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A síndrome hellp é uma complicação obstétrica rara e perigosa, que coloca em risco tanto a vida da mãe quanto da criança. Apesar de afetar apenas 0,1 a 0,6% das gestações, sua importância na sociedade é significativa devido à dificuldade de diagnóstico que impede o tratamento de ser iniciado a tempo. Saiba mais sobre o que é a síndrome hellp, suas causas, sintomas, riscos e como evitá-la.
Tipologia: Notas de estudo
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Gravidez 16 de abril de 2022
A síndrome Hellp é uma das complicações obstétricas mais temidas e perigosas, colocando em risco tanto a vida da mãe quanto a do bebê. Apesar de ser rara, afetando apenas 0,1 a 0,6% das gestações, a síndrome tem um impacto considerável na sociedade, por ter um diagnóstico muito difícil que impede o tratamento de ser iniciado na hora certa. Mas afinal, o que é a síndrome Hellp? O que causa essa doença? O que pode ser feito para evitá-la? Vamos explicar tudo isso aqui no post! Confira!
A síndrome Hellp é uma doença hipertensiva da gestação, assim como a pré-eclâmpsia, a eclâmpisa e a hipertensão gestacional. O nome Hellp é uma abreviação das alterações laboratoriais mais característicos da síndrome, em inglês: H: anemia hemolítica (hemolytic anemia); EL: aumento das enzimas hepáticas (elevated liver enzymes); LP: baixa contagem de plaquetas (low platelet count).
Infelizmente, não há uma causa conhecida para a síndrome Hellp, mas, basicamente, trata-se de uma má adaptação do organismo materno à gravidez, que ativa fatores imunes e provoca alterações microvasculares e lesões celulares.
É muito comum que a mulher com a síndrome Hellp não apresente qualquer queixa e acredite que a gravidez está indo bem, mas algumas alterações podem ser encontradas: aumento da pressão arterial acima de 140 x 90 mmHg; inchaço; proteinúria (perda de proteínas na urina); dor na região do estômago e do fígado; dor de cabeça; náuseas e vômitos; mal estar generalizado; hemorragias; alterações na visão; falta de ar; desidratação; icterícia; alterações laboratoriais típicas de Hellp (anemia hemolítica, baixa de plaquetas e aumento das enzimas hepáticas).
A síndrome Hellp pode ser considerada uma complicação da pré-eclâmpsia, então para desenvolver a síndrome, a mulher já tem que apresentar os sinais e sintomas da pré-eclâmpsia (aumento da pressão arterial após 20 semanas de gestação e proteinúria). Além disso, mulheres que já apresentam doenças do coração, dos rins, diabetes ou lúpus, mulheres com mais de 34 anos, mulheres que já tiveram outros filhos e mulheres de descendência europeia, parecem ter uma chance maior de desenvolver síndrome Hellp.
Estima-se que a síndrome Hellp afeta 0,1 a 0,6% das gestantes, sendo considerada um evento raro. Mas, dentre as gestantes com pré- eclâmpsia, até 12% vai evoluir com Hellp.
Tipicamente, os sintomas de Hellp surgem entre 27 semanas de gestação e o parto. Em alguns casos, no entanto, os sintomas ocorrem após o nascimento do bebê, geralmente na primeira semana do puerpério.
No caso da síndrome Hellp, o que vale são os achados laboratoriais. Assim, mesmo que a gestante não esteja sentindo qualquer sintoma, se o exame de sangue mostrar sinais de anemia hemolítica, baixa de plaquetas ou elevação de enzimas hepáticas, o diagnóstico é certo e o tratamento deve ser iniciado imediatamente. Dessa forma, toda mulher que apresenta elevação da pressão arterial durante a gravidez deve realizar exames de sangue e de urina para investigar a presença de síndrome Hellp.
