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SBV - Suporte Básico de Vida, Notas de estudo de Anestesiologia

neste Manual SBV, com o Suporte Básico de Vida. (SBV) a pretender garantir o primeiro (reconhecimento precoce e ativação do sistema de emergência médica).

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Osvaldo_86
Osvaldo_86 🇧🇷

4.5

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Suporte Básico de Vida
SBV
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Suporte Básico de Vida

SBV

2

SUPORTE BÁSICO DE VIDA

4

Nota

de abertura

5

Nota de abertura

Caro Formando,

O conceito de cadeia de sobrevivência (utilizado pela primeira vez em finais da década de 80 e incorporado nas recomendações de 1992 sobre reanimação cárdio- pulmonar, da American Heart Association) tem servido de base ao desenvolvimento de um volume significativo de conhecimento científico que se tem traduzido (como demonstrado por vários estudos) em inúmeras vidas salvas. Os primeiros três elos desta cadeia são abordados neste Manual SBV, com o Suporte Básico de Vida (SBV) a pretender garantir o primeiro (reconhecimento precoce e ativação do sistema de emergência médica) e segundo (reanimação imediata) elos da cadeia e com a Desfibrilhação Automática Externa (DAE) a garantir o terceiro (desfibrilhação precoce). Os procedimentos específicos definidos nas recomendações sobre reanimação, quando devidamente aplicados, aumentam de forma significativa a probabilidade de sobrevivência em caso de paragem cárdio-respiratória (PCR), pelo que a pronta e a correta execução de SBV (e DAE) são essenciais para reduzir a mortalidade e morbilidade (sequelas) associadas à PCR. Concebido de acordo com as últimas recomendações

sobre reanimação do European Resucitation Council (ERC) e num formato sintético e objetivo, pretendeu-se condensar a informação mais relevante num Manual de leitura fácil e atrativa, focando os aspetos essenciais mas que não esgotam toda a informação sobre estas matérias. Assim, há espaço para a procura de novas informações e conhecimentos sobre SBV (e DAE) que também deve ser estimulada, num processo incessante de melhoria contínua das competências individuais de cada um.

Com este Manual, o INEM espera melhorar a capacidade de resposta a um problema que afeta toda a comunidade, disponibilizando uma ferramenta valiosa para apoio à formação nestas duas áreas fundamentais garantindo um direito que é de todos nós: o direito a ser reanimado de forma adequada.

Boa formação!

Luis Meira Diretor do Departamento de Formação em Emregência Médica (INEM)

7

ficha tÉcnica

coordenação tÉcnico-científica

Miguel Soares de oliveira, Presidente do Conselho Diretivo do INEM

Miguel Valente, INEM (Departamento de Formação em Emergência Médica), Enfermeiro

rodrigo catarino, INEM (Departamento de Formação em Emergência Médica), Enfermeiro

autoreS

Miguel Valente, INEM (Departamento de Formação Emergência Médica), Enfermeiro

rodrigo catarino, INEM (Departamento de Formação Emergência Médica), Enfermeiro

coLaBoradoreS

helder ribeiro, INEM (Delegação Regional do Sul), Enfermeiro

artur Martins, INEM (Departamento de Emergência Médica), Enfermeiro

VaLidado peLa coMiSSão de peritoS

Ana Teresa Lufinha, Hospital Militar Principal, Médica (Anestesiologia)

antónio Marques, Hospital de Santo António, Médico (Anestesiologia)

armando almeida, Administração Regional de Saúde (Algarve), Enfermeiro

José artur paiva, Hospital de São João, Médico (Medicina Interna)

cândida durão, Escola Superior de Enfermagem de Lisboa, (Enfermeira)

carlos Luz, Hospital Garcia de Orta, Médico (Cirurgia)

daniel ferreira, Hospital da Luz, Médico (Cardiologia)

ernestina Gomes, Hospital Pedro Hispano, Médica (Anestesiologia)

fernando próspero, Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto Douro, Medico (Cirurgia)

francisco abecasis, Centro Hospitalar Lisboa Norte, Médico (Pediatria)

hélder pereira, Hospital Garcia de Orta, Médico (Cardiologia)

João João Mendes, Centro Hospitalar Lisboa Central, Médico (Medicina Interna)

Miguel félix, Centro Hospitalar de Coimbra, Médico (Pediatria)

deSiGn e paGinação David Rafachinho

SUPORTE BÁSICO DE VIDA

8

Secção 1 a CadeIa de SobreVIVÊNCIa

  1. cadeia de sobrevivência 12

Secção 2 SuPorte bÁSICo de VIda, aduLto

  1. compressões torácicas 16
  2. Ventilação "boca-a-boca" 18
  3. Suporte Básico de Vida, adulto 20
  4. SBV com dois reanimadores 24

Secção 3 VeNtILaÇÃo CoM adJuVaNte da VIa aÉrea

  1. Ventilação com máscara de bolso 28

Secção 4 deSobStruÇÃo da VIa aÉrea

  1. obstrução da via aérea 32
  2. algoritmo de desobstrução da via aérea: adulto e criança 34

Secção 5 CoNSIderaÇÕeS eSPeCIaIS

  1. posição lateral de segurança 38
    1. riscos para o reanimador 40

Secção 6 SIGLaS 44 bIbLIoGraFIa 46

SUPORTE BÁSICO DE VIDA

10

Secção 1

a CadeIa de

SobreVIVÊNCIa

11

13

Salvar uma vida envolve uma sequência de passos^ notAs : Cada um deles influencia a sobrevivência. Esses passos são frequentemente descritos como os elos da “cadeia de sobrevivência”.

reconheciMento

precoce e pedido de

aJuda

Os serviços de emergência devem ser chamados de imediato se se suspeitar, por exemplo, de um enfarte agudo do miocárdio ou de uma paragem cardiorrespiratória (PCR). O número universal de emergência nos países da união europeia é o 112.

