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Saúde Do Idoso: o envelhecimento, Esquemas de Saúde do Idoso

A criação desde PDF foi realizado por meio de aulas ministradas pela professora de minha faculdade, desd eexpositivas à dinâmicas. Este documento resume temas relacionados às alterações em idosos desde mudanças celulares e alterações biomecânicos, o que propicia tendência à quedas e a diminuição da independência. Ter esse conhecimento é fundamental para prática fisioterapêutica, uma vez que permite identicar alterações nos idosos, traçar objetivos e o plano de tratamento individualizado.

Tipologia: Esquemas

2023

À venda por 27/06/2025

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leticia-gomes-ovy 🇧🇷

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O Envelhecimento
envelhecer não é ficar doente;
não confundir envelhecimento com
condição de saúde;
é fisiológico e individual;
o tempo NÃO é o principal marcador;
tempo: marcar cronológico para
direitos, questões sociais,
previdência e etc
AGEISMO: aversão/preconceito com
o envelhecimento
temos vários tipos de
envelhecimento: biológico, cultural,
econômico, social…
E
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biológico
genética que promove longevidade
predisposição para doenças
telômeros:
- protege cromossomos;
- quanto maior, mais tempo de vida;
- sua diminuição é um processo
irreversível, com o tempo diminuem;
- fatores que aceleram diminuição:
estresse excessivo (guerras por ex),
sobrepeso..
- fatores bons: dieta do mediterrâneo,
vitaminas antioxidantes
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idosos no japão são valorizados
inclusão na cultura
diferença entre ocidente x oriente
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quando existem fatores de proteção,
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vai seguir até o fim da vida com
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sexo femino: mulheres mais velhas
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É o processo de optimização das
oportunidades de saúde, participação e
segurança com objetivo de melhorar a
qualidade de vida à medida que ocorre o
processo de envelhecimento
participação + saúde + segurança
→ participação em atividades econômicas,
culturais e espirituais;
saúde física, mental e social
segurança com assistência, proteção e
dignidade
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econômicos
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ambientes físico
pessoais
comportamentais
serviços sociais e de saúde
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Letícia Gomes
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Baixe Saúde Do Idoso: o envelhecimento e outras Esquemas em PDF para Saúde do Idoso, somente na Docsity!

O Envelhecimento

● envelhecer não é ficar doente; ● não confundir envelhecimento com condição de saúde; ● é fisiológico e individual; ● o tempo NÃO é o principal marcador; ● tempo: marcar cronológico para direitos, questões sociais, previdência e etc ● AGEISMO: aversão/preconceito com o envelhecimento ● temos vários tipos de envelhecimento: biológico, cultural, econômico, social…

→ Envelhecimento biológico

● genética que promove longevidade ● predisposição para doenças ● telômeros:

  • protege cromossomos;
  • quanto maior, mais tempo de vida;
  • sua diminuição é um processo irreversível, com o tempo diminuem;
  • fatores que aceleram diminuição: estresse excessivo (guerras por ex), sobrepeso..
  • fatores bons: dieta do mediterrâneo, vitaminas antioxidantes

→ Envelhecimento cultural

● idosos no japão são valorizados ● inclusão na cultura ● diferença entre ocidente x oriente

→ Envelhecimento social

● participação impactada;

Aumento no número de idosos

● taxa de envelhecimento estão diminuídas

Formas de envelhecimento

● incapacidade funcional é um limiar ruim ● quando existem fatores de proteção, o indivíduo fica mais distante do limiar de incapacidade ● quando a curva toca o limiar, o idoso vai seguir até o fim da vida com limitações

→ Fatores relacionados

● hereditariedade ● parkinson ● sexo femino: mulheres mais velhas são mais sucetíveis a doenças crônicodegenerativas

Envelhecimento ativo

É o processo de optimização das oportunidades de saúde, participação e segurança com objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que ocorre o processo de envelhecimento participação + saúde + segurança → participação em atividades econômicas, culturais e espirituais; saúde física, mental e social segurança com assistência, proteção e dignidade

→ Determinantes

● econômicos ● sociais ● ambientes físico ● pessoais ● comportamentais ● serviços sociais e de saúde ● estilo de vida ● educação.

Fatores

Temos 3 fatores que são fundamentais para um envelhecimento bem sucedido.

