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Uma reportagem sobre a ordem rosacruz, uma antiga fraternidade mística que se espalhou pelo mundo por mais de trinta séculos. O autor utiliza o meio impresso para falar sobre os pensamentos e hábitos dos rosacruzes, com ênfase na loja rosacruz de salvador, a primeira filial da ordem no estado da bahia. O texto oferece informações sobre a história, os símbolos, as práticas e os benefícios da ordem rosacruz.
Tipologia: Notas de estudo
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Universidade Federal da Bahia Faculdade de Comunicação
Um código místico de vida
ROSACRUCIANDO Um código místico de vida
Agradecimentos
ÍNDICE
∑ Capítulo I O meio e o tema ......................................................................... 09 ∑ Capítulo II Relato dos procedimentos........................................................... 12 ∑ Capítulo III Análise do produto ..................................................................... 16
II PARTE – ROSACRUCIANDO:um código místico de vida
∑ Capítulo I Por trás do muro rosa ................................................................. 20 ∑ Capítulo II Falando de Amor ........................................................................ 39 ∑ Capítulo III Lar Místico Lar .......................................................................... 49 ∑ Capítulo IV Cristo pela Rosacruz .................................................................. 62 ∑ Capítulo V Experiência Mística ................................................................... 67 ∑ Capítulo VI As dificuldades .......................................................................... 72 ∑ Capítulo VII Em busca do despertar ............................................................... 78 ∑ Capítulo VIII O Artesão ................................................................................... 86 ∑ Capítulo IX Culto ao Sigilo ........................................................................... 91 ∑ Capítulo X No Quarto Milênio? ................................................................... 95 ∑ Capítulo XI Nova Era .................................................................................... 101 ∑ Capítulo XII Um templo, uma encarnação ..................................................... 106 ∑ Capítulo XIII Uma senda faraônica – I ............................................................ 113
I Parte
Memória Descritiva e Analítica
APRESENTAÇÃO
Na Faculdade de Comunicação da UFBA, tive noções essenciais do que é o jornalismo, sua função social e ética, sua linguagem, suas técnicas, suas aplicações no dia a dia de uma redação. Conheci todas as etapas pelas quais uma notícia passa até chegar as mãos do leitor, desde a seleção das pautas até a edição final, acompanhada das fotos e da programação visual. Enfim, entendi o que é e como se processa o jornalismo nos seus diversos gêneros e suportes.
Uma disciplina específica, no entanto, me pareceu mais condizente com os meus ideais: Estudo Orientado em Jornalismo, dada pela Professora Rosângela Vieira. A versão bem rudimentar do presente trabalho nasceu ao longo da minha passagem por essa disciplina e, desde já, pensava em desenvolvêl o como trabalho de conclusão de curso.
Através dessa disciplina, tive a chance de saber que EU PODIA OUSAR no jornalismo transformar, subverter as técnicas de uso corrente, e experimentar outras. É importantíssimo que se dê andamento à evolução da comunicação jornalística, que não pode ser vista como algo estático, que não pode sofrer mudanças. É preciso ousar, começando a se perguntar:
I O MEIO E O TEMA
Para elaborar um trabalho em um semestre letivo, é preciso muita afinidade e gosto pelo assunto escolhido. Por isso optei, sem pestanejar, por algo ligado ao esoterismo. Percorro este caminho há mais de dez anos, lendo livros e participando de debates, seminários, vivências, etc.
ROSACRUCIANDO – um código místico de vida, trabalho de conclusão do
Ser fiel à idiossincrasias, detalhes, perfis de pessoas e ambientes, requer sensibilidade e técnica. Não aquela técnica esquematizada para aprisionar o sentido a partir e tão somente da visão do redator. Antes sim, essa reportagem necessita da utilização de uma técnica que permita a humanização do diálogo, onde o entrevistado seja de fato o protagonista da história e o texto, o espelho do seu falar, agir, pensar, e o leitor seja participante e não mais um mero espectador de histórias fragmentadas do cotidiano.
Para tanto, faz se necessário amparar essa proposta em um gênero de narração que dê vida a um relacionamento entre uma profissional e um modo de fazer jornalismo humanizado. É
ligação entre os interlocutores da reportagem, consideradas as participações ativas dos entrevistados (fontes de informação), do entrevistador (mediador do discurso) e do receptor
(enquanto sujeito da interpretação), através, inclusive, do aproveitamento por vezes integral dos discursos das fontes de informação, sob a pretensão de privilegiar a compreensão em detrimento da explicação do fato. (Cremilda Medina, 1986: 27)
II – RELATO DOS PROCEDIMENTOS
O trabalho está vinculado ao fazer jornalístico, considerandos e que o método utilizado na sua execução orienta se pelas normas que fundamentam essa atividade: entrevista, trabalho de campo (reportagem), pesquisa, observação, difusão, edição (compreendida a seleção e a organização de pautas das pesquisas e entrevistas).
Pesquisei na Internet – http://www.amorc.org.br , li alguns livros publicados pela Ordem (Ordem Rosacruz em perguntas e respostas, Manual Rosacruz, A Vida Mística de Jesus e As Doutrinas Secretas de Jesus) e vários números dos periódicos que produzem (O Rosacruz, AMORC GLP, O Domínio da Vida e AMORCC ultural).
