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Segurança em aeródromos, Notas de aula de Segurança do Trabalho

Área definida sobre a terra ou água, destinada à chegada, partida e movimentação de aeronaves. Quando o aeródromo é exclusivo para operação de helicópteros, recebe a denominação de heliponto. Quando aeródromo, dotado de instalações e facilidades para apoio de operações de aeronaves, embarque e desembarque de pessoas e cargas, se torna público, recebe a denominação de aeroporto. No caso dos aeródromos exclusivos para operação de helicópteros, heliporto.

Tipologia: Notas de aula

2012

Compartilhado em 05/01/2023

erisson-f-vieira
erisson-f-vieira 🇧🇷

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DIRENG
APOSTILA: Proteção e Segurança de Aeródromos
RESPONSABILIDADE TÉCNICA: Diretoria de Engenharia da Aeronáutica -
DIRENG (DP-31)
DATA DE ATUALIZAÇÃO: 18 de março de 2012
TELEFONES: (21) 2106-9494 ou 2106-9497
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1- Conhecer o Serviço de Salvamento e Contraincêndio do Aeródromo (Cn);
2- Conhecer e identificar as principais áreas, instalações e equipamentos de
um aeródromo (Cn);
3- Conhecer os sistemas de comunicações existentes num aeródromo (Cn);
4- Identificar a importância do Plano Contraincêndio do Aeródromo (Cn)
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APOSTILA: Proteção e Segurança de Aeródromos

RESPONSABILIDADE TÉCNICA: Diretoria de Engenharia da Aeronáutica - DIRENG (DP-31)

DATA DE ATUALIZAÇÃO: 18 de março de 2012

TELEFONES: (21) 2106-9494 ou 2106-

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1- Conhecer o Serviço de Salvamento e Contraincêndio do Aeródromo (Cn); 2- Conhecer e identificar as principais áreas, instalações e equipamentos de um aeródromo (Cn); 3- Conhecer os sistemas de comunicações existentes num aeródromo (Cn); 4- Identificar a importância do Plano Contraincêndio do Aeródromo (Cn)

SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO

Toda mudança de ambiente de trabalho necessita de uma adaptação. Pois o novo “habitat” profissional poderá influir decisivamente no seu desempenho.

Assim, com a finalidade de auxiliar na efetivação desta mudança, elaboramos o presente trabalho na expectativa de proporcionar ao futuro bombeiro de aeródromo, as condições mínimas para um bom desempenho nesta nova fase de sua vida profissional.

2- AERÓDROMO

Área definida sobre a terra ou água, destinada à chegada, partida e movimentação de aeronaves.

Quando o aeródromo é exclusivo para operação de helicópteros, recebe a denominação de heliponto.

Quando aeródromo, dotado de instalações e facilidades para apoio de operações de aeronaves, embarque e desembarque de pessoas e cargas, se torna público, recebe a denominação de aeroporto. No caso dos aeródromos exclusivos para operação de helicópteros, heliporto.

3- SERVIÇO DE SALVAMENTO E COMBATE A INCÊNDIO (SESCINC)

Os SESCINC dos aeródromos do COMAER são os Elos do Sistema de Contraincêndio (SISCON) responsáveis pela execução das atividades operacionais e administrativas estabelecidas pela Diretoria de Engenharia (DIRENG), que é o Órgão Central do SISCON.

3.1- ATIVIDADE OPERACIONAL PRINCIPAL

O Salvamento de Vidas Humanas envolvidas em acidentes ou incidentes aeronáuticos.

3.2- ATIVIDADES OPERACIONAIS ACESSÓRIAS

Correspondem às situações de emergência envolvendo vítimas e incêndios que, sem prejuízo da atividade principal, quando possível e conveniente, poderão ser atendidas pelos SESCINC, tais como:

a) Auxiliar no combate a incêndio dentro da Organização Militar (em edificações, veículos, equipamentos, em áreas verdes, etc.); b) Retirada de objetos e animais das pistas e pátios; c) Outras atividades operacionais julgadas adequadas pelo Chefe do SESCINC

OBS : Os incêndios nas cercanias da Organização Militar (OM), onde o fogo ameace suas edificações ou possa interferir nas atividades do vôo poderão ser atendidos, desde que autorizado pela autoridade competente prevista no plano de contraincêndio do SESCINC.

