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Guias e Dicas
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Revista Signorelli, Notas de estudo de Pedagogia

Informações sobre educação à distância

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 29/11/2010

marcelo-maia-33
marcelo-maia-33 🇧🇷

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SIGNORELLI
REVISTA CIENTÍFICA INTERNACIONAL EM EAD
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SIGNORELLI

REVISTA CIENTÍFICA INTERNACIONAL EM EAD

Copyright© 2010 por Signorelli Título Original: Revista Científica Internacional em EAD

Editor André Figueiredo

Editoração Eletrônica Ana Paula Cunha

Publit Soluções Editoriais

Rua Miguel Lemos, 41 sala 605 Copacabana - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 22.071- Telefone: (21) 2525- E-mail: editor@publit.com.br Endereço Eletrônico: www.publit.com.br

Equipe de Editoração

Cláudia Bernardi: Jornalista Marcos Soares de Mello: Publicitário

Projeto gráfico

Rosane Furtado

Capa

Eduardo Leeladhar Machado

Tradução

Igor Jakimczyk Baptista Ivan Manuel Timoteo Pinto

EDITORIAL

Bem-vindo à nossa Revista Científica Internacional em EAD.

Com muita garra e disposição iniciamos o processo de criação e edição de uma revista científica. A Signorelli - Revista Científica Internacional em EAD chegou para apresentar aos leitores uma reflexão profunda e saudável da educação moderna. Queremos transformá-la num canal aberto para a participação de alunos, professores e colaboradores com transparência, democracia e diálogo.

Por estarmos inseridos numa fase em que o desenvolvimento da internet está cada vez mais rápido e dinâmico, também estamos lançando a Signorelli on line. Assim, nosso público poderá escolher a maneira de ler nossa revista: por meio impresso ou por meio eletrônico.

Nesta primeira edição, você terá acesso aos mais variados e melhores ar- tigos especializados produzidos por um grupo seleto de profissionais que inte- gram a equipe do Grupo Educacional Signorelli e de professores da Universidad Nacional de Cuyo, de Mendoza – Argentina.

Com o intuito de aguçar a curiosidade dos leitores sobre as novas tecno- logias e de servir de base àqueles que dedicam-se a esse tema, a revista é segmen- tada, focada em Educação a Distância. Especificamente nesta primeira edição apresentamos dois artigos internacionais com outros temas, que também são de extrema relevância.

Este é o primeiro passo. Certamente as próximas edições estarão rechea- das de outros artigos, entrevistas, reportagens e dicas para você aproveitar.

Desejamos uma leitura proveitosa e fecunda!

Hércules Pereira Presidente do Grupo Educacional Signorelli

Sumário

Cenários: Imagens da Educação a Distância.

Autor: Luiz Annunziata Neto...........................................................

Gestão Estratégica em Programas de Educação a Distância:

O impacto do processo de aprendizagem na construção do

conhecimento.

Autores: Rita de Cássia Borges de Magalhães Amaral e Alessando.

Marco Rosini.......................................................................................

A Educação a distância na Reconstrução das competências

Docentes.

Autor: Maria Céri da Silva Amaral..................................................

Os Desafios da Educação a distancia na persctiva da formação

de professoras.

Autor: Tânia Melo de Souza...........................................................

Relação Escola e Cultura sob uma visão Multicultural crítica na

Educação a distância.

Autor: Solange Brito de Azevedo.....................................................

Deficiências no atendimento do tutor on-line.

Autor: Sandra Silva Dias..................................................................

Perfil do estudante de uma pós-graduação a distância na área de

tecnologia.

Autor: Vladimir Leite Gonçalves.....................................................

O Uso do Hipertexto no Ensino de Idiomas

(Tecnologia Educacional).

Autor: Rosimeri Claudino da Costa................................................

Sobre el Principio de Igualdad de Posibilidades ante la

Educación.

Autor: Francisco Muscará............................................................

Ponencia: La evaluación de las Prácticas y la Residencia

Pedagógicas. Una mirada cualitativa-cuantitativa.

Autor: Maria Emilia Ortiz.............................................................

