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Quarto passo: Apresentação dos conceitos ligados à Resiliência . ... Atividades pós-oficinas . ... atividade docente em Ensino de Ciências na Amazônia.
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
Edileuza Maria Lima Belmont Mestranda
Ierecê Barbosa Monteiro Orientadora
Roteiro para Oficinas de Resiliência
Foto: Luiz C. Marigo
Foto: Samya Sanches
Foto: Samya Sanches
Foto: Luiz C. Marigo
Texto 4: Os conceitos/significados de vulnerabilidade, adversidade e fatores de risco (BELMONT, 2009) ..............................................................................................................
O presente roteiro se apresenta como um instrumento para orientar o estudo da Resiliência em cursos de Formação Continuada para Professores, utilizando a técnica de oficinas enquanto “espaço de reflexão, desconstrução ou construção da ação profissional a partir da relação teoria-pesquisa-prática” (GHEDIN, 2005), para a discussão dos significados e conceitos que envolvem a Resiliência e seus atributos a partir das seguintes interrogações:
O que significa Resiliência? O que sabemos a respeita da Resiliência? Quais fatores constituem a Resiliência? Como trabalhar para desenvolver e fortalecer os fatores de Resiliência? Que aspectos da Resiliência devem ser fomentados no processo de formação docente em Ensino de Ciências na Amazônia? Este roteiro se dirige, em princípio, aos professores e professoras envolvidos com a prática docente em Ensino de Ciências na Amazônia, porém, esta fronteira é flexível e passível de expansão à medida que professores e professoras de outras áreas do ensino sentirem a necessidade desse tipo de intervenção.
As oficinas, utilizando-se de técnicas e dinâmicas sugeridas por Oliveira; Meireles (2007) e Saraiva; Souza (2006), oferecem oportunidades para que o professor/professora faça uma avaliação de seu desempenho profissional diante dos desafios e situações adversas de sua prática docente, procurando reconhecer suas vulnerabilidades e, desta forma, identificar os fatores de resiliência que precisarão ser fortalecidos como condição de enfrentamento das situações desfavoráveis do seu dia-a-dia com maior possibilidade de êxito profissional e pessoal consequentemente.
Portanto, nesta proposta de Oficinas de Resiliência buscamos atender ao princípio da indissociabilidade teoria-prática, tendo como tema operador nesse processo a Resiliência que se apresenta como teoria orientadora de uma prática inovadora que pode oferecer aos sujeitos, professores e professoras em Ensino de Ciências na Amazônia, um conjunto de qualidades favorável à sua formação pessoal e profissional para viver e vencer, apesar do estresse ou das
adversidades que comportam riscos de saídas negativas em seu espaço de atuação profissional.
Queremos enfatizar que este não é um produto acabado, pois se trata de uma estrategia de intervenção aberta a contribuições e enriquecimentos à medida que for aplicada e avaliada, tanto pelos participantes quanto pelos articuladores e facilitadores das oficinas.
Acolhimento:
Momento de acolhida, de aconchego. Abrir um espaço de diálogo em torno do tema em tela, dos objetivos da oficina e das expectativas dos participantes.
Recebem-se os participantes dando-lhes as boas vindas. O (a) facilitador (a) expõe os objetivos da oficina, evidenciando as possibilidades de conhecimento que a oficina deseja construir. Faz-se necessário enfatizar a importância do comprometimento e empenho de todos os participantes para que o processo alcance êxito. Para facilitar o conhecimento entre os integrantes e gerar um ambiente de confiança e interação realiza-se a primeira dinâmica.
Dinâmica 1: Apresentação inicial
A dinâmica da apresentação inicial tem como finalidade descontrair e eliminar a tensão, aproximar e integrar os participantes.
Primeiro passo:
Cada participante é convidado a retirar de uma caixinha uma ficha numerada. Divide-se o grupão em duplas pela numeração. Ex.: Formam-se duplas com o número 1, com o número 2 e assim sucessivamente. Cada dupla procura saber o nome de seu parceiro ou sua parceira e uma característica. A característica será escrita em uma tarjeta de papel cartão. Ao retornar ao grupão cada um fala o nome e aquela característica marcante de seu parceiro ou de sua parceira. Ao final todas as tarjetas são entregues ao (à) facilitador (a).
Segundo passo:
Em uma ficha, cada participante escreve, em segredo, a impressão que teve daquele seu parceiro. Esta ficha deve ser guardada, pois será retomada em outro momento da oficina.
1ª etapa
Nesta primeira etapa conheceremos as várias definições dadas à resiliência por diferentes autores (as).
