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saude coletiva e do trabalhador, Resumos de Saúde Pública

saude coletiva topicos importantes que ajudarao os alunos

Tipologia: Resumos

2022

Compartilhado em 11/05/2023

kelviakelyne
kelviakelyne 🇧🇷

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CASO
Juliana, dona de casa, 22 anos, ensino fundamental incompleto e 6 filhos, Levi (7 anos), Marcos
(6 anos), Ana (5 anos), Pedro (4 anos), João (2 anos) e Vitória (6 meses). Levi é fruto do
primeiro relacionamento, com Raul; não chegaram a morar juntos e eram colegas de escola
quando ela engravidou, aos 14 anos. Marcos e Ana são frutos do segundo relacionamento de
Juliana, com Fernando. Os outros três são filhos de seu atual companheiro, Victor, que é o
provedor da família; ele é auxiliar de pedreiro, tem 25 anos, ensino médio incompleto, não tem
emprego fixo, mas sempre arranja serviço. Todos moram na casa da sogra de Juliana em um
bairro na periferia de Jacobina. A casa é de alvenaria, tem sala, cozinha, um banheiro e três
quartos, um da sogra, outro com os três meninos mais velhos e o restante dorme em um colchão
no chão no quarto dos pais. No bairro deles não saneamento básico nem pavimentação e,
em frente à casa, passa um esgoto. Juliana sonha com o dia que terá sua própria casaque
ela tem muitos conflitos com a sogra pois acredita não ter autonomia nas decisões do lar, além
de ter muitos atritos em relação aos cuidados com as crianças. O marido às vezes passa dias
fora de casa e só retorna no final de semana; diz que está em alguma obra longe de casa e fica
na casa de um amigo. Juliana chegou a pensar que ele tem outra família. Apesar de
insatisfeita, nunca levou queixa para o marido, pois não queria chateá-lo, afinal ela é muito grata
por ele ter aceitado ela dentro de casa com todos os seus filhos e sustentar todos.
Juliana foi a Unidade Básica de Saúde do bairro levar João no médico.
ENFERMEIRO: - Bom dia Juliana, o que te trouxe aqui?
JULIANA: - Bom dia doutor. Vim trazer o João de novo. Esse menino vive doente. Acho
que tá ruim de novo. Não quer comer direito, diz que a barriga tá doendo, vomitou algumas
vezes, deu pra ficar quieto nos cantos sem querer brincar com os irmãos e vive de caganeira. Os
irmãos, vez ou outra também ficam assim, mas o João é toda hora.
ENFERMEIRO: - Mas todos já tiveram esses sintomas antes?
JULIANA: - Sim. E não são os meus não. As crianças perto de de casa já ficaram
tudo assim que eu sei.
ENFERMEIRO: - Interessante essa sua informação Juliana. Não tenho nenhum indicador
sobre a situação de saúde das crianças do bairro. Mas já soube que a vigilância esteve por aqui
para averiguar algumas situações.
JULIANA: Indicador eu não sei o que é não, mas que “impistiado” de criança doente,
isso tá.
ENFERMEIRO: - Vi aqui no prontuário do João que não é a primeira vez que ele vem aqui
com esses sintomas. Tem mais uns três registros similares anteriores.
JULIANA: - É dotô. Você chegou esse mês aqui no posto e não acompanhou, mas
trouxe ele outras vezes aqui e cada vez dessa que o senhor vendo aí, foi com um médico
diferente. O senhor sabe que é difícil um médico ficar muito tempo por aqui. Aí quando o João tá
assim eu sei que tem que vir aqui para passar o remédio. Os dotô examina ele, passa o
remédio, ele fica bonzin, mas, depois de um tempo, cai doente de novo.
ENFERMEIRO: - Juliana eu queria saber mais um pouco sobre a senhora. Onde a
senhora mora?
JULIANA: - Posso até dizer, mas o senhor não vai saber onde é (risos). Moro aqui no
bairro, na rua 8, na parte baixa da rua.
ENFERMEIRO: - Na parte em que vai dar o esgoto da rua.
JULIANA: - É sim. E não é que você sabe? Fora os agentes comunitários, os profissionais
daqui só sabem no bairro onde fica o posto, rsrs.
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CASO

