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Síndrome de Burnout, Análise de sintomas e tratamento_ PV Grossi_ Série Contemporânea, Resumos de Ciências da Saúde

Psicoterapia, Psicanálise, Comportamento, Saúde mental, Trabalho, Burnout, PV Grossi

Tipologia: Resumos

2024

Compartilhado em 28/03/2025

pv-grossi
pv-grossi 🇧🇷

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Baixe Síndrome de Burnout, Análise de sintomas e tratamento_ PV Grossi_ Série Contemporânea e outras Resumos em PDF para Ciências da Saúde, somente na Docsity!

Síndrome de Burnout!

Análise de sintomas e tratamento

Uma obra de PV Grossi

GROSSI, PV (1985)

Síndrome de Burnout! Análise de sintomas e tratamento / PV Grossi. Ilustrações de Marília Veloso. — Rio de Janeiro: Editorial Presente,

1.Psicoterapia. 2.Psicanálise. 3.Comportamento. 4 .Saúde mental. 5 .Trabalho. 6 .Burnout I.Título II. Série

Índice dos temas.

  • Aviso de Burnout!
  • A linguagem determina o cérebro!
  • Vamos aqui responder algumas perguntas
  • O Ser Humano é feito para se movimentar
  • Um lugar para a desajustada família Burnout!
  • O cotidiano de uma pilha de nervos!
  • Na luta contra a ansiedade
  • terapia O paciente é mais que alguém quando aceita a
  • Um último capítulo, mais filosófico
  • Referências bibliográficas

“Ah sim, pode esclarecer melhor? Eu fiquei interessado, quer dizer, me vi em alguns desses sintomas.” Sim, então vamos do zero, realmente são diversos sintomas, mas esse é o intuito deste estudo! A Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional foi pela primeira vez descrita pelo psicanalista norte-americano Herbert J. Freudenberger em meados dos anos 70, segundo suas percepções com o que acontecia na área da Saúde, deste então tem sido vista cada vez mais na sociedade. Esse conceito de “combustão completa” se refere especificamente a fenômenos no contexto ocupacional e não deve ser aplicado para descrever experiências em outras áreas da vida. Atualmente, a OMS oficializou o Burnout como uma doença ocupacional, incluindo esta na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-11) Estamos falando de algo totalmente pareado ao nossos tempo!

Seus fatores influenciam o estado físico e mental dos trabalhadores de forma significativa. Os profissionais dos serviços de Saúde sem dúvida são dos que mais sofrem com a síndrome, assim como os professores. Isso mesmo! Devido a alta exposição, todas essas áreas estão no nível crítico, e não só elas, policiais, empresários e muito mais. Veremos mais sobre isso no decorrer do livro. Compartilhamos a mesma definição apresentada na CID- 11. Só para vocês terem uma ideia do que está descrito ali, “Burnout é uma síndrome conceituada como resultante do estresse crônico no local de trabalho que não foi gerenciado com sucesso. É caracterizada por três dimensões:

  1. Sentimentos de exaustão ou esgotamento de energia;
  2. Aumento do distanciamento mental do próprio trabalho, ou sentimentos de negativismo ou cinismo relacionados ao próprio trabalho;
  3. Redução da eficácia profissional.

vulneram as defesas orgânicas e que, por efeito cumulativo, terminam por vencê-las, deflagrando o processo mórbido. Agora temos uma compreensão geral do tema a partir dessa exposição, mas será que para por aí? Dificilmente, estamos falando de pessoas, dos corpos e mentes de Seres Humanos, poderia ser qualquer um de nós. Todos esses reflexos são duradouros, isso é preocupante, pode-se dizer que realmente muda tudo. Não é como trocar uma peça, reorganizar a vida desses trabalhadores demanda tempo, não é como colocar um curativo e sair andando, não vai adiantar. A seguir passaremos por mais dilemas e as consequências do Burnout. Você precisa saber mais sobre tudo isso!

Capítulo Um. A linguagem determina o cérebro! Começar por aí vai ajudar muito, fiquem por aqui e veremos como tudo isso se encaixa. Não tem mistério. É preciso compreender-se a si próprio, ou melhor dizendo, falar consigo mesmo! O indivíduo que percebe o seu sofrimento deve buscar acompanhamento, análise, que é para se entender, se envolver no processo da solução dos seus problemas; a partir de toda essa análise metódica, o profissional pode fazer a nomeação das causas antes de seu agravamento, antes que se torne uma condição limitante ao seu bem-estar. Sofrer é experiência, sofrer está no código da Vida, isso não deve ser surpresa, porém é bom saber lidar com o sofrimento, as frustrações que invariavelmente vão ocorrer; lidar com isso ajuda no seu desenvolvimento pessoal e é plausível, bem normal, superável. Há

contar o que se passa no seu íntimo, manifestar ao máximo o que cada um tem a dizer, a sua biografia, porque ela vale a pena ser contada. O enfrentamento dos sintomas e dos transtornos causados pelo Burnout é um dos papéis do psicoterapeuta, diminuindo assim o escape impensado por via dos fármacos. A facilidade dos remédios não vai curar a raiz que é mental. Quem sabe te afasta um pouco do tema, porém o inconsciente é tenaz, as situações voltam uma hora ou outra, e pode ser que te surpreenda sem as defesas apropriadas. Não é só de remédios que se mantém um ser vivo, a mente demanda cuidados, estímulos. A mente precisa de um comando são. Tem que ser você ali na direção, não te faz bem deixar sua mente tempo demais no piloto automático! A psicoterapia vai te ajudar a encontrar uma solução mais adequada para esse seu lado, a sua vida psíquica, para o entendimento cotidiano da Existência. O lado mental reflete no lado físico e vice-versa. Não tem como negar um ao outro.

