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Guias e Dicas
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Roteiro teatral, Exercícios de Comunicação

erro de comunicação definido como pleonasmo, com o grupo teatral “Os Melhores do Mundo”, que apresenta inteligentemente, o didático humor em um tom ...

Tipologia: Exercícios

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Ronaldinho890
Ronaldinho890 🇧🇷

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MATERIAL COMPLEMENTAR GÊNERO TEXTUAL: ROTEIRO TEATRAL
O texto teatral é um texto à procura de espetáculo, isto é, destina-se à representação, a uma
concretização (encenação) diante de determinado público. Ainda que possa ser lido como
literatura, sua vocação é a materialização num palco. Ele possui diálogo e indicações
cênicas, e supõe destinatários diversos, leitores de variada natureza (encenadores, atores,
iluminadores, figurinistas, cenógrafos etc.) exigindo, sobretudo uma leitura cênica, que, por
um lado, interprete e realize espacialmente os dados descritivos/ordens de entradas, saídas
e outros deslocamentos no espaço, gestualidade, entonação, tempo, uso dos objetos e de
tudo que mobilie as cenas, e, por outro lado, administre o silêncio na distribuição do ato
fônico, uma vez que os personagens devem falar um de cada vez.
(Fonte: SANTANNA, Catarina. Teatro na escola: viver o paradigma holonômico na educação. In: Revista de Educação Pública, (4) Cuiabá, EDUF:MT. 1995)
Elementos do roteiro teatral:
Época da ação: determinar quando (em que época) acontece a encenação e identificar pela época quais
são os figurinos, objetos em cena etc.
Personagens: determinar qual(is) personagem(ns) compõe o roteiro.
Local da ação: ambiente (cenário) onde acontece a história.
Clímax: qual o conflito, qual o conteúdo principal do enredo.
Desfecho: qual a solução para o clímax, o final do enredo que pode ser feliz ou não.
Tom da peça: determinar se a peça é trágica, cômica, reflexiva.
Efeitos sobre o espectador: o que se espera atingir com a peça na plateia: riso, prazer, medo, reflexão,
admiração, etc.
Como exemplo, observe o roteiro teatral do esquete a que assistimos (O Sequestrador), baseado no frequente
erro de comunicação definido como pleonasmo, com o grupo teatral “Os Melhores do Mundo”, que apresenta
inteligentemente, o didático humor em um tom tragicômico (mais cômico do que trágico) que retrata a nossa
realidade.
A peça, através de suas personagens o sequestrador e dois militares desenvolve-se como uma negociação
que satiriza os diversos erros da língua portuguesa. Para cada erro de português, o terrorista decide eliminar um
refém, causando com isso, em vez de pânico, muitas gargalhadas do público. Com um enredo muito bem
elaborado e uma atuação de muita naturalidade, observe os elementos que compõem essa peça:
EPOCA DA AÇÃO: Dias atuais
PERSONAGENS: Um sequestrador e dois militares (tenente e soldado).
LOCAL DA AÇÃO: Banco (sequestro)
CLÍMAX: O sequestrador resolve matar um refém a cada desvio da norma culta
pronunciado pelos policiais.
DESFECHO: O sequestrador comete um erro e suicida-se.
TOM DA PEÇA: Tragicômico.
EFEITOS SOBRE O ESPECTADOR: Riso, prazer, diversão.
Aluno(a): _______________________________________________________________ ano _____
Florianópolis: /09/2018 Professor: Marina Ferreira 3º trimestre
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MATERIAL COMPLEMENTAR – GÊNERO TEXTUAL: ROTEIRO TEATRAL

O texto teatral é um texto à procura de espetáculo, isto é, destina-se à representação, a uma

concretização (encenação) diante de determinado público. Ainda que possa ser lido como

literatura, sua vocação é a materialização num palco. Ele possui diálogo e indicações

cênicas, e supõe destinatários diversos, leitores de variada natureza (encenadores, atores,

iluminadores, figurinistas, cenógrafos etc.) exigindo, sobretudo uma leitura cênica, que, por

um lado, interprete e realize espacialmente os dados descritivos/ordens de entradas, saídas

e outros deslocamentos no espaço, gestualidade, entonação, tempo, uso dos objetos e de

tudo que mobilie as cenas, e, por outro lado, administre o silêncio na distribuição do ato

fônico, uma vez que os personagens devem falar um de cada vez.

