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Esta revisão bibliográfica em intuito de apresentar e esclarecer fatores relacionados à Síndrome de Cushing em Felinos
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
DALLE CORT, Alexandra Lana^1 BARBOSA, Rogério Luís^2 FRANÇA, Moana Rodrigues^3
RESUMO: O hiperadrenocorticismo é definido como superfuncionamento das glândulas adrenais, estas localizadas cada uma na parte cranial dos rins. A adrenal é responsável pela secreção de hormônios importantes para a homeostase do organismo, entre eles o glicocorticoide, este hormônio é produzido no córtex adrenal e se excretado em excesso pode provocar vários danos aos animais afetados. Neste artigo será abordada sua patogenia, sinais clinicos, diagnóstico e tratamento.
Palavras-chave: Hiperadrenocorticismo. Felino. Iatrogênica. Tumoral.
1 INTRODUÇÃO
O hiperadrenocorticismo, também conhecido por síndrome de Cushing se caracteriza por um conjunto de anomalias causadas pela excreção excessiva de cortisol pelas adrenais (KHAN, 2017). Pode ocorrer de duas formas, a iatrogênica que é relacionada diretamente com a diabetes, ocorre quando o animal recebe doses de glicocorticoides como suplementação e a espontânea ou natural que ocorre de forma hipófise-dependente (80% dos casos) ou como consequência de um tumor adrenocortical (20% dos casos). O hiperfuncionamento da adrenal e ou da hipófise irá levar a uma hiperplasia bilateral das glândulas adrenais (JERICÓ, 2017). Adenomas e carcinomas também podem levar a ocorrência do hiperadrenocorticismo, levando uma maior liberação de hormônios do tipo glicocorticoides e mineralocorticoides (JERICÓ, 2017). Esta revisão bibliográfica tem como objetivo a apresentação das características de uma patologia raramente encontrada no dia a dia clínico.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 FISIOPATOLOGIA
(^1) Acadêmica do 6º período de Medicina Veterinária do Centro Universitário Campo Real. (^2) Acadêmico do 6º período de Medicina Veterinária do Centro Universitário Campo Real. (^3) Doutora em Ciências, Centro Universitário Campo Real, prof_moanafranca@camporeal.edu.br
Sabe-se que o sistema nervoso central irá estimular o hipotálamo a secretar o hormônio liberador de corticotrofina (CRH), com isso a hipófise liberara rá o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) no sangue, este irá agir diretamente no córtex da adrenal levando a glândula a secretar cortisol na corrente sanguínea. O cortisol chegará ao hipotálamo e através do feedback negativo o hipotálamo diminuirá a secreção de CRH (ETTINGER, 2016). No caso do hiperadrenocorticismo como ocorre uma superestimulação da adrenal esta relação de homeostase é quebrada levando a uma produção excessiva de cortisol (ETTINGER, 2016).
2.2 SINAIS CLÍNICOS
Esta patologia afeta animais de mais ou menos 10 anos de idade, não tem pré-disposição racial nem sexual, está associada com os seguintes sinais: polidipsia, poliuria, polifagia e abdômen abaulado. Animais com estágio avançado desta patologia poderão apresentar ainda, ganho de peso, atrofia muscular, fragilidade cutânea e perda de pelos (LITTLE, 2017). Em animais que apresentam diabetes mellitus o emagrecimento é comumente observado, pois, o animal não conseguirá utilizar a insulina para carrear a energia fornecida através da dieta com isso o organismo tende a utilizar as reservas energéticas (LITTLE, 2017).
2.3 DIAGNÓSTICO
No exame laboratorial há elevação da enzima aminotransferase e em 20% dos animais acometidos a enzima fosfatase alcalina também demonstra o valor acima do normal. Pode haver também uma hipercolesterolmia, glicosúria e hiperglicemia. Os leucócitos se encontram normalmente abaixo do valor de referencia (JERICÓ, 2017) Há varias técnicas para a obtenção do diagnóstico do hiperadrenocorticismo, entre elas estão: teste de estimulação com hormônio adrenocorticotrófico, relação cortisol-creatinina urinária, teste de supressão com dexametasona em dose baixa,
O prognóstico desta patologia é considerado de reservado a grave, a fragilidade excessiva da pele e os problemas cardíacos que podem ser desenvolvidos por conta do aumento do cortisol irão levar a morte dos animais acometidos (ETTINGER, 2016). A terapia clinica pode ter pouco sucesso assim como o tratamento cirúrgico, os gatos avaliados que sobreviveram a esta doença foram os submetidos a adrenoma adrenocortical ou o carcinoma removidos cirurgicamente, durante o pós operatório pode ocorrer a síndrome addisonianas que leva o animal à morte (ETTINGER, 2016). O hiperadrenocoticismo se trata de uma doença rara e de difícil tratamento, com isso conclui-se que o prognóstico é muito ruim e dificilmente algum tratamento irá surtir efeito considerando o grau em que o animal chegará a clínica.
4 REFERÊNCIAS
ETTINGER, Stephen J.; FELDMAN, Edward C. Tratado de medicina interna veterinária: doenças do cão e do gato. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
JERICÓ, Márcia Marques; ANDRADE NETO, João Pedro de; KOGIKA, Márcia Mery. Tratado de medicina interna de cães e gatos. Rio de Janeiro: Roca, 2017. 2 v.
KHAN, Ciynthia M. (ed.). Manual Merck de veterinária. 10. ed. São Paulo: Roca,
LITTLE, Susan E. August medicina interna de felinos. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. 829 p.