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Este texto discute a importância da interação humana em grupos e a necessidade de estudar a dinâmica de grupos e relações humanas. Ele aborda a história do estudo dessas áreas, as técnicas utilizadas e as vantagens de trabalhar em grupo. Além disso, ele destaca a importância de se preparar mentalmente para lidar com as complexidades de grupos e a importância de cada membro contribuir para o sucesso e sobrevivência do grupo.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
É muito importante que cada ser humano tenha ciência de sua real importância para o outro tanto quanto tenha para si próprio. O estudo das relações interpessoais se constitui como fundamental na busca de práticas que viabilizem um melhor convívio entre as pessoas, permitindo uma maior harmonia entre as mesmas. Esta visão fica bem clara no texto, a seguir, citado por Serrão e Baleeiro ( 1999 ), destacado do texto de Joyce em Finnegan´s Wake e que bem ilustra a dinâmica nos grupos. “Quando olhamos por alto as pessoas, ressaltam suas diferenças: negros e brancos, homens e mulheres, seres agressivos e passivos, intelectuais e emocionais, alegres e tristes, radicais e reacionários. Mas, à medida que compreendemos os demais as diferenças desaparecem e em seu lugar surge a unicidade humana: as mesmas necessidades, os mesmos temores, as mesmas lutas e desejos. Todos somos um”. (Baleeiro, 1999: 15) Em função desta unicidade, que aproxima as pessoas, é que hoje dedica-se grande parte das pesquisas ao estudo das relações humanas e ao estudo do indivíduo nos grupos, em seus ambientes de trabalho e em outras formas grupais. As organizações falam em “gestão de pessoas” – estudar os motivos que as levam a atuar de determinada forma e a reagir de maneiras diversas - o que se constitui no foco das atenções de muitos estudiosos desta área. Com as inúmeras mudanças trazidas pelos avanços da ciência e do processo de globalização, o ambiente de trabalho, a família e outros grupos dos quais fazemos parte, transformam-se também. Os profissionais precisam estar atentos à crescente complexidade com que essas transformações se refletem na área das Relações Humanas. Uma das condições para a sobrevivência harmônica do ser humano está na convivência social. A própria concepção biológica do homem é feita em grupo – por um casal. A satisfação das necessidades básicas
de um bebê, dá-se no seio de um grupo – a família. O processo de socialização e de aprendizado, também ocorre em grupo – a escola. Essas são algumas das razões para compreendermos a importância que o grupo tem na vida do ser humano e para percebermos que o profissional que lida com ele tem, por obrigação e por necessidade, que se esforçar para compreender melhor a dinâmica relacional, complexa, que ocorre nos grupos; daí, a importância do estudo das Relações Humanas e da Dinâmica de Grupo. Se, neste momento, você pegar um papel e uma caneta e listar todas as coisas, desde as mais simples até aquelas mais complexas, que você realiza durante um dia de sua vida, certamente você irá perceber que a maior parte delas você realiza em grupos, seja participando efetivamente de uma tarefa ou simplesmente estando no convívio dos mesmos. Experimente! E que grupos seriam esses? Como poderíamos defini-los? Assim como Ferrão e Baleeiro (1999) nos apontam que “ um grupo é como um rio que tem força e vida próprias ”, pois sabemos que por mais que nos mergulhemos em suas águas, aproveitando “ suas correntes e possibilitando a descoberta de suas riquezas submersas ,” não se pode “ esgotar seus mistérios ” (id. p.35), assim também sabemos que todos os grupos, dos quais participamos, possuem uma dinâmica própria, composta por um conjunto de variáveis que dão energia e sinergia, provocando a ocorrência de ações. São essas variáveis e fenômenos, que dão aos grupos uma atmosfera grupal e os comportamentos diferenciados dos membros do grupo. Conhecer bem os agentes, fenômenos, processos, a atmosfera e comportamento grupal é de fundamental importância para o profissional que trabalha com Dinâmica de Grupo, em qualquer contexto. Este conhecimento é essencial para que você esteja apto a aceitar esse desafio, que foi muito bem descrito por Áurea Castilho,
aprofundamento sobre os seus próprios conceitos e valores, ao mesmo tempo que, sem a pretensão de desgastar todas as possibilidades de análise que ele sugere, poderemos utilizá-lo, posteriormente, para iluminar outras reflexões. Para melhor compreender o que queremos dizer, leia o texto e os comentários sobre cada parágrafo, na lição 2. O Sentido dos Gansos No outono, quando se vê bando de gansos voando rumo ao Sul, formando um grande V no céu, indaga-se o que a ciência já descobriu sobre o porquê de voarem desta forma. Sabe-se que quando cada ave bate as asas, move o ar para cima, ajudando a sustentar a ave imediatamente de trás. Ao voar em forma de V, o bando se beneficia de pelo menos 71 % a mais de força de vôo do que uma ave voando sozinha. Comentário: Pessoas que têm a mesma direção e sentido de comunidade podem atingir seus objetivos de forma mais rápida e fácil, pois viajam se beneficiando de um impulso mútuo. Sempre que um ganso sai do seu bando, sente subitamente o esforço e a resistência necessários para continuar voando sozinho. Rapidamente, ele entra em outra formação para aproveitar o deslocamento de ar provocado pela ave que voa imediatamente à sua frente. Comentário: Se tivéssemos o mesmo sentido dos gansos, manter-nos-íamos em formação com os que lideram o caminho para onde também desejamos seguir.
