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Saúde coletiva ministério da saúde, Resumos de Saúde da Criança

resumos sobre saúde coletiva segundo os cadernos de atenção básica de enfermagem do ministério da saúde

Tipologia: Resumos

2019

Compartilhado em 27/11/2022

maria-brito-51
maria-brito-51 🇧🇷

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Primeira Consulta
pré-natal
ºO pré-natal de baixo
risco pode ser inteiramente
acompanhado pelo
enfermeiro(MNS,2000).
Baseado na lei nº7,498,de
25 de junho de 1986 que
dispõe sobre a
regulamentação do
exercício da enfermagem
do decreto nº94.406,de 08
de junho de 1987 oqual
regulamenta a lei
nº27\2002..
Sabe-se que o pré natal inadequado é um dos fatores
que influenciam os altos índices de morbimortalidade.
90% das causas de morte materna diretas são
evitáveis no pré-natal e menos de 10% morrem de
causas indiretas.
1ºCONSULTA
º Após a confirmação da gravidez com resultado
positivo Beta hcg ,em consulta médica ou de
enfermagem dá-se início ao acompanhamento da
gestante com o cadastramento no SisPreNatal..
A partir desse momento,a gestante deverá receber as
orientações necessárias referentes ao
acompanhamento pré-natal,sequências de
consultas ,visitas domiciliares e grupos educativos .Deve
ser fornecido a gestante :
Caderneta da Gestante;
Calendário de vacinas e suas orientações ;
º Deve ser feito a classificação do risco gestacional que
deve ser contínua durante toda a gravidez :
Fatores de risco que permitem a realização do pré-
natal na atenção básica :
Idade menor do que 15 anos e maior que 35;
Ocupação:esforço físico intenso ,carga horária
extensa ,exposição a agentes físicos ,químicos e
biológicos e ou estresse .
Situação familiar insegura e não aceitação da gestação.
Situação conjugal insegura e não aceitação da
gravidez;
Baixa escolaridade (menor do que 5 anos de estudo)
Condições ambientais desfavoráveis;
Altura menor doque 1,45m
IMC que evidencie baixo peso,sobrepeso ou obesidade;
Intervalo interpartal menor do que 2 anos ou maior do
que 5 anos;
Nuliparidade e Multiparidade 5 ou mais partos;
Cirurgia uterina anterior;
Três ou mais cesarianas;
Ganho ponderal inadequado;
Infecção urinária atual;
Anemia
O total de consultas deve ser de no mínimo 6
consultas com acompanhamento intercalado entre
médico e enfermeiro.
Até 28º semana- mensalmente
Da 28º até a 36º semana quinzenalmente
Da 36º até a 41º semana - semanalmente
Roteiro da Primeira consulta
Anamnese-
Identificação:
- Nome;
- Número do Cartão Nacional de Saúde;
- Idade;
- Cor;
- Naturalidade;
- Procedência;
- Endereço atual;
- Unidade de referência.
Dados socioeconômicos:
- Grau de instrução;
- Profissão/ocupação (deve-se identificar fatores de
risco);
- Estado civil/união;
- Número e idade de dependentes (deve-se avaliar a
sobrecarga de trabalho doméstico);
- Renda familiar;
- Pessoas da família com renda;
- Condições de moradia (tipo, nº de cômodos);
- Condições de saneamento (água, esgoto, coleta de
lixo);
- Distância da residência até a unidade de saúde.
Antecedentes familiares:
- Hipertensão arterial;
- Diabetes mellitus;
- Malformações congênitas e anomalias genéticas;
- Gemelaridade;
- Câncer de mama e/ou do colo uterino;
- Hanseníase;
- Tuberculose e outros contatos domiciliares (deve-se
anotar a doença e o grau de parentesco);
- Doença de Chagas;
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Primeira Consulta

