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Dendrologia é a parte da Silvicultura que inclui os estudos morfológicos, anatômicos, fisiológicos e de classificação sistemática das árvores. unesp.
Tipologia: Notas de aula
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Departamento de Produção Vegetal DISCIPLINA: TEMA: PROFESSORES:
EDIÇÃO: 03
Silvicultura Dendrologia Rinaldo César de Paula Sérgio Valiengo Valeri Atualizada e ampliada
1. Dendrologia
Dendrologia significa estudo das árvores. Do grego: dendro - árvore; logos – estudo, tratado. O termo foi proposto pelo naturalista italiano Ulisse Aldriovandi, em 1668 (SOUZA, 1973). Dendrologia é a parte da Silvicultura que inclui os estudos morfológicos, anatômicos, fisiológicos e de classificação sistemática das árvores.
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
Árvore é um vegetal perene que produz lenho secundário e atinge altura mínima de oito metros na fase adulta.
Partes integrantes da árvore : raiz, caule e copa
2. Componentes da Árvore
Raízes pivotantes são aquelas em que há predominância do eixo principal sobre as raízes secundárias. A raiz principal penetra verticalmente no solo, emitindo raízes secundárias finas, em direção oblíqua. Ocorrem na maioria das essências florestais: eucalipto, jatobá, jequitibá, entre outras. Raízes superficiais são aquelas em que as raízes secundárias se desenvolvem com a mesma força que a principal, próximas à superfície do solo. As espécies que possuem este tipo de raízes podem ser plantadas em solo raso, mas dependem de chuvas regulares durante o ano. Espécies de coníferas são exemplos, como de gênero Pinus.
O sistema radicular fixa a árvore ao solo de onde retira, por meio dos pelos absorventes, água e sais minerais indispensáveis à sua vida.
O estudo do sistema radicular das espécies florestais interessa ao silvicultor por lhe dar subsídios para a escolha do tipo de solo onde as mesmas devam ser cultivadas. A morfologia do caule está correlacionada principalmente com os aspectos de utilização comercial da madeira. O Fuste é a parte do caule comercializável, desprovida de ramos laterais. Além do caule, os demais componentes da árvore são considerados resíduos da exploração florestal. As características morfológicas das folhas, bem como a arquitetura da copa das árvores estão correlacionadas com aspectos fisiológicos, como aproveitamento da luz solar, que têm implicações na escolha de espaçamento de plantio.
Tronco de angico Tronco de^ eucalipto
Caule é a parte da árvore que fica entre as raízes e a copa. Tem as funções de sustentação (da copa), de condução (da seiva) e de armazenamento (de substancias de reserva). É a parte da árvore que fornece a madeira, sendo, portanto a mais importante.
Copa é a parte da árvore constituída pelos ramos, flores, folhas e frutos. Tem as funções de fotossíntese, respiração e transpiração.
farinha-seca
Cupressus
Anel de crescimento do lenho formado outono e inverno
Traqueídeo de comprimento maior, menor largura e parede mais grossa, componente do anel formado no outono/inverno, de coloração mais clara. Fonte: Lepage et al. (1986)
4. Composição do Caule
O caule é composto de três partes, que aparecem num corte transversal, do interior para o exterior: medula, lenho e casca.
Medula é um tecido meristemático primário, localizado na região central em toda a extensão do tronco. É de diâmetro reduzido, porque perde logo a capacidade de se dividir. É de pequena importância.
Lenho ou Xilema é a parte do caule localizado entre a medula e a casca. É formado pelas células que o câmbio produz para o lado de dentro, onde o câmbio é um tecido meristemático secundário. Tem as funções de sustentação, armazenamento e condução de seiva bruta. É a parte mais importante do caule, fornecendo a madeira.
Lenho ou Xilema
Cerne
Alburno
Componentes do caule em seção transversal, radial (no sentido das células do raio da medula à casca) e tangencial aos anéis de crescimento. Fonte: Burger e Richter (1991).