Dentre vários assuntos interessantes que poderiam servir como o gancho da reportagem, fiquei na dúvida entre duas possibilidades: a) pensamentos e práticas dos rosacruzes mirins (crianças e adolescentes); b) pensamentos e práticas dos rosacruzes adultos. Para decidir, resolvi sondar alguns membros mirins a adultos, fazendol hes perguntas sobre a sua vida naquela comunidade de místicos e o que estavam aprendendo nos ensinamentos da Ordem.
No começo, os membros adultos da AMORC foram extremamente reticentes em sua grande maioria. Pareciam estar tão intrinsecamente comprometidos com a questão do sigilo, que não eram muito de falar e muito menos de deixar que os estudantes mirins fossem abordados. Educadamente, limitarams e a me indicar que procurasse respostas nos livros da Ordem, cujo
reportagem. Para isso, houve o aproveitamento, por vezes integral, dos discursos das fontes de informações. É como afirma Edvaldo Pereira Lima (1993: 85):
É compreensível a probabilidade, nesse trabalho, de efetivação de uma dita inclinação para a
profissional por determinações estruturais das empresas de comunicação, aproveitam janelas que se lhes abrem e realizam reportagens que aprofundam temas, em geral, humanísticos ou existencialistas. Jornalistas que diante de pautas de reportagens abrangentes, enxergam a
técnico e a aproximação da linguagem subjetivada. Descompromissado das amarras que conformam o texto jornalístico nessas fórmulas, o redator se autoriza a expressar sentimentos, emoções, comportamentos, conceitos, valores, histórico de vida dos entrevistados, bem como a caracterização do ambiente para complementação do universo receptivo da mensagem, levando em conta a emissão de mensagem, subjetivada ou submetida ao olhar do entrevistador, a emissão de significados pelo entrevistado e a capacidade interpretativa do receptor.
III – ANÁLISE DO PRODUTO
Não que haja o desejo de contestar infundadamente o formato atual de notícia, de linguagem predominantemente substantiva, que visa garantir o máximo de distanciamento entre quem escreve, quem informa, e o que escreve, o que informa. Em meio a insatisfações e protestos manifestos e latentes, entretanto, ouvems e brados de ruptura e inovação. Já disse Medina
A insatisfação predominante nos meios acadêmicos em relação ao equacionamento da notícia
quando, onde, como e por quê, é generalizada. Na FACOM/UFBA não é diferente.
II Parte
ROSACRUCIANDO Um código místico de vida
deles, ao me verem, parecia um intenso desabrochar de uma rosa.
Pude vislumbrar uma recepção agradável. Afinal, era um
reencontro.
A Mestre da Loja, Maria Carneiro de Almeida servidora
pública federal, 57 anos, 14 como rosacruz foi a primeira a darm e
as boasv indas. Em seguida, vieram a mim os demais membros
presentes naquele horário. Eram doze ao todo: quatro mulheres e
oito homens. “Normalmente, os estudantes mais antigos na Ordem
chegam mais cedo e saem mais tarde que os outros, sem falar na assiduidade
exemplar”, observou sorridente e satisfeita a Mestre, ao tempo em
que cada um se apresentava e pronunciava a característica saudação
rosacruz:Paz Profunda!
Entre rostos já conhecidos por mim e outros não, pude sentir
o desejo mútuo de estarmos juntos e trocarmos idéias. A curiosidade
pairava recíproca e contínua. Eu apenas queria sabêl os como
místicos e, por que não, também, como pessoas comuns que deviam
ser. Seriam capazes de falar sobre isso sem muitas reservas?
Nem todos. Eu já tinha ouvido em outros momentos,
respostas mais que evasivas: “Não sei se posso dizer”; É delicado
explicar”; “Desculpem e, esse assunto é sigiloso”; Pergunte a fulano de
tal”. Não vai ser fácil. Entretanto, algo parecia dizer me que agora
eu tinha encontrado as pessoas certas, que poderiam melhor relatar
sobre os princípios da AMORC. Ah! As paredes do interior do
prédio também eram cord er osa.
Como eu e a Mestre tínhamos combinado, por telefone, que
haveríamos de ter, neste primeiro encontro, mais uma “conversa
entre amigos” do que propriamente as delongas de uma grande
entrevista em grupo. Era preciso que conhecessem melhor o
trabalho que eu estava querendo desenvolver com eles.
Fomos todos, então, para a Antecâmara do Templo, local
pequeno e aconchegante, em que os postulantes são preparados
para os rituais de Iniciação. Nessas ocasiões, este recinto fica sob a
responsabilidade de um rosacruz sob o cargo de oficial Guardião do
Templo, de modo que ninguém pode nele penetrar sem a sua
permissão, exceto se autorizado pelo Mestre, para outros fins como
estudo, trabalho e meditação que não sejam privativos. A
reportagem foi enquadrada como uma atividade deste tipo.
Como não poderiam deixar de faltar, motivos egípcios que
tomavam as paredes de fundo rosa, velas e incenso, que se
encontravam dispostos em uma mesinha, pareciam tornar o