Suporte BáSico de Vida

(SBV) precoce para

Ganhar teMpo

Se ocorrer uma PCR (o coração pára), iniciar compressões torácicas e ventilações (SBV) de imediato poderá duplicar as hipóteses da vítima sobreviver.

deSfiBriLhação

precoce para

reiniciar o coração

Na maioria dos casos de PCR o coração pára de bater, eficazmente, devido a uma perturbação do ritmo designada fibrilhação ventricular (FV). O único tratamento eficaz para a FV é a administração de um choque elétrico (desfibrilhação). A probabilidade de sucesso da desfibrilhação decresce entre 7 a 10% por minuto após o colapso, a não ser que o SBV seja realizado ( Cummins , 1989).

cuidadoS póS

reaniMação para

recuperar coM

quaLidade de Vida

Após uma reanimação com sucesso os reanimadores podem aumentar as possibilidades de recuperação. Para os leigos, isto pode passar apenas pela colocação da vítima em posição lateral de segurança. Os profissionais de saúde devem usar técnicas diferenciadas para optimizar a recuperação.

Figura 1: Cadeia de sobrevivência

Secção 1

a CadeIa de SobreVIVÊNCIa Cadeia de Sobrevivência

SUPORTE BÁSICO DE VIDA

14

Secção 2

SuPorte bÁSICo

de VIda, aduLto

SUPORTE BÁSICO DE VIDA

16

  1. coMpreSSÕeS

torácicaS

Secção 2

SbV, aduLto

17

Os dois elementos fundamentais do SBV são as^ notAs : compressões torácicas e as ventilações. São as compressões torácicas que mantêm o fluxo de sangue para o coração, o cérebro e outros órgãos vitais.

Para aplicar corretamente compressões torácicas num adulto:

  1. Posicionar-se ao lado da vítima;
  2. Certificar-se que a vítima está deitada de costas, sobre uma superfície firme e plana;
  3. Afastar/remover as roupas que cobrem o tórax da vítima;
  4. Colocar a base de uma mão no centro do tórax, entre os mamilos;
  5. Colocar a outra mão sobre a primeira entrelaçando os dedos;
  6. Braços e cotovelos esticados, com os ombros na direção das mãos;
  7. Aplicar compressão sobre o esterno, deprimindo o esterno 5-6 cm a cada compressão (as compressões torácicas superficiais podem não produzir um fluxo sanguíneo adequado);
  8. No final de cada compressão garantir a re- expansão total do tórax, aliviando toda a pressão sem remover as mãos do tórax (o retorno completo da parede torácica permite que mais sangue encha o coração entre as compressões torácicas);
  9. Aplicar compressões de forma rítmica a uma frequência de pelo menos 100 por minuto, mas não mais do que 120 por minuto (a evidência científica demonstra que esta frequência produz um fluxo sanguíneo adequado e melhora a sobrevivência; ajuda se contar as compressões em voz alta);
  10. NUNCA INTERROMPER AS COMPRESSÕES MAIS DO QUE 5 SEGUNDOS (com o coração parado, quando não se comprime o tórax, o sangue não circula).

Figura 3

Figura 4

Secção 2

SbV, aduLto Compressões torácicas

19

na impossibiiidade de utilizar um adjuvante da^ notAs : VA (máscara de bolso ou insuflador manual) , a ventilação “boca-a-boca” é uma maneira rápida e eficaz de fornecer oxigénio à vítima. O ar exalado pelo reanimador contém aproximadamente 17% de oxigénio e 4% de dióxido de carbono, o que é suficiente para suprir as necessidades da vítima.

Para ventilar adequadamente uma vítima adulta:

  1. Posicionar-se ao lado da vítima;
  2. Permeabilizar a VA (a posição incorreta da cabeça pode impedir a ventilação adequada por OVA):
  • Colocar uma mão na testa da vítima e empurrar com a palma da mão, inclinando a cabeça para trás (extensão da cabeça);
  • Colocar os dedos da outra mão por baixo da parte óssea da mandíbula, perto do queixo (pressão excessiva nos tecidos moles por baixo do queixo podem obstruir a VA);
  • Elevar a mandíbula, levantando o queixo da vítima (Atenção: não feche a boca da vítima!);
  1. Aplicar 2 ventilações na vítima, mantendo a VA permeável:
  • Com a mão na testa da vítima comprimir as narinas da vítima;
  • Respirar normalmente e selar os lábios ao redor da boca da vítima;
  • Aplicar 1 ventilação (soprar por 1 segundo; esta duração maximiza a quantidade de O2 que chega aos pulmões, com menor probabilidade de distensão gástrica), observando se existe a elevação do tórax da vítima. Cada insuflação deve ser suficiente para provocar elevação do tórax como numa respiração normal (se o tórax não se elevar, repetir as manobras de permeabilização da VA);
  • Aplicar uma segunda ventilação, observando se existe elevação do tórax;
  • Caso uma ou ambas as tentativas de insuflação se revelem ineficazes, deve avançar de imediato para as compressões torácicas.

Figura 5

Figura 6

Secção 2

SbV, aduLto Ventilação "boca-a-boca"

SUPORTE BÁSICO DE VIDA

20

Secção 2

SbV, aduLto

  1. Suporte BáSico

de Vida, aduLto