5. Planos de Observação do Caule
Secção de caule (tronco) de uma conífera, mostrando os planos de corte e/ou observação: X - transversal, R - longitudinal radial, T - longitudinal tangencial. Fonte: Ilustração Kimura, L. (BOTOSSO, 2009).
X - Secção Transversal ou de Topo , o corte é feito perpendicular às fibras e ao eixo maior do caule. Nesta secção, a disposição dos tecidos é melhor observada. Podem ser observados os raios, canais de resina (nas coníferas), parênquima radial e axial, traqueídeos e fibras librioformes dos anéis primaveril e outonal, poros (nas folhosas).
R - Secção Longitudinal – radial , o corte é feito paralelo ao eixo maior do tronco, paralelo aos raios lenhosos em um plano passando pela medula e perpendicular aos anéis de crescimento.
T - Secção Longitudinal – tangencial , o corte é feito paralelo ao eixo maior do caule, perpendicular à direção dos raios lenhosos e tangencial aos anéis de crescimento. Podem ser observados os traqueídeos e as fibras.
1 Siau (1971), citado por Lepage et al. (1986).
Siau (1971)^1
Madeira de Coníferas
Pinus sylvestris
Fonte: Taylor et al. (1978).
Lenho de conífera. Fonte: Panshin e Zeeuw (1970)^1 , citado por IPT (1988).
1 - PANSHIN, A. J.; ZEEUW, C. Textbook of wood technology. 3. ed. New York: McGraw-Hill, 1970, v. 1 (McGraw-Hill Series in Forest Resourses).
Lenho de uma conífera nos três planos de observação. Fonte: Taylor et al. (1978).
Madeiras de Folhosas
As folhosas representam um estágio mais evoluído no Reino Vegetal. Têm tecidos mais especializados e estrutura mais complexa do que as coníferas, pois apresentam um maior número de tipos de células em sua composição. A função de sustentação é desempenhada pelas fibras, enquanto que a de condução é desempenhada pelos vasos.
Lenho de uma folhosa nos três planos de observação. Fonte: Esau (1974).
Fibra da Madeira de Folhosa
As fibras de folhosas são células alongadas com as extremidades afuniladas, havendo as fibras libriformes que apresentam pontuações simples, e os fibros-traqueídeos com pontuações areoladas, extremidades mais arredondadas e paredes mais finas. São consideradas fibras curtas, cujas dimensões variam de 0,7 a 1,5 mm de comprimento e de 15 a 25 de largura. A estrutura de madeira de eucalipto é composta por 65% de fibras (fibras librioformes e fibro-traqueídeos), 17% de vasos e 18% de células parenquimatosas (axial e radial).
Elementos constituintes do xilema de uma folhosa : A, B, C – elementos de vaso largos; D, E, F – elementos de vaso estreitos; G - traqueídeos; H - fibro-traqueídeos; I - fibra-libriforme; J - células de parênquima radial; K – células de parênquima axial.
Os elementos vasculares apresentam as extremidades perfuradas, através das quais ligam-se a outros elementos vasculares, formando tubulações longitudinais chamadas vasos. São vistos na secção transversal do caule como poros.
Fonte: Esau (1974).
Fonte: Sjöstrom (1981)^1 , citado por Lepage et al. (1986)
Do exterior para o interior de uma fibra (célula da madeira), aparecem a lamela média, a parede celular propriamente dita e o lúmen. A parede celular é subdividida em parede primária e secundária. A lamela média está localizada entre as células, sendo formada basicamente por lignina. A parede primária contém pequena porcentagem de celulose (5 a 10%) e alta porcentagem de lignina (60 a 75%). A parede secundária é formada de 3 camadas, denominadas S 1 , S 2 e S 3.
As camadas S 1 e S 3 são de espessura equivalente, muito menor que a espessura da camada S 2. Como a maior parte da parede celular é formada pela camada S 2 , as características dessa camada influem nas características da madeira.
A parede secundária apresenta em torno de 50% de celulose, 30% de hemiceluloses e 20% de lignina.
Estrutura da parede celular de uma fibra :
ML – lamela média; P – parede primária; S1 – camada externa; S2; camada secundária média; S3 – camada secundária interna; W – verugas cerosas do lúmen.
Industrialmente, celulose é conceituada como uma pasta composta por fibras de madeira. Dependendo do processo de fabricação da celulose a pasta é mecânica ou química.
Povoamento de Corymbia citriodora (ex Eucalyptus citriodora ), sob regime de regeneração: talhadia sob alto fuste. As árvores de talhadia são provenientes de rebrota com idade de 10 anos e as arvores de alto fuste são provenientes de mudas por sementes com idade de 36 anos. O eucalipto na forma de povoamento adensado adquire a forma florestal e a ramificação tende a ser monopodial, possui raízes profundas e a raiz principal é pivotante, sendo assim, deve ser cultivado em solos com mais de 2 m de profundidade, dependendo da espécie, pois já aos cinco anos de idade, o eucalipto apresenta raízes de mais de dois metros de comprimento Andrade (1961). De modo geral as espécies de eucalipto são exigentes em fertilidade do solo.
Copa de Corymbia citriodora na forma florestal, arboreto FCAV/Unesp em 2014.
A árvore apresenta forma florestal quando cresce integrando um maciço florestal; ela apresenta um fuste longo, livre de ramos laterais até determinada altura do solo, encimado por uma pequena copa.
Folhosa: Machaerium scleroxylon
Caviúna-com-espihos, no Arboreto da FCAV em 2014. Mesmo em ambiente de floresta artificial adensada, pela alta herdabilidade quanto à forma de ramificação, apresenta ramificação simpodial.
Espécies do gênero Pinus possui raízes fasciculadas e exploram um rio de mais de 13 m de solo ao redor da árvores, podendo ser cultivado em solos mais rasos e de menor fertilidade do que o eucalipto. Assim, o Pinus é mais frugal do que o eucalipto.
9. Classificação das Essências Florestais . Quanto à Longevidade . Quanto à Sociabilidade . Quanto à Frugalidade . Quanto à Naturalidade . Quanto à Tolerância . Quanto à Resistência . Quanto à Morfologia . Quanto ao Grupo Ecológico
Classificação das Essências Florestais
Quanto à longevidade ( capacidade da espécie de se manter com vida): pequena longevidade (vivem menos de 100 anos), longevidade média (vivem de 100 a 200 anos) e de grande longevidade (vivem mais de 200 anos).
Quanto à sociabilidade: sociais, quando possuem a capacidade de formar povoamentos homogêneos. Angico, pinheiro-brasileiro, pinus e eucalipto são espécies sociais. As essências disseminadas não formam povoamentos homogêneos, como o cedro (sua população é controlada pela broca da mariposa Hypsiphyla grandella Zeller, que se alimenta dos meristemas apical e dos ramos.
Quanto à frugalidade (exigência da espécie em fertilidade do solo) : as espécies frugais são de pequeno consumo de nutrientes, como angico, faveiro, barbatimão e pinus. As espécies de frugalidade média são de consumo médio de nutrientes, como aroeira, angico, gonçalo-alves. Uma espécie não frugal é de grande consumo de nutrientes do solo, como cedro, peroba e jequitibá.
Quanto à naturalidade: as espécies nativas ou indígenas são aquelas integrantes da vegetação natural do país. As espécies exóticas são aquelas trazidas de outros países. Uma espécie nativa ou exótica pode ser classificada como introduzida, caso seja plantada fora de sua zona de ocorrência natural. As espécies introduzidas podem ser adaptadas ou não adaptadas, em função do seu comportamento na nova região de plantio.
Quanto à tolerância (habilidade das espécies de sobreviverem e crescerem à sombra de outras): as espécies tolerantes se adaptam à sombra ou à luz difusa, como cedro, cinamomo e guarantã. As espécies intolerantes exigem bastante luz ou luminosidade para se