3.3- ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS

Correspondem a todas as atividades administrativas necessárias ao funcionamento de um SESCINC de um aeródromo, tais como:

a) Inspeção, manutenção e controle dos equipamentos e dispositivos de proteção contraincêndio das edificações da OM; b) Manutenção, controle e estocagem dos materiais, equipamentos de salvamento e combate a incêndio; c) Controle e estocagem dos agentes extintores; d) Manutenção e controle das viaturas; e) Instrução de formação e reciclagem; f) Plano de contraincêndio; g) Administração e controle de pessoal; e h) Outras atividades administrativas julgadas adequadas pelo Chefe do SESCINC

3.6- VIATURAS OPERACIONAIS

3.6.1- CARRO CONTRAINCÊNDIO – CCI

São veículos especialmente projetados para dar suporte às atividades de prevenção, salvamento e combate a incêndio em aeronaves. São classificados em dois tipos.

a) CCI tipo Agentes Combinados – AC

DESIGNAÇÃO ÁGUA (l) PÓ QUÍMICO (kg) AC-1 400 a 800 exclusive 100 AC-2 800 a 1.200 exclusive 100 AC-3 1.200 a 2.000 exclusive 100 AC-4 2.000 a 3.000 exclusive 204

b) CCI tipo Ataque Principal – AP

DESIGNAÇÃO ÁGUA (l) PÓ QUÍMICO (kg) AP-1 3.000 a 5.000 exclusive 100 AP-2 5.000 a 9.000 exclusive 100 AP-3 9.000 a 11.000 exclusive 204 AP-4 11.000 a 15.140 exclusive 204 AP-5 15.140 a 18.900 exclusive 204 AP-6 18.900 a 22.710 exclusive 204 AP-7 22.710 ou mais 204

AC-1 LAND ROVER 700 LITROS

AC-3 CIMASA – 1200 Litros

AC-3 CIMASA 1500 Litros (^) AC-3 RONTAN 1500 LITROS

3.6.1.1- CCI tipo Aerotransportável

Veículo concebido para ser transportado em aeronave C-130 para os aeródromos que necessitam de uma complementação da proteção contraincêndio durante um curto período (realização de manobras, missões, etc).

3.6.2- CARRO DE RESGATE E SALVAMENTO –CRS

Veículo dotado de superestrutura específica, destinado a apoiar as atividades operacionais de resgate e salvamento em aeronaves e outras emergências contempladas no Plano de Contraincêndio do aeródromo.

AP-2 ROSENBAUER BÚFALO – 5700 LITROS

AP-2 ROSENBAUER PANTHER – 5700 LITROS

CRS LAND ROAVER CRS IVECO

AP-2A ROSENBAUER AEROTRANSPORTÁVEL – 5800 LITROS

3.7- EQUIPE OPERACIONAL

Todo pessoal designado para compor as equipes operacionais dos SESCINC deverá ser selecionado e qualificado de acordo com as legislações da DIRENG.

3.7.1 - CHEFE DE EQUIPE DOS BOMBEIROS

O Chefe de Equipe é o responsável pela coordenação de todas as atividades da equipe de bombeiros no local do sinistro. Ele deverá possuir vasto conhecimento tático operacional e ser capaz de liderar sua equipe, de forma a conseguir o melhor rendimento.

Ele deverá adotar os procedimentos descritos no Plano de Contraincêndio do Aeródromo, implementando, caso necessário, outros procedimentos inerentes ao desdobramento da própria situação de emergência.

OBS : Em aeródromos de grande porte ( categoria contraincêndio requerida 8, 9 e 10), a função de Auxiliar do Chefe de Equipe poderá ser adotada pelo SESCINC.

3.7.2- MOTORISTA OPERADOR DE CARRO CONTRAINCÊNDIO (CCI)

Possui a missão de grande abrangência e responsabilidade, pois ele é o responsável por conduzir a equipe até o local da emergência, efetuar o posicionamento do CCI com segurança para realizar a intervenção e utilizar o canhão monitor cujo comando está localizado no interior da cabina.

O canhão monitor é o principal equipamento de combate ao fogo da viatura. Os demais equipamentos dos CCI (sistema de PQ, mangotinhos, mangueiras para lançamento de espuma e extintores portáteis) são considerados como recursos adicionais e complementares devendo ser utilizados eventualmente.