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Cenários

Cenários são ferramentas cognitivas, imagens de futuro ou jogos coeren- tes de hipóteses, são descrições de situações de origem e de acontecimentos que conduzem a uma determinada situação dentro de uma narrativa lógica e coeren- te. Ocupam espaço de destaque entre os instrumentos utilizados pelas analises prospectivas, com a vantagem de que estes se opõem às concepções determinís- ticas ou fatalistas do futuro. Entende-se que o amanhã é construído pela prática social, pela ação das políticas de educação, projetos, vontades, conflitos, valores, que se assumem como princípio de que a história é uma resultante da ação dos homens e que pode vir a tomar caminhos diversos segundo os interesses, as circunstâncias po- líticas e estruturais. Mas se há uma escolha racional na modulação do futuro, há também espaço para o imprevisto e para o contingente, uma vez que não se tem controle de todas as variáveis que determinam os processos humanos. Os estudos de cenários e a sua utilização como instrumento de apoio à gestão florescem, ganhando importância e legitimidade, especialmente após os anos 1980, onde a aceleração das mudanças técnicas, econômicas e sociais co- meçou a exigir dos planejadores uma visão de longo prazo que considerasse não

Resumen

Palavras-chave : Cenários, Educação a Distância, Referenciais de qualidade. La expansión de la oferta de cursos en la modalidad de educación a dis- tancia - Educación a Distancia en Brasil y otros países se ha visto acompañada por el crecimiento de la literatura científica relacionada a ese sector. La propuesta central de los proyectos se ha basado en la democratización del conocimiento y la mejoría de la calidad de la educación mediante la incorporación de las tecnologías digitales interactivas en los procesos educativos. Adoptando como punto de referencia para el análisis cuestiones planteadas en el contexto contemporáneo, teniendo como su principal base de prácticas de calidad, políticas, proyectos y procesos de educación a distancia, destinadas a la cre- ación, mejoría, divulgación de conocimientos culturales, científicos, tecnológicos y profesionales que contribuyan para superar los problemas regionales, nacionales e internacionales y para el desarrollo sostenible de los seres humanos sin excepción. Este artículo tiene como objetivo actuar en este nuevo escenario creado por el de- sarrollo de la educación abierta a distancia y a la vez plantear una reflexión crítica sobre la realidad de la educación a distancia en Brasil, dentro de una perspectiva social y política ubicada en el contexto de una sociedad del conocimiento. Palabras clave : escenarios, Educación a Distancia, Referencias de calidad

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Revista Científica Internacional em EAD

somente a extrapolação de tendências em curso, mas também os possíveis rom- pimentos históricos e a emergência de fatos inusitados ou não previstos pelos métodos tradicionais. Um conjunto de cenários educacionais é um sistema de referência útil para a tomada de decisões estratégicas e a formulação de políticas, uma vez que a sua explicitação reduz conflitos de percepção e orienta a tomada de posições dos grupos humanos envolvidos com o desdobrar dos fenômenos.

Cenários: o desenvolvimento da educação ocidental

O modelo de cultura que marcou o ocidente surge na Grécia antiga com a Paidéia que incluía a formação integral do ser humano. Na educação grega intimamente ligada à filosofia, os sofistas os docentes itinerantes e remunerados, educavam os gregos na arte da dialética e nas questões de política. Por volta de 387 a C. Platão funda a Academia de Athenas. Na República, expõe seu ideal de educação centrado no exercício da filosofia. Em Roma a educa- ção elementar era ministrada em casa pelos pais ou por um tutor a partir dos sete anos em geral, ensinando a leitura, escrita e os cálculos. A educação das meninas terminava aí; se aos meninos fosse destinado algum tipo de educação adicional, era enviado com 12 anos a um gramático para estudar literatura e gramática latina, por volta dos quinze anos com um retórico e posteriormente com um filósofo. Surgem a partir do século IV os mosteiros, fundamentais para a preserva- ção da ciência e da cultura antiga. A partir de século IX, o ensino clássico medieval passa a ter como funda- mentação as sete artes liberais:

  • Gramática, retórica e dialética o trivium
  • Geometria, aritmética, astronomia e música, o quadrivium.