  1. saúde: bem estar físico mental e social (OMS)
  2. participação social: manutenção
  3. manutenção do funcionamento físico e cognitivo

Linha de cuidado

→ Idoso frágil

● atenção domiciliar ● reabilitação ● prevenção secundária

→ Idoso independente

● promoção e prevenção ● reabilitação preventiva ● atenção básica ● suporte social

● Aumento do átrio esquerdo Alterações morfológicas

1. Pericárdio ● espessamento difuso e fibroso: ● principalmente nas cavidades esquerdas 2. Endocárdio ● espessamento e opacidade ● proliferação das fibras colágenas e elásticas ● hiperplasia irritativa causada por uma longa turbulência sanguínea ● estudos comprovam que o espessamento acentua depois da sexta década de vida ● após os 60 anos, há focos de infiltração lipídica no AE 3. Miocárdio ● Acúmulo de gordura ● Fibrose intersticial ● Atrofia fosca ● Hipertrofia concêntrica ● Calcificação 4. Valvas no geral ● apresentam algum tipo de alteração no espessamento 5. Alteração na aorta ● Aumento do calibre, do volume e da extensão ● Maior espessura e rigidez da parede ●Alterações da túnica elástica: desorganização e perda de fibras ● Hiperplasia subendotelial: redução e modificações químicas da elastina Função cardiovascular ● Diminuição da resposta de elevação da frequência cardíaca ao esforço ou outro estímulo. ● Diminuição da complacência do VE mesmo na ausência de hipertrofia miocárdica, com retardo no relaxamento do ventrículo, com elevação da pressão diastólica desta cavidade, levando à disfunção diastólica do idoso , muito comum, e que se deve principalmente à dependência da contração atrial para manter o enchimento ventricular e o débito cardíaco. ● Diminuição da complacência arterial , com aumento da resistência periférica e consequente aumento da pressão sistólica, com aumento da pós-carga dificultando a ejeção ventricular devido às alterações estruturais na vasculatura. ● Diminuição da resposta cronotrópica e inotrópica às catecolaminas. ● Diminuição do consumo máximo de oxigênio (VO2 máx.) pela redução da massa ventricular. ● Diminuição da resposta vascular ao reflexo barorreceptor , com maior suscetibilidade do idoso à hipotensão. ● Maior prevalência de hipertensão sistólica isolada, mais frequente do que a sistodiastólica acima dos 70 anos, estando associada a maior risco de doenças cárdio e cerebrovasculares.

2. Respiratório

Alterações Morfológicas ● aumentam: espaços aerados, tecido fibroso, rigidez da estrutura interna pulmonar; ● diminui: superfície de troca gasosa, capacidade máxima inspiratória e PO2, elasticidade da parede torácica e volume expiratório; ● modificação do surfactante pulmonar; ● musculatura respiratória enfraquece; ● parede torácica: enrijecimento do gradil costal; ● perda de tecido de suporte das vias respiratórias: diminuindo a elasticidade alveolar; Respiração

● inspiração e expiração: igual ao do adulto mas há alterações lentas e progressivas; ● calcificação das cartilagens costais: enrijecimento do tórax; ● diminuição da capacidade das fibras elásticas retornarem após distensão na inspiração; ● consequência: diminuição do volume pulmonar e capacidade ventilatória; ● capacidade vital pode diminuir 75% até 7ª década de vida; ● uso de musculatura acessória; ● aumento do volume residual; ● consequência: inadequada oxigenação do sangue sendo que a PO2 não altera. Surfactante ● função: manter tensão entre alvéolos baixa e impedir entrada de partículas (macrófagos agem contra bactérias por exemplo) ● produção diminuída pelos pneumócitos tipo II; ● consequência: aumento da permeabilidade alveolar, atelectasias; ● a perda é progressiva e muitos idosos vivem normalmente → lembrar que diversos fatores influenciam. Mecânica do sistema ● parede torácica + pulmões + diafragma: essencial; ● complacência da parede torácica:define o potencial inspiratório; complacência pulmonar: define a capacidade expiratória; Musculatura Respiratória ● diafragma: perda progressiva de massa muscular (especialmente fibras de contração rápida) diminui a capacidade de tensão muscular dele; ● junções neuromusculares alteradas e perda de neurônios motores periféricos: denervação da fibras de contração rápida; ● consequência: maior trabalho muscular e gasto energético na respiração; Parênquima Pulmonar ● pseudo elastina no parênquima: perde da pressão de retração elástica; ● degeneração das fibras elásticas ao redor dos ductos alveolares: contrição das pequenas vias respiratórias durante a respiração; Alterações Imunológicas ● pulmão: constantemente exposto a microrganismos pela inalação → mecanismos de limpeza são fundamentais (ex: secreção brônquica, neutrófilos e macrófagos); ● em idosos há o aumento de: macrófagos, imunoglobulinas, linfócitos → provavelmente devido volume de estímulos antigênicos repetitivos ao longo dos anos; ● macrófagocos com mais habilidade em liberarem radicais livres em resposta aos estímulos; ● estímulos antigênicos repetitivos + declínio idade-dependente da resposta imunomoduladora = inflamação persistente no trato respiratório baixo (causa lesão e perda de unidade alveolares). Provas de Função Pulmonar ● VR aumenta; ● CRF (VRE + VR) aumenta: idosos precisam respirar maiores volumes de ar; ● CV (VC + VRI + VRE) diminui; ● VEV1: diminui; ● Peak flow diminui; Controle da Respiração e Trocas Gasosas ● não há diferença do volume corrente mas devido alterações na mecânica ventilatória e parênquima pulmonar: aumento da FR.