3.7.3- AUXILIARES DE CCI

Aos auxiliares caberá outra missão de grande importância: realizar o salvamento das vítimas utilizando os equipamentos de salvamento disponíveis.

3.7.4- OBSERVADOR E COMUNICAÇÕES

Elemento responsável por observar a movimentação de aeronaves no aeródromo e operar o sistema de comunicações do SESCINC.

3.7.5- MOTORISTA DO CARRO DE RESGATE E SALVAMENTO (CRS)

Possui também uma missão de grande abrangência e responsabilidade, pois ele é o responsável por conduzir a equipe até o local da emergência e efetuar o posicionamento do CRS com segurança. Ele também deve ser qualificado para desempenhar as atividades de resgate e salvamento.

3.7.6- LIDER DA EQUIPE DE RESGATE

Profissional qualificado para desempenhar as atividades de resgate e salvamento, designado para chefiar a equipe de resgate.

3.7.7- SOCORRISTAS

Profissional qualificado para desempenhar as atividades de resgate e salvamento, atuando sob a supervisão do Líder.

4- ÁREAS, INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS DE UM AERÓDROMO

Para os efeitos operacionais, destacaremos as principais áreas, instalações e equipamentos de um aeródromo.

4.1- PÁTIO DE AERONAVES

Área definida, em um aeródromo terrestre, destinada a abrigar as aeronaves para fins de embarque ou desembarque de passageiros, carga ou descarga, reabastecimento, estacionamento ou manutenção.

4.2- PISTA DE POUSO E DECOLAGEM

Área retangular definida em um aeródromo terrestre, devidamente sinalizada, preparada para o pouso e decolagem de aeronaves. Pode ser de asfalto, concreto, terra ou grama. São construídas em função do vento predominante na região.

4.3- CABECEIRA DE PISTA

Denominação dada às extremidades das pistas de pouso e decolagem. São identificadas por números que indicam sua posição em função do Norte Magnético.

Esta numeração corresponde ao ângulo expresso na bússola, arredondado para o mais próximo múltilpo de 10. Ela será pintada na cabeceira oposta ao ângulo da bússola, sem o último algarismo, de modo que, uma aeronave alinhada com o eixo da pista, será conduzida para o rumo expresso pela numeração da cabeceira.

OBS : Por vezes a designação numérica de uma pista muda. Isto ocorre devido ao fato do Norte magnético ser variável. Ele nunca está fixo, e pode variar para leste ou oeste. Estas variações levam anos para acontecerem e existem locais mais sensíveis a essas mudanças magnéticas.

A aeronave vai para:

ANV indo para 90º

ANV indo para 210º

Cabeceiras opostas ao ângulo da bússola

Cabeceiras opostas ao ângulo da bússola

4.4- PISTA DE TÁXI

Via definida em um aeródromo terrestre, devidamente sinalizada, destinada a proporcionar ligação entre as áreas do aeródromo.

4.5- BALIZAMENTO DE PISTAS

Sistema de iluminação constituído de luminárias instaladas em pequenos suportes (pilones), distribuídas nas laterais das pistas de táxi, pista de pouso / decolagem e nas cabeceiras. Elas permitem a localização das pistas e seus limites (inicio, laterais e fim). Na pista de pouso e decolagem elas ficam distanciadas, no máximo, 60 m umas das outras.

Local Cor da Luminária Pista de Táxi Azul Pista de Pouso e Decolagem Branca Últimos 600m pode ser Amarela Cabeceiras Inicio da Pista – Verde Fim da Pista – Vermelha

OBS : As luminárias de cabeceira são instaladas simetricamente à esquerda e à direita do eixo central da pista.

4.6- BARRA DE PARADA

Área demarcada nas pistas de táxi (pintura e/ou luzes de sinalização de cor vermelha, embutidas na pista) que indica o ponto mais próximo da pista de pouso, no qual os bombeiros podem posicionar suas viaturas para aguardar, em segurança, o pouso da aeronave em emergência.

Quando tais marcas não existirem ou não forem visíveis, as viaturas devem ser posicionadas de acordo com a tabela abaixo:

Comprimento da Pista Distância da Lateral da Pista Menor que 900 m 30 m Maior que 900 m 50 m

4 .7- BIRUTA

Equipamento destinado a indicar a direção do vento. Normalmente, as aeronaves pousam e decolam contra o vento.