Na idade média apresentam destaques à formação e o desenvolvimento das bibliotecas, com efetiva influência na história da educação. A estabilidade política garante ao Império Romano do Oriente ou Bizan- tino, a continuidade da tradição da educação romana e também a tradição da continuidade linguística por meio do Latim. A partir dos séculos XII e XIII, as escolas medievais antigas, monásticas e rurais com o desenvolvimento do comércio, são substituídas pelas escolas urbanas, entre as quais, grandes variedades das escolas públicas, ampliando-se o horizonte da educação medieval. São essas escolas urbanas que darão origem as universidades. No final de século XVI, não apenas restrito as universidades, a educação se faz também em casa por meio da família com o patron - que aprendia de quem

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Revista Científica Internacional em EAD

O século XXI inicia-se com o signo da transição na educação. A importân- cia das tecnologias e das ciências. A informação digitalizada, o desenvolvimento das linguagens de computador e da própria informática, que exigem alterações profundas nos processos educacionais e nas teorias pedagógicas.

Cenários: imagens da Ead

A Educação a distância tem ditado as regras para a educação democratiza- dora. Recebeu denominações diversas, como estudo ou educação por correspon- dência (Reino Unido); estudo em casa ou estudo independente (Estados Unidos); estudos externos (Austrália); telensino ou ensino a distância (França); estudo ou ensino a distância (Alemanha); educação a distância (Espanha); teleducação (Por- tugal) Independentemente das denominações a Educação a distância não pode significar uma educação... a distância... há anos luz de distância. Apesar da distância física, é possível administrar a distância com projetos pedagógicos efetivamente interessados na aprendizagem. O educando não pre- cisa estar distante, pedagogicamente, de seus educadores. É uma educação dia- lógica que pressupõe a educação dos homens em comunhão, mediatizados pelo mundo que contextualiza seu aprendizado. Segundo Paulo Freire, é justamente por meio do diálogo que o educador proble- matizador “re-faz” constantemente seu ato cognoscente na cognoscibilidade dos edu- candos: “na medida em que o educador apresenta aos educandos, como objeto de sua” ad-miração “, o conteúdo, qualquer que ele seja, do estudo a ser feito,” re-admira “a” ad- miração “que antes fez, na” ad-miração “que fazem os educandos.” (Freire, 1982:80)

Cenários: a EaD no contexto mundial

Experiências educativas a distância já existiram no final do século XVIII, se desenvolveram com êxito a partir da segunda metade do séc. XIX, para quali- ficação e especialização face às novas demandas da industrialização e da mecani- zação. Sua expansão é significativa no séc. XX, nos estudos programas e projetos, principalmente na educação superior. Na Europa, são oferecidos mais de 700 programas de diferentes níveis, nos mais variados campos do saber. Segundo o Conselho Internacional de Ensi- no a Distância /CIED, em 1988, mais de 10 milhões de estudantes acompanha- vam seus cursos a Distância (apud KAYE, 1988:57) e, em nível superior e de pós- graduação, essa formação é reconhecida legal e socialmente (IBAÑEZ, 1989). A Universidad Nacional de Educación a Distancia /UNED, na Espanha, ofere- ce 200 cursos, em nível superior, a mais de 140.000 estudantes matriculados em 1995.

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A universidade de Hagen (Alemanha) e a Open University são reconheci- das internacionalmente e caracterizadas pela excelência de seus cursos. Nos países socialistas do Leste europeu desenvolveu-se uma política coe- rente para assegurar a formação dos trabalhadores. Somente na Rússia, 2.500. estudantes (mais da metade dos inscritos nas universidades) estudavam a distân- cia antes da ruptura do bloco socialista. O Parlamento Europeu reconheceu a importância da EAD para a Comu- nidade Européia ao adotar uma Resolução sobre as Universidades Abertas (10/07/87) e ao desenvolver diversos programas comunitários, a partir de 1991, utilizando a modalidade da EAD. É o caso dos programas Sócrates, Leonardo da Vinci e ADAPT (do Fundo Social Europeu). Na China, a televisão cultural universitária, desde 1977, oferece cursos a dis- tância, enquanto na África os programas educativos a distância ainda são incipientes, face às limitações de recursos econômicos. A Austrália, por outro lado, é o país que mais desenvolve programas a distância integrados com as universidades presenciais. Na América Latina há países tomando a iniciativa de consolidação e ins- titucionalização de programas de EAD, como a Universidad Nacional Abierta de Venezuela, a Universidad Estatal a Distancia de Costa Rica e o Sistema de Educación Abierto y a Distancia de Colômbia.