(Fonte: SANTANNA, Catarina. Teatro na escola: viver o paradigma holonômico na educação. In: Revista de Educação Pública, (4) Cuiabá, EDUF:MT. 1995)

Elementos do roteiro teatral:

 Época da ação: determinar quando (em que época) acontece a encenação e identificar pela época quais

são os figurinos, objetos em cena etc.

 Personagens: determinar qual(is) personagem(ns) compõe o roteiro.

 Local da ação: ambiente (cenário) onde acontece a história.

 Clímax: qual o conflito, qual o conteúdo principal do enredo.

 Desfecho: qual a solução para o clímax, o final do enredo que pode ser feliz ou não.

 Tom da peça: determinar se a peça é trágica, cômica, reflexiva.

 Efeitos sobre o espectador: o que se espera atingir com a peça na plateia: riso, prazer, medo, reflexão,

admiração, etc.

Como exemplo, observe o roteiro teatral do esquete a que assistimos (O Sequestrador), baseado no frequente

erro de comunicação definido como pleonasmo , com o grupo teatral “Os Melhores do Mundo”, que apresenta

inteligentemente, o didático humor em um tom tragicômico (mais cômico do que trágico) que retrata a nossa

realidade.

A peça, através de suas personagens – o sequestrador e dois militares – desenvolve-se como uma negociação

que satiriza os diversos erros da língua portuguesa. Para cada erro de português, o terrorista decide eliminar um

refém, causando com isso, em vez de pânico, muitas gargalhadas do público. Com um enredo muito bem

elaborado e uma atuação de muita naturalidade, observe os elementos que compõem essa peça:

EPOCA DA AÇÃO : Dias atuais

PERSONAGENS : Um sequestrador e dois militares (tenente e soldado).

LOCAL DA AÇÃO : Banco (sequestro)

CLÍMAX : O sequestrador resolve matar um refém a cada desvio da norma culta

pronunciado pelos policiais.

DESFECHO : O sequestrador comete um erro e suicida-se.

TOM DA PEÇA : Tragicômico.

EFEITOS SOBRE O ESPECTADOR : Riso, prazer, diversão.

Aluno(a): _______________________________________________________________ 8º ano _____

Florianópolis: /09/ 2018 Professor: Marina Ferreira 3 º trimestre

O SEQUESTRADOR (PLEONASMO)

(INTERIOR E EXTERIOR DE UM BANCO, BARULHO DE SIRENES DE POLICIAIS, LUZES, TENSÃO. UM

SEQUESTRADOR VESTIDO DE PRETO, COM TOUCA COBRINDO O ROSTO E PORTANDO UMA ARMA. DOIS

MILITARES VESTIDOS COM UNIFORME DA POLÍCIA, DE ÓCULOS ESCUROS, PORTANDO ARMAS E

TELEFONES, POSICIONAM-SE ESTRATEGICAMENTE PARA ENFRENTAR O BANDIDO).

TENENTE :

(NERVOSO E AUTORITÁRIO, EM PÉ

APONTANDO A ARMA)

Safado! Picareta! Sem vergonha! Preste atenção rapaz, o prédio está cercado! Saia com as mãos para cima!

SOLDADO : (AGAIXADO, GRITANDO E APONTANDO A ARMA) Positivo!

SEQUESTRADOR : (IMPACIENTE, APONTANDO A ARMA) Daqui não saio, daqui ninguém me tira!

TENENTE : (GRITANDO E IMPACIENTE) Escuta aqui garotão, você já me deu trabalho demais, hein! Preste atenção, eu vou falar só mais uma vez: eu quero os reféns estejam, eu exijo que os reféns estejam em segurança!

SOLDADO : (GRITANDO)

Positivo!