3. Osteomioarticular

O sistema osteomioarticular é um sistema responsável pela movimentação e

vai impactar em situações de sobrecarga. ● Perda das fibras rápidas no envelhecimento, mas no dia a dia usamos mais as lentas. ● Perda de células de todo o organismo, consequentemente há uma redução de inervações. Perda de inervação = fibra morre e também pode ter uma lentificação da transmissão de estímulos ● há uma redução de cerca de 20% em todos os sistemas ● diminuição da densidade óssea: osso trabecular nas extremidades de ossos longos e coluna e esse tecido → o que sofre mais com a diminuição de cálcio, arquitetura, mais fragilizada devido sua composição → isso explica os locais de fratura: como o fêmur que tem sua parte distal osso trabecular, fratura de quadril, coluna e braço (mais comuns) ● com o envelhecimento existe perda de nutrição da cartilagem por perda de água ● líquido sinovial mais viscoso, impacta na desidratação da cartilagem ● Por isso que a mobilidade e movimento é essencial para o idoso, para gerar maior nutrição articular. ● A própria estrutura do colágeno muda com o tempo, fragilizando a articulação. ● Fratura de fêmur aumenta a mortalidade em idosos. ● Cirurgia deve ser feita até 3 dias após a fratura, quanto mais tempo ele espera e pior, aumentando o risco de morte, pode causar coágulos tanto no lugar da fratura, como em outras partes do corpo também, como por exemplo no sistema cardiorespiratório. Resumindo:Sistema muscular:

  • perda maior de fibras rápidas , mesmo sendo a lenta mais utilizada; perda maior de musculatura de MMII (a medida que vamos envelhecendo vamos diminuindo as atividades de MMII, perda de quadríceps e muito grande - reserva funcional diminui muito por conta disso. deve-se trabalhar muito quadríceps) ● Função do sistema muscular: movimento, há perda da potência, resistência, perda de arcabouço = altera postura, marcha e equilíbrio) ● Sarcopenia (perda não só da massa, mas também da função): AVD prejudicada ( é diferente de perda de massa muscular e comum do envelhecimento) ● Sistema Articular:
  • rigidez devido aos impactos da estrutura articular
  • diminuição da nutrição, flexibilidade devido a alteração de colágeno
  • Aumento da viscosidade do líquido sinovial, maior predisposição de gerar lesão na articulação. ● Sistema ósseo:
  • diminuição da densidade óssea: osso trabecular nas extremidades de ossos longos e coluna e esse tecido é o que sofre mais com a diminuição de cálcio, arquitetura mais fragilizada devido sua composição.
  • Isso explica os locais de fratura: como o fêmur que tem sua parte distal osso trabecular. fratura de quadril, coluna e braço (mais comuns) ● Preenchimento da perda muscular por tecido adiposo e fibroso. Perda principalmente do músculo da coxa, onde é diagnosticada a sarcopenia.

4. Cognição

O que é cognição?