Cenários: a EaD no Brasil

No Brasil, a EaD é marcada por uma trajetória de sucessos, não obstante a existência de alguns momentos de estagnação provocados por ausência de po- líticas públicas para o setor. Apresenta-se como uma alternativa possível e viável com a expansão quantitativa e sempre acompanhada pela busca do incremento qualitativo. Paralelamente ao caminho percorrido pelo governo federal, encon- tramos instituições privadas ou governos estaduais ousando projetos educativos próprios, utilizando-se da modalidade de Educação a Distância. A história da EaD no Brasil pode ser dividida em três momentos: Inicial, intermediário e outro mais moderno.Vejamos Algumas referências, que tiveram significado histórico particular quanto à modalidade.da EaD em nosso país.

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Fundação Padre Landell de Moura, criou seu núcleo de EAD, com metodologia de ensino por correspondência e via rádio. Ainda em 1967, o governo do Estado do Maranhão, na tentativa de resolver os graves problemas educacionais diagnos- ticados, decidiu utilizar a TV Educativa e através do Centro Educativo do Maranhão , em 1969, começou a emitir programas, em circuito fechado, para alunos das 5ª a 8º séries. A TVE do Ceará, nesta mesma época, também desenvolveria o programa TV Escolar, para atender a alunos da 5ª a 6ª séries das regiões mais interioranas, onde estas séries terminais do 1º grau inexistiam.

  • O Estado da Bahia, em 1969, fundou o Instituto de Radiodifusão do Estado da Bahia (IRDEB), que passaria a oferecer, até 1977, uma variedade de progra- mas (pré-escolar, 1º e 2º graus e formação de professores), aproveitando-se da experiência dos MEBs. Ainda em 1969, A Fundação Padre Anchieta, uma or- ganização criada em 1967 e mantida pelo Governo do Estado de S. Paulo, deu início a atividades educativas e culturais junto a populações faveladas e a diversos tipos de coletividades organizadas e, ainda, a secretarias municipais de educação, utilizando-se de repetidoras para atingir milhões de habitantes.
  • 1970 – Inicia-se o Projeto Minerva, convênio com o Ministério da Edu- cação, a Fundação Padre Landell e a Fundação Padre Anchieta, com a utilização do rádio para a educação e a inclusão social de adultos composto por diversos cursos (Capacitação Ginasial, Madureza Ginasial, Curso Supletivo de Iº Grau) transmitidos, em cadeia nacional por emissoras de rádio;
  • 1971 - A Associação Brasileira de Tecnologia Educacional, fundada com o nome de Associação Brasileira de Teleducação, também vem dando sua contribuição na difusão do significado e da importância da Educação a Distância no país, organi- zando Seminários Brasileiros e publicando a revista Tecnologia Educacional.
  • 1972, o governo federal criaria a Fundação Centro Brasileiro de Televisão Educativa que, em 1981, passaria a se denominar FUNTEVE e que viria forta- lecer o Sistema Nacional de Radiodifusão Educativa (SINREAD) colocando no ar programas educativos, em parceria com diversas rádio educativas e canais de Televisão. A FUBRAE também criou o Centro Educacional de Niterói (CEN), que atuaria mais no Estado do Rio de Janeiro, oferecendo cursos em nível de 1º e 2º graus a alunos fora da faixa etária regular para frequentar tais cursos;

Momento intermediário

  • 1973 – No campo da educação superior,a UnB constituiu-se em uma base para programas de projeção. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), iniciou, em caráter experimental no estado do Rio Grande do Norte, o Projeto SACI (Sistema Avançado de Comunicações Interdisciplinares) com o objetivo de estabelecer um sistema nacional de teleducação via satélite. Voltado para as primeiras três séries do 1º grau;

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  • 1976 - foi criado o Sistema Nacional de Teleducação, centrado no ensino por correspondência, com experiências em rádio e TV;
  • 1977 - O Programa LOGOS que, em 13 anos de existência (1977 a 1991), atendeu a cerca de 50.000 professores, qualificando aproximadamente 35.000 em 17 estados brasileiros.
  • Em 1978, a Fundação Padre Anchieta (TV Cultura) e a Fundação Rober- to Marinho (TV Globo) lançaram o Telecurso de 2º Grau , combinando programas televisivos com material impresso vendido nas bancas de jornal;
  • 1979 - O Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) também acabou utilizando, em caráter experimental, os recursos da TVE para emitir 60 programas em forma de teleaula dramatizada, com duração de 20 minutos cada um e eram apoiados por material impresso; Ainda em 1979 ,foi implantado POSGRAD (Pós- graduação Tutorial a Distância), em caráter experimental (1979-83) pela Coorde- nação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Ensino Superior (CAPES-MEC), mas administrado pela Associação Brasileira de Tecnologia Educacional (ABT);

