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Guias e Dicas
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A Ordem Rosacruz: História e Ensinamentos de uma Antiga Fraternidade Mística, Notas de estudo de Comunicação

Uma reportagem sobre a ordem rosacruz, uma antiga fraternidade mística que se espalhou pelo mundo por mais de trinta séculos. O autor utiliza o meio impresso para falar sobre os pensamentos e hábitos dos rosacruzes, com ênfase na loja rosacruz de salvador, a primeira filial da ordem no estado da bahia. O texto oferece informações sobre a história, os símbolos, as práticas e os benefícios da ordem rosacruz.

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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UniversidadeFederaldaBahia
FaculdadedeComunicação
ROSACRUCIANDO
Umdigo místico de vida
Autora:
Andréa Conceição Costa
Orientador:
Jonicael Cedraz
Salvador, 2000
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Baixe A Ordem Rosacruz: História e Ensinamentos de uma Antiga Fraternidade Mística e outras Notas de estudo em PDF para Comunicação, somente na Docsity!

Universidade Federal da Bahia Faculdade de Comunicação

ROSACRUCIANDO

Um código místico de vida

Autora:

Andréa Conceição Costa

Orientador:

Jonicael Cedraz

Salvador, 2000

ROSACRUCIANDO Um código místico de vida

Projeto Experimental para obtenção do

título de Bacharel em Comunicação Social,

com habilitação em Jornalismo, na

Faculdade de Comunicação da Universidade

Federal da Bahia, no primeiro semestre de 2000.

Autora:

Andréa Conceição Costa

Orientador:

Jonicael Cedraz

Salvador, 2000

Agradecimentos

À Deus, acima de tudo.

Aos meus queridíssimos pais,

pelo imenso amor que nos une e nos fortalece

principalmente nos momentos mais difíceis.

Ao Prof. Me. Jonicael Cedraz,

pelo precioso apoio e amizade demonstrados

durante a orientação deste trabalho e

na convivência acadêmica.

Aos membros da Ordem Rosacruz

de Salvador, pela atenção especial e carinhosa

com que sempre me receberam.

ÍNDICE

I PARTE – Memór ia Descr itiva e Analítica

Apr esentação ................................................................................... 08

∑ Capítulo I O meio e o tema ......................................................................... 09 ∑ Capítulo II Relato dos procedimentos........................................................... 12 ∑ Capítulo III Análise do produto ..................................................................... 16

II PARTE – ROSACRUCIANDO:um código místico de vida

∑ Capítulo I Por trás do muro rosa ................................................................. 20 ∑ Capítulo II Falando de Amor ........................................................................ 39 ∑ Capítulo III Lar Místico Lar .......................................................................... 49 ∑ Capítulo IV Cristo pela Rosacruz .................................................................. 62 ∑ Capítulo V Experiência Mística ................................................................... 67 ∑ Capítulo VI As dificuldades .......................................................................... 72 ∑ Capítulo VII Em busca do despertar ............................................................... 78 ∑ Capítulo VIII O Artesão ................................................................................... 86 ∑ Capítulo IX Culto ao Sigilo ........................................................................... 91 ∑ Capítulo X No Quarto Milênio? ................................................................... 95 ∑ Capítulo XI Nova Era .................................................................................... 101 ∑ Capítulo XII Um templo, uma encarnação ..................................................... 106 ∑ Capítulo XIII Uma senda faraônica – I ............................................................ 113

I Parte

Memória Descritiva e Analítica

APRESENTAÇÃO

Na Faculdade de Comunicação da UFBA, tive noções essenciais do que é o jornalismo, sua função social e ética, sua linguagem, suas técnicas, suas aplicações no dia a dia de uma redação. Conheci todas as etapas pelas quais uma notícia passa até chegar as mãos do leitor, desde a seleção das pautas até a edição final, acompanhada das fotos e da programação visual. Enfim, entendi o que é e como se processa o jornalismo nos seus diversos gêneros e suportes.

Uma disciplina específica, no entanto, me pareceu mais condizente com os meus ideais: Estudo Orientado em Jornalismo, dada pela Professora Rosângela Vieira. A versão bem rudimentar do presente trabalho nasceu ao longo da minha passagem por essa disciplina e, desde já, pensava em desenvolvêl o como trabalho de conclusão de curso.

Através dessa disciplina, tive a chance de saber que EU PODIA OUSAR no jornalismo transformar, subverter as técnicas de uso corrente, e experimentar outras. É importantíssimo que se dê andamento à evolução da comunicação jornalística, que não pode ser vista como algo estático, que não pode sofrer mudanças. É preciso ousar, começando a se perguntar:

Como eu gostaria fazer jornalismo? Assim, nasceuROSACRUCIANDO – um código místico de

vida, contendo a forma que eu achei mais prazerosa de elaborar um texto jornalístico.