Quando o ganso líder se cansa, ele muda de posição dentro da formação e outro ganso assume a liderança. Comentário: Vale a pena nos revezarmos em tarefas difíceis, e isto serve tanto para as pessoas quanto para os gansos que voam rumo ao Sul. Os gansos de trás gritam, encorajando os da frente para que mantenham a velocidade. Comentário: Que mensagens passamos quando gritamos de trás? Finalmente, quando um ganso fica doente ou ferido por um tiro e cai, dois gansos saem da formação e o acompanham para ajudá-lo e protegê-lo. Ficam com ele até que consigam voar novamente ou até que morra. Só então levantam vôo sozinhos ou em outra formação, a fim de alcançar seu bando. Comentário: Se tivéssemos o sentido dos gansos também ficaríamos um ao lado do outro. Na história dos gansos, aprendemos com a própria natureza sobre a importância de se pertencer a um grupo, onde cada um faz a sua parte para contribuir para o sucesso e a sobrevivência do grupo como um todo.
Foi Lewin quem abriu novos caminhos para a Psicologia Social, transformando-a em uma ciência experimental autônoma, diferenciando-a, desta forma, da Sociologia e da Psicologia. Nessa época, a Psicologia Social estava inserida na Sociologia e na Biologia, uma vez que o social deveria absorver o psíquico, segundo as tendências, então, dominantes. Com a criação dos seus primeiros laboratórios, no final desse século, a Psicologia torna-se experimental, voltando seus interesses para a compreensão da personalidade individual. Vejamos, então, quem foi Kurt Lewin. Lewin era psicólogo prussiano que, por ser judeu, imigrou para os Estados Unidos, desde 1933 , saindo da Alemanha devido ao fato desta estar sob o regime nazista, em ascensão. O próprio fato de pertencer a um grupo minoritário dentro da sociedade alemã, sendo perseguido ideologicamente dentro da mesma, segundo o anti- semitismo nazista, utilizou essa experiência como fonte de movimentação, constituindo-se num tema de estudos importantes em sua obra. Através de seus estudos foi possível compreender melhor como o indivíduo vive ligado, inevitavelmente, a grupos. Grupos estes que podem ser classificados quanto ao número de pessoas como menores (a família, os grupos de vizinhos, dos colegas da escola, de religiosos) ou maiores (as classes sociais, as sociedades) dos quais faz parte. O indivíduo estará, na maioria das vezes, com seu destino interligado com os outros indivíduos pertencentes aos grupos que convive. Ele irá atuar de acordo com a sua própria personalidade, desenvolvendo papéis, tendo seu “status” próprio, suas motivações, seus interesses, seus preconceitos e opiniões, em constante interação com os outras indivíduos. De modo geral, as pessoas são dotadas de sua historicidade, escritas por suas vivências pessoais e profissionais, bem como por suas características de personalidade e, ao se encontrarem numa situação de interação grupal, terão não apenas ações e reações individuais como, também, serão influenciadas pelo grupo.