pré-natal

ºO pré-natal de baixo risco pode ser inteiramente acompanhado pelo enfermeiro(MNS,2000). Baseado na lei nº7,498,de 25 de junho de 1986 que dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem do decreto nº94.406,de 08 de junho de 1987 oqual regulamenta a lei nº27\2002.. Sabe-se que o pré natal inadequado é um dos fatores que influenciam os altos índices de morbimortalidade. 90% das causas de morte materna diretas são evitáveis no pré-natal e menos de 10% morrem de causas indiretas. 1ºCONSULTA º Após a confirmação da gravidez com resultado positivo Beta hcg ,em consulta médica ou de enfermagem dá-se início ao acompanhamento da gestante com o cadastramento no SisPreNatal.. A partir desse momento,a gestante deverá receber as orientações necessárias referentes ao acompanhamento pré-natal,sequências de consultas ,visitas domiciliares e grupos educativos .Deve ser fornecido a gestante : Caderneta da Gestante; Calendário de vacinas e suas orientações ; º Deve ser feito a classificação do risco gestacional que deve ser contínua durante toda a gravidez : Fatores de risco que permitem a realização do pré- natal na atenção básica : Idade menor do que 15 anos e maior que 35; Ocupação:esforço físico intenso ,carga horária extensa ,exposição a agentes físicos ,químicos e biológicos e ou estresse. Situação familiar insegura e não aceitação da gestação. Situação conjugal insegura e não aceitação da gravidez; Baixa escolaridade (menor do que 5 anos de estudo) Condições ambientais desfavoráveis; Altura menor doque 1,45m IMC que evidencie baixo peso,sobrepeso ou obesidade; Intervalo interpartal menor do que 2 anos ou maior do que 5 anos; Nuliparidade e Multiparidade 5 ou mais partos; Cirurgia uterina anterior; Três ou mais cesarianas; Ganho ponderal inadequado; Infecção urinária atual; Anemia O total de consultas deve ser de no mínimo 6 consultas com acompanhamento intercalado entre médico e enfermeiro. Até 28º semana- mensalmente Da 28º até a 36º semana quinzenalmente Da 36º até a 41º semana - semanalmente Roteiro da Primeira consulta Anamnese-

- Identificação:

  • Nome;
  • Número do Cartão Nacional de Saúde;
  • Idade;
  • Cor;
  • Naturalidade;
  • Procedência;
  • Endereço atual;
  • Unidade de referência.
  • Dados socioeconômicos:
  • Grau de instrução;
  • Profissão/ocupação (deve-se identificar fatores de risco);
  • Estado civil/união;
  • Número e idade de dependentes (deve-se avaliar a sobrecarga de trabalho doméstico);
  • Renda familiar;
  • Pessoas da família com renda;
  • Condições de moradia (tipo, nº de cômodos);
  • Condições de saneamento (água, esgoto, coleta de lixo);
  • Distância da residência até a unidade de saúde.
  • Antecedentes familiares:
  • Hipertensão arterial;
  • Diabetes mellitus;
  • Malformações congênitas e anomalias genéticas;
  • Gemelaridade;
  • Câncer de mama e/ou do colo uterino;
  • Hanseníase;
  • Tuberculose e outros contatos domiciliares (deve-se anotar a doença e o grau de parentesco);
  • Doença de Chagas;
  • Parceiro sexual portador de infecção pelo HIV.
  • Antecedentes pessoais gerais:
  • Hipertensão arterial crônica;
  • Diabetes mellitus;
  • Cardiopatias, inclusive doença de Chagas;
  • Doenças renais crônicas;
  • Anemias e deficiências de nutrientes específicos;
  • Desvios nutricionais (baixo peso, desnutrição, sobrepeso, obesidade);
  • Epilepsia;
  • Doenças da tireoide e outras endocrinopatias;
  • Viroses (rubéola, hepatites);
  • Hanseníase, tuberculose, malária, sífilis ou outras doenças infecciosas;
  • Portadora de infecção pelo HIV (deve-se anotar se a paciente está em uso de antirretrovirais e especificar o esquema utilizado);
  • Infecção do trato urinário;
  • Doenças neurológicas e psiquiátricas;
  • Cirurgia (tipo e data);
  • Transfusões de sangue;
  • Alergias (inclusive medicamentosas);
  • Doenças neoplásicas;
  • Vacinação;
  • Uso de medicamentos;
  • Uso de drogas, tabagismo e alcoolismo.
  • Antecedentes ginecológicos:
  • Ciclos menstruais (duração, intervalo e regularidade; idade da menarca);
  • Uso de métodos anticoncepcionais prévios (quais, por quanto tempo e motivo do abandono);
  • Infertilidade e esterilidade (tratamento);
  • Doenças sexualmente transmissíveis, inclusive doença inflamatória pélvica (tratamentos realizados, inclusive pelo parceiro);
  • Cirurgias ginecológicas (idade e motivo);
  • Malformações uterinas;
  • Mamas (patologias e tratamento realizado);
  • Última colpocitologia oncótica (papanicolau ou “preventivo”, data e resultado).
  • Sexualidade:
  • Início da atividade sexual (idade da primeira relação);
  • Dispareunia (dor ou desconforto durante o ato sexual);
  • Prática sexual na gestação atual ou em gestações anteriores;
  • Número de parceiros da gestante e de seu parceiro em época recente ou pregressa;
  • Uso de preservativos masculinos e/ou femininos (“uso correto” e “uso habitual”).
    • Antecedentes obstétricos:
    • Número de gestações (incluindo abortamentos, gravidez ectópica, mola hidatiforme);
    • Número de partos (domiciliares, hospitalares, vaginais espontâneos, por fórceps, cesáreas – indicações);
    • Número de abortamentos (espontâneos, provocados, causados por DST, complicados por infecções, relato de insuficiência istmo-cervical, história de curetagem pós-abortamento);
    • Número de filhos vivos;
    • Idade na primeira gestação;
    • Intervalo entre as gestações (em meses);
    • Isoimunização Rh;
    • Número de recém-nascidos: pré-termo (antes da 37ª semana de gestação), pós-termo (igual ou mais de 42 semanas de gestação);
    • Número de recém-nascidos de baixo peso (menos de 2.500g) e com mais de 4.000g;
    • Número de recém-nascidos prematuros ou pequenos para a idade gestacional;
    • Mortes neonatais precoces: até sete dias de vida (número e motivo dos óbitos);
    • Mortes neonatais tardias: entre sete e 28 dias de vida (número e motivo dos óbitos);
    • Natimortos (morte fetal intraútero e idade gestacional em que ocorreu);
    • Recém-nascidos com icterícia, transfusão, hipoglicemia, ex-sanguíneo- transfusões;
    • Intercorrências ou complicações em gestações anteriores (deve-se especificá-las);
    • Complicações nos puerpérios (deve-se descrevê-las);
    • Histórias de aleitamentos anteriores (duração e motivo do desmame).
    • Gestação atual:
    • Data do primeiro dia/mês/ano da última menstruação
    • DUM (anotar certeza ou dúvida);
    • Peso prévio e altura;
    • Sinais e sintomas na gestação em curso;
    • Hábitos alimentares;
    • Medicamentos utilizados na gestação;
    • Internação durante a gestação atual;
    • Hábitos: fumo (número de cigarros/dia), álcool e drogas ilícitas;
    • Ocupação habitual (esforço físico intenso, exposição a agentes químicos e físicos potencialmente nocivos, estresse);
    • Aceitação ou não da gravidez pela mulher, pelo parceiro e pela família, principalmente se for adolescente;
  • Verificação do calendário de vacinação;
  • Deve-se avaliar o resultado dos exames complementares;
  • Devem ser feitas a revisão e a atualização do Cartão da Gestante e da Ficha de Pré-Natal. Além disso, devemos executar as seguintes tarefas: I. Controles maternos:
  • Cálculo e anotação da idade gestacional;
  • Determinação do peso e cálculo do índice de massa corporal (IMC): anote no gráfico e realize a avaliação nutricional subsequente e o monitoramento do ganho de peso gestacional;
  • Medida da pressão arterial (observe a aferição da PA com técnica adequada);
  • Palpação obstétrica e medida da altura uterina (anote os dados no gráfico e observe o sentido da curva para avaliação do crescimento fetal);
  • Pesquisa de edema;
  • Exame ginecológico, incluindo das mamas, para observação do mamilo. II. Controles fetais:
  • Ausculta dos batimentos cardiofetais;
  • Avaliação dos movimentos percebidos pela mulher e/ou detectados no exame obstétrico/ registro dos movimentos fetais; - Teste de estímulo sonoro simplificado (Tess), se houver indicação clínica. III. Condutas:
  • Interpretação dos dados da anamnese e do exame clínico/obstétrico e correlação com resultados de exames complementares;
  • Avaliação dos resultados de exames complementares e tratamento de alterações encontradas ou encaminhamento, se necessário;
  • Prescrição de suplementação de sulfato ferroso (40mg de ferro elementar/dia) e ácido fólico (5mg/dia), para profilaxia da anemia;
  • Oriente a gestante sobre alimentação e faça o acompanhamento do ganho de peso gestacional;
  • Incentive o aleitamento materno exclusivo até os seis meses;
  • Oriente a gestante sobre os sinais de risco e a necessidade de assistência em cada caso;
  • Faça o acompanhamento das condutas adotadas em serviços especializados, pois a mulher deverá continuar a ser acompanhada pela equipe da atenção básica;
  • Proceda à realização de ações e práticas educativas individuais e coletivas; - Faça o agendamento das consultas subsequentes. Procedimentos para o diagnóstico nutricional A avaliação nutricional, na primeira consulta, subsidia a previsão de ganho de peso até o fim da gestação.
    1. Calcule a idade gestacional em semanas. Obs.: Quando necessário, arredonde a semana gestacional da seguinte forma: 1, 2, 3 dias, considere o número de semanas completas; e 4, 5, 6 dias, considere a semana seguinte. Exemplos: Gestante com 12 semanas e 2 dias = 12 semanas; Gestante com 12 semanas e 5 dias = 13 semanas.
    2. Localize, na primeira coluna da tabela 1, a seguir , a semana gestacional calculada e identifique, nas colunas seguintes, em que faixa está situado o IMC da gestante.
    3. Classifique o estado nutricional (EN) da gestante, segundo o IMC, por semana gestacional, da seguinte forma: Baixo peso: quando o valor do IMC for igual ou menor do que os valores apresentados na coluna correspondente a baixo peso; Adequado: quando o IMC observado estiver compreendido na faixa de valores apresentada na coluna correspondente a adequado; Sobrepeso: quando o IMC observado estiver compreendido na faixa de valores apresentada na coluna correspondente a sobrepeso; Obesidade: quando o valor do IMC for igual ou maior do que os valores apresentados na coluna correspondente a obesidade.