● Cognição é a capacidade de processar informações e transformá-las em conhecimento , com base em um conjunto de habilidades mentais e/ou cerebrais como a percepção, a atenção, a associação, a imaginação, o juízo, o raciocínio e a memória. ● De modo geral, podemos dizer que a cognição humana é a interpretação que o cérebro faz de todas as informações captadas pelos cinco sentidos, e a conversão dessa interpretação para a nossa forma interna de ser. Cérebro e o Envelhecimento ● Um dos aspetos que tem sido identificado é a redução progressiva no volume de matéria cinzenta , com particular proeminência no córtex pré-frontal e de forma mais moderada no lobo temporal, com particular expressão no hipocampo. ● Os mecanismos envolvidos são diversificados, podendo incluir a morte neuronal, a redução do tamanho neuronal e a redução da densidade sináptica. ● É reconhecido que os neurônios sofrem alterações morfológicas como envelhecimento, que incluem a diminuição na arborização e tamanho dos dendritos, e a redução nas espinhas dendríticas. ● A deterioração na comunicação entre neurônios poderá também dever-se a uma desregulação nos genes responsáveis pela síntese de proteínas sinápticas , com relação com a ocorrência de processos inflamatórios, e ao stress oxidativo durante as fases mais avançadas da vida. Memória ● A memória é uma dimensão cognitiva comumente afetada em pessoas idosas, pois a taxa de aquisição (capacidade para codificar informação nova na memória) diminui gradualmente com o envelhecimento, assim como a capacidade para aceder a informação recente. No entanto, a retenção da informação efetivamente processada está cognitivamente preservada em idosos saudáveis, mas não em quadros demenciais. ● O declínio na memória pode ainda expressar um processamento mais lento, um menor recurso a estratégias de otimização da aprendizagem e memória, dificuldades de concentração, distração crescente por informação irrelevante → declínio progressivo na memória imediata e na memória a curto-prazo. Atenção ● tarefas de atenção complexas, como a atenção seletiva (habilidade para focar a atenção na informação relevante ignorando a informação irrelevante) ou a atenção dividida (capacidade de dirigir a atenção b para diversas tarefas em simultâneo) Linguagem ● tende a permanecer preservadas ao longo da vida, mas pode sofrer alterações Capacidade Visuoespacial ● A compreensão do espaço em duas e três dimensões envolve um conjunto de recursos cognitivos que sofrem alterações com o envelhecimento: capacidade de associar partes individuais para construir um todo coerente ● percepção de objetos,o reconhecimento da familiaridade, a percepção espacial, a noção estética: alterados em situações de demência.

extraoculares (principalmente rotação ocular) ● Redução da secreção lacrimal e na funcionalidade das células dos cones e bastonetes, e atrofia dos músculos ciliares: pode ocorrer devido ao desgaste e ao acúmulo de danos ao longo dos anos, afetando a visão e a capacidade de foco. Audição (a partir dos 50 anos) ● Presbiacusia (Hipoacusia Neurossensorial):

  • células que fazem conversão dos sons em sinais elétricos que são enviados ao cérebro para processamento afetadas (desgaste) → perda gradual da capacidade de ouvir sons de alta frequência, dificultando a compreensão da fala, especialmente em ambientes ruidosos (gritar com idoso não resolve) ● Diminuição na capacidade de localizar sons:
  • A perda da capacidade de determinar a direção da qual um som está vindo, ● Espessamento tímpano, redução da produção de cerume (impactação no ouvido externo), aumento da rigidez dos ossículos do ouvido e atrofia no nervo auditivo:
  • afeta a afetar a sua capacidade de vibrar adequadamente em resposta às ondas sonoras, diminuindo a eficiência da transmissão do som para o ouvido interno. ● A produção de cerume (cera) no ouvido externo diminui menor proteção do canal auditivo = risco de acúmulo de sujeira e obstrução do canal. ● Ossículos do ouvido médio (martelo, bigorna e estribo)rígidos: menor capacidade de transmitir com eficácia as vibrações sonoras ● A atrofia do nervo auditivo : devido a redução no número de células ciliadas e outras estruturas no ouvido interno = diminuição na capacidade do nervo auditivo de transmitir informações auditivas com clareza. ● Menor tolerância a ruídos intensos : Sons mais altos podem ser desconfortáveis ● Audição seletiva: dificuldade em focar em uma fala em situações de várias vozes ou sons. TatoAlterações no sistema sensorial somático:
  • redução da sensação de dor, vibração, frio, calor, pressão, texturas e toque.
  • causas: comprometimento na microcirculação dos receptores periféricos ou do SNC localizados na pele, envelhecimento do sistema hipotalâmico e secundariamente a deficiência de vitaminas do complexo B, diabetes melito, uso de álcool ou fatores ambientais (excesso de sol). ● maior vulnerabilidade à queimaduras e hipotermia (temperatura), aparecimento de úlceras de decúbito e lesões da pele (sensibilidade toque, pressão e vibração) e comprometer propriocepção (levando a quedas e traumas). ● Aumento de disfunções cutâneas: ressecamento da pele, redução da circulação cutânea, redução do teor de água tecidual e retardo da cicatrização tecidual. Olfato e PaladarRedução da capacidade de discriminar diferentes odores:
  • devido a redução da secreção e fluidez do muco nasal, substituição do epitélio nasal com redução da espessura e concentração neurocelular responsável pelo olfato.