I O MEIO E O TEMA

Para elaborar um trabalho em um semestre letivo, é preciso muita afinidade e gosto pelo assunto escolhido. Por isso optei, sem pestanejar, por algo ligado ao esoterismo. Percorro este caminho há mais de dez anos, lendo livros e participando de debates, seminários, vivências, etc.

movimento rosacrucianista, que se espalha pelo mundo há mais de trinta

séculos.

ROSACRUCIANDO – um código místico de vida, trabalho de conclusão do

Curso de Comunicação Social da FACOM/UFBA, é uma reportagem que utiliza

o meio impresso, o qual eu tenho mais afinidade, para falar sobre os

pensamentos e hábitos dos rosacruzes, tendo como âmbito a Bahia,

especificamente a Loja Rosacruz Salvador, que foi a primeira filial da Ordem

Rosacruz em nosso estado.

O verbo ROSACRUCIANDO, neologismo criado durante a elaboração deste

trabalho, circula por duas vertentes: tanto pode ser entendido como

TEORIZANDO, como também PRATICANDO os ensinamentos místicos da

AMORC.

Ser fiel à idiossincrasias, detalhes, perfis de pessoas e ambientes, requer sensibilidade e técnica. Não aquela técnica esquematizada para aprisionar o sentido a partir e tão somente da visão do redator. Antes sim, essa reportagem necessita da utilização de uma técnica que permita a humanização do diálogo, onde o entrevistado seja de fato o protagonista da história e o texto, o espelho do seu falar, agir, pensar, e o leitor seja participante e não mais um mero espectador de histórias fragmentadas do cotidiano.

Para tanto, faz se necessário amparar essa proposta em um gênero de narração que dê vida a um relacionamento entre uma profissional e um modo de fazer jornalismo humanizado. É

escolhido, então, o uso dalinguagem dialógica interativa, que estabelece um elo forte de

ligação entre os interlocutores da reportagem, consideradas as participações ativas dos entrevistados (fontes de informação), do entrevistador (mediador do discurso) e do receptor

(enquanto sujeito da interpretação), através, inclusive, do aproveitamento por vezes integral dos discursos das fontes de informação, sob a pretensão de privilegiar a compreensão em detrimento da explicação do fato. (Cremilda Medina, 1986: 27)

II – RELATO DOS PROCEDIMENTOS

O trabalho está vinculado ao fazer jornalístico, considerandos e que o método utilizado na sua execução orienta se pelas normas que fundamentam essa atividade: entrevista, trabalho de campo (reportagem), pesquisa, observação, difusão, edição (compreendida a seleção e a organização de pautas das pesquisas e entrevistas).

Pesquisei na Internet – http://www.amorc.org.br , li alguns livros publicados pela Ordem (Ordem Rosacruz em perguntas e respostas, Manual Rosacruz, A Vida Mística de Jesus e As Doutrinas Secretas de Jesus) e vários números dos periódicos que produzem (O Rosacruz, AMORC GLP, O Domínio da Vida e AMORCC ultural).

Dentre vários assuntos interessantes que poderiam servir como o gancho da reportagem, fiquei na dúvida entre duas possibilidades: a) pensamentos e práticas dos rosacruzes mirins (crianças e adolescentes); b) pensamentos e práticas dos rosacruzes adultos. Para decidir, resolvi sondar alguns membros mirins a adultos, fazendol hes perguntas sobre a sua vida naquela comunidade de místicos e o que estavam aprendendo nos ensinamentos da Ordem.

No começo, os membros adultos da AMORC foram extremamente reticentes em sua grande maioria. Pareciam estar tão intrinsecamente comprometidos com a questão do sigilo, que não eram muito de falar e muito menos de deixar que os estudantes mirins fossem abordados. Educadamente, limitarams e a me indicar que procurasse respostas nos livros da Ordem, cujo

reportagem. Para isso, houve o aproveitamento, por vezes integral, dos discursos das fontes de informações. É como afirma Edvaldo Pereira Lima (1993: 85):

“... é bastante habitual o livror eportagem aproveitar diversas entrevistas ao longo de

suas páginas... A entrevista desponta no livro como uma forma de expressão por si,

dotada de individualidade, força, tensão, drama, esclarecimento, emoção, razão,

beleza. Nasci daí o diálogo possível, o crescimento do contato humano entre

entrevistador e entrevistado, que só acontece porque não há a pauta fechada

castrando a criatividade. Em muitas ocasiões, surge o painel de multivozes e o

repórter, o autor, é apenas um sutil maestro que costura os depoimentos, interliga

visões de mundo com tal talento que parece natural tal arranjo, como se surgisse ali

espontaneamente, perfeito. Nessas ocasiões, o jornalistae scritor atinge uma situação

máxima de excelência no domínio da entrevista: a de tecedor invisível da realidade,

que salta, vívida, das páginas para o coração, a mente e todo o aparato perceptivo do

leitor.”

