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Este documento discute a importância da sae no processo de enfermagem e os desafios enfrentados na sua aplicação prática. Os autores apontam dificuldades relacionadas à estratégia de ensino e aos entrevistados que relataram dificuldades no entendimento da sae, tanto na abordagem teórica quanto na prática. O documento também discute a importância da sae como ferramenta para direcionar o cuidado, permitindo segurança ao usuário do sistema de saúde e dos profissionais. Além disso, são discutidos os papéis e responsabilidades do enfermeiro na implantação, planejamento, organização, execução e avaliação do processo de enfermagem.
Tipologia: Notas de aula
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Não perca as partes importantes!
Assis – SP 2015
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do Instituto Municipal de Ensino Superior de Assis – IMESA e a Fundação Educacional do Município de Assis – FEMA, como requisito parcial do Curso de Graduação em Enfermagem para obtenção do Certificado de conclusão . Orientanda: Marli Coelho Teodoro Orientador: Ms. Rosângela Gonçalves da Silva
Assis – SP 2015
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Municipal de Ensino Superior de Assis, como requisito do Curso de Graduação, analisado pela seguinte comissão examinadora:
Orientadora: Ms. Rosangela Gonçalves da Silva
Analisador (1): _________________________________________________
Daniel Augusto da Silva
Assis-SP 2015
Dedico em primeiro lugar à Deus, por mais essa vitória na minha vida, a conclusão deste curso é a realização de um sonho. A toda minha família em especial minha mãe Vera, meu irmão Rogério e minha irmã Letícia. Dedico também a minha amiga Clair Fracasso, a sua amizade e seus conselhos contribuíram muito pra chegar até aqui. Obrigada por fazerem parte deste momento tão marcante e aguardado na minha vida.
“ Eu tentei 99 vezes e falhei, mas na centésima tentativa eu consegui, nunca desista de seus objetivos mesmo que esses pareçam impossíveis, a próxima tentativa pode ser a vitoriosa”.
Albert Einstein
(1879-1955)
Este trabalho percorre um caminho que demonstra como a Enfermagem está intrinsecamente relacionada à Sistematização da Assistência de Enfermagem- SAE, onde fica claro que nos dias atuais não está sendo devidamente aplicada. O intuito desta pesquisa foi demonstrar a importância de aplicar a SAE com qualidade, apontando as divergências que existem entre a teoria e prática, assim como possíveis interferências na qualidade assistencial, devido às dificuldades que se encontra quando se está diante do cliente. A SAE representa o instrumento de trabalho do enfermeiro identificando as necessidades do cliente e direcionando a equipe de enfermagem nas ações a serem realizada. As disparidades já são reconhecidas até mesmo por alunos, em seu período de estágio, quando se depara com uma realidade diferente da que aprendeu em sala de aula, ou seja, na teoria a SAE é algo completo e necessário, na prática, na vivencia do dia a dia ela passa a ser encarada como um problema. Assim, foi possível referenciar a importância de aplicar a SAE com qualidade, apontar os pontos favoráveis para os cuidados ao paciente, relatar as diferenças entre teoria e prática, identificar se é possível que a implantação da SAE influencie na qualidade assistencial. E para melhoria do exercício profissional a criação dos órgãos de classe mostrando o que compete cada conselho. O estudo de revisão foi elaborado através de uma pesquisa bibliográfica, de caráter qualitativo, a pesquisa foi realizada por meio de acesso eletrônico as bases de dados LILACS, SCIELO e BIREME, através da Revista Latino-Americana de Enfermagem.
Palavras chaves: Historia da enfermagem; Processo de Enfermagem; Sistematização da Assistência de Enfermagem.
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Nos dias atuais, nota-se que a Sistematização da Assistência de Enfermagem - SAE, apesar de ser um instrumento que obrigatoriamente deve ser executado pelo enfermeiro, ainda não está sendo devidamente aplicada nos âmbitos de saúde. Neste sentido Hermida e Araújo (2006) referem que Wanda de Aguiar Horta, na década de 70, iniciou a implantação do Processo de Enfermagem, mas apenas em 2002 a SAE recebeu apoio legal do COFEN, pela Resolução nº 272, para ser implementada em âmbito nacional nas instituições de saúde.
De acordo com Hermida e Araújo (2006) o cenário contemporâneo demonstra que essa Resolução por si só não consegue oferecer todo o apoio que a implantação da SAE exige, pois muitos fatores têm desencadeando dificuldades práticas tanto de implantação como implementação dessa metodologia nas instituições de saúde.