Perda do olfato (anosmia): perda parcial ou completa do olfato ● Diminuição da capacidade de identificar sabores: as papilas gustativas podem atrofiar, diminuindo a capacidade de detectar sabores (principalmente salgado → muitos idosos adoçam mais ou salgam ● Alterações nas Glândulas Salivares: produção pode diminuir, podendo afetar a percepção Equilíbrio e PropriocepçãoRedução da propriocepção:

  • os Corpúsculos de Paccini (responsáveis pelos estímulos vibratórios) e os de Meissner (responsáveis pelos estímulos táteis) diminuem sua quantidade
  • aumento dos limiares táteis = demore mais para perceber um estímulo sem que cause a dor + diminuição da percepção de posicionamento de membros e articulações →levando ao comprometimento da coordenação e do equilíbrio. ● A capacidade de perceber a posição e os movimentos do corpo pode diminuir devido a diminuição na atividade muscular e articular ● Alterações na coordenação motora: a deficiência na propriocepção pode gerar dificuldades na coordenação de movimentos mais complexos. ● Alterações no sistema vestibular: pode sofrer degeneração dos canais semicirculares e otólitos, levando a tonturas, vertigens e desequilíbrio = risco de quedas Sistema Genitourinário ● há uma diminuição lenta, porém constante, do peso dos rins ● Depois dos 30-40 anos:
  • diminuição gradual da velocidade com que os rins filtram o sangue - estreitamento das artérias que suprem os rins = menor suprimento = diminuição dos rins ● Ureteres: não se alteram muito com a idade, ● Bexiga e a uretra sofrem algumas alterações - volume máximo de urina que a bexiga pode conter, a capacidade de uma pessoa em retardar a micção após a primeira sensação de necessidade de urinar e a velocidade do fluxo de urina para fora da bexiga para a uretra são aspectos que diminuem. - índice de infecções no trato urinário aumenta: quantidade de urina que permanece na bexiga após a micção aumenta. - uretra feminina encurta e seu revestimento fica mais fino = menor capacidade do esfíncter urinário de se fechar firmemente, aumentando o risco de incontinência urinária. - homens: a glândula prostática pode aumentar com a idade = bloqueando gradualmente o fluxo de urina e ● Diminuição da sensibilidade: A sensibilidade dos órgãos genitais e trato urinário podem diminuir = percepção de estímulos sexuais e capacidade de identificar a necessidade de urina afetadas Sistema Reprodutor ● mulheres com a menopausa: - cessa a produção de estrogênio e progesterona pelos ovários - redução no tamanho e perda de elasticidade vaginal, diminuição da acidez e secreções da vagina e diminuição do tônus do músculo pubococcígneo o que causa relaxamento da vagina e do períneo. - podem provocar sangramento e dor durante as relações sexuais. ● homens - diminuição do androgênio, do tamanho do pênis e testículos

● processo de envelhecimento é heterogêneo ● variabilidade ● queixa principal nem sempre representa relação direta a condição patológica de base (ex: às vezes tem pneumonia, mas a queixa dele é cair, etc) ● condição de saúde pode se apresentar como atípica e obscura ● modelo tradicional com o paradigma centrado na doença é inadequado para o idoso ● a condição de saúde NÃO é a principal variável analisada nos idosos ● a visão fragmentada estritamente biomédica, com ênfase na doença é equivocada

Doenças nos idosos

● manifestações atípicas ● sintomas inespecíficas ● início insidioso ● subclínico ● sintomas não relatados: acha que é normal para idosos as manifestações naturais do envelhecimento não são agudas ● é fácil errar o diagnóstico

→ Alto risco

● múltiplas doenças crônicas ● limitações funcionais e sociais ● idade avançada ● presença de síndromes geriátricas ● falta de apoios: social, financeiro, ambiental precário