“E como o Burnout faz isso, quais seus meios, queremos fugir dele!” A síndrome, nos diz Dunker (2 0 24) “é um conjunto de sinais que se apresentam em copresença mas que não tem uma ordem precisa, nem exige a efetividade de todos esses sinais para caracterizar um quadro. Essa determinação porém não define um quadro.” Sendo assim, vai depender do quanto tempo afeta o paciente. Fazendo um paralelo com o que acontece com o fenômeno do Burnout, é a pessoa se queimando, seus recursos internos sendo consumidos, como se deixasse um grande vazio interior, uma desolação depois do incêndio. Ao equiparar com a imagem de um fogo que consome de dentro para fora, o final seria a fatídica exaustão do consumo por esse queimar-se de dentro de si. Mas alguém lá quer ser reduzido a pó? Não! É preciso parar em um ponto, será mais dispendioso tratar depois do colapso, isso serve para qualquer um. É a pausa necessária, popularmente

“Ah, eu já tive isso, você sente uma derrota, uma desesperança, já teve isso, por acaso? Não sei... uma culpa, como que um não merecimento. Me sintia estranho, tipo um impostor mesmo. Olha, eu nem via horizonte! É complicado demais.” Esse sentimento de incompetência do depoimento acima reflete uma lógica corroída de seu valor, valor às vezes agregado, isso porque nem todos estarão no topo, mas não quer dizer que cada nível não tenha sua importância, especificidade. É algo do Burnout falando alto! As empresas sabem disso, tanto que elas induzem os empregados a um patamar irreal, não querem uma pessoa ali, no máximo uma pseudomáquina humana! Quem sabe agem assim por falta de haver uma máquina que realmente exerça o trabalho e a lógica do Homem; como não há uma dessas no mercado, sacrificam quem está ali.

E mais: essa mudança repentina de humor força as pessoas a serem voláteis demais, para se adequar às demandas das empresas, isso se reflete em seus padrões emotivos. Você acaba transferindo o automatismo para o âmbito pessoal. Como o funcionário desestabilizado consegue, ele tem que dar um jeito e ponto? Calma aí!! Estamos falando de você, você atingido pela exaustão! Essa imprevisibilidade, essas reações desproporcionadas, a hipervalorização de certos elementos ou situações, um desequilíbrio entre afetos, sentimentos, tem empresas que os funcionários não podem nem ser amigos. Não acham isso abusivo? Pelo visto custa muito cair nessa do Burnout! Achou pouco? Vamos estender a lista e pesar bem se isso não é horrível para sua mente, para o seu corpo.

adoecimento mental, algo que se refere a essa variação no interior do curso da sua vida. São questões que atestam que o indivíduo, que você foi o premiado, você foi pego na queima que é o Burnout, o esgotamento que ninguém quer! “Tire a estafa do seu dicionário pessoal agora mesmo!” No âmbito do Burnout, verificamos o indivíduo externando a própria vulnerabilidade já existente e exacerbada pelo cansaço devido às condições mais adversas. Então como se precaver ou mudar um pouco esse contexto? Você precisa de um tempo. É aquilo, não há tempo perdido, o ócio é parte fundamental do dia a dia das pessoas, é a recomposição natural da saúde mental, o estímulo criativo quer para o lúdico ou as interações sociais. É preciso o intervalo, o respiro. O corpo responderá com suas ações!

Todas essas serão estratégias saudáveis de enfrentamento dos danos do estresse que a síndrome acarreta. É preciso tempo para a recuperação desses indivíduos que viveram uma realidade de dedicação quase plena ao trabalho. Falamos em quase porque ninguém consegue isso, mesmo que tentasse nunca poderia se dar ao máximo para o trabalho! Definir e correlacionar a palavra estafa no seu dicionário pessoal não é legal, é hora de riscar isso! O que é então qualidade de vida, segundo cada um? Seria a ideia de que é preciso organizar a própria existência, reconhecer seu limite, olhar os problemas em todas as suas dimensões? Somente a pessoa poderia dizer, explicar o que se passa em sua cabeça? O que vocês acham? Uma coisa é certa, Burnout causa mal-estar, há essa perda da nomeação do sofrimento na forma do conhecido “não sei o que está acontecendo comigo”. Há também uma perda de satisfações, de autoestima e níveis elevados de desilusão, gerando assim o grande prejuízo que é o desgaste psíquico. A questão é que esse desgaste psíquico pode