SEQUESTRADOR: Ah é? Eu também tenho as minhas exigências! Eu quero a imprensa aqui reunida, quero um carro blindado e quero ser julgado pelo Conselho de Ética do Senado!

(RISOS DA PLATEIA)

SOLDADO:

Tá maluco, rapá!

TENENTE :

Cara de pau! Respeite o Poder Legislativo!

SOLDADO : (GRITANDO) Positivo!

TENENTE : Escute aqui garotão, agora é sério! Eu vou falar uma vez só, eu quero que os reféns estejam em segurança sim, e pra isso eu não vou medir esforços ( esfôrços ).

SEQUESTRADOR:

Esforços (esfôrços) não, esforços! (esfórços)

TENENTE

(ABAIXA A ARMA E FICA CURIOSO):

Como é que é?

SEQUESTRADOR : Algumas palavras, no plural, mudam o timbre da vogal tônica de O para Ó. São chamados plurais metafônicos.

SOLDADO : (CONCORDANDO) Positivo...

SOLDADO : (VOLTANDO A POSIÇÃO E EMPUNHANDO A ARMA) Tá maluco rapaz!!! Aqui é a polícia!

(TENENTE E SOLDADO DISCUTEM UM COM O OUTRO SEM VIRAR PARA A PLATEIA)

TENENTE :

(NERVOSO)

Vou falar pra você, e preste atenção, é bom que os reféns estejam em segurança sim, porque se não...

SEQUESTRADOR : (INTERROMPENDO) Senão junto ou se não separado?

(POLICIAIS IMPACIENTES ABAIXAM AS ARMAS E BOTAM AS MÃOS NA CINTURA)

SEQUESTRADOR :

Senão junto: salvo, do contrário, ou então se não separado: conjunção condicional mais advérbio de negação.

TENENTE:

Vixi...

SEQUESTRADOR: Eu achei inclusive a segunda opção mais adequada ao caso.

TENENTE :

(TELEFONANDO)

Não se desgasta, que eu vou ligar aqui pra uma autoridade aqui pra resolver o problema!

SOLDADO :

(CONCORDANDO)

Isso aí, liga pra um delegado, um deputado, sei lá, liga pro Presidente Lula!!!

(SEQUESTRADOR ENTREGA UM TELEFONE)

SEQUESTRADOR :

Liga mesmo, liga aí! Fala com ele só um pouquinho!!!

TENENTE PARA O SOLDADO: Não liguei! Pô, Presidente Lula? Você quer fazer uma chacina aqui dentro?

TENENTE AO TELEFONE:

Alô? Coronel Varjão? Tenente Sá! Positivo! Não, negativo, negativo Coronel. O negócio aqui tá uma m...

SEQUESTRADOR

( INTERROMPENDO)

An-ham ham!

TENENTE :

A situação é tensa e dramática. Gostou? ( VIRANDO-SE PARA O SEQUESTRADOR)

Como é que é? Não, Coronel, não! Ele é completamente maluco, é! Ele está botand.... Veja só, Coronel, ele está eliminando um refém,

para cada erro de português por nós cometidos.

SOLDADO : Muito bom, muito bom.

(PALMAS DA PLATEIA)

TENENTE :

O quê? Exatamente Coronel, isso. Pode mandar os reforços (refôrços) agora. (SE CORRIGE RAPIDAMENTE) reforços, reforços (refórços). Por favor hem! É plural metafônico, Coronel. É o seguinte vou lhe explicar... Não, não... dez minutos são muito tempo...

(SEQUESTRADOR ATIRA)

SEQUESTRADOR : Dez minutos é muito tempo!

TENENTE : (MIRANDO A ARMA) Acabou, acabou palhaço!

SEQUESTRADOR :

Eu vou ficar aqui doa a quem doer!!!

PERAÍ, peraí! Por que se dói, dói em alguém ou em alguma coisa né? O correto seria doa em quem doer!

(O SEQUESTRADOR ATIRA NELE MESMO.)

SOLDADO :

Vixi, Tenente! Se auto-suicidou-se a si mesmo!