→ Baixo risco

● uma ou duas doenças crônicas ● doenças controladas e estabilizadas ● não tem limitação ● independente socialmente ● pode ter doença: mas, o mais importante é estar CONTROLADA

5 Is → 7 Is

1. incontinência: limita e restringe 2. iatrogenia : vinculada a qualquer profissional de saúde, esquece o contexto; 3. instabilidade e quedas: 4. imobilidade 5. insuficiência cognitiva 6. insuficiência familiar 7. insuficiência comunicativa: diversas questões sensoriais associadas

3 Ds → 4 Ds

**1. delirium

  1. demência
  2. depressão
  3. doença mental**
  • prevalência de demência cada vez maior: população + envelhecida -pandemia influenciou no aumento

Avaliação do idoso

● avaliação sistemática e multidisciplinar ● identificar vários problemas ● instrumentos universalmente padronizados, válidos e confiáveis - avaliações com ferramentos, ex: mini mental

→ Objetivos da avaliação multidimensional

● melhora a precisão diagnóstica ● guia a seleção das intervenções ● identifica idosos em risco de agravo à saúde ● identifica áreas de necessidade de reabilitação ● prevê desfechos ou resultados de intervenção ● monitorar mudanças clínico-funcionais ao longo do tempo ● aumentar a satisfação dos idosos com o cuidado oferecido ● o instrumento permite que o sistema priorize um grupo de idosos na APS ● oferece cuidado no momento certo: antes que a condição de saúde se torne grave e demande cuidados intensivos e de alto custo ● avalia risco de fragilidade

→ Em vários domínios

● funcional ● físico ● cognitivo ● mental ● social ● ambiental

Rede de apoio

● UBS: deve acompanhar o idoso ● início do processo: encaminhamento em um sistema de referência (DPSI) ou como parte de um fluxo de atendimento em serviços especializados

  • DPSI: departamento de saúde do idoso ● inclui uma triagem de casos com abordagem rápida - para depois aplicar a AGA
  • ex: geriatra analisa a polifarmácia ● é necessária a presença do cuidador familiar, do cuidador contratado e de outras pessoas que estejam envolvidas

Atividade - Níveis de Independência Funcional

→ Avds Báisicas de Vida Diária (ABVD)

● classifica incapacidades ● tarefas de autocuidado e cuidado pessoal dentro de casa ● higiene, aparência, comer, vestir ● mobilidades e transferências

→ Avds Instrumentais de Vida Diária (AIVD)

● classifica incapacidades ● atividades necessárias para uma vida independente na comunidade ● arrumar casa, fazer compras ● mover fora da casa ● finanças e uso de meios de transporte

→ Avds Avançadas de Vida Diária (AVD)

● não quantifica em dependente ou independente ● só qualifica ● trabalhar ● participar de atvd voluntárias na comunidade ● viajar longas distâncias sozinho ● práticas esporte

→ Hierarquia das atividades diárias

● perde as instrumentais (mais complexas) ● depois perde as básicas ● a capacidade de comer é uma das últimas a se perder

1. Anamnese

Estado nutricional

● pacientes hospitalizados: 40% desnutridos ● associado com aumento da mortalidade e morbidade ● “ganhou ou perdeu mais de 5kg nos últimos seis meses?’ ● vantagens: método rápido, baixo custo, boa predição de doenças, mortalidade e capacidade funcional ● triagem inicial ou monitoramento ● antropometria é importante ● IMC: recomendado pela OMS - utilizar pontos de corte para idosos

→ Fatores de risco

demência, depressão, patologia bucal e isolamento

Polifarmácia

● 15% das internações ● >5 medicações: maior risco de quedas ● histórico de uso

Etilismo e Tabagismo

→ Álcool ● comunidade: 5 a 10% ● 15% procuram atendimento → Tabaco ● alertar os riscos para a saúde e qualidade de vida

● questionar sobre: dificuldade de ler, assistir TV, dirigir

  • Cartão de Jeager ● catarata: principal acometimento ● glaucoma

Acuidade auditiva

● presbiacusia: perda progressiva da capacidade de diferenciar sons de alta frequência ● zumbidos ● elevar a voz ● evitar ruídos do ambiente ● falar olhando no olho ● pronunciar palavras de forma mais lenta

  • compreende a fala em situações sociais?
  • consegue entender o que ouve na TV?
  • zumbido/ fala alto?
  • tem necessidade de repetição de falas no diálogo?

