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Sangramento Uterino Anormal (SUA): Abordagem Diagnóstica e Terapêutica, Notas de estudo de Ginecologia

Junte-se a nós em uma jornada de aprofundamento no mundo da Clínica Médica! Este material acadêmico cuidadosamente pesquisado e elaborado mergulha nas complexidades da prática clínica, fornecendo informações detalhadas e insights cruciais.

Tipologia: Notas de estudo

2023

Compartilhado em 24/08/2023

sam-s4e-1
sam-s4e-1 🇧🇷

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SUA
Alterações da menstruação decorrentes de
aumento no volume, na duração ou na frequência.
Classificação
para as
desordens que
causam o SUA
pelo esquema
PALM-COEIN.
Cada letra
denomina uma
das etiologias do
sangramento.
Aplicável uma
vez excluídas as
causas de sangramento relacionadas à gravidez.
Lesões estruturais classificadas em PALM têm
tratamento específico de acordo com o diagnóstico.
O objetivo do tratamento é a redução do fluxo
menstrual.
Terapêutica farmacológica ou medicamentosa é
a primeira linha.
O diagnóstico etiológico direciona à terapêutica.
O objetivo é estancar a hemorragia e estabilizar a
hemodinâmica da paciente, postergando a
investigação para assim que o sangramento estiver
controlado.
Propedêutica clínica inicial descartar lesões
vaginais, do colo e uterinas.
Exame complementar que oferece mais dados
para condução US da região pélvica.
Lesões intracavitárias sem conclusão diagnóstica
histerossonografia ou histeroscopia.
Esses exames geralmente são suficientes par
diagnóstico dos pólipos, miomas e lesões malignas
ou pré-malignas.
Na adenomiose o diagnóstico é mais impreciso.
TRATAMENTO DO SUA DE CAUSA ESTRUTURAL
Pólipo;
Atenção para sangramento após menopausa.
Polipectomia histeroscópica = opção segura e
eficaz.
Pequenos pólipos (<0,5cm) podem ser removidos
ambulatorialmente.
Pólipos maiores (>0,5cm) podem ser removidos
em bloco (pela ressecção da base da lesão de
implantação com eletrodo monopolar ou bipolar)
ou alternativamente, seccionado em fragmentos.
Mioma;
Esquema 4-3-2-1 de ACO para parar o
sangramento.
- 4: 2 de dia e 2 de noite.
- 3: 2 de dia e 1 de noite.
- 2: 2 de dia.
- 1 de dia e seguir assim.
Na presença de sintomas pode-se proceder ao
tratamento farmacológico.
Se não há resposta ao tratamento clínico
considerar a abordagem cirúrgica.
Miomas submucosos são mais associados ao SUA.
Lesão intracavitária exérese exclusivamente
histeroscópica.
Lesões com grande componente intramural
assistidas por laparoscopia ou por via laparotômica.
Miomas < 2cm podem ser removidos em um
ambiente ambulatorial.
Miomas > 3cm têm risco aumentado de
complicações operatórias e danos ao miométrio
circundante.
Miomectomia em dois tempos cirúrgicos.
Miomas intramurais miomectomia.
Miomas muito grandes pode-se utilizar
análogo do GnRH previamente a cirurgia para
redução do volume do mioma.
por 3 meses e faz a cirurgia antes do retorno da
menstruação.
Na impossibilidade de realizar miomectomia
histerectomia.
Em alguns casos, em que há desejo de
preservação da fertilidade ou se adenomiose severa
embolização das artérias uterinas, com
cateterização das artérias nutrizes dos miomas.
risco de reabordagem é alto.
Adenomiose;
Geralmente
Sintomas podem ser controlados com terapias
supressivas semelhantes às utilizadas para SUA sem
alteração estrutura
Contraceptivos combinados, progestagênios,
sistema intrauterino liberador de levonorgestrel,
em especial quando há desejo de manter a
capacidade reprodutiva.
TRATAMENTO DO SUA DE CAUSA NÃO
ESTRUTURAL
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SUA

Alterações da menstruação decorrentes de aumento no volume, na duração ou na frequência. Classificação para as desordens que causam o SUA pelo esquema PALM-COEIN. Cada letra denomina uma das etiologias do sangramento. Aplicável uma vez excluídas as causas de sangramento relacionadas à gravidez. Lesões estruturais classificadas em PALM têm tratamento específico de acordo com o diagnóstico. O objetivo do tratamento é a redução do fluxo menstrual. Terapêutica farmacológica ou medicamentosa é a primeira linha. O diagnóstico etiológico direciona à terapêutica. O objetivo é estancar a hemorragia e estabilizar a hemodinâmica da paciente, postergando a investigação para assim que o sangramento estiver controlado. Propedêutica clínica inicial  descartar lesões vaginais, do colo e uterinas. Exame complementar que oferece mais dados para condução  US da região pélvica. Lesões intracavitárias sem conclusão diagnóstica  histerossonografia ou histeroscopia. Esses exames geralmente são suficientes par diagnóstico dos pólipos, miomas e lesões malignas ou pré-malignas. Na adenomiose o diagnóstico é mais impreciso. TRATAMENTO DO SUA DE CAUSA ESTRUTURAL  Pólipo; Atenção para sangramento após menopausa. Polipectomia histeroscópica = opção segura e eficaz. Pequenos pólipos (<0,5cm) podem ser removidos ambulatorialmente. Pólipos maiores (>0,5cm) podem ser removidos em bloco (pela ressecção da base da lesão de implantação com eletrodo monopolar ou bipolar) ou alternativamente, seccionado em fragmentos.  Mioma; Esquema 4- 3 - 2 - 1 de ACO para parar o sangramento.

