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Este texto discute a relação entre romantismo e realismo em le père goriot de balzac, mostrando que essas duas tendências literárias não são excludentes. O autor analisa como o romantismo francês, representado por balzac, opõe a visão clássica do homem universal e a valoriza a diversidade e especificidade humana. O texto também explora como o interesse pelo homem situado em seu tempo e espaço é presente em le père goriot, e como as figuras de rastignac, goriot e vautrin representam diferentes aspectos do 'eu' romântico. Além disso, o texto discute a importância da sociedade centralizadora de paris na obra de balzac e na evolução do romantismo.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de aula
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Pois b e m , Sr. de Rastignac, trate este m u n d o c o m o ele o merece. V o c ê quer triunfar, eu o ajudarei. V o c ê s o n d a r á o quanto é p r o f u n d a a c o r r u p ç ã o f e m i n i n a e m e d i r á a e x t e n s ã o da m i s e r á v e l vaidade dos h o m e n s. (Balzac, p. 83)
E m a g r e c e u ; suas panturrilhas m u r c h a r a m ; o rosto cheio g r a ç a s à satisfação [de uma] felici- dade burguesa, enrugou-se rapidamente; a fron- te ficou franzida e as maxilas desenharam-se sob a pele [...] Os o l h o s azuis m u i t o v i v o s torna- r a m - s e e m b a c i a d o s e p a r d a c e n t o s , f i c a r a m a m o r t e c i d o s , n ã o lacrimejavam mais e a o r l a v e r m e l h a das p á l p e b r a s parecia sangrar. A uns, causava h o r r o r ; aos outros, inspirava c o m p a i - x ã o. A l g u n s jovens estudantes de m e d i c i n a , n o - tando o caimento de seu l á b i o inferior e calcu- lando o v é r t i c e de seu â n g u l o facial, declara- r a m - n o a c o m e t i d o d e cretinismo, a p ó s terem- no maltratado sem p r o v o c a r a m e n o r r e a ç ã o. (Balzac, p. 35-6)
Q u e m sou? V a u t r i n. Q u e faço? O que m e agrada. [...] S o u b o m c o m os que me fazem o b e m ou cujo c o r a ç ã o fala ao m e u [...] M a s , palavra d e honra! s o u m a u c o m o o d i a b o c o m aqueles que m e i n c o m o d a m o u que n ã o m e agradam. E é b o m que v o c ê saiba que me i m - p o r t o tanto d e matar u m h o m e m c o m o disto! — d e c l a r o u dando u m a cuspida. — A p e n a s , es- f o r ç o - m e p o r m a t á - l o corretamente, q u a n d o é absolutamente n e c e s s á r i o. S o u o que v o c ê s cha- m a m de artista. [...] Refleti m u i t o na c o n s t i t u i - ç ã o atual da d e s o r d e m social de v o c ê s [...] V o u esclarecer-lhe, eu m e s m o a p o s i ç ã o em que v o c ê está. V o u fazê-lo, p o r é m , c o m a superioridade [de um] h o m e m que, a p ó s ter e x a m i n a d o as coisas deste m u n d o , v i u que há somente d o i s partidos a tomar: u m a e s t ú p i d a o b e d i ê n c i a o u a revolta. E u n ã o o b e d e ç o a nada, e s t á claro? ( B a l z a c , p. 104)
Sabe c o m o é que a gente faz carreira aqui? P e l o b r i l h o d a i n t e l i g ê n c i a , o u pela habilidade da c o r r u p ç ã o. É preciso penetrar nessa massa humana, c o m o u m projétil d e c a n h ã o , o u i n s i -
Só eu. Sinto m e u c o r a ç ã o e c o n h e ç o os h o - mens. N ã o s o u feito c o m o n e n h u m daqueles q u e v i ; o u s o a c r e d i t a r n ã o ser feito c o m o n e n h u m daqueles que existem. S e n ã o v a l h o mais, pelo m e n o s s o u o u t r o. (apud B o n y , 1992)