Baixe Reumatologia no idoso e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Reumatologia, somente na Docsity!
FISIOPATOLOGIA
CLÍNICA NA SAÚDE DO
IDOSO
Rosana Pazim Nalesso
gente criando o futuro
© Ser Educacional 2021
Rua Treze de Maio, nº 254, Santo Amaro
Recife-PE – CEP 50100-
*Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência.
Informamos que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos.
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio
ou forma sem autorização.
A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do
Código Penal.
Imagens de ícones/capa: © Shutterstock
Presidente do Conselho de Administração
Diretor-presidente
Diretoria Executiva de Ensino
Diretoria Executiva de Serviços Corporativos
Diretoria de Ensino a Distância
Autoria
Projeto Gráfico e Capa
Janguiê Diniz
Jânyo Diniz
Adriano Azevedo
Joaldo Diniz
Enzo Moreira
Rosana Pazim Nalesso
DP Content
DADOS DO FORNECEDOR
Análise de Qualidade, Edição de Texto, Design Instrucional,
Edição de Arte, Diagramação, Design Gráfico e Revisão.
Unidade 1 - Introdução à reumatologia e às doenças reumáticas
Sumário
Sumário
- Objetivos da unidade
- Introdução à reumatologia
- Doenças reumáticas
- Bases do sistema imunológico
- Anatomia e fisiologia osteoarticular essencial
- Semiologia reumatológica
- Manifestações articulares.............................................................................................
- Manifestações extra-articulares
- Interpretação de exames em reumatologia................................................................
- Envelhecimento celular
- Teorias do envelhecimento celular
- Consequências do envelhecimento celular................................................................
- Síndromes dolorosas
- Síndromes dolorosas do ombro (SDO).........................................................................
- Epicondilite lateral (cotovelo de tenista)
- Síndromes compressivas de membros superiores
- Sintetizando
- Referências bibliográficas
- Objetivos da unidade Unidade 2 – Doenças reumáticas
- Alterações musculoesqueléticas (comprometimento axial)
- Fibromialgia
- Hérnia discal
- Alterações musculoesqueléticas degenerativas de membros inferiores
- Fascite plantar
- Esporão do calcâneo
- Doenças metabólicas ósseas
- Raquitismo
- Osteoporose
- Doença de Paget
- Doenças reumáticas degenerativas e inflamatórias
- Osteoartrose.....................................................................................................................
- Artrite reumatoide
- Sintetizando
- Referências bibliográficas
- Objetivos da unidade Unidade 3 – Doenças reumáticas II
- Artropatias na infância........................................................................................................
- Artrite reumatoide juvenil
- Febre reumática...............................................................................................................
- Artrite séptica
- Artrite séptica crônica....................................................................................................
- Artrite séptica aguda não gonocócica
- Artrite séptica aguda gonocócica
- Espondiloartropatias soronegativas
- Espondilite anquilosante
- Artrite psoriásica
- Sintetizando
- Referências bibliográficas
- Objetivos da unidade Unidade 4 – Doenças reumáticas III
- Síndrome de Reiter.............................................................................................................
- Formas epidemiológicas da síndrome de Reiter
- Manifestações articulares...........................................................................................
- Manifestações extra-articulares
- Doença mista do tecido conjuntivo
- Lúpus Eritematoso Sistêmico
- Esclerose Sistêmica......................................................................................................
- Artropatias microcristalinas
- Gota
- Pseudogota.....................................................................................................................
- Sintetizando
- Referências bibliográficas
Dedico este trabalho a todos os meus colegas de classe e profissionais da
área da saúde que cruzaram meu caminho, me fazendo, hoje, compreender
que a saúde só é praticada dentro do contexto da interdisciplinaridade.
A professora Rosana Pazim Nalesso
é especialista em Saúde Coletiva pela
Universidade do Paraná - UNOPAR
(2016) e em Consultoria Empresarial
pelo Centro Universitário Ítalo-Brasi-
leiro - UNIÍTALO (2008). É, ainda, mes-
tre em Ciências do Movimento, pela
Universidade Guarulhos - UNG (2002).