É compreensível a probabilidade, nesse trabalho, de efetivação de uma dita inclinação para a

utilização de textosmais humanizados por jornalistas que, apesar de cercados no cotidiano

profissional por determinações estruturais das empresas de comunicação, aproveitam janelas que se lhes abrem e realizam reportagens que aprofundam temas, em geral, humanísticos ou existencialistas. Jornalistas que diante de pautas de reportagens abrangentes, enxergam a

possibilidade de ruptura com o rigor racionalista de teorias ortodoxas que ostentam pirâmides

invertidas, leads, subl eads. Permitems e o desprendimento do pragmatismo/formalismo

técnico e a aproximação da linguagem subjetivada. Descompromissado das amarras que conformam o texto jornalístico nessas fórmulas, o redator se autoriza a expressar sentimentos, emoções, comportamentos, conceitos, valores, histórico de vida dos entrevistados, bem como a caracterização do ambiente para complementação do universo receptivo da mensagem, levando em conta a emissão de mensagem, subjetivada ou submetida ao olhar do entrevistador, a emissão de significados pelo entrevistado e a capacidade interpretativa do receptor.

III – ANÁLISE DO PRODUTO

Para elaborar esse trabalho sobre a Ordem Rosacruz, foi escolhido o formato

de livro reportagem, que, apesar de baseado em informações de fatos reais

coletadas através da técnica de observação participativa e a partir de relatos de

membros da Ordem, oferece um leque de experimentações para o modo

convencional de se fazer jornalismo.

Não que haja o desejo de contestar infundadamente o formato atual de notícia, de linguagem predominantemente substantiva, que visa garantir o máximo de distanciamento entre quem escreve, quem informa, e o que escreve, o que informa. Em meio a insatisfações e protestos manifestos e latentes, entretanto, ouvems e brados de ruptura e inovação. Já disse Medina

(1986: 16) no Projeto São Paulo de Perfil:“... vives e a emergência da comunicação e

emergente se faz a construção do signo da interação social transformadora”

A insatisfação predominante nos meios acadêmicos em relação ao equacionamento da notícia

através deleads, que conformam respostas intocáveis às estáticas perguntas: quem, o quê,

quando, onde, como e por quê, é generalizada. Na FACOM/UFBA não é diferente.

II Parte

ROSACRUCIANDO Um código místico de vida

CAPÍTULO I

deles, ao me verem, parecia um intenso desabrochar de uma rosa.

Pude vislumbrar uma recepção agradável. Afinal, era um

reencontro.

A Mestre da Loja, Maria Carneiro de Almeida servidora

pública federal, 57 anos, 14 como rosacruz foi a primeira a darm e

as boasv indas. Em seguida, vieram a mim os demais membros

presentes naquele horário. Eram doze ao todo: quatro mulheres e

oito homens. “Normalmente, os estudantes mais antigos na Ordem

chegam mais cedo e saem mais tarde que os outros, sem falar na assiduidade

exemplar”, observou sorridente e satisfeita a Mestre, ao tempo em

que cada um se apresentava e pronunciava a característica saudação

rosacruz:Paz Profunda!

Entre rostos já conhecidos por mim e outros não, pude sentir

o desejo mútuo de estarmos juntos e trocarmos idéias. A curiosidade

pairava recíproca e contínua. Eu apenas queria sabêl os como

místicos e, por que não, também, como pessoas comuns que deviam

ser. Seriam capazes de falar sobre isso sem muitas reservas?

Nem todos. Eu já tinha ouvido em outros momentos,

respostas mais que evasivas: “Não sei se posso dizer”; É delicado

explicar”; “Desculpem e, esse assunto é sigiloso”; Pergunte a fulano de

tal”. Não vai ser fácil. Entretanto, algo parecia dizer me que agora

eu tinha encontrado as pessoas certas, que poderiam melhor relatar

sobre os princípios da AMORC. Ah! As paredes do interior do

prédio também eram cord er osa.

Como eu e a Mestre tínhamos combinado, por telefone, que

haveríamos de ter, neste primeiro encontro, mais uma “conversa

entre amigos” do que propriamente as delongas de uma grande

entrevista em grupo. Era preciso que conhecessem melhor o

trabalho que eu estava querendo desenvolver com eles.

Fomos todos, então, para a Antecâmara do Templo, local

pequeno e aconchegante, em que os postulantes são preparados

para os rituais de Iniciação. Nessas ocasiões, este recinto fica sob a

responsabilidade de um rosacruz sob o cargo de oficial Guardião do

Templo, de modo que ninguém pode nele penetrar sem a sua

permissão, exceto se autorizado pelo Mestre, para outros fins como

estudo, trabalho e meditação que não sejam privativos. A

reportagem foi enquadrada como uma atividade deste tipo.

Como não poderiam deixar de faltar, motivos egípcios que

tomavam as paredes de fundo rosa, velas e incenso, que se

encontravam dispostos em uma mesinha, pareciam tornar o