Porém, em determinados momentos, para selecionar a cabeceira da pista por onde a aeronave deve pousar ou decolar, o Órgão de Controle de Tráfego Aéreo considera também:

  • os circuitos de tráfego do aeródromo;
  • a velocidade do vento na superfície;
  • o tipo de aeronave;
  • o comprimento das pistas, e
    • os auxílios à navegação aérea que existem no aeródromo. Quando o vento na superfície for de velocidade inferior a 10 km/h (6 nós), qualquer cabeceira pode ser utilizada.

O mesmo princípio para designação da numeração das cabeceiras de pistas é utilizado para indicar a direção do vento, porém de maneira inversa, ou seja, a direção do vento é expressa pelo valor do ângulo da bússola que indica a sua origem.

O Vento vem de:

Vento 70º

Vento 210º

4.9- AUXÍLIOS À NAVEGAÇÃO AÉREA

Para uma perfeita e segura operação de aeronaves, os aeródromos são dotados de sistemas e equipamentos de auxílio às operações de pouso e decolagem, sendo que a maioria fica localizada ao longo das pistas. Porém, quase todos esses equipamentos são alimentados por energia elétrica, fato que representa um fator de risco a mais nos casos em que uma aeronave se acidenta saindo da pista abalroando esses equipamentos.

4.10- TORRE DE CONTROLE (TWR - DO INGLÊS TOWER)

Em alguns casos também chamada de ATC (Air Trafic Control). É o órgão destinado a realizar:

  • Controle de pousos e decolagens;
  • Controle de movimentação (veículos e pessoas) nas pistas e pátios de aeronaves, e
  • Acionamento de emergências aeronáuticas.

4.11- TERMINAL DE PASSAGEIROS (TPS)

Local dotado de instalações específicas onde o passageiro efetua o embarque e desembarque de uma aeronave. Nos aeródromos públicos, dependendo do seu porte, existe desde pequenos comércios até grandes centros comerciais, com potencial de acontecer situações de emergência equiparadas às de uma pequena, média ou grande cidade.

4.12- TERMINAL DE CARGA AÉREA (TECA)

Local (área aberta ou edificação), especificamente delimitado para o recebimento, guarda, armazenagem, controle, movimentação e entrega da carga transportada ou a transportar por via aérea. Como muitos produtos perigosos são transportados por aeronaves (existe legislação pertinente), existe potencial de ocorrer uma situação de emergência envolvendo tais produtos.

4.13- DEPÓSITO DE COMBUSTÍVEL DE AVIAÇÃO

Local provido de instalações, tanques, equipamentos e edificações de administração e manutenção, com a finalidade de receber, armazenar e distribuir combustíveis de aviação.

4.14- CASA DE FORÇA (KF)

Local destinado a receber energia elétrica da empresa fornecedora, transformá-la (reduzi-la) e fornecê-la à todas as áreas do aeródromo. Nela estão os painéis de distribuição e podem estar localizados também, os sistemas geradores de emergência (geradores movidos a motor a combustão ou conjunto de baterias).

5.3- IDENTIFICAÇÃO DE UM HELIPONTO

O heliponto será identificado por uma letra colocada no centro da área de toque, dentro de um triângulo equilátero com o vértice pintado (fechado) apontado para o Norte Magnético (NM), que indicará o seu tipo de uso (público, privado ou militar). A letra é pintada orientada para o NM.

P - Particular ou Privado M - Militar H - Público

5.4- CAPACIDADE DE UM HELIPONTO

A capacidade de um heliponto é expressa por um número situado na área de toque, à direita do vértice pintado (fechado) do triângulo que possui a mesma orientação da letra. Ele indica o peso máximo (toneladas) que seu piso resiste. As frações de tonelada deverão ser arredondadas para o número inteiro inferior mais próximo.

5.5- INDICADOR DE SUPERFÍCIES DE APROXIMAÇÃO E SAÍDA (RAMPAS)

As superfícies de Aproximação e Saída (rampas) são as trajetórias livres de obstáculos que serve para a aeronave se aproximar ou sair de um heliponto. Essas indicações visuais são representadas por setas pintadas à direita das rampas.

OBS : Os helipontos que não possuem obstáculos ao seu redor são circulares. Devido a isso, sua área de pouso não possui indicação visual das superfícies de Aproximação e de Saída, pois todo seu entorno pode ser utilizado sem restrições.

Vértice Fechado Norte Magnético - MN