Cursou especialização também em Fi-
sioterapia em Ortopedia e Traumatolo-
gia pela Universidade do ABC - UNIABC
(1999). É graduada em Fisioterapia pela
Pontifície Universidade de Campinas -
PUCCAMP (1983).
Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/
FISIOPATOLOGIA CLÍNICA NA SAÚDE DO IDOSO 10
A autora
INTRODUÇÃO À
REUMATOLOGIA
E ÀS DOENÇAS
REUMÁTICAS
UNIDADE
Introdução à reumatologia
É possível conceituar a reumatologia como a área do conhecimento médico
que tem como ocupação estudar as doenças que acometem o sistema muscu-
loesquelético (não traumáticas) em estruturas como ossos, músculos, cartila-
gens, tendões, fáscias e ligamentos, apresentando um caráter, muitas vezes, de
comprometimento sistêmico. Estas patologias são, geralmente, designadas de
doenças reumáticas.
Há, atualmente, mais de cem variedades de doenças reumatológicas de-
tectadas pela área médica, sendo que pesquisas e tratamento destas doenças
competem à especialidade em reumatologia.
Doenças reumáticas
As doenças reumáticas caracterizam-se por sua cronicidade e são, muitas
vezes, funcionalmente limitantes e até deformantes. É fato que o paciente aco-
metido por uma doença reumática pode não apresentar queixas articulares,
mas, sim, um quadro clínico relacionado a outros órgãos e sistemas. Outra ca-
racterística importante destas doenças é que podem acometer qualquer faixa
etária e ambos os sexos, com predomínio do sexo feminino.
Segundo a Sociedade Catarinense de Reumatologia (2019), além das dores
articulares, que é uma das manifestações mais comuns, outros sinais e sinto-
mas podem surgir, como: edema; rubor; aumento de temperatura articular;
limitação em movimentos; rigidez articular matinal; limitação na amplitude de
movimento e na flexibilidade da coluna; limitação para a realização de ativi-
dades de vida diária; fadiga muscular; alterações oculares, como vermelhidão
EXPLICANDO
O termo “reumatismo” pertence a uma denominação médica antiga, tendo
se tornado obsoleto, porém ainda é bastante usado, empregando-se a
patologias dos sistemas mio-osteoarticular de etiologia não traumática.
Este emprego geralmente está relacionado a quadros de artrite, mas vale
ressaltar que há um número extenso de patologias que podem desenvol-
ver um quadro desse tipo, alcançando desde infecções a situações de
etiologia imunológica (PINHEIRO, s.d.).
FISIOPATOLOGIA CLÍNICA NA SAÚDE DO IDOSO 13
e secura; alteração térmica em extremidades como pés e mãos; alteração de
coloração (fenômeno de Raynaud); e alterações bucais, podendo ser desenca-
deadas ulceração oral, gengivite e periodontite.
As doenças reumáticas podem ser classificadas conforme sua etiologia,
como mostra o Quadro 1.
QUADRO 1. CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS REUMÁTICAS
1. Artropatias inflamatórias crônicas a. Artrite reumatoide b. Artropatias soronegativas i. Espondiloartrites ii. Artrite psoriática c. Doenças do tecido conjuntivo i. Lupus eritematoso sistêmico ii. Doença de Sjögren **2. Osteoartrose
- Artropatias microcristalinas** (Exemplo: gota) 4. Artropatias infecciosas (Exemplos: virais, bacterianas e fúngicas) **5. Artropatias reativas
- Artropatias metabólicas** a. Osteoporose b. Doença de Paget **7. Vasculites sistêmicas
- Reumatismo extra-articular** a. Bursite b. Tendinite c. Fibromialgia 1. Artropatias inflamatórias crônicas1. Artropatias inflamatórias crônicas a. Artrite reumatoide b. Artropatias soronegativas 1. Artropatias inflamatórias crônicas a. Artrite reumatoide b. Artropatias soronegativas 1. Artropatias inflamatórias crônicas a. Artrite reumatoide b. Artropatias soronegativas i. Espondiloartrites ii. Artrite psoriática c. Doenças do tecido conjuntivo 1. Artropatias inflamatórias crônicas a. Artrite reumatoide b. Artropatias soronegativas i. Espondiloartrites ii. Artrite psoriática c. Doenças do tecido conjuntivo i. Lupus eritematoso sistêmico 1. Artropatias inflamatórias crônicas
b. Artropatias soronegativas i. Espondiloartrites ii. Artrite psoriática c. Doenças do tecido conjuntivo i. Lupus eritematoso sistêmico ii. Doença de Sjögren
**2. Osteoartrose
- Artropatias inflamatórias crônicas**
b. Artropatias soronegativas i. Espondiloartrites ii. Artrite psoriática c. Doenças do tecido conjuntivo i. Lupus eritematoso sistêmico ii. Doença de Sjögren
**2. Osteoartrose
- Artropatias inflamatórias crônicas**
b. Artropatias soronegativas
ii. Artrite psoriática c. Doenças do tecido conjuntivo i. Lupus eritematoso sistêmico ii. Doença de Sjögren
**2. Osteoartrose
- Artropatias microcristalinas**
c. Doenças do tecido conjuntivo i. Lupus eritematoso sistêmico ii. Doença de Sjögren
**2. Osteoartrose
- Artropatias microcristalinas
- Artropatias infecciosas**
c. Doenças do tecido conjuntivo i. Lupus eritematoso sistêmico
**3. Artropatias microcristalinas
- Artropatias infecciosas**
i. Lupus eritematoso sistêmico
**3. Artropatias microcristalinas
- Artropatias infecciosas
- Artropatias reativas
- Artropatias microcristalinas
- Artropatias infecciosas
- Artropatias reativas
- Artropatias metabólicas** a. Osteoporose **3. Artropatias microcristalinas
- Artropatias infecciosas
- Artropatias reativas
- Artropatias metabólicas** a. Osteoporose b. Doença de Paget 3. Artropatias microcristalinas (Exemplo: gota) **4. Artropatias infecciosas
- Artropatias reativas
- Artropatias metabólicas** a. Osteoporose b. Doença de Paget 7. Vasculites sistêmicas
(Exemplo: gota)
(Exemplos: virais, bacterianas e fúngicas)
**5. Artropatias reativas
- Artropatias metabólicas** a. Osteoporose b. Doença de Paget **7. Vasculites sistêmicas
- Reumatismo extra-articular**
(Exemplo: gota)
(Exemplos: virais, bacterianas e fúngicas)
6. Artropatias metabólicas
b. Doença de Paget
**7. Vasculites sistêmicas
- Reumatismo extra-articular** a. Bursite b. Tendinite
(Exemplo: gota)
(Exemplos: virais, bacterianas e fúngicas)
**6. Artropatias metabólicas
- Vasculites sistêmicas
- Reumatismo extra-articular** a. Bursite b. Tendinite c. Fibromialgia
(Exemplos: virais, bacterianas e fúngicas)
**7. Vasculites sistêmicas
- Reumatismo extra-articular**
b. Tendinite c. Fibromialgia
(Exemplos: virais, bacterianas e fúngicas)
8. Reumatismo extra-articular
c. Fibromialgia
(Exemplos: virais, bacterianas e fúngicas)
8. Reumatismo extra-articular
(Exemplos: virais, bacterianas e fúngicas)
8. Reumatismo extra-articular
(Exemplos: virais, bacterianas e fúngicas)
Apesar de muitas doenças reumáticas serem autoimunes, há as não au-
toimunes. Sobre as doenças autoimunes, Abrão e colaboradores (2016, p. 01)
citam que “nessa categoria podem ser incluídas: a artrite reumatoide (AR), (...)
as miopatias inflamatórias (MI), a esclerose sistêmica (ES), o lúpus eritematoso
sistêmico (LES) e a síndrome de Sjögren (SS)”. Já entre as doenças reumáticas
não autoimunes bastante incidentes estão os itens 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 das doen-
ças reumáticas apresentadas no Quadro 1.
FISIOPATOLOGIA CLÍNICA NA SAÚDE DO IDOSO 14
O organismo geralmente produz baixa porcentagem (5%) de anticorpos com
reconhecimento de suas estruturas. São exemplos: os anticitocinas, antiDNA e
o anticolágeno. No entanto, essa produção de anticorpos denominados autor-
reativos apresenta-se desequilibrada nas doenças autoimunes, atacando de 1
a 5% dos sujeitos em determinado momento da vida. Dessa maneira, em de-
corrência da falha no mecanismo de autotolerância, há a autoimunidade, cuja
resposta se manifesta contra antígenos próprios. Já quando o sistema imune
é incapaz de exterminar por completo os autoantígenos, ele apresenta uma
resposta contínua, que resulta em uma maneira de inflamação crônica, desen-
cadeando, portanto, a doença autoimune.
Podemos, então, concluir que as doenças autoimunes se apresentam como
respostas imunes adaptativas , em que as células do sistema imune têm sua
ação frente às células do próprio organismo em razão da incapacidade do cor-
po em acabar com os autoantígenos. Nesta resposta, linfócitos T, que reagem
aos elementos do próprio organismo, fogem do processo de apoptose quando
o timo realiza a seleção central, chegando na periferia, onde reside o órgão
linfoide periférico, capaz de reagir contra antígenos do próprio (Acγ-próprio).
Anatomia e fisiologia osteoarticular essencial
O sistema osteoarticular é severamente acometido pelas doenças reumá-
ticas, visto a importância do conhecimento anátomo-fisiológico deste sistema,
que abrange tanto as estruturas ósseas quanto articulares.
EXEMPLIFICANDO
De modo a exemplificar o acometimento do sistema osteoarticular com
o desenvolvimento da osteoartrite, vale mencionar que este é o tipo mais
comum de artrite, se devendo à ocorrência de degeneração cartilaginosa
associada a alterações das estruturas ósseas ao redor. Sua maior incidên-
cia se dá sobre as articulações das mãos, joelhos, coluna e coxofemorais
(FREITAS, 2016).
Os ossos são compostos por células como os osteócitos, que se apresen-
tam como células ósseas adultas, nutridas pelos vasos sanguíneos. Há, ainda,
uma matriz óssea, disposta ao redor dos osteócitos de forma rígida, e que é
FISIOPATOLOGIA CLÍNICA NA SAÚDE DO IDOSO 16
composta por sais minerais (cálcio e fósforo, responsáveis pela rigidez óssea)
e proteínas (o colágeno, responsável pela flexibilidade, considerando que sua
ausência deixa os ossos quebradiços).
Fisiologicamente, o osso realiza o processo de remodelação óssea por meio
da reabsorção e da formação dos ossos. Estes processos são intermediados,
respectivamente, pelos osteoclastos e osteoblastos, pelos quais, no decorrer
da reabsorção, ossos são dissolvidos e digeridos por ácidos e enzimas elabo-
radas pelos osteoclastos. Já o processo de formação óssea, processado pelos
osteoblastos, é executado por meio da síntese de colágeno e outras proteínas,
que se depositam na matriz e, depois, são mineralizados.
Vejamos os componentes e a fisiologia da articulação sinovial, tendo em
vista que os processos reumáticos desenvolvem os quadros inflamatórios
nestas articulações. Para que haja movimento, as estruturas ósseas neces -
sitam deslizar, o que só é possível se as peças que se articulam se interpu -
serem por meio do líquido sinovial. Somado a este líquido, as articulações
sinoviais precisam de características essenciais oferecidas pela cartilagem
articular (tipo hialina), cápsula articular e cavidade articular. É em razão
da cartilagem articular que as superfícies articulares se mostram lisas, es -
branquiçadas e com polimento, fatores facilitadores para que as superfícies
articulares se deslizem. Outras características são a desvascularização e a
ausência de inervação.
A cápsula articular, como um manguito, envolve a articulação sinovial. O es-
paço que existe entre as superfícies articulares é denominado cavidade articular,
e o líquido sinovial a preenche. Já ligamentos e cápsula articular objetivam a ma-
nutenção da união entre os ossos, como também evitam os movimentos em pla-
nos indesejáveis, reduzindo a amplitude de movimentos considerados normais.
Com relação à membrana sinovial, esta é a camada mais inter-
na da cápsula articular, que, ao contrário da cartilagem articular,
apresenta-se extremamente vascularizada e inervada,
sendo de sua responsabilidade a produção do líquido
sinovial. Outras estruturas, como meniscos (forma
de meia lua), são encontradas na articulação do
joelho, bem como os discos constituem as articula-
ções temporomandibular e esternoclavicular.
FISIOPATOLOGIA CLÍNICA NA SAÚDE DO IDOSO 17
O Quadro 2 expressa dados importantes colhidos na anamnese, bem como
a interpretação de diagnósticos por meio desta coleta.
QUADRO 2. ANAMNESE EM REUMATOLOGIA E DIAGNÓSTICOS SUGESTIVOS
Dados da anamnese Exemplos práticos de possíveis diagnósticos
Paciente jovem
- Febre reumática;
- Leucose.
Paciente idoso • Osteoartrose;• Gota.
Sexo masculino • Gota.
Sintomas gerais (febre, emagrecimento, fadiga e anorexia)
- Artrite séptica;
- Microcristalinas; - Artrite inflamatória;
- Neoplasia (síndrome paraneoplásica).
Artrite recorrente
- Microcristalinas;
- Hidroartrose intermitente;
- Sinovite eosinofílica.
Artrite episódica • Trauma;
Duração aguda
- Artrites microcristalinas;
- Artrites infecciosas e transinfecciosas;
- Febre reumática inicial;
- Artropatias relacionadas a traumas.
Duração crônica (mais de seis semanas)
- Artrite reumatoide;
- Artrites soronegativas;
- Doença difusa do tecido conjuntivo (DDTC);
- Artrite infecciosa (micobactérias, fungos, Lyme, HIV).
Número de articu- lações envolvidas
- Monoarticular - gota;
- Infecciosas;
- Osteoartrite;
- Oligoarticular - artropatias soronegativas;
- Febre reumática;
- Poliarticular - artrite reumatoide;
- DDTC;
- Osteoartrite;
- Artropatias soronegativas.
Simetria
- Simétrica: artrite reumatoide, DDTC;
- Assimétrica: artropatias soronegativas; artropatias microcristalinas.
Paciente jovemPaciente jovem
Paciente idoso
Paciente jovem
Paciente idoso
Sexo masculino
Paciente idoso
Sexo masculino
Sintomas gerais (febre, emagrecimento, fadiga
- Febre reumática;
- Leucose.
Sexo masculino
Sintomas gerais (febre, emagrecimento, fadiga e anorexia)
- Febre reumática;
- Leucose.
- Osteoartrose;
- Gota.
Sintomas gerais (febre, emagrecimento, fadiga e anorexia)
Artrite recorrente
- Febre reumática;
- Osteoartrose;
- Gota.
Sintomas gerais (febre, emagrecimento, fadiga e anorexia)
Artrite recorrente
- Artrite séptica;
- Microcristalinas; - Artrite inflamatória;
Artrite recorrente
Artrite episódica
- Artrite séptica;
- Microcristalinas; - Artrite inflamatória;
- Neoplasia (síndrome paraneoplásica).
Artrite episódica
Duração aguda
- Artrite séptica;
- Microcristalinas; - Artrite inflamatória;
- Neoplasia (síndrome paraneoplásica).
- Microcristalinas;
- Hidroartrose intermitente;
- Sinovite eosinofílica.
Artrite episódica
Duração aguda
- Artrite inflamatória;
- Neoplasia (síndrome paraneoplásica).
- Microcristalinas;
- Hidroartrose intermitente;
- Sinovite eosinofílica.
- Trauma;
- Artrite séptica.
Duração aguda
Duração crônica (mais de seis semanas)
- Neoplasia (síndrome paraneoplásica).
- Microcristalinas;
- Hidroartrose intermitente;
- Sinovite eosinofílica.
- Trauma;
- Artrite séptica.
- Artrites microcristalinas;
Duração crônica (mais de seis semanas)
- Neoplasia (síndrome paraneoplásica).
- Hidroartrose intermitente;
- Sinovite eosinofílica.
- Artrite séptica.
- Artrites microcristalinas;
- Artrites infecciosas e transinfecciosas;
- Febre reumática inicial;
- Artropatias relacionadas a traumas.
Duração crônica (mais de seis semanas)
- Neoplasia (síndrome paraneoplásica).
- Hidroartrose intermitente;
- Artrites microcristalinas;
- Artrites infecciosas e transinfecciosas;
- Febre reumática inicial;
- Artropatias relacionadas a traumas.
(mais de seis semanas)
- Artrite reumatoide;
- Artrites soronegativas;
Número de articu- lações envolvidas
- Artrites microcristalinas;
- Artrites infecciosas e transinfecciosas;
- Febre reumática inicial;
- Artropatias relacionadas a traumas.
- Artrite reumatoide;
- Artrites soronegativas;
- Doença difusa do tecido conjuntivo (DDTC);
- Artrite infecciosa (micobactérias, fungos, Lyme, HIV).
Número de articu- lações envolvidas
- Artrites microcristalinas;
- Artrites infecciosas e transinfecciosas;
- Febre reumática inicial;
- Artropatias relacionadas a traumas.
- Artrite reumatoide;
- Artrites soronegativas;
- Doença difusa do tecido conjuntivo (DDTC);
- Artrite infecciosa (micobactérias, fungos, Lyme, HIV).
Número de articu- lações envolvidas
- Monoarticular - gota;
- Infecciosas;
- Artrites infecciosas e transinfecciosas;
- Artropatias relacionadas a traumas.
- Artrite reumatoide;
- Artrites soronegativas;
- Doença difusa do tecido conjuntivo (DDTC);
- Artrite infecciosa (micobactérias, fungos, Lyme, HIV).
- Monoarticular - gota;
- Infecciosas;
- Osteoartrite;
- Oligoarticular - artropatias soronegativas;
Simetria
- Artrites infecciosas e transinfecciosas;
- Artropatias relacionadas a traumas.
- Artrites soronegativas;
- Doença difusa do tecido conjuntivo (DDTC);
- Artrite infecciosa (micobactérias, fungos, Lyme, HIV).
- Monoarticular - gota;
- Infecciosas;
- Osteoartrite;
- Oligoarticular - artropatias soronegativas;
- Febre reumática;
- Poliarticular - artrite reumatoide;
- DDTC;
Simetria
- Artropatias relacionadas a traumas.
- Doença difusa do tecido conjuntivo (DDTC);
- Artrite infecciosa (micobactérias, fungos, Lyme, HIV).
- Monoarticular - gota;
- Oligoarticular - artropatias soronegativas;
- Febre reumática;
- Poliarticular - artrite reumatoide;
- DDTC;
- Osteoartrite;
- Artropatias soronegativas.
- Doença difusa do tecido conjuntivo (DDTC);
- Artrite infecciosa (micobactérias, fungos, Lyme, HIV).
- Oligoarticular - artropatias soronegativas;
- Febre reumática;
- Poliarticular - artrite reumatoide;
- Osteoartrite;
- Artropatias soronegativas.
- Simétrica: artrite reumatoide, DDTC;
- Assimétrica: artropatias soronegativas; artropatias microcristalinas.
- Doença difusa do tecido conjuntivo (DDTC);
- