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Atividade 3 – O conteúdo do artigo de opinião: as questões polêmicas. ... Atividade 1 – Inserção, no site da escola, dos artigos de opinião.
Tipologia: Provas
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Não perca as partes importantes!
Material Didático apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, vinculado à Universidade Estadual de Maringá, sob a orientação da Professora Mestra Lilian Cristina Buzato Ritter, e co- orientação da Professora Mestra Sandra Cecílio, em cumprimento às atividades inerentes ao professor PDE. Santa Isabel do Ivaí 2007/
PROFESSORA PDE: Terezinha de Jesus Bauer Uber ÁREA: Português NRE: Loanda IES: Universidade Estadual de Maringá ORIENTADOR IES: Professora Mestra Lilian Cristina Buzato Ritter
Texto 1 (capa da revista ÉPOCA de 10/09/07) Temos observado que as crianças e adolescentes estão cada vez mais cedo e com mais freqüência tendo acesso ao uso de computadores. Sabemos também que a preferência da garotada está voltada aos joguinhos e, mais especialmente, aos bate-papos virtuais (chats), nos quais eles passam horas imersos em assuntos dos quais os adultos nem sempre se preocupam em tomar conhecimento. Atividade oral 1 – Observe a capa da revista ÉPOCA de 10 de setembro de 2007 e responda: a) O que chama mais a sua atenção nessa capa? b) Descreva a criança que aparece na capa. c) Qual é o tema principal que será abordado nessa revista? d) O uso da internet é benéfico para as crianças e jovens? Exponha os benefícios que
necessário. Mas isso não pode ser feito no calor da emoção, esse adulto tem que pensar bem antes de estabelecer, para que possa cumprir a palavra dada. E se perceber que a coisa é grave não espere que a própria pessoa decida procurar ajuda”, avalia. (C. P.)¹ (...)
Jean Ubiratan O crescente aumento da mídia sobre o combate à pedofilia via internet e a recente apresentação do deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) à embaixada americana de um documento que indica o Brasil no topo da lista de cyberpedófilos, fazem refletirmos sobre o assunto. Os dados apresentados nesse estudo são assustadores: mais de mil sites mensais são relacionados a este tipo de crime e 76% dos pedófilos do mundo estão no País. Isso demonstra, cada vez mais, que há uma necessidade iminente em divulgar meios de alertar os responsáveis sobre como impedir que algo do gênero possa acontecer simplesmente por omissão. Uma das maiores vantagens dos atuais crimes virtuais é o anonimato. Para leigos no assunto é praticamente impossível identificar quem está do outro lado flertando com o seu filho. Isso faz com que a denúncia de casos referentes a este tema também sejam muito mais difíceis, muito em razão de não localizar quem o está fazendo. Algumas dicas e cuidados ao navegar na internet garantem uma diversão segura e mais tranqüila. Como primeira medida recomendada é o velho e bom “puxão-de- orelha”, ou seja, assumir a responsabilidade com as crianças ou os jovens, que ainda não a conhecem. Outro fator importante é quanto a disposição física do computador, pois uma localização mais pública na casa ajuda, em muito, o controle. Locais públicos responsáveis por prover acesso às pessoas como, poe exemplo, em escolas ou uma lan house, é essencial que nesses lugares existam regras para o bom uso da internet. Os pais também necessitam estar informados sobre as novas ferramentas de tecnologia que possibilitam auxiliar no controle de acesso à rede. Além dos já conhecidos antivírus, existem diversos outros sistemas que mantêm o controle do que está ocorrendo no computador enquanto estão acessando a web. Saber por onde andam, com quem falam, os locais freqüentados, o que fazem, são as perguntas costumeiras realizadas pelos pais, porém esses mesmos questionamentos devem
ser aplicados na “vida digital” dos filhos. Esses cuidados, com certeza, aumentam a percepção de segurança em relação aos filhos. Infelizmente, a realidade é forte e se não houver cuidados com os filhos, enquanto navegam na internet, alguém acabará os vigiando via esse meio. A dúvida é saber se as intenções dessa pessoa desconhecida são tão boas quanto as dos pais. Jean Ubiratan é consultor de Segurança de TI em Porto Alegre. Retirado do jornal Folha de Londrina de 08/10/2007. Texto 3
ÉPOCA conduziu com clareza a questão do aborto. Esse é um problema de cada mulher, não depende da religião ou do Estado. Algumas considerações devem ser feitas. Não é verdade que mulheres que abortam desenvolverão problemas renais, cardíacos, derrames ou ficarão estéreis. A pílula do dia seguinte não provoca a eliminação de embriões fecundados, como se poderia supor. Jorge Andalaft Neto, ginecologista e obstetra, São Paulo, SP. Texto retirado da revista ÉPOCA de 23/04/ Texto 4
Curitiba – Duas colisões em estradas paranaenses terminaram com três óbitos ontem. Em Guarapuava, pai e filha morreram na colisão frontal entre um Astra e um ônibus da Viação Garcia que fazia linha entre Curitiba e Cascavel, na BR 277, também na madrugada de ontem.(...) Texto de Augusto Cezar. Trecho retirado do jornal Folha de Londrina de 27/01/08. 1 - Qual a finalidade ou objetivo: a) do texto 1:................................................................................................................... b) do texto 2:................................................................................................................... c) do texto 3:.................................................................................................................... d) do texto 4:.................................................................................................................... 2 - A que gênero textual pertence cada um dos textos que você acabou de ler?
Como deve ser tratada a questão do trabalho infantil? Texto 1
José Antônio Miguel Preparar bem as crianças de agora implica, de maneira lógica, em ter uma sociedade melhor no futuro. É pensar o porquê atualmente, diante de grandes índices de violência, tantos menores de idade estão nessas estatísticas. É pensar que essa criança, esperança do futuro, vê-se numa encruzilhada vital tão cedo: trabalha, pratica crimes ou morre. Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho, o Brasil tinha 4,6 milhões de trabalhadores com idade entre 10 e 17 anos, e 3milhões com idade inferior a 14. Segundo esses dados, 56,63% nada recebem por seu trabalho. Eis o roubo do direito de ser criança. Retiram-lhe, de maneira violenta, esse direito tão essencial comprometendo os fatores biológicos, psicológicos, intelectuais e morais, numa fase de extrema importância da vida. Ao invés de carrinhos, bonecas, brinquedos, uma enxada. Pais, que talvez quisessem educar, precisam ensinar o trabalho. Note bem a diferença entre educar e ensinar. Falta dinheiro para comprar comida, roupa, bonecas, carrinhos. Alguns, talvez munidos de sua educação mais privilegiada, hão de pensar que não configura motivo para a delinqüência o fato de trabalhar desde cedo, afinal o trabalho é dignificante. O trabalho é digno quando é exercido de forma digna. Não existe dignidade sem educação de qualidade e, não há dignidade em crianças de 10 anos trabalhando em meios insalubres, perigosos, em jornadas diárias superiores a 12 horas. Não há filhos de médicos, advogados, empresários trabalhando assim. Portanto, se fosse digno, todos desde a infância assim trabalhariam. Crianças devem ser crianças. Esse tipo de trabalho não pode nem deve ser alternativa aos menores de idade porque marginaliza, tira deles um direito essencial de maneira tão violenta quanto àqueles que com uma arma roubam dez reais. Por isso, a importância da máxima de Rui Barbosa: “Aos iguais, tratamento igual; aos desiguais, tratamento desigual”. JOSÉ ANTÔNIO MIGUEL é estudante de Direito na Universidade Estadual de Londrina Texto retirado do jornal Folha de Londrina de 13/10/ Texto 2
Legalmente as crianças hoje têm garantido o
direito a um nome e nacionalidade, à saúde e à educação. Dentre os direitos da criança estabelecidos no Estatuto da Criança e do Adolescente, destaco o brincar como uma necessidade da criança, um jeito gostoso de aprender e se divertir. Pesquisas têm revelado que as brincadeiras ao ar livre, em parques e praças públicas deixam as crianças mais felizes. No entanto, as crianças estão cada vez mais distantes do sol, da grama, das pedras, da areia, da água, da natureza... Para os pais, já não é mais possível deixá-las brincando na rua com os vizinhos. O trânsito e a violência urbana tiraram esta oportunidade. Em alguns condomínios de apartamentos não se previu a necessidade e o direito dos pequenos de brincar. Diante desta necessidade, eles brincam entre os carros nos estacionamentos dos prédios. Nas escolas infantis encontramos pátios cimentados, brinquedos inadequados à faixa etária das crianças e, logo, embargados pelos órgãos competentes. Pensem numa creche em que as crianças “olham” para o escorregador, o balanço, o gira-gira e não podem brincar. Elas existem. Pensem no período escolar de uma criança de cinco, seis, sete anos de idade, onde não há nem espaço – playground, área verde - tempo para brincar. Eles existem. Nos espaços públicos encontramos praças abandonadas, sujas, brinquedos quebrados. Imaginem uma praça, um domingo de sol, crianças ávidas para correr, pular, dançar, movimentar-se ou simplesmente olhar as plantinhas, passarinhos, sentir o vento... As crianças “olham” para os destroços do que um dia foi um brinquedo, desistem de brincar ou então arriscam-se. Elas existem. Falta segurança, água potável, banheiros públicos, dignidade para exercer o direito de brincar. As crianças são o que temos de mais precioso e precisam da nossa atenção para viver dignamente esta fase da vida que chamamos de infância. Como estamos olhando para as nossas crianças nos demais dias do ano? Infelizmente, nós – pais, professores, governantes etc. - não estamos conseguindo prover à criança o direito de brincar e ser feliz. GILMARA LUPION MORENO é professora do Departamento de Educação da Universidade Estadual de Londrina Texto retirado do jornal Folha de Londrina de 12/10/ 1 - Qual questão controversa está sendo discutida nos dois artigos? 2 – Qual é a posição do autor do texto 1? Cite pelo menos dois argumentos utilizados pelo autor para defendê-la. 3 – Qual é a posição da autora do texto 2? Cite pelo menos dois argumentos utilizados para defendê-la. 4 – Que dados concretos o autor do texto 1 utiliza para sustentar seus argumentos? 5 – Em que a autora do texto 2 se baseia para que seus argumentos sejam válidos? 6 – O que diz o autor do texto 1 para refutar as opiniões contrárias às suas?
interesses políticos e os valores morais cultuados na América do Norte. A influência histórica das políticas proibicionistas arquitetadas pelo governo norte-americano contaminou uma pluralidade de saberes. Hoje, sociólogos, assistentes sociais, promotores, juízes e técnicos sociais dão a entender que a miséria das drogas parece superar, em termos de propensão à prática de atos anti-sociais graves, as misérias materiais produzidas pelo capitalismo selvagem. Discursos oficiais e acadêmicos costumam fazer associações mecânicas entre o consumo de drogas e a prática de atos infracionais violentos. Uma leitura ingênua e superficial acerca das drogas supõe fazer acreditar que o perigo social do crime e da violência exclui, por exemplo, os jovens filhos drogados e medicalizados da classe média e recai sobre os ombros dos jovens miseráveis e brutalizados das periferias. Sabe-se, no entanto, que não é possível fazer uma associação mecânica entre o consumo de drogas e a prática de agressões físicas violentas. Muitos adolescentes, filhos da classe média brasileira e de outros países, divertem-se nas festas rave, consomem álcool ou substâncias entorpecentes, porém, raramente ocupam o noticiário na mídia registrando tragédias e mortes prematuras. Faltam debates mais amplos e atualizados acerca das drogas. A insistência na formulação de políticas legislativas demagógicas e penalizadoras contribuem para rotular, por antecipação, milhares de jovens e famílias que habitam os cinturões urbanos das senzalas urbanas. O debate e as possíveis soluções para enfrentar a escala da produção, da distribuição e do consumo de drogas devem ocupar o centro dos debates políticos e acadêmicos sem rótulos ou ideologias políticas preestabelecidas. As saídas eficazes para enfrentar o aumento do consumo de drogas já não podem ignorar os interesses econômicos e apelos culturais que tornam o mercado ilegal das drogas atraente e promissor. CEZAR BUENO é professor de Sociologia na Unifil e na PUC-PR, campus Londrina. Texto extraído do jornal Folha de Londrina de 19/08/2007. 1 - Leia o artigo com atenção e encontre os elementos do contexto de produção: a) Autor do texto e seu papel social: b) Os interlocutores e representação social: c) Finalidade ou objetivo: d) Época e meio de circulação:
2 – O papel social assumido influencia no posicionamento do autor? De que forma? 3 – Qual o posicionamento do autor sobre o tema abordado? 4 – Qual argumento mais convincente, na sua opinião, que o autor utiliza?
Geralmente, um texto escrito traz outras “vozes”que não as do autor, mas que “falam” pelo autor, pelo fato de que a comunicação humana é marcada pelo dialogismo. O autor de um texto “conversa” com outras pessoas que pensam de formas diferentes da sua, através de outras leituras que ele faz. Quem lê um texto deve estar atento a essas “conversas” que muitas vezes nos remetem a outros textos. Geralmente, as leituras que fazemos são constituídas pelo resultado de muitas outras leituras, o que nos dá condições de fazer esse diálogo entre os textos lidos anteriormente e os que estamos lendo. Esse conhecimento anterior nos prepara para concordar ou discordar, totalmente ou em parte das idéias do autor, orienta-nos para perceber aspectos que não estão sendo considerados pelo autor do texto e pensar numa possível razão pela qual ele faz isso. Essa leitura crítica faz com que não sejamos manipulados e não aceitemos de pronto qualquer informação ou idéia, podendo exercer nossa liberdade de opinião. Leia o artigo de Lya Luft procurando perceber o diálogo que se realiza entre o texto e você, leitor, entre o texto e outros textos.
O que deixar para nossas crianças Aos que detestam datas marcadas, porque as consideram exploração comercial, digo que concordo em parte; explora-se a nossa burrice existencial básica, que se submete aos modismos, às propagandas, ao consumismo desvairado. Pais que se endividam para comprar brinquedos e objetos caros e supérfluos para crianças que poderiam fazer coisa bem mais interessante, como jogar bola, pular corda, ler um livro, armar um quebra- cabeça, praticar esporte. Isso acontece na Páscoa, no Dia das Crianças, no Natal, em cada aniversário. Nesse aspecto, acho que os dias marcados para celebrar coisas positivas se tornam – para os tolos e frívolos, os desavisados – coisa negativa, fonte de tormento e preocupação.
melancólicos jogos de interesse ou de poder. Onde os líderes sejam honrados, onde seus pais não se desesperem nem descreiam de tudo. Onde todos tenham escolas sólidas com professores bem pagos e bem preparados. Onde, em precisando, elas disponham de hospitais excelentes e médicos em abundância, de higiene em sua casa, comida em sua mesa, horizonte em sua vida. E que as crianças possam ter a seu lado, mais que um anjo da guarda, a Senhora Esperança: ela será a melhor companheira e o mais precioso legado. LYA LUFT é escritora. Texto retirado da revista Veja de 24/10/2007.
Quando escrevemos um texto, devemos organizar nossas idéias de maneira que se tenha uma seqüência, uma conexão entre as partes, formando um sentido geral no texto. A escolha de certas palavras não é por acaso. As conjunções, que também são conhecidas como conectivos, fazem esse papel de conectar, num texto escrito, as partes entre si. Introduzir um argumento, acrescentar
argumentos novos, indicar oposição a uma afirmação anterior, concluir, estas são algumas das funções dos conectivos. Cada articulista, assim como outros escritores, procuram manter um estilo próprio ao escrever seus textos. Ao observar diferentes artigos de diferentes autores, podemos notar que existem características particulares em cada texto. Além dos recursos coesivos, a construção do discurso, quase sempre em terceira pessoa, o uso de alguns tempos verbais e advérbios, os questionamentos, as hipérboles, as palavras enfatizadoras são alguns exemplos das marcas lingüísticas do autor presentes no texto. Tais marcas indicam a intencionalidade do autor.
Carlos Eduardo Bobroff da Rocha A tecnologia brasileira referente à produção de combustível à base de etanol e de óleos vegetais é o símbolo de que o país pode dar, de modo competente e eficaz, sua contribuição para o bem-estar da Terra. No entanto, a recente descoberta de uma importante reserva de petróleo e de gás natural na bacia de Santos criou um dilema: ser um inovador ou seguir o s exemplos anteriores? Desde a década de 70, há investimentos no uso de álcool da cana-de-açúcar como alternativa à dependência de combustível derivado do petróleo. O país ainda importava petróleo, mas o álcool, bem como o óleo derivado da mamona, repercutiram no exterior. Surgiram previsões de aumento da importação deste combustível nacional por parte dos países europeus. Lucro para o país, e fama como defensor do meio ambiente. Entretanto, o cultivo da cana e da mamona demandava extensos pedaços de terra e destruição da vegetação original para dar lugar ao cultivo. Também os preços repassados ao consumidor nos postos de combustíveis não incentivavam o consumo em escala destas energias alternativas, Isso mostra que conciliar desenvolvimento material com proteção ambiental não é simples, e para um país emergente como o Brasil, medidas que barateiam os custos de produção são fundamentais para alavancar o progresso da indústria nacional. As energias alternativas à base de álcool e de óleo possuem menor impacto negativo na atmosfera, mas cria novos problemas. E isso não torna um país inovador, pois não se cria um meio em que a maioria se beneficie. Apenas vende-se uma imagem no exterior. Subitamente, descobre-se uma grande reserva de petróleo e de gás natural. Menor dependência, e maiores chances para exportar
7.Encontre, em cada período abaixo, uma palavra enfatizadora e explique qual idéia está sendo enfatizada: a) “A longo prazo defenderia os alternativos, e no momento daria ênfase para os tradicionais (importante lembrar que as divergências entre Brasil e Bolívia no que refere ao fornecimento de gás boliviano, bem como a necessidade de superávit, e de crescimento econômico, são fortes motivos para o crescimento imediato das fontes tradicionais).” b) “ Mudar a mentalidade de uma nação em início de apogeu é muito mais que alterar somente sua imagem transmitida ao mundo.”
Existem várias possibilidades de organizar a estrutura de um artigo de opinião, porém, de maneira geral, todos possuem os seguintes elementos. (Não existe uma ordem específica para esses elementos e nem todos precisam aparecer num mesmo artigo de opinião).
Um dos maiores paradoxos atuais da
humanidade é zelarmos tanto pela saúde e bem-estar de nossos filhos e pouco nos importamos com a qualidade de vida daqui a 30 ou 50 anos. “A terra não nos pertence. Ela foi emprestada de nossos filhos”, advertia um cacique indígena americano, há mais de um século. Ademais, torna-se insensato e irônico: nós, humanos, que nos proclamamos inteligentes, somos os únicos – os únicos – a promover o desequilíbrio natural. Existe uma relação direta entre as agressões ao ambiente e aos cataclismos provocados pela natureza injuriada. Conforme estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU), o aquecimento global tem provocado, a cada ano, 150 mil mortes e prejuízos de 70 bilhões de dólares. Em relação a 2005, a ONU também catalogou 360 desastres ambientais, dos quais 259 foram creditados à elevação da temperatura na Terra. O agravamento foi de 20% sobre o ano anterior. A Mãe Natureza é, a um só tempo, primitiva e nobre ao agir. É agradecida com quem a trata bem, além de ser espontaneamente dadivosa, bela e vivificante. Porém, pedagógica, ou sabe ser vingativa aos 6.5 bilhões de terráqueos: se alterarem o equilíbrio natural, eu os arruíno” - diria ela. “A sobrevivência de toda humanidade está em perigo. É o momento de sermos lúcidos. De reconhecer que chegamos ao limite do irreversível, do irreparável”, adverte o Comunicado de Paris, assinado por representantes de 40 países, reunidos em fevereiro deste ano. Não há mais o benefício da dúvida. O ser humano é o principal indutor do efeito estufa, de furacões, tufões, secas, inundações, incêndios. De fato, a Terra lança gritos agônicos por meio dos quais clama por uma atitude não apenas compassiva, mas também pró-ativa. Não basta que haja uma consciência ambiental. Não basta condoer-se com a morte dos ursos polares. A bem da verdade, o planeta será salvo não apenas pelos governos ou ONGs nem pela nossa compaixão, mas pelas ações concretas de cada ser humano. É preciso agir. Mesmo fazendo pouco, como o fabulativo beija-flor: “Era verão e o fogo crepitava feroz na floresta. Sobressaltados, os animais se dividiram. Alguns fugiram para o grande rio que permeava a floresta; outros se puseram a debelar o incêndio. Um beija-flor, nas suas idas e vindas, apanhava uma minúscula porção de água e arremessava sobre as chamas. O obeso elefante, mergulhado no rio para proteger-se do fogo, perguntou ao beija-flor: − Meu pequeno pássaro, o que fazes? Não vês que de nada serve a tua ajuda? − Sim, respondeu o beija-flor, mas o importante para mim é que estou fazendo a minha parte!”. Jacir Venturi é diretor de escola e diretor do Sindicato das Escolas Estaduais Particulares do Paraná (SINEPE – PR) em Curitiba. Texto extraído do jornal Folha de Londrina de 28/09/2007.