Primeiro passo: Introdução do tema
A palavra RESILIÊNCIA será colocada em destaque no centro do quadro de giz ou quadro branco. Inicia-se a atividade de apresentação do tema com a pergunta: O que é Resiliência? O (a) facilitador (a) pedirá a participação de todos nesse momento com suas concepções sobre a resiliência e irá escrevendo no quadro as resposta. Quando todos tiverem opinado o (a) facilitador (a) convocará o grupão a formar pequenos grupos utilizando a seguinte dinâmica:
Dinâmica 2: Formação dos pequenos grupos
O (a) facilitador (a) apresenta uma caixa com pétalas de papel dobradas com cores variadas. Ex.: 5 pétalas azuis, 5 brancas, 5 vermelhas e 5 rosas. Se o grupão for de 20 membros. Cada um pega a cor de sua preferência. Os pequenos grupos, de 5 membros, serão formados pelas cores das pétalas.
Segundo passo: Trabalho em pequenos grupos
Quando todos estiverem acomodados será entregue a cada grupo o primeiro texto que é composto de uma relação com várias definições de Resiliência, segundo diferentes autores (as). (Ver texto 1). A cada grupo será solicitado que leia e escolha aquela definição que considera de maior significado para a vida pessoa e profissional dos membros do grupo. Após discussão escolhe-se um relator para explanar as conclusões do grupo no plenário.
Terceiro passo: Plenário
Cada relator (a) expõe ao grupão o conceito escolhido e comenta as razões da escolha. – Os grupos podem escolher formas diversificadas para apresentar o resultado de suas reflexões. Ao término de cada exposição o (a) facilitador (a), com a ajuda de todos os participantes, irá traçando paralelos entre os conceitos comentados e aquelas concepções iniciais dadas à pergunta feita na introdução do tema: O que é Resiliência?
O (a) facilitador (a) complementa a exposição com uma breve apresentação sobre o desenvolvimento do estudo do conceito e aplicação da Resiliência nas Ciências Humanas.
“Penso que todos temos a semente da resiliência; de como seja regada dependerá seu bom crescimento”^1
____________ 1 Palavras de um adolescente de Nova York. In.: Laura J. Hilton, A voz dos jovens, Vol. 5, n◦. 3/1994. Genebra, Suíça
Foto: Araquém Alcântara
2 ª etapa Apresentação dos conceitos de Vulnerabilidade, Adversidade e Fatores de Risco e suas relações com o desenvolvimento da Resiliência.
Quarto passo: apresentação dos conceitos ligados à resiliência
O (a) facilitador (a) afixará abaixo da palavra Resiliência os vocábulos vulnerabilidade, adversidade e fatores de risco, como no diagrama abaixo:
Serão formuladas aos participantes as seguintes perguntas: O que cada um, aqui presente, imagina quando escuta a palavra vulnerabilidade? Em seguida solicita que cada um responda sucintamente à pergunta. O (a) facilitador (a) irá escrevendo abaixo do termo vulnerabilidade as respostas dos participantes. Na continuação, pergunta-se: Levando-se em conta o contexto da prática docente em Ensino de Ciências, o que vem a ser adversidade? As respostas serão escritas abaixo da palavra adversidade. Por fim, pergunta-se o que significa fatores de risco relacionado ao contexto da profissão de professores (as). As respostas a esta última questão serão registradas abaixo da expressão fatores de risco.
Quinto passo: Trabalho em pequenos grupos
Os conceitos de Vulnerabilidade, Adversidade e Fatores de Risco serão apresentados aos participantes, em fichas, conforme quadro a seguir. Uma relação com as concepções dos sujeitos colaboradores da pesquisa que gerou nossa dissertação de mestrado, Professores e Alunos-Professores do Curso de Mestrado Profissional em Ensino de Ciências na Amazônia, sobre esses fatores, será entregue aos pequenos grupos para auxiliar o estudo, conforme texto 4 (quatro).
RESILIÊNCIA
VULNERABILIDADE (^) ADVERSIDADE FATORES DE RISCO
Sexto passo: plenário
Os pequenos grupos serão convidados a formarem novamente o grupão e socializarem seus resultados. Juntamente com o facilitador retomarão as respostas dadas às perguntas formuladas no quarto passo para que se proceda a análise comparativa, como recurso para consolidar o conhecimento sobre os termos em tela.
Ao final desta exposição será distribuído aos participantes o texto 5 (cinco), intitulado “A escola possível” (VEJA, 2009), que propõe uma reflexão sobre a ação docente na Amazônia e o quanto de vulnerabilidade, adversidade, fatores de risco estão envolvidos nesse processo e exigem do professor e da professora um grande esforço de superação e adaptação positiva, ou seja, do desenvolvimento/promoção dos fatores de resiliência que serão conhecidos e discutidos na próxima oficina. O texto será lido silenciosamente por cada participante enquanto se ouve a música “Embalando a rede” (BRAGA, 2005).