Controle da pressão arterial (PA) A Hi pertensão arterial sistêmica (HAS) na gestação é classificada nas seguintes categorias principais:

  • Pré-eclâmpsia: caracterizada pelo aparecimento de HAS e proteinúria (> 300 mg/24h) após a 20ª semana de gestação em mulheres previamente normotensas;
  • Eclâmpsia: corresponde à pré-eclâmpsia complicada por convulsões que não podem ser atribuídas a outras causas;
  • Pré-eclâmpsia superposta à HAS crônica: definida pela elevação aguda da PA, à qual se agregam proteinúria, trombocitopenia ou anormalidades da função hepática, em gestantes portadoras de HAS crônica com idade gestacional superior a 20 semanas;
  • Hipertensão arterial sistêmica crônica: é definida por hipertensão registrada antes da gestação, no período que precede à 20ª semana de gravidez ou além de doze semanas após o parto;
  • Hipertensão gestacional: caracterizada por HAS detectada após a 20ª semana, sem proteinúria, podendo ser definida como “transitória” (quando ocorre normalização após o parto) ou “crônica” (quando persistir a hipertensão). As alterações hipertensivas da gestação estão associadas a complicações graves fetais e maternas e a um risco maior de mortalidade materna e perinatal. Nos países em desenvolvimento, a hipertensão gestacional é a principal causa de mortalidade materna, sendo responsável por um grande número de internações em centros de tratamento intensivo. I. Procedimentos recomendados para a medida da pressão arterial:
    • Preparo da paciente:
    1. Explique o procedimento à gestante e a deixe em repouso por pelo menos 5 minutos em ambiente calmo. Ela deve ser instruída a não conversar durante a medida. Possíveis dúvidas devem ser esclarecidas antes ou após o procedimento.
    2. Certifique-se de que ela não:
    • está com a bexiga cheia;
    • praticou exercícios físicos há pelo menos 60 minutos;
    • ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos;
    • fumou nos 30 minutos anteriores. Palpação obstétrica e medida da altura uterina (AU) Objetivos:
    • Identificar o crescimento fetal;
    • Diagnosticar os desvios da normalidade a partir da relação entre a altura uterina e a idade gestacional;
    • Identificar a situação e a apresentação fetal. palpação obstétrica deve ser realizada antes da medida da altura uterina. Ela deve iniciar-se pela delimitação do fundo uterino, bem como de todo o contorno da superfície uterina (este procedimento reduz o risco de erro da medida da altura uterina). A identificação da situação e da apresentação fetal é feita por meio da palpação obstétrica, procurando-se identificar os polos cefálico e pélvico e o dorso fetal, facilmente identificados a partir do terceiro trimestre. Pode-se, ainda, estimar a quantidade de líquido amniótico. A percepção materna e a constatação objetiva de movimentos fetais, além do crescimento uterino, são sinais de boa vitalidade fetal. Técnica para palpação abdominal (Manobras de Leopold): Consiste em um método palpatório do abdome materno em 4 passos (grau de recomendação B):
    • Delimite o fundo do útero com a borda cubital de ambas as mãos e reconheça a parte fetal que o ocupa;
    • Deslize as mãos do fundo uterino até o polo inferior do útero, procurando sentir o dorso e as pequenas partes do feto;