Santana et al (2011) realizaram um levantamento junto a acadêmicos, abordando as divergências entre Teoria e Prática da SAE, enfatizando que o ensino e a aplicação prática desta, devem proporcionar ao acadêmico uma adequada visibilidade quanto ao processo de trabalho do enfermeiro, porém, os entrevistados relataram inúmeras dificuldades com relação a estratégia de ensino, fato que culminou em dificuldades no entendimento da SAE, tanto na abordagem teórica quanto na prática.
Embasado no supracitado, este trabalho tem o intuito de demonstrar a importância de aplicar a SAE com qualidade, esclarecendo pontos favoráveis para os cuidados ao paciente, por meio da identificação de fatores que possam interferir na utilização deste instrumento pelo enfermeiro e consequentemente na qualidade assistencial.
Cabe ressaltar que a aplicação da SAE requer tempo e qualidade, ou seja, um olhar holístico voltado ao cliente, buscando dados dentro de uma investigação, realizando um levantamento de tudo que antecede possíveis causas que levem o cliente a necessitar de ajuda, acompanhado de um exame físico criterioso, para então desenvolver o plano de cuidados específico a cada indivíduo. Mas, muitas das vezes os gestores de hospitais ou de unidades de atendimento básico de saúde tem a preocupação somente de atender, se esquecendo de que cada cliente é único com situações específicas e individuais.
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2.1 Objetivo Geral:
Identificar na literatura possíveis divergências entre teoria e prática no desenvolvimento da SAE, assim como possíveis interferências na qualidade assistencial.
2.2 Objetivos Específicos:
Demonstrar por meio de referencial, a importância da aplicação da SAE na prática assistencial. Esclarecer as diferenças entre teoria e pratica na abordagem da SAE; Fornecer subsídios para elaboração de novas pesquisas.
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O interesse pelo tema surgiu após minhas primeiras experiências enquanto estagiária, quando senti necessidades reais acerca de como implementar a SAE, e como é importante a aplicação da SAE corretamente, por conseguinte, observei que existem alguns momentos que precisa de discernimento para colocar a SAE em pratica, como por exemplo a redução de funcionários, dificultando aplicação da SAE. Assim, para se cumprir todas as etapas do processo de enfermagem é necessário ter tempo, mas com o falta de funcionário, faz com que o processo seja mecanizado e rápido para todos os clientes.
A enfermagem deve utilizar a SAE como ferramenta, para direcionar o cuidado, permitindo segurança ao usuário do sistema de saúde e dos profissionais, como corrobora o estudo de Menezes et al (2010), que afirma que a SAE representa o instrumento de trabalho do enfermeiro com objetivo de identificar as necessidades do cliente e direcionando a equipe de enfermagem nas ações a serem realizadas, tem um processo dinâmico e que requer na pratica conhecimento técnico científico.
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LILACS, 21 SCIELO e BIREME, através da Revista Latino-Americana de Enfermagem, utilizando-se de palavras-chave como: História da Enfermagem, Processo de Enfermagem e SAE.
5 Compilação: após acessar esses artigos, que totalizaram 38 realizamos o armazenamento em PC de todo o material e a impressão de alguns e programamos a leitura e fichamento.
6 Fichamento : após a seleção do material, foi realizado o fichamento dessas fontes, etapa que corresponde à leitura sistemática dos artigos, afim de não serem perdidos aspectos importantes para o enriquecimento do estudo, objetivando um resumo da obra que apontasse as ideias centrais desenvolvidas pelos autores.
7 Análise e Interpretação: essa análise é totalmente de caráter qualitativo, baseou-se e foi desenvolvida a partir das seguintes questões direcionadoras:
Existem divergências entre teoria e prática, na abordagem e aplicação da SAE? É possível que a implementação da SAE influencie na qualidade assistencial ao paciente?
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5.1 A História da enfermagem desde o conhecimento empírico até a profissionalização
Padilha e Borenstein (2006) concluem que referenciar o passado aguça o pensar a História como indispensável para entender o que é indispensável para todos, afirmando que História serve para elucidar o contexto vivido e fornecer os significados deste contexto, destacando que o conhecimento histórico da Enfermagem apresentam cenários que protagonizam os significados para a cultura da profissão.
E neste sentido iniciamos uma retrospectiva com Okuno et al (2014) que descreve fatos marcantes na idade antes de cristo, onde registros apontam que a enfermagem era exercida por leigos que oferecia cuidados aos doentes, por solidariedade, obrigação ou imposição social. Em tais registros antigos constatavam que existiam pessoas com certos dotes e entendimentos que as disponham para os cuidados relacionados às pessoas doentes e preparo de medicamentos. Vale lembrar, que entre essas pessoas estavam sacerdotes, feiticeiros e mulheres em geral (OKUNO et al. 2014).
