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Guias e Dicas
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Revascularização do Miocárdio: Procedimentos, Complicações e Cuidados - Prof. Magalhaes, Slides de Química Clínica

A revascularização do miocárdio, um procedimento cirúrgico que visa desviar as artérias coronárias obstruídas, restaurando o fluxo sanguíneo para o coração. O texto descreve detalhadamente o procedimento tradicional, incluindo a utilização da circulação extracorpórea, os riscos e complicações associados, como sangramento, disfunção de órgãos e neuropsiquiátricos, além de discutir a mortalidade e os fatores de risco.

Tipologia: Slides

2016

Compartilhado em 02/04/2025

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regina-oliveira-74 🇧🇷

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Grau Técnico
Unidade Santo Amaro
Revascularização do Miocárdio
Disciplina : Clínica Cirúrgica
Março de 2025
São Paulo - SP
Rafael de França
Enf 47
Professora : Regina de Oliveira
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Grau Técnico

Unidade Santo Amaro

Revascularização do Miocárdio

Disciplina : Clínica Cirúrgica

Março de 2025

São Paulo - SP

Rafael de França

Enf 47

Professora : Regina de Oliveira

Revascularização do Miocárdio

A cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) envolve o desvio das artérias coronárias nativas com estenose de alto grau ou oclusão não passível de angioplastia com implante de stent.

Procedimento tradicional de CRM / A cirurgia de revascularização do miocárdio tradicional envolve toracotomia a via esternotomia na linha média (mediana). Uma máquina coração-pulmão é utilizada para estabelecer a circulação extracorpórea (CEC), possibilitando que o coração seja parado e esvaziado de sangue para maximizar a exposição cirúrgica e facilitar a anastomose dos vasos; parar o coração também diminui acentuadamente a demanda de oxigênio do miocárdio.

Antes do início da CEC, o paciente recebe uma dose muito alta de heparina para evitar a coagulação no circuito de circulação extracorpórea. Em seguida, a aorta é clampeada e o coração é parada pela injeção de uma solução cardioplégica (um cristaloide ou, mais comumente, um produto à base de sangue) que também contém substâncias que auxiliam as células miocárdicas a tolerar a isquemia e a reperfusão. Às vezes, a solução cardioplégica e o coração são levemente resfriados para aumentar a tolerância à isquemia; o corpo do paciente é resfriado pela máquina de CEC por razões semelhantes.

Em geral, utiliza-se a artéria mamária interna esquerda utilizada como enxerto pediculado para a artéria coronária descendente anterior esquerda. Outros enxertos consistem em segmentos de veia safena removidos da perna. Ocasionalmente, pode-se utilizar a artéria mamária interna direita ou a artéria radial do braço não dominante.

Depois da conclusão das anastomoses vasculares, a aorta é desclampeada, permitindo que as artérias coronárias sejam perfundidas por sangue oxigenado, o que normalmente restaura a atividade cardíaca. A anticoagulação com heparina é revertida pela administração de protamina.

Apesar das medidas cardioprotetoras, não há como parar o coração sem ter consequências. Durante a reperfusão, a disfunção miocárdica é comum e pode levar a bradicardia, arritmias (p. ex., fibrilação ventricular) e baixo débito cardíaco; esses eventos são tratados por medidas padrão, como estimulação elétrica, desfibrilação e fármacos inotrópicos.

Normalmente, as internações são de 4 a 5 dias, a menos que sejam prolongadas por complicações ou doenças concomitantes.

Outras complicações comuns da CRM incluem

● Arritmias ● Isquemia miocárdica focal ● Isquemia miocárdica global O infarto do miocárdio perioperatório ocorre em cerca de 1% dos pacientes. Para os pacientes com um coração de tamanho normal, sem história de infarto do miocárdio, bom funcionamento ventricular e sem fatores de risco adicionais, o risco é < 5% de infarto do miocárdio perioperatório. Fibrilação atrial ocorre em 15 a 40% dos pacientes, geralmente 2 a 4 dias após a cirurgia. Betabloqueadores (incluindo sotalol) e amiodarona parecem reduzir a probabilidade de desenvolvimento de arritmias atriais após cirurgia cardíaca. Taquicardia ventricular não sustentada pode ocorrer em até 50% dos pacientes.

A mortalidade depende principalmente da saúde subjacente dos pacientes; a experiência do profissional e institucional (isto é, quantidade de procedimentos anuais) também é importante. Em um programa que utilizou uma equipe experiente, a mortalidade periprocedimento em pacientes sem outras doenças geralmente é < 1 a 3% ( 2 ). Para os pacientes com um coração de tamanho normal, sem história de infarto do miocárdio, bom funcionamento ventricular e sem fatores de risco adicionais, o risco é ≤ 1% de mortalidade.

O risco de acidente vascular encefálico, infarto do miocárdio perioperatório e mortalidade aumentam com a idade, disfunção do VE e presença de doença subjacente.

Referência

Sweis, R. N., & Jivan, A. (2024, February 7). Cirurgia de revascularização do

miocárdio (CRM). Retrieved March 23, 2025, from Manuais MSD edição para

profissionais website:

https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/

doen%C3%A7a-coronariana/cirurgia-de-revasculariza%C3%A7%C3%A3o-do-

mioc%C3%A1rdio-crm#Procedimentos-alternativos-%C3%A0-CRM_v

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