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Table of Contents
Programando em shell−script............................................................................................................................
1. Primeira parte, uma introdução............................................................................................................
2. Segunda parte, se aprofundando mais!................................................................................................
i
Fácil, hein? A primeira linha indica que todas as outras linhas abaixo deverão ser executadas pelo bash (que se
localiza em /bin/bash), e a segunda linha imprimirá na tela a frase "Nossa! Estou vivo!", utilizando o comando
echo, que serve justamente para isto. Como você pôde ver, todos os comandos que você digita diretamente na
linha de comando, você poderá incluir no seu shell script, criando uma série de comandos, e é essa
combinação de comandos que forma o chamado shell script. Tente também dar o comando 'file arquivo' e veja
que a definição dele é de Bourne−Again Shell Script (Bash Script).
Contudo, para o arquivo poder se executável, você tem de atribuir o comando de executável para ele. E como
citamos anteriormente, o comando chmod se encarrega disto:
$ chmod +x arquivo
Pronto, o arquivo poderá ser executado com um simples "./arquivo".
Conceito de Variáveis em shell script
Variáveis são caracteres que armazenam dados, uma espécie de atalho. O bash reconhece uma variável
quando ela começa com $, ou seja, a diferença entre 'palavra' e '$palavra' é que a primeira é uma palavra
qualquer, e a outra uma variável. Para definir uma variável, utilizamos a seguinte sintaxe:
variavel="valor"
O 'valor' será atribuído a 'variável '. Valor pode ser uma frase, números, e até outras variáveis e comandos. O
valor pode ser expressado entre as aspas (""), apóstrofos ('') ou crases (``). As aspas vão interpretar as
variáveis que estiverem dentro do valor, os apóstrofos lerão o valor literalmente, sem interpretar nada, e as
crases vão interpretar um comando e retornar a sua saída para a variável. Vejamos exemplos:
$ variavel="Eu estou logado como usuário $user" $ echo $variavel Eu estou logado como usuário cla
Programando em shell−script 2
$ variavel='Eu estou logado como usuário $user' $ echo $variavel Eu estou logado como usuário $user
$ variavel="Meu diretório atual é o pwd
" $ echo $variavel Meu diretório atual é o /home/cla
Se você quiser criar um script em que o usuário deve interagir com ele, é possível que você queira que o
próprio usuário defina uma variável, e para isso usamos o comando read, que dará uma pausa no script e
ficarará esperando o usuário digitar algum valor e teclar enter. Exemplo:
echo "Entre com o valor para a variável: " ; read variavel (O usuário digita e tecla enter, vamos supor que ele digitou 'eu sou um frutinha') echo $variavel eu sou um frutinha
Controle de fluxo com o if
Controle de fluxo são comandos que vão testando algumas alternativas, e de acordo com essas alternativas,
vão executando comandos. Um dos comandos de controle de fluxo mais usados é certamente o if, que é
baseado na lógica "se acontecer isso, irei fazer isso, se não, irei fazer aquilo". Vamos dar um exemplo:
if [ −e $linux ] then echo 'A variável $linux existe.' else echo 'A variável $linux não existe.' fi
O que este pedaço de código faz? O if testa a seguinte expressão: Se a variável $linux existir, então (then) ele
diz que que existe com o echo, se não (else), ele diz que não existe. O operador −e que usei é pré−definido, e
você pode encontrar a listagem dos operadores na tabela:
Programando em shell−script 3
read Captura dados do usuário e coloca numa variável
exit Finaliza o script
sleep Dá uma pause de segundos no script
clear Limpa a tela
stty Configura o terminal temporariamente
tput Altera o modo de exibição
if Controle de fluxo que testa uma ou mais expressões
case
Controle de fluxo que testa várias expressões ao mesmo
tempo
for Controle de fluxo que testa uma ou mais expressões
while Controle de fluxo que testa uma ou mais expressões
E assim seja, crie seus próprios scripts e facilite de uma vez só parte de sua vida no Linux!
2. Segunda parte, se aprofundando mais!
Falamos sobre o conceito da programação em Shell Script, e demos o primeiro passo para construir nossos
próprios scripts. Agora vamos nos aprofundar nos comandos mais complicados, aprendendo a fazer
programas ainda mais úteis. Nestes comandos estão inclusos o case e os laços for, while e until. Além disso,
vamos falar de funções e, por último, teremos um programa em shell script.
Case
O case é para controle de fluxo, tal como é o if. Mas enquanto o if testa expressões não exatas, o case vai agir
de acordo com os resultados exatos. Vejamos um exemplo:
case $1 in parametro1) comando1 ; comando2 ;; parametro2) comando3 ; comando4 ;;
2. Segunda parte, se aprofundando mais! 5
*) echo "Você tem de entrar com um parâmetro válido" ;; esac
Aqui aconteceu o seguinte: o case leu a variável $1 (que é o primeiro parâmetro passado para o programa), e
comparou com valores exatos. Se a variável $1 for igual à "parametro1", então o programa executará o
comando1 e o comando2; se for igual à "parametro2", executará o comando3 e o comando4, e assim em
diante. A última opção (*), é uma opção padrão do case, ou seja, se o parâmetro passado não for igual a
nenhuma das outras opções anteriores, esse comando será executado automaticamente.
Você pode ver que, com o case fica muito mais fácil criar uma espécie de "menu" para o shell script do que
com o if. Vamos demonstrar a mesma função anterior, mas agora usando o if:
if [ −z $1 ]; then echo "Você tem de entrar com um parâmetro válido" exit elif [ $1 = "parametro1" ]; then comando comando elif [ $1 = "parametro2" ]; then comando comando else echo "Você tem de entrar com um parâmetro válido" fi
Veja a diferença. É muito mais prático usar o case! A vantagem do if é que ele pode testar várias expressões
que o case não pode. O case é mais prático, mas o if pode substituí−lo e ainda abrange mais funções. Note
que, no exemplo com o if, citamos um "comando" não visto antes: o elif − que é uma combinação de else e if.
Ao invés de fechar o if para criar outro, usamos o elif para testar uma expressão no mesmo comando if.
For
2. Segunda parte, se aprofundando mais! 6
O while testa continuamente uma expressão, até que ela se torne falsa. Exemplo:
variavel="valor" while [ $variavel = "valor" ]; do comando comando done
O que acontece aqui é o seguinte: enquanto a "$variavel" for igual a "valor", o while ficará executando os
comandos 1 e 2, até que a "$variavel" não seja mais igual a "valor". Se no bloco dos comandos a "$variavel"
mudasse, o while iria parar de executar os comandos quando chegasse em done, pois agora a expressão
$variavel = "valor" não seria mais verdadeira.
Until
Tem as mesmas características do while, a única diferença é que ele faz o contrário. Veja o exemplo abaixo:
variavel="naovalor" until [ $variavel = "valor" ]; do comando comando done
Ao invés de executar o bloco de comandos (comando1 e comando2) até que a expressão se torne falsa, o until
testa a expressão e executa o bloco de comandos até que a expressão se torne verdadeira. No exemplo, o bloco
de comandos será executado desde que a expressão $variavel = "valor" não seja verdadeira. Se no bloco de
comandos a variável for definida como "valor", o until pára de executar os comandos quando chega ao done.
Vejamos um exemplo para o until que, sintaticamente invertido, serve para o while também:
var= count=
2. Segunda parte, se aprofundando mais! 8
until [ $var = "0" ]; do comando comando if [ $count = 9 ]; then var= fi count=expr $count + 1
done
Primeiro, atribuímos à variável "$var" o valor "1". A variável "$count" será uma contagem para quantas vezes
quisermos executar o bloco de comandos. O until executa os comandos 1 e 2, enquanto a variável "$var" for
igual a "0". Então usamos um if para atribuir o valor 0 para a variável "$var", se a variável "$count" for igual
a 9. Se a variável "$count" não for igual a 0, soma−se 1 a ela. Isso cria um laço que executa o comando 10
vezes, porque cada vez que o comando do bloco de comandos é executado, soma−se 1 à variável "$count", e
quando chega em 9, a variável "$var" é igualada a zero, quebrando assim o laço until.
Usando vários scripts em um só
Pode−se precisar criar vários scripts shell que fazem funções diferentes, mas, e se você precisar executar em
um script shell um outro script externo para que este faça alguma função e não precisar reescrever todo o
código? É simples, você só precisa incluir o seguinte comando no seu script shell:
. bashscript
Isso executará o script shell "bashscript2" durante a execução do seu script shell. Neste caso ele será
executado na mesma script shell em que está sendo usado o comando. Para utilizar outra shell, você
simplesmente substitui o "." pelo executável da shell, assim:
sh script tcsh script
Nessas linhas o script2 será executado com a shell sh, e o script3 com a shell tcsh.
2. Segunda parte, se aprofundando mais! 9
#!/bin/bash
Exemplo Final de Script Shell
Principal() { echo "Exemplo Final sobre o uso de scripts shell" echo "−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−" echo "Opções:" echo echo "1. Trasformar nomes de arquivos" echo "2. Adicionar um usuário no sistema" echo "3. Deletar um usuário no sistema" echo "4. Fazer backup dos arquivos do /etc" echo "5. Sair do exemplo" echo echo −n "Qual a opção desejada? " read opcao case $opcao in
- Transformar ;;
- Adicionar ;;
- Deletar ;;
- Backup ;;
- exit ;; *) "Opção desconhecida." ; echo ; Principal ;; esac } Transformar() { echo −n "Para Maiúsculo ou minúsculo? [M/m] " read var if [ $var = "M" ]; then echo −n "Que diretório? " read dir for x in
/bin/ls
$dir; do y=echo $x | tr '[:lower:]' '[:upper:]'
if [! −e $y ]; then mv $x $y fi done elif [ $var = "m" ]; then
2. Segunda parte, se aprofundando mais! 11
echo −n "Que diretório? " read dir for x in /bin/ls
$dir; do y=echo $x | tr '[:upper:]' '[:lower:]'
if [! −e $y ]; then mv $x $y fi done fi } Adicionar() { clear echo −n "Qual o nome do usuário a se adicionar? " read nome adduser nome Principal } Deletar() { clear echo −n "Qual o nome do usuário a deletar? " read nome userdel nome Principal } Backup() { for x in /bin/ls
/etc; do cp −R /etc/$x /etc/$x.bck mv /etc/$x.bck /usr/backup done } Principal
Hugo Cisneiros, hugo_arroba_devin_ponto_com_ponto_br
2. Segunda parte, se aprofundando mais! 12