Ausculta dos batimentos cardiofetais Constatar a cada consulta a presença, o ritmo, a frequência e a normalidade dos batimentos cardíacos fetais (BCF). Deve ser realizada com sonar, após 12 semanas de gestação, ou com Pinard, após 20 semanas. É considerada normal a frequência cardíaca fetal entre 120 a 160 batimentos por minuto. Observação: após uma contração uterina, a movimentação fetal ou o estímulo mecânico sobre o útero, um aumento transitório na frequência cardíaca fetal é sinal de boa vitalidade. Por outro lado,uma desaceleração ou a não alteração da frequência cardíaca fetal, concomitante a estes eventos,é sinal de alerta, o que requer aplicação de metodologia para avaliação da vitalidade fetal. Nestes casos, recomenda-se referir a gestante para um nível de maior complexidade ou à maternidade. BCF não audíveis com estetoscópio de Pinard, quando a idade gestacional for igual ou maior do que 24 semanas. Alerta: Verifique o erro de estimativa da idade gestacional. Afaste as condições que prejudiquem uma boa ausculta: obesidade materna, dificuldade de identificar o dorso fetal. Mantenha o calendário mínimo de consulta, se houver percepção materna e constatação objetiva de movimentos fetais e/ou se o útero estiver crescendo. Agende consulta médica ou faça a referência da paciente para o serviço de maior complexidade, se a mãe não mais perceber movimentação fetal e/ou se o crescimento uterino estiver estacionário. Bradicardia e taquicardia. Sinal de alerta: Afaste a febre e/ou recomende o uso de medicamentos pela mãe. Deve-se suspeitar de sofrimento fetal. O médico da unidade de saúde deve avaliar a gestante e o feto. Na persistência do sinal, encaminhe a gestante para o serviço de maior complexidade ou para o pronto- atendimento obstétrico. Registro dos movimentos fetais Objetivo: Avaliação clínica do bem-estar fetal na gravidez a partir da 34ª semana gestacional (grau de recomendação C). A presença de movimentos do feto sempre se correlacionou como sinal e constatação de vida;todavia, o monitoramento dos movimentos fetais como meio de avaliação do seu bem-estar é relativamente recente. Verificação da presença de edema Objetivo: Detectar precocemente a ocorrência de edema patológico. Exame ginecológico e coleta de material para colpocitologia oncótica O exame ginecológico inclui a inspeção vulvar, o exame especular e o toque vaginal. Não se deve perder a oportunidade para a realização do rastreamento do câncer do colo do útero nas gestantes. Não está contraindicada a realização deste exame em mulheres grávidas, podendo ser feito em qualquer período da gestação, preferencialmente até o 7º mês. Exames complementares de rotina e condutas 1ª consulta ou 1º trimestre Hemograma Tipagem sanguínea e fator Rh Coombs indireto (se for Rh negativo) Glicemia em jejum Teste rápido de triagem para sífilis e/ou VDRL/RPR Teste rápido diagnóstico anti-HIV Anti-HIV Toxoplasmose IgM e IgG Sorologia para hepatite B (HbsAg) Urocultura + urina tipo I (sumário de urina – SU, EQU) Ultrassonografia obstétrica Citopatológico de colo de útero (se for necessário)

Exame da secreção vaginal (se houver indicação clínica) Parasitológico de fezes (se houver indicação clínica) 2º trimestre Teste de tolerância para glicose com 75g, se a glicemia estiver acima de 85mg/dl ou se houver fator de risco (realize este exame preferencialmente entre a 24ª e a 28ª semana) Coombs indireto (se for Rh negativo) 3º trimestre Hemograma Glicemia em jejum Coombs indireto (se for Rh negativo) VDRL Anti-HIV Sorologia para hepatite B (HbsAg) Repita o exame de toxoplasmose se o IgG não for reagente Urocultura + urina tipo I (sumário de urina – SU) Bacterioscopia de secreção vaginal (a partir de 37 semanas de gestação Prescrição de suplementos alimentares

  • Ferro e folato: a suplementação rotineira de ferro e folato parece prevenir a instalação de baixos níveis de hemoglobina no parto e no puerpério. Existem poucas informações em relação a outros parâmetros de avaliação da mãe e de seu recém-nascido (grau de recomendação A). O Programa Nacional de Suplementação de Ferro, do Ministério da Saúde, criado por meio da Portaria MS nº 730, de 13 de maio de 2005, recomenda a suplementação de 40mg/dia de ferro elementar (200mg de sulfato ferroso). Orienta-se que a ingestão seja realizada uma hora antes das refeições. A suplementação de ferro deve ser mantida no pósparto e no pós-aborto por 3 meses;
    • Folato peri-concepcional: tem forte efeito protetor contra defeitos abertos do tubo neural. Deve ser usado rotineiramente pelo menos dois meses antes e nos dois primeiros meses da gestação. Esta informação deve ser difundida por programas educacionais de saúde. Mulheres que tiveram fetos ou neonatos com defeitos abertos do tubo neural têm que usar folato continuamente se ainda desejam engravidar (grau de recomendação A);
  • Piridoxina (vitamina B6): não há evidências para indicá-la como suplemento na gravidez, embora os resultados de um trabalho sugiram que seu uso pode ter efeito protetor em relação ao esmalte dentário (grau de recomendação A);
  • Cálcio: seu uso parece ser benéfico em mulheres que apresentam alto risco de desenvolver hipertensão na gestação e naquelas que têm baixa ingestão de cálcio. Novas investigações
  • Explique que é um sintoma comum no início da gestação;
  • Oriente dieta semelhante à indicada para náusea e vômitos;
  • Oriente a gestante a deglutir a saliva e tomar líquidos em abundância (especialmente em épocas de calor). Fraquezas e desmaios
  • Oriente a gestante para que não faça mudanças bruscas de posição e evite a inatividade;
  • Indique dieta fracionada, de forma que a gestante evite jejum prolongado e grandes intervalos entre as refeições;
  • Explique à gestante que sentar com a cabeça abaixada ou deitar em decúbito lateral, respirando profunda e pausadamente, melhora a sensação de fraqueza e desmaio. Dor abdominal, cólicas, flatulência e obstipação intestinal
  • Certifique-se de que não sejam contrações uterinas;
  • Se a gestante apresentar flacidez da parede abdominal, sugira o uso de cinta (com exceção da elástica) e exercícios apropriados; Se houver flatulências (gases) e/ou obstipação intestinal:
  • Oriente dieta rica em resíduos: frutas cítricas, verduras, mamão, ameixas e cereais integrais;
  • Recomende que a gestante aumente a ingestão de líquidos e evite alimentos de alta fermentação, tais como repolho, couve, ovo, feijão, leite e açúcar;
  • Recomende caminhadas, movimentação e regularização do hábito intestinal; Eventualmente, prescreva:
  • Dimeticona (para os gases);
  • Supositório de glicerina (para a obstipação);
  • Hioscina, 1 cápsula, via oral, até 2 vezes ao dia (para as cólicas). Solicite exame parasitológico de fezes, se necessário Hemorroidas Recomende à gestante:
  • Alimentação rica em fibras, a fim de evitar a obstipação intestinal. Se necessário, prescreva supositórios de glicerina;
  • Que não use papel higiênico colorido ou áspero (nestes casos, deve-se molhá-lo) e faça higiene perianal com água e sabão neutro, após a evacuação;
    • Que faça banhos de vapor ou compressas mornas. Agende consulta médica, caso haja dor ou sangramento anal persistente. Corrimento vaginal
    • Explique que um aumento de fluxo vaginal é comum na gestação;
    • Não prescreva cremes vaginais, desde que não haja diagnóstico de infecção vaginal;
    • Agende consulta se ocorrer fluxo de cor amarelada, esverdeada ou com odor fétido ou caso haja prurido. Nestes casos, veja as condutas mencionadas no Manual de Tratamento e Controle de Doenças Sexualmente Transmissíveis/DST-Aids/MS. Queixas urinárias
    • Explique que, geralmente, o aumento do número de micções é comum no início e no final da gestação (devido ao aumento do útero e à compressão da bexiga). Mesmo sendo incômodo o aumento do número de micções, é de extrema importância incentivar a ingestão hídrica adequada;
    • Agende consulta médica caso exista dor ao urinar ou hematúria (sangue na urina), acompanhada ou não de febre. Falta de ar e dificuldades para respirar Tais sintomas são frequentes na gestação, em decorrência do aumento do volume do útero por compressão pulmonar, assim como por consequência da ansiedade da gestante.
    • Recomende repouso em decúbito lateral esquerdo;
    • Ouça a gestante e converse sobre suas angústias, se for o caso;
    • Esteja atento para outros sintomas associados (tosse, chiado e sibilância) e para achados no exame cardiopulmonar, pois – embora seja pouco frequente – pode se tratar de um caso de doença cardíaca ou respiratória;
    • Agende a consulta médica caso haja dúvida ou suspeita de problema clínico. Mastalgia (dor nas mamas)
    • Oriente a gestante quanto à normalidade de incômodo mamário, pela fisiologia da gestação, devido ao aumento mamário e ao desenvolvimento de suas glândulas;
    • Recomende à gestante o uso constante de sutiã, com boa sustentação, após descartar

qualquer intercorrência mamária;

  • Oriente a gestante sobre o colostro (principalmente nas fases tardias da gravidez), que pode ser eliminado em maior quantidade, obrigando o diagnóstico diferencial com anormalidades Lombalgia (dor lombar) Recomende que a gestante:
  • faça a correção de sua postura ao se sentar e ao andar;
  • use sapatos com saltos baixos e confortáveis;
  • faça a aplicação de calor local;
  • eventualmente, a critério e por orientação médica, use analgésico (se não for contraindicado) por tempo limitado. Cefaleia (dor de cabeça)
  • Afaste as hipóteses de hipertensão arterial e pré- eclâmpsia (se houver mais de 24 semanas de gestação);
  • Converse com a gestante sobre suas tensões, seus conflitos e seus temores;
  • Refira a gestante à consulta médica, se o sintoma persistir;
  • Oriente a gestante quanto aos sinais e sintomas que podem indicar doença grave. Sangramento nas gengivas
  • Recomende a escovação após as refeições, assim como o uso de escova de dentes macia;
  • Oriente a realização de massagem na gengiva;
  • Recomende o uso de fio dental;
  • Agende atendimento odontológico sempre que possível. Varizes Recomende que a gestante:
  • não permaneça muito tempo em pé ou sentada;
  • repouse (por 20 minutos), várias vezes ao dia, com as pernas elevadas;
  • não use roupas muito justas e nem ligas nas pernas;
  • se possível, utilize meia-calça elástica para gestante. Câimbras Recomende que a gestante:
  • massageie o músculo contraído e dolorido e aplique calor local;
  • evite o excesso de exercícios;
  • realize alongamentos antes e após o início de exercícios ou caminhadas longas, assim como na ocasião da crise álgica e quando for repousar. Cloasma gravídico (manchas escuras no rosto)
    • Explique que é uma ocorrência comum na gravidez e que costuma diminuir ou desaparecer, em tempo variável, após o parto;
    • Recomende que a gestante não exponha o próprio rosto diretamente ao sol e que use protetor solar Estrias Explique que são resultantes da distensão dos tecidos e que não existe método eficaz de prevenção. As estrias, que no início apresentam cor arroxeada, tendem com o tempo a ficar com uma cor semelhante à da pele. Ainda que controversas, podem ser utilizadas massagens locais, com substâncias oleosas ou cremes, na tentativa de preveni-las.