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sinais e sintomas em cardiologia | hu usp, Notas de estudo de Cardiologia

Às vezes, a dispnéia é provocada por atividades que exigem mínimos esforços, como o ato de falar mais alto e mais depressa. Page 12. A dispnéia de decúbito é a ...

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Botafogo
Botafogo 🇧🇷

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SINAIS E SINTOMAS EM
CARDIOLOGIA
FISIOTERAPIA FMRP-USP
PAULO EVORA
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SINAIS E SINTOMAS EM

CARDIOLOGIA

FISIOTERAPIA – FMRP-USP

PAULO EVORA

SINAIS E SINTOMAS EM

CARDIOLOGIA

 DISPNÉIA

 EDEMA

 CIANOSE

 SÍNCOPE

 PALPITAÇÕES

 DOR TORÁCICA

DISPNÉIA

 Conceito: É a consciência da necessidade de

um esforço respiratório aumentado.

 Na linguagem dos pacientes a dispnéia recebe

a designação de "cansaço", "canseira", "falta de

ar", "fôlego curto", "fadiga" ou "respiração

difícil".

 Diferenciar dispnéia de astenia e de

fatigabilidade, pois algumas expressões usadas

pelos pacientes podem causar confusão.

Mecanismos da dispnéia

O aparelho ventilatório normalmente deve ter :

 Eficiente comando nervoso pelos centros respiratórios e quimioreceptores centrais e periféricos.

 Adequada resposta dos músculos respiratórios aos comandos nervosos.

 Boa complacência pulmonar.

 Ampla permeabilidade das vias aéreas.

A anormalidade de um ou mais destes setores pode levar à dispnéia.

Em qualquer hipótese, a dispnéia é caracterizada por uma ativação excessiva ou anormal dos centros respiratórios no tronco cerebral. Esta ativação ocorre através das seguintes vias e estruturas :

 Receptores intratorácicos, via vago.

 Nervos somáticos aferentes (musculatura torácica e parede torácica).

 Quimioreceptores no cérebro, corpos carotídeos e aórticos.

 Centros corticais superiores.

 Fibras aferentes no nervo frênico.

Etiologia

A dispnéia pode ser atribuída a causas :

 Pulmonares

 Cardíacas

 Metabólicas (acidoses diabética e urêmica)

 Condições que alteram a ventilação

(gravidez, obesidade, anemia, ascite).

 Psíquicas (dispnéia suspirosa).

A dispnéia no cardiopata indica uma congestão pulmonar decorrente da insuficiência ventricular esquerda, apresentando características próprias quanto à duração, evolução, relação com esforço e posição adotada pelo paciente, que permitem reconhecer os seguintes tipos:

 dispnéia de esforço  dispnéia de decúbito  dispnéia paroxística

A dispnéia de esforço é o tipo mais comum na insuficiência ventricular esquerda. A análise da relação com esforços deve levar em conta, em primeiro lugar, as atividades habituais exercidas pelo paciente. Isto porque, para um trabalhador braçal, exercício pesado é algo diferente do que é entendido por uma pessoa de vida sedentária.

De conformidade com o tipo de exercício, é

classificada em dispnéia aos grandes, médios e

pequenos esforços.

Quando um cardiopata relata dispnéia aos grandes esforços, significa que passou a ter dificuldade respiratória ao executar uma atividade anteriormente feita sem qualquer desconforto. Por exemplo, escadas que eram galgadas sem problemas passam a provocar falta de ar. Não consegue andar depressa, subir uma rampa, executar trabalhos costumeiros ou praticar um esporte para o qual estava treinado. A dispnéia aos médios esforços é a que surge durante a realização de exercícios físicos de intensidade mediana, tais como andar em local plano a passo normal ou subir alguns degraus, mesmo devagar. A dispnéia aos pequenos esforços é a que ocorre ao fazer exercícios leves, como tomar banho, trocar de roupa, mudar de posição na cama. Às vezes, a dispnéia é provocada por atividades que exigem mínimos esforços, como o ato de falar mais alto e mais depressa.

A dispnéia paroxística ocorre com mais freqüência à noite, justificando, por isso, a clássica denominação de dispnéia paroxística noturna.

Sua característica principal consiste no fato de o paciente poder dormir algumas horas, acordando de madrugada, com intensa falta de ar, acompanhada de sufocação, tosse seca e opressão torácica, que o obriga a sentar-se na beira da cama ou levantar-se. Durante a crise dispnêica pode haver broncoespasmo, responsável pelo aparecimento de chiadeira cuja causa é a congestão da mucosa brônquica. Nestas condições recebe a denominação de asma cardíaca. Nas crises mais graves, além da intensa dispnéia, surge tosse com expectoração espumosa, branca ou rósea, cianose, respiração ruidosa pela presença de sibilos e estertores finos. Este conjunto de sintomas caracteriza o edema agudo de pulmão, a condição mais grave da congestão pulmonar, que põe em risco a vida do paciente. Os pacientes que apresentam falência ventricular esquerda aguda, conseqüência de crise hipertensiva ou de infarto do miocárdio ou que têm uma obstrução a nível da valva mitral - estenose mitral - são os mais propensos a desenvolverem o quadro de edema agudo de pulmão.

EDEMA

EDEMA

As expressões "inchaço" e "inchume" são as mais usadas pelos pacientes para relatar este sintoma. No edema da

insuficiência cardíaca o acúmulo de líquido

pode ocorrer com aumento de até 10% do peso corporal total, sem que apareçam sinais evidentes de edema. Aliás, aumento brusco do peso corporal permite suspeitar de retenção líquida, antes de o edema tornar-se clinicamente detectável.

EDEMA

Localiza-se primeiramente no membros inferiores, pela ação da gravidade, iniciando-se em torno dos maléolos. À medida que vai progredindo, atinge as pernas e as coxas. Por influência da gravidade, o edema cardíaco aumenta com o decorrer do dia, atingindo máxima intensidade à tarde; daí a denominação de edema maleolar vespertino. Diminui ou desaparece com o repouso noturno. Com o agravamento da função do ventrículo direito o edema atinge o corpo todo, inclusive o rosto, quando recebe a denominação anasarca. Nos pacientes que permanecem acamados, o edema localiza- se predominantemente nas regiões sacral, glútea, perineal e parede abdominal.

SÍNDROME DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

CONGESTIVA

 DISPNÉIA: de esforço, progressiva, de decúbito, ortopnéia,

trepopnéia, asma cardíaca, edema agudo do pulmão.

 EDEMA: inicia-se nos pés e progride para cima, pode haver

ascite e derrame pleural.

 CIANOSE MISTA: Central e periférica.

 ALTERAÇÕES URINÁRIAS: oligúria, nictúria.

 ALTERAÇÕES DIGESTIVAS: Anorexia, desconforto no

epigástrio.

 ALTERAÇÕES PSICONEUROLÓGICAS: Atividade mental

diminuída, coma.

 ALTERAÇÕES CARDÍACAS E VASCULARES: Palpitações por

arritmias.

CIANOSE