Horst Erich Konig, Hans-Georg Liebich / Anatomia dos animais domésticos - tradução: Régis Pizzato; revisão técnica: José Manoel dos Santos; consultoria em nomenclatura anatômica: Luciana Silveira Flôres Schoenau. – 4. Ed.
  • Porto Alegre: Artmed, 2011. Acessado em: 20 de mar. 2023. Dyce, Sack and Wensing; Textbook of Veterinary Anatomy, second edition, 1996 W.B.Saunders Company-Philadelphia. Acessado em: 20 de mar. 2023. Liebch, Hans-georg; Horst Erich König; Anatomia dos Animais Domésticos - Textos e Atlas Colorido, quarta edição, 2011, Artmed. Acessado em: 20 de mar. 2023. Sisson - Grossman - Getty; Anatomia dos Animais Domésticos volume 1, quinta edição 1986, Guanabara Koogan. Acessado em: 20 de mar. 2023.