→ Teste padronizado

  • Teste do Sussurro (Whisper): avaliador fica fora do campo visual (33 cm) e sussurra
  • deve ser descartada a possibilidade do cerume ser a causa da diminuição da audição

3. Avaliação Física, Funcional e

Mental

função : habilidades necessárias para realizar tarefas e cumprir ritos sociais relacionados a vida independente no dia dia ( 2-8% vivem nas ABVD e 25% com dificuldades em AIVD); ● determina os objetivos do tratamento; ● usamos diversas escalas e realizamos testes específicos: força, equilíbrio, atividade e cognição.

Síndromes Geriátricas

1. Síndrome da Imobilidade

Contexto do idoso ● supervalorização do repouso como melhora ● mobilidade: maior efeito para alta/q.v/melhora; ● fisio: desmistificar; ● inserção no sistema de saúde: ofertar o que o idoso precisa devido condição de saúde (fisioterapia é fundamental -Nasf, Did) Síndrome da Imobilidade Complexo de sinais e sintomas devido à restrição de movimentos e incapacidade de mudanças posturais. (Tratado de Geriatria e Gerontologia, 2002). ● Paciente de alto risco para complicações clínicas, dependente das avds e candidato a hospitalização frequentemente → paciente crônico Algumas consequências ● Dificuldade em manter paciente no domicílio; ● Contraturas

● Disfágico: com ou sem sonda ● Demente ● Úlceras: de difícil resolução ● Caquético Prevalência ● Idosos: maior vulnerabilidade devido diminuição da reserva fisiológica ● Idoso fragilizado, com síndrome da fragilidade; ● Institucionalização (ILPI) ou hospitalização; ● Hospitalização prolongada:25-50% ficam confinados ao leito Mortalidade 40% ocorrem devido: ● Respiratórios:embolia pulmonar, infecções, pneumonia ● Causas de sepse: infecção urinária, ● Falência múltipla de órgãos Serviços de Saúde ● Pacientes de alta complexidade: privado não quer ● Equipe multi ● Cuidados e manutenção com cuidados elevados ● Medicações simultaneamente, exames frequentes, sonda, curativos ● Planos: chance de recuperação é pequena e longa = custo e óbito Alterações Sistema Músculo-esquelético ● Estrutura e função: ácido lático,fibrose, fraqueza, hipotrofia grande, deformidades ● Limitações funcionais:

  • transferências
  • Postura ● Úlceras ● Associação:
  • osteoporose
  • Fibrose
  • Menor resistência muscular: descondicionamento
  • Hipotrofia
  • Fraqueza muscular
    • Contraturas -> anquiloses ● Função muscular
    • Perda de fibra tipo II
    • 6 semanas: perda de 20%de força em mmii e 10% em mmss;
    • Começo: perda é alta e rápida: 10% em 1 semana.
    • Perda de unidades motoras contráteis → sem estímulo nervoso de actina e miosina mudam conformação → contraturas ● Encurtamento:
    • cadeia posterior devido pé em planti em DD
    • Ipc mobilizar tornozelo/ficar de pé para evitar ● objetivos de ficar de pé: alongamento total, mobilização articular (dorsiflexão por ex), retorno venoso, pressão arterial, contração muscular, esvaziamento de bexiga, estimulação intestinal, estimulação sensorial, estímulo psicológico, parte tegumentar, sistema visual → dinâmica do paciente como um todo Alteração metabólica: ● Diminuição da síntese proteica e aumento da degradação (perdendo fibra) ● Menor respiração celular ● Menor síntese de glicogênio ● Menor consumo de O2. ● Colágeno:
  • Estrutura se modifica rápido;
  • Fibras se fundem e perdem propriedade elástica: rigidez (não percebemos movimento ao toque)
  • Mm, tendões afetados = articulações com contraturas
  • Posições: planti de tornozelo + joelho e quadril flexionados + adução de mmss + flexão de cabeça, punho, cotovelos e dedos ● alimentação Sistema Respiratório ● menor VC, V minuto, CV, ● movimento diafragmático diminui mais : acúmulo de ar maior

● AGA: verificação de riscos associados à imobilização ● Escala de Braden: percepção sensorial, umidade, atividade, nutrição, fricção e cisalhamento