Sim. Como há alterações no sangue, as consequências são vistas por todo corpo. Sem tratamento a gestante poderá desenvolver edema agudo do pulmão, falência cardíaca, insuficiência renal, hemorragias de difícil controle e ruptura do fígado em casos muito graves, podendo levar ao óbito. Se o corpo da mulher apresenta essas alterações, o bebê também pode entrar em sofrimento, apresentando sequelas ao nascimento ou óbito, quando não há tratamento adequado.
Uma parte do tratamento tem como objetivo estabilizar a gestante, repondo fluidos e componentes sanguíneos, reduzindo sua pressão arterial e iniciando uma medicação que previne convulsões. Mas a única forma de tratar realmente a síndrome é interromper a gestação para permitir que o corpo da mulher se recupere. Nesse caso, a idade gestacional do bebê não será levada em consideração se a vida da mãe estiver em risco ou se o bebê já está demonstrando sinais de sofrimento. Se a mulher não apresenta sintomas, está estável, os exames laboratoriais estão apenas moderadamente alterados e a gestação já estava mais próxima do fim, é possível realizar um tratamento de dois dias com corticoides para amadurecer o pulmão do bebê e esperar mais alguns dias para aumentar a chance de sobrevivência dele. De qualquer forma, a gravidez nunca passará de 34 semanas, já que a partir daí os riscos superam os benefícios.
Depende. Se a gravidez já está mais no final, a mãe e o bebê estão estáveis e o trabalho de parto evolui rápido é possível realizar o parto vaginal, mas na maioria dos casos é realizada uma cesariana.
Depende da idade gestacional. Se a gravidez ainda estava bem no início, com menos de 24 semanas, considera-se que a mulher está sofrendo um aborto e que o feto não tem chance de sobreviver. Em gestações com mais de 28 semanas, em geral, há uma boa chance do bebê sobreviver, se o nascimento ocorrer em um hospital com UTI neonatal e uma equipe capacitada para lidar com bebês tão prematuros. Entre 24 e 28 semanas, depende do estado clínico da mulher, da possibilidade de realização do tratamento com corticoides e do protocolo de cada hospital.
Sim. Mulheres que já tiveram síndrome Hellp têm uma chance maior de ter a doença de novo que mulheres que nunca tiveram essa alteração na gravidez. A taxa de recorrência nas gestações seguintes varia ente 2 e 27% e está associada a um maior risco de pré-eclâmpsia, hipertensão gestacional, crescimento intrauterino reduzido, descolamento de placenta e parto prematuro.
Não há nada a ser feito para a prevenção da síndrome Hellp especificamente. As medidas de prevenção são as mesmas para qualquer doença da gestação: realizar um pré-natal adequado, seguir todas as orientações do médico e buscar o serviço médico caso surja qualquer sintoma de Hellp. Só dessa forma a síndrome Hellp pode ser diagnosticada e tratada precocemente, melhorando a chance de tudo dar certo tanto para a mãe quanto para o bebê. Já entendeu tudo sobre a síndrome Hellp? Assine a nossa newsletter e não perca as próximas postagens do blog! Categorias: Gravidez , Saúde na gravidez
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(CRM: 5279398-1) Residência Médica em Ultrassonografia Obstétrica e Geral; Ginecologia Infanto Puberal (criança e adolescente); Atua como ginecologista obstetra há 12 anos.
A CordVida produz o conteúdo desse blog com muito carinho e com o objetivo de divulgar informações relevantes para as futuras mães e pais sobre assuntos que rondam o universo da gravidez. Todos os artigos são constituídos por informações de caráter geral, experiências de outros pais, opiniões médicas e por nosso conhecimento científico de temas relacionados às células-tronco. Os dados e estudos mencionados nos artigos são suportados por referências bibliográficas públicas. A CordVida não tem como objetivo a divulgação de um blog exaustivo e completo que faça recomendações médicas. O juízo de valor final sobre os temas levantados nesse blog deve ser estabelecido por você em conjunto com seus médicos e especialistas. Responsável Técnica da CordVida - Dra. Roberta Pasianotto Costa Trofo - CRM 98.256/SP - RQE 90157
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