Momento mais moderno

  • 1980 - O governo federal credenciou a ABT para ministrar “cursos de pós-graduação lato sensu de maneira não convencional”, através de ensino tuto- rial. Universidade de Brasília, através de seu Centro de Educação a Distância (CEAD), vem desde oferecendo cursos de educação continuada;
  • 1990 - Em 1990 foi desativado O Programa LOGOS e substituído pelo Programa de Valorização do Magistério que começou a funcionar somente em 1992, seguindo o mesmo formato do Logos e atendendo a professores desde sua for- mação para as séries iniciais até à formação específica para o Magistério;
  • 1991 – criação dos Programas Um Salto para o Futuro , uma iniciativa do governo federal em parceria com a Fundação Roquette Pinto (1991) e o Telecurso 2000 , em parceria com a Fundação Roberto Marinho (1995);
  • 1995 – com o nome de Salto para o Futuro foi criado o programa de educação continuada, incorporado à TV Escola (canal educativo da Secretaria de Educação a Distância do Ministério da Educação, um marco na educação a distância nacional);

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região”. Os indicadores de qualidade e critérios de avaliação das IES para efeito de autorização e credenciamento de cursos à distância junto ao MEC sugerem a preocupação das autoridades responsáveis com a qualidade das ofertas de serviço de educação no país, da mesma forma que a exige nos cursos presenciais. Numa análise preliminar pode-se perceber claramente que os indicadores de qualidade para a EAD revelam uma política pública que exige projetos inte- grados com os padrões de qualidade do ensino superior, desenhados conforme as especificidades da modalidade EAD, competências multidisciplinares, intera- tividade, infraestrutura, gestão do projeto e investimentos. Estruturar projetos de cursos na modalidade a distância que atendam satisfatoriamente aos critérios e indicadores de qualidade propostos nas políticas públicas do setor, significa que as IES no Brasil precisam agregar conhecimentos multidisciplinares, compe- tências técnicas específicas para a área de EAD, além de alocar suficientemente investimentos de implementação, manutenção e avaliação dos projetos. Tendo a qualidade focada predominantemente numa dimensão técnica, os indicadores revelam uma tendência política bem definida no campo educacional, caracterizada pela busca da eficiência.

Considerações Finais

Cenários são imagens de futuro ou jogos coerentes de hipótese sobre as transformações possíveis de ocorrer com um determinado objeto. Existe toda uma gama variada de estudos e pesquisas sobre as experiências de EAD no mun- do que vêm apontando ser esta uma modalidade de educação eficaz para atender a todos os cidadãos que pretendem ter acesso a uma educação continuada e permanente e de qualidade. A EAD é uma alternativa pedagógica que deve utilizar e incorporar as novas tecnologias como meio para alcançar os objetivos das práticas educativas implementadas, tendo em vista as concepções de homem e sociedade assumidas e considerando as necessidades das populações a que se pretende servir. A EAD coloca-se, como um conjunto de métodos, técnicas e recursos, para que, em regime de auto-aprendizagem, possam adquirir conhecimentos. A EAD cobre distintas formas de ensino-aprendizagem em todos os níveis que se beneficiam do planejamento, guia, acompanhamento e avaliação de uma organi- zação educacional. A Educação a Distância, não se esgota com o instrumental, com as tecno- logias a que recorre, deve ser compreendida como uma prática educativa situada e mediatizada, uma modalidade de se fazer educação, de se democratizar o co- nhecimento fundamentada em uma racionalidade ética, solidária e compromissa- da com as mudanças sociais.

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A eficácia da Educação a Distância está, inegavel¬mente comprovada, o que não significa falta de questionamentos e estudos contínuos sobre essa modalidade. Há uma significativa produção internacional que aponta aspectos positivos e negativos referentes ao sistema. O importante é que se conceba a Educação a Distância como um sistema que pode possibilitar atendimento de qualidade, além de se constituir como forma de democratização do saber. A mudança constante é um invariante, mas as orientações possíveis para a transfor- mação estão em aberto.