Juliana, dona de casa, 22 anos, ensino fundamental incompleto e 6 filhos, Levi (7 anos), Marcos (6 anos), Ana (5 anos), Pedro (4 anos), João (2 anos) e Vitória (6 meses). Levi é fruto do primeiro relacionamento, com Raul; não chegaram a morar juntos e eram colegas de escola quando ela engravidou, aos 14 anos. Marcos e Ana são frutos do segundo relacionamento de Juliana, com Fernando. Os outros três são filhos de seu atual companheiro, Victor, que é o provedor da família; ele é auxiliar de pedreiro, tem 25 anos, ensino médio incompleto, não tem emprego fixo, mas sempre arranja serviço. Todos moram na casa da sogra de Juliana em um bairro na periferia de Jacobina. A casa é de alvenaria, tem sala, cozinha, um banheiro e três quartos, um da sogra, outro com os três meninos mais velhos e o restante dorme em um colchão no chão no quarto dos pais. No bairro deles não há saneamento básico nem pavimentação e, em frente à casa, passa um esgoto. Juliana sonha com o dia que terá sua própria casa já que ela tem muitos conflitos com a sogra pois acredita não ter autonomia nas decisões do lar, além de ter muitos atritos em relação aos cuidados com as crianças. O marido às vezes passa dias fora de casa e só retorna no final de semana; diz que está em alguma obra longe de casa e fica na casa de um amigo. Juliana já chegou a pensar que ele tem outra família. Apesar de insatisfeita, nunca levou queixa para o marido, pois não queria chateá-lo, afinal ela é muito grata por ele ter aceitado ela dentro de casa com todos os seus filhos e sustentar todos. Juliana foi a Unidade Básica de Saúde do bairro levar João no médico. ENFERMEIRO: - Bom dia Juliana, o que te trouxe aqui? JULIANA: - Bom dia doutor. Vim trazer o João de novo. Esse menino vive doente. Acho que tá ruim de novo. Não quer comer direito, diz que a barriga tá doendo, já vomitou algumas vezes, deu pra ficar quieto nos cantos sem querer brincar com os irmãos e vive de caganeira. Os irmãos, vez ou outra também ficam assim, mas o João é toda hora. ENFERMEIRO: - Mas todos já tiveram esses sintomas antes? JULIANA: - Sim. E não são só os meus não. As crianças perto de lá de casa já ficaram tudo assim que eu sei. ENFERMEIRO: - Interessante essa sua informação Juliana. Não tenho nenhum indicador sobre a situação de saúde das crianças do bairro. Mas já soube que a vigilância esteve por aqui para averiguar algumas situações. JULIANA: Indicador eu não sei o que é não, mas que tá “impistiado” de criança doente, isso tá. ENFERMEIRO: - Vi aqui no prontuário do João que não é a primeira vez que ele vem aqui com esses sintomas. Tem mais uns três registros similares anteriores. JULIANA: - É dotô. Você chegou esse mês aqui no posto e não acompanhou, mas já trouxe ele outras vezes aqui e cada vez dessa que o senhor tá vendo aí, foi com um médico diferente. O senhor sabe que é difícil um médico ficar muito tempo por aqui. Aí quando o João tá assim eu já sei que tem que vir aqui para passar o remédio. Os dotô examina ele, passa o remédio, ele fica bonzin, mas, depois de um tempo, cai doente de novo. ENFERMEIRO: - Juliana eu queria saber mais um pouco sobre a senhora. Onde a senhora mora? JULIANA: - Posso até dizer, mas o senhor não vai saber onde é (risos). Moro aqui no bairro, na rua 8, na parte baixa da rua. ENFERMEIRO: - Na parte em que vai dar o esgoto da rua. JULIANA: - É sim. E não é que você sabe? Fora os agentes comunitários, os profissionais daqui só sabem no bairro onde fica o posto, rsrs.

ENFERMEIRO: - Sei sim Juliana. Preciso conhecer a realidade de vocês para poder prestar melhor meu serviço. Quero saber algumas coisas sobre você, como é a alimentação de vocês, a rotina das crianças, se estão na escola, se você pretende ter mais filhos… Podemos conversar mais sobre sua vida? JULIANA: - Poxa! Primeira vez que alguém importante como você quer saber como anda minha vida. Podemos conversar sim dotô. Pergunte aí o que o senhor quer saber. ENFERMEIRO: - Mudando de assunto, Após a conversa, Juliana com seu filho foi encaminhada ao médico, saiu com uma receita de remédio. E ficou acordado que o enfermeiro, junto com a equipe de Saúde da Família da UBS, iria com urgência fazer um diagnóstico situacional do território. PERGUNTA 01: Coletiva No caso é possível observarmos que, os médicos anteriores não se importavam em saber a realidade do local onde seus pacientes moravam. Como o conhecimento dos problemas de um determinado local pode refletir na saúde da população? OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A importância de conhecer o território da população. HIPÓTESE Não conhecendo o território/bairro da população, os pacientes sempre irão retornar as unidades de saúde com as mesmas doenças. Como é o caso do filho de Juliana, que sempre retorna com os mesmos sintomas. CONTRA HIPÓTESE É importante compreender o território como um lugar de interação entre diferentes grupos sociais, que apesar de compartilharem o mesmo espaço, podem apresentar diferentes modos de vida, relações de trabalho e relações com o ambiente (BARCELLOS, 2002). PERGUNTA 02: Individual No caso, Juliana demonstra não ter conhecimento sobre o que é indicador, muito menos suas funções. Como esses indicadores poderiam evitar de alguma forma esse “surto” de crianças com esses sintomas? OBJETIVO DE APRENDIZAGEM Compreender o objetivo dos indicadores de saúde. HIPÓTESE Os indicadores são relações numéricas que permitem avaliar a situação/índice/ de uma doença em um local geográfico, que podem permiti mudanças ao depender da situação. CONTRA HIPÓTESE Possuem o objetivo de descrever e analisar uma situação existente, avaliar o cumprimento dos objetivos, as metas e