Sétimo passo: Avaliação
A avaliação, ao final desta oficina, é muito importante porque permitirá ter um retorno do trabalho realizado e, desta forma, evitar a repetição de erros e oferecer espaço para opiniões que não foram dadas durante o desenvolvimento da oficina.
Aspectos a serem avaliados:
Oficina n. ◦ 2
Tema:
A constituição da Resiliência
Objetivos:
Conhecer a constituição da Resiliência segundo a concepção de diferentes autores. Refletir sobre os fatores de resiliência: Administração das emoções, Alcançar pessoas, Otimismo, Análise do ambiente, Empatia, Autoeficácia, Controle dos impulsos e Humor procurando identificar estas capacidades em sua conduta pessoal e profissional. Relacionar os oito fatores de resiliência estudados com as possibilidades de superação das adversidades e fatores de risco presentes no cotidiano da prática docente em Ensino de Ciências na Amazônia.
Metodologia e tempo:
Materiais e recursos:
TV, DVD, vídeo, filmes, micro system, CD, textos, pinceis atômicos, giz de cera, cartolinas, papel sulfite, cola, revistas, canetas, quadro de giz, fichas de papel cartão, fita dupla face, bexigas (balões), caixinha de papelão, ou de madeira e espaço físico (sala com mesas e cadeira ou carteiras).
Segundo passo: Trabalho em pequenos grupos
Os pequenos grupos podem ser mantidos, conforme formação na primeira oficina ou refeitos, segundo acordo com os participantes.
Terceiro passo: Entrega do material para estudo
Os oito fatores de Resiliência e seus respectivos significados serão distribuídos da seguinte forma: cada pequeno grupo receberá dois fatores de resiliência com seus respectivos significados (ver texto 8).
Grupo Azul: Fatores de Resiliência Significado
Administração das emoções
É a habilidade de se manter calmo sob pressão. Para utilizar essa habilidade, as pessoas costumam aglutinar um conjunto de aptidões, conseguindo com isso obter a auto-regulação. Quando a presença desta capacidade é rudimentar, as pessoas percebem dificuldades em manter relacionamentos e, com freqüência, desgastam emocionalmente os que convivem com elas e se tornam pessoas difíceis no ambiente profissional.
Controle dos impulsos
É compreendido como a habilidade de não agir impulsivamente. Pessoas que têm um quociente de resiliência elevado neste fator são propensas a ter um alto quociente de resiliência em Administração das Emoções. Ambas as habilidades são vistas como estruturadas a partir de sistemas de crenças parecidos na pessoa, gerando nelas a conexão entre si. Fonte: Elaborado pela autora Grupo Branco: Fatores de Resiliência Significado
Otimismo
É a habilidade de ter a firme convicção de que a situação irá mudar para melhor quando envolvida em adversidade e manter a esperança de um futuro promissor, por se acreditar em ter a capacidade para gerenciar a adversidade que venha surgir no amanhã. O Otimismo, quando real e contextualizado, tende a ser uma vantagem quando relacionado à Autoeficácia , uma vez que provê motivação para a busca de soluções e recuperação. Autoeficácia
É a convicção de ser eficaz nas ações. Sinaliza a crença de poder encontrar soluções para os problemas que por ventura vier a surgir com a certeza de se sobressair. Fonte: Elaborado pela autora
Grupo Vermelho:
Fatores de Resiliência Significado
Análise do ambiente
Descreve a habilidade de identificar precisamente as causas dos problemas e das adversidades. Quando incrementamos em nós a capacidade de lermos de maneira correta o ambiente que nos cerca, com o qual estamos envolvidos, passamos a entender melhor o processo que está ao nosso redor e muito maior será nossa condição de responder bem o que nos está sendo proposto. Empatia
É a habilidade de ler os estados emocionais e psicológicos de outras pessoas. Uma habilidade para decodificar a comunicação não verbal e organizar atitudes a partir dessa leitura. É a capacidade de compreender os sentimentos e preocupações, as dificuldades do outro procurando se colocar no lugar da outra pessoa. Fonte: Elaborado pela autora
Grupo Rosa: Fatores de Resiliência Significado
Alcançar Pessoas
É a habilidade de se conectar a outras pessoas para viabilizar soluções para intempéries da vida. Trata-se de não alimentar o medo de se expor ao fracasso e ao ridículo em público e não superestimar que as probabilidades de tentativas fracassadas levam a finais catastróficos.
Humor
Significa a capacidade de expressar em palavras, gestos ou atitudes corporais os elementos cômicos, incongruentes ou hilariantes de uma situação, obtendo um efeito tranqüilizador e prazeroso, facilitando um certo distanciamento do problema e favorecendo a tomada de decisão para resolvê-lo com respostas originais e soluções inovadoras mesmo em meio à crise. Fonte: Elaborado pela autora