Lewin é reconhecido principalmente pelo desenvolvimento da teoria de campo, cuja proposição básica é que o comportamento humano é função do indivíduo e do seu ambiente. Isto significa que o comportamento de uma pessoa está relacionado tanto às características pessoais quanto à situação social na qual está inserida. C = i x a Sua teoria de campo consistiu na observação e manipulação de variáveis em situações complexas, envolvendo grupos de pessoas. Utilizavam a pesquisa social empírica, a ação social e a avaliação controlada das situações grupais. Lewin partiu da premissa que, cientificamente, não havia, naquela ocasião, técnicas de exploração e instrumental conceitual que possibilitassem fazer experiências que envolvesse a sociedade de forma global, como também, os grandes conjuntos sociais. Segundo ele, seria mais válido fazê-lo por etapas, provavelmente longas, desmontando psicologicamente os mecanismos de integração e de crescimento dos diferentes tipos de micro grupos, explorando toda a problemática presente no psicológico social, elencadas aos poucos através da observação dos fatos, buscando-se evidenciar certos comportamentos constantes na formação e evolução dos grupamentos dos seres humanos. Ele foi o principal responsável pelo avanço dos estudos da Dinâmica de Grupo. Sua atuação, a partir da década de 30 , foi determinante para a Psicologia Social e, conseqüentemente, para o estudo da mesma. Atualmente, ainda podemos notar suas influências nas pesquisas e publicações sobre o assunto. A partir de 1944 , ele iniciou suas pesquisas, buscando caracterizar os domínios da Dinâmica de Grupo, consagrando esta expressão até os dias de hoje. A Dinâmica de Grupo surge da GESTALT da Psicologia Topológica de Kurt Lewin, insistindo na interdependência das forças existentes dentro do grupo, estabelecendo uma teoria dinâmica da personalidade. Parte dos princípios da teoria de campo para criar uma nova ciência de interação humana – a Dinâmica de Grupo – tomando- se por base o conceito de dinâmica dado pela física, em oposição a estática.
13 Descoberta do Grupo "T" Texto original: Sociedade Brasileira de Psicoterapia, Dinâmica de Grupo e Psicodrama No verão de 1946 , em Nova Bretanha (Connecticut), mais especificamente na escola estadual para formação de professores primários, foi realizado uma sessão sob os auspícios da comissão interética de Connecticut, do Ministério da Educação e do Centro de Pesquisas sobre a Dinâmica de Grupo. O objetivo era formar animadores no seio de organismos locais criados pela comissão. As finalidades “pessoais” dos representantes do centro ( Kurt Lewin e Ronald Lippitt), responsáveis técnicos da sessão, eram testar diversas hipóteses concernentes aos efeitos comparados das conferências e dos estudos de casos sobre os comportamentos e suas mudanças. Os participantes, em número de 30 , eram divididos em grupos de 10 , empregando seu tempo entre estudos de casos com jogos de papéis e exposições magistrais. Um observador do centro era indicado para cada grupo e preenchia as folhas de observação das interações e da dinâmica, que destinadas às próprias pesquisas da equipe Kurt Lewin, não deveriam ser retransmitidas aos participantes. Desde o início, Lewin organizara sessões matinais de trabalho, que reuniam os animadores oficiais e os observadores para verificar as observações e discuti-las. Alguns participantes que moravam na escola pediram para assistir a essas reuniões de trabalho e, após discussões, foram admitidos. Kenneth Benne afirmou: “A equipe dos animadores não previra os efeitos sobre os participantes da descrição de seus comportamentos nem a maneira pela qual seria preciso orientar as relações entre nossa equipe e os ouvintes voluntários. Aberta a discussão, o efeito foi elétrico. Primeiramente, foi-nos preciso inexoravelmente abrir essas reuniões às pessoas interessadas e logo todas as passaram a comparecer. As reuniões prolongaram-se durante três horas. Os participantes declararam que elas eram essenciais e ninguém mais se preocupou de esquecer o programa previsto, os casos que preparamos, aqueles trazidos pelos membros, os jogos de papéis etc.”.
Pareceu aos animadores que haviam descoberto, fortuitamente, um poderoso meio de formação e de mudança que pode ser assim formulado: quando os integrantes de um grupo são confrontados objetivamente com dados concernentes a seu próprio comportamento e seus efeitos e quando participam, de uma maneira não defensiva, de uma reflexão comum sobre esses dados, podem completar mui significativamente sua formação sobre o conhecimento de si, sobre as atitudes de respostas dos outros a seu respeito, sobre o comportamento do grupo e o desenvolvimento dos grupos em geral. Então nasceu a idéia de substituir o conteúdo “um outro lugar e um outro dia” (que caracteriza “os casos” ou “os exemplos” que ilustram as exposições) pela análise do “aqui e agora” concernente ao comportamento dos próprios membros do grupo. A partir de 1947 , proliferaram os estudos e pesquisas sobre a dinâmica dos pensamentos, que consideravam diferentes aspectos. Daí pequenos grupos, surgindo várias vertentes de o aparecimento de diversas denominações, sem que se possa discriminar qualquer critério diferenciador estável que justifique a diversidade, como por exemplo, os diferentes objetivos de intervenção do coordenador. As denominações mais empregadas são:
16 Podemos citar, como exemplos de grupos secundários, as organizações burocráticas e as associações voluntárias (associações de classe, grêmios etc). O funcionário ideal é aquele que desempenha seu cargo sem paixão ou ódio, portanto de modo mecânico e técnico. Porém, dentro dos grupos secundários formam-se estruturas informais com características dos grupos primários. GRUPO PSICOLÓGICO OU PSICOGRUPO
Integrado por pessoas que se conhecem, que procuram objetivos comuns, possuem ideologias semelhantes e interagem com freqüência. A associação e interação entre os membros constituem a finalidade principal de seus membros. ORGANIZAÇÃO SOCIAL OU SOCIOGRUPO
Aprendendo a Trabalhar em Grupo O QUE É UM GRUPO? Segundo Pichon-Riviére, “pode-se falar em grupo quando um conjunto de pessoas movidas por necessidades semelhantes se reúnem em torno de uma tarefa específica”. No cumprimento e desenvolvimento das tarefas, deixam de ser um amontoado de indivíduos para cada um assumir-se enquanto participante de um grupo, com um objetivo mútuo. Isto significa também, que cada participante exercitou sua fala, sua opinião, seu silêncio, defendendo seus pontos de vista. Portanto, descobrindo que, mesmo tendo um objetivo mútuo, cada participante é diferente. Tem sua identidade. Neste exercício de diferenciação - cada indivíduo vai introjetando o outro dentro de si. Isto significa que cada pessoa, quando longe da presença do outro, pode “chamá-lo” em pensamento, a cada um deles e a todos em conjunto. Este fato assinala o início da construção do grupo enquanto composição de indivíduos diferenciados. O que Pichon denomina de “grupo interno”. “O indivíduo é um ser “geneticamente social”. (Wallon) A identidade do sujeito é um produto das relações com os outros. Neste sentido todo indivíduo está povoado de outros grupos internos na sua história. Assim como, também, povoado de pessoas que o acompanham na sua solidão. Deste modo estamos sempre acompanhados de um grupo de pessoas que vivem conosco permanentemente. A influência deste grupo interno permanece inconsciente. Algumas vezes no que chamamos de pré-consciente, não nos damos conta que estamos repetindo, reproduzindo estilos, papéis, que têm que vir com vínculos arcaicos onde outros personagens jogam por nós. (^17)
O líder de mudança e o líder de resistência não podem existir um sem o outro. Os dois são necessários para o equilíbrio do grupo. Para cada maior acelerada do líder de mudança, maior o freio do líder de resistência. Para produzir assim o contrapeso às propostas do outro. O Bode Expiatório – é quem assume as culpas do grupo. Serve-se de depositário a esses conteúdos livrando o grupo do que lhe provoca o mal-estar, medo, ansiedade, etc. Os Silenciosos – são aqueles que assumem as dificuldades dos demais para estabelecer a comunicação, fazendo com que o resto do grupo se sinta obrigado a falar. Num grupo falante, se “queima” quem menos pode sobreviver ao silêncio... Aqueles que calam representam essa parte nossa que desejaria calar mas não pode. No trabalho da coordenação, sua facilidade ou dificuldade em coordenar os silenciosos dependerá de seu grau de escuta do silêncio do outro e do seu próprio. É necessário um exercício apurado de observação e leitura sobre o que os silenciosos falam para poder possibilitar, assim, a ruptura do papel de “ocultamento”, de omissão. A coordenação deverá estar atenta para não permitir uma relação hostil que obriga os silenciosos a falarem, pois deste modo não estará respeitando sua “fala”, mas também não cair na armadilha da marginalização: “eles nunca falam mesmo”, o que favorece a omissão. O Porta-voz - é quem se responsabiliza em ser a “chaminé” por onde emergem as ansiedades do grupo. Através da sensibilidade apurada do porta-voz, ele consegue expressar, verbalizar, dar forma aos sentimentos, conflitos que, muitas vezes, estão latentes no discurso do grupo. O porta-voz é como uma antena que capta de longe o que está por vir. Em muitas situações, o porta-voz pode coincidir com uma das expressões de liderança. GRUPO É ...