  • escore de 19 a 5
  • 13 a 14: risco moderado
  • < 12: risco elevado de desenvolver úlcera de pressão Abordagem Sindrômica ● abordagem global e estratégias direcionadas à gravidade Objetivos Específicos ● Preservar e promover o aumento da funcionalidade ● Atuar na prevenção de úlceras de pressão; ● Prevenir contraturas musculares; Prevenir osteoporose; ● Promover a mobilidade articular; ● Estimular o aumento da ADM; ● Trabalhar o alongamento muscular; ● Proporcionar ganho de força; ● Estimular condicionamento cardiorrespiratório ● Restabelecer memória proprioceptiva; ● Desenvolver coordenação motora; ● Estabelecer normalização do tônus; ● Recuperar os padrões de movimento; ● Recuperar a função respiratória; ● Estimular o funcionamento correto do sistema gastrointestinal; ● Facilitar o controle dos esfíncteres; ● Trabalhar as alterações neurológicas, sensoriais e emocionais; ● Proporcionar qualidade de vida Abordagem ● cinesioterapia: mobilização passiva, ativo-assistida, ativa, alongamento e contrações isométricas ● facilitação proprioceptiva ● estimulação sensorial ● massoterapia ● termoterapia ● terapia com laser ● eletroterapia ● fisioterapia respiratória ● posicionamentos no leito ● treino de mudanças posturais e transferências ● órteses e dispositivos auxiliares: independência ● treino de AVD´s ● orientações ao paciente, família e cuidador Posicionamento e Mobilização ● prevenção: objetivo ● mudanças posturais: conforto e previne úlceras, contraturas e anquiloses ● rotações para mudança de postura ● travesseiros: dl, dd ● muito debilitado: movimento de rotação ao lado dele ● ensinar levantar da cama corretamente ● auxílio para levantar: um dos pés entre os pés do paciente, segurar pelas costas e proteger região lateral do joelho ● dispositivos auxiliares

Assistência Domiciliar

● atenção ao cuidador primário/secundário; ● várias perspectivas: autônomo, DID, equipe do PSF e planos privados (Santa Casa, Unimed…):

  • benefício: redução da internação hospitalar = planos de saúde gastam muito Introdução - BR ● mais de 10% dos idosos são frágeis; ● necessidade de adequação do setor de saúde com novos modelos assistenciais → Assistência

Domiciliar (AD) → procura e demanda ● modelo hospitalocêntrico não se adequa Histórico - AD ● recentemente nova: século XX Antigamente: ● médico de família e enfermeiros atendiam ● públicos:

  • crianças com problemas respiratórios
  • gestantes: partos eram feitos em casa
  • enfermos com doenças infecto-contagiosas Revolução Industrial ● urbanização ● capitalismo: busca de serviço e saúde virou mercado ● forças de trabalho ● avanço tecnológico da medicina ● surgimento de profissões e especialidades → fortalecimento do modelo hospitalar Nova Demanda hoje Brasil ● setor público e privado Privado ● devido processo crescente empresariamento e tecnificação da assistência à saúde → empresa se mantém ativa se tiver lucro Público ● Lei 10.424 (2002): acréscimo da lei 8080 ● Política Nacional do Idoso → AD do idoso ● fornecedor: Estratégia da Saúde da Família → para todos ● poder aquisitivo mais baixo é a maioria Home Care ou Assistência Domiciliar Gama de serviços realizados no domicílio destinados ao suporte e cuidados terapêuticos do idoso. Incluem: internação, atendimento, acompanhamento e gerenciamento
  1. Internação Domiciliar ● assistência integral ● recursos humanos, alta tecnologia (suporte ventilatório, ultrassom, raio x, coleta de sangue e urina…), rede de suporte de emergência
  2. Atendimento Domiciliar ● quadros agudos e/ou com quadros crônicos generalizados, alteração físico-funcional ● restrito ao leito ou domicílio
  3. Acompanhamento Domiciliar ● doenças crônicas ● dependência funcional e/ou dificuldade de locomoção ● menos graves que o atendimento
  4. Gerenciamento Domiciliar ● apoio domiciliar com restrição de AIVD´s ● orientar a manutenção da capacidade funcional: adaptações de segurança ● idoso que ainda não está com processo de incapacidade Critérios de Elegibilidade para Admissão do Idoso no Serviço de AD ● morar na área de abrangência do serviço ● avaliação da infraestrutura física: não pode ser em condições precárias (sem rede de saneamento