  • 4: 2 de dia e 2 de noite.
  • 3: 2 de dia e 1 de noite.
  • 2: 2 de dia.
  • 1 de dia e seguir assim. Na presença de sintomas  pode-se proceder ao tratamento farmacológico. Se não há resposta ao tratamento clínico  considerar a abordagem cirúrgica. Miomas submucosos são mais associados ao SUA. Lesão intracavitária  exérese exclusivamente histeroscópica. Lesões com grande componente intramural  assistidas por laparoscopia ou por via laparotômica. Miomas < 2cm podem ser removidos em um ambiente ambulatorial. Miomas > 3cm têm risco aumentado de complicações operatórias e danos ao miométrio circundante. Miomectomia em dois tempos cirúrgicos. Miomas intramurais  miomectomia. Miomas muito grandes  pode-se utilizar análogo do GnRH previamente a cirurgia para redução do volume do mioma. por 3 meses e faz a cirurgia antes do retorno da menstruação. Na impossibilidade de realizar miomectomia  histerectomia. Em alguns casos, em que há desejo de preservação da fertilidade ou se adenomiose severa  embolização das artérias uterinas, com cateterização das artérias nutrizes dos miomas. risco de reabordagem é alto.  Adenomiose; Geralmente Sintomas podem ser controlados com terapias supressivas semelhantes às utilizadas para SUA sem alteração estrutura Contraceptivos combinados, progestagênios, sistema intrauterino liberador de levonorgestrel, em especial quando há desejo de manter a capacidade reprodutiva. TRATAMENTO DO SUA DE CAUSA NÃO ESTRUTURAL

Estão incluídas aqui todas as causas de sangramento uterino em que não é possível identificar uma alteração estrutural ou anatômica. Terapêutica tem por princípio atuar na estabilidade endometrial ou no controle dos fatores que levam à descamação e à cicatrização do endométrio. Falha desse tratamento  cirurgia.  Hormonal;

- Estrogênio e progestagênio combinados; Contraceptivos combinados. Geralmente os contraceptivos combinados monofásicos são usados em esquemas cíclicos, com pausas, mas podem também ser administrados continuamente. 30mcg de etinilestradiol associado ao levonorgestrel. - Progestogênio isolado sistêmico; Progestogênios promovem a atrofia endometrial e têm ação anti-inflamatória, porém ainda há lacunas no conhecimento de como promovem a redução do sangramento. - Progestagênio oral cíclico ou contínuo; Controverso. Uso contínuo  se mostrado efetivo na redução do volume do sangramento. Acetato de medroxiprogesterona oral (2,5 mg a 10 mg ao dia), noretisterona (2,5 mg e 5 mg ao dia), acetato de megestrol (40 e 320 mg ao dia), ou progesterona micronizada (200 mg e 400 mg ao dia), usadas do dia 5 ao 26 do ciclo ou continuamente. **- Progestagênio injetável;

  • Implante subcutâneo de etonogestrel;
  • Sistema intrauterino liberador de levonosgestrel (SIU-LNG);** Considerado mais efetivo para o controle do SUA do que os tratamentos orais. Não deve ser usado quando a cavidade uterina não é regular  risco de expulsão.  Não hormonal; Uso de antifibrinolíticos ou de anti-inflamatórios não hormonais. Indicado para mulheres que não desejam usar hormônios ou que tenham contraindicação ao uso de hormônios, além de mulheres com desejo de gestação. - Antifibrinolíticos; Sistema fibrinolítico na menstruação acelera a degradação do coágulo de fibrina, formado para conter o sangramento. Ácido tranexâmico  3 a 4 vezes ao dia. uso nos dias de sangramento mais volumoso. - AINES; Exercem sua ação por meio da inibição da ciclooxigenase, que é a enzima que catalisa a transformação de ácido araquidônico para prostaglandina e tromboxane. Ácido mefenâmico  reduz de 25 a 50% do volume de sangramento. - Outras opções terapêuticas; Análogos do GnRH podem ser considerados antes de uma cirurgia. Possibilitam a recuperação do organismo e a redução do volume.  Cirúrgico; Indicado quando há falha do tratamento clínico. - Ablação endometrial; Destruição do endométrio, com lesão da camada basal  impede regeneração. Bons resultados quando o útero tem histerometria inferior a 10cm. Há vários métodos de destruição endometrial (laser, vaporização, balão térmico, crioablação, microwave ablação, radiofrequência bipolar). Primeira geração = histeroscópica. Segunda geração = não histeroscópica. Ablação via histeroscópica permite realização de anatomopatológico com o material ressecado. Histerectomia = resultados definitivos. - Histerectomia; Tratamento de exceção para o tratamento de SUA de causa não estrutural. TRATAMENTO DO SUA AGUDO Perda sanguínea aguda e acentuada, com paciente anêmica e hipovolêmica, o primeiro passo é o restabelecimento do equilíbrio hemodinâmico, com o emprego de soluções cristaloide e coloide.  Estrogênio endovenoso  Contraceptivo oral combinado monofásico em multidoses  Progestagênio oral em multidoses  Ácido tranexâmico Altas doses de estrogênio endovenoso causa rápido crescimento do endométrio, estimula a contração das artérias uterinas e promove a agregação plaquetária e a coagulação. Teoricamente, todas os contraceptivos orais combinados podem ser usados para tratar a forma aguda de SUA. Múltiplas doses de progestagênio. Após o controle do sangramento e manutenção da terapêutica em doses menores por tempo semelhante a um ciclo menstrual, discutir a necessidade de manter o controle do ciclo com medicação por três meses consecutivos e proceder com a investigação etiológica. Outras opções  uso do GnRH agonista associado a inibidor de aromatase ou antagonista do GnRH. Tamponamento intrauterino utilizando sonda Foley. Antifibrinolíticos.