A enfermagem e a medicina na Roma Antiga eram um escândalo para todos os cidadãos romanos, sendo assim, exercida por estrangeiros ou escravos. Com a Idade Média, entre os séculos XI e XII, as mulheres que se dedicavam à vida religiosa eram responsáveis pelos cuidados à pessoas doentes. Com a chegada do século XIII, resultou na introdução à enfermagem hospitalar, um trabalho realizado pelas religiosas, com a filosofia do amor ao próximo, que permaneceu por muito tempo. Exerciam as atividades do cuidado, sem base em conhecimentos científicos que pudessem respaldar as atividades da profissão (OKUNO et al 2014).
Por sua vez, entre os séculos XVII e XVIII, surgiram as organizações hospitalares, sendo originadas das realizações das congregações religiosas, assim as mulheres que dirigia o serviço de enfermagem era designado matrona (mulheres que atuam
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escritora, estatística, com grande destaque por seu trabalho pioneiro em enfermagem durante a Guerra da Crimeia, onde Florence se dedicou ao atendimento de soldados feridos.
Por outro lado, historiadores reforçam que Florence Nightingale conheceu e apreendeu o trabalho desenvolvido pelas Irmãs de Caridade de São Vicente de Paulo em Paris, no Hôtel-dieu, onde acompanhou o tipo de trabalho assistencial e administrativo que realizavam suas normas e forma de cuidar dos doentes, fazendo anotações, gráficos e listas das atividades desenvolvidas, sendo assim, aplicou o mesmo questionário, que já havia classificado nos hospitais da Alemanha e Inglaterra, portanto, aprofundou seus estudos na sua organização (PADILHA et al. 2005).
Florence Nightingale volta a este hospital por mais um mês, e no intuito de aproximar seu carisma, vestia-se no hábito das irmãs. Hipoteticamente, o convívio com as regras de conduta das Irmãs de Caridade e as Senhoras da Confraria foram propulsoras motivacionais na construção do seu modelo de enfermagem (PADILHA et al. 2005).
Florence realizou grandes projetos, salvou vidas, reestruturou a Enfermagem, quebrou preconceitos acerca da profissão, apoiou os soldados feridos escrevendo cartas para os familiares, manteve-se junto ao paciente nas horas de sofrimento e na hora da morte. Inclusive todas as noites, caminhava pelos corredores do hospital à luz de uma lamparina, vigiando e cuidando dos soldados doentes, consequentemente ficou assim conhecida como “the lady with the lamp” (A dama da lâmpada) ou “the Angel of the Crimea” (O anjo de Criméia) (BASTOS et al .2013).
Neste contexto, Florence Nightingale era considerada a fundadora da Enfermagem Moderna, no mundo todo, isso ocorreu a partir de sua participação como voluntária na Guerra da Criméia, em 1854, fato corroborado após seu retorno da guerra, quando tornou-se uma pessoa popular nacionalmente, com um nome que era sinônimo de doçura, eficiência e heroísmo. O melhor resultado de suas ações culminou com a quebra do preconceito que existia em torno da participação da mulher no Exército, transformando a visão da sociedade em relação à enfermagem (COSTA, et. al, 2009).
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No que se refere às práticas desenvolvidas por Florence, Bastos (2013) afirma que ela valorizava práticas como a observação, a experiência e o apontamento de dados fundamentais para a evolução de uma metodologia de trabalho que acenava para resolução dos problemas, proporcionando mais qualidade de vida para os doentes e salvando vidas. Tais princípios abrangem, áreas de prática, pesquisa e educação (BASTOS, 2013).
Cardoso et al (1999) faz referência de igual importância à representante brasileira dentro do contexto histórico da enfermagem, descrevendo um pouco a respeito de Anna Nery ...
Figura 2- http://www.rankbrasil.com.br/Midia/Recordes/Materias/000652.jpg
Ela nasceu em 13 de dezembro de 1814, na Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto de Cachoeira, sendo batizada no dia 25 de março de 1815, na Igreja da Matriz, com o nome de Ana Justina Ferreira, pelo Padre Carlos Melequiades do Nascimento. Pertencia a uma família de patriotas legítimos, seus pais eram José Ferreira de Souza e Luiza Maria das Virgens. Ana tinha quatro irmãos, Manoel Jeronymo Ferreira sendo Tenente-coronel que comandou o 10° Batalhão de Voluntários da Pátria, e Joaquim Mauricio Ferreira. Tenente-coronel que comandou o 41' Batalhão de Voluntários da Pátria, o terceiro é Ludgerio Rodrigues Ferreira, médico clínico de nomeada e de grande influência política e o ultimo Antônio Benicio Ferreira, conceituado corretor em Cachoeira.
Aos 23 anos de idade, Anna Nery casou-se, em 15 de maio de 1838, com o capitão- tenente da marinha Isidoro Antônio Néri, que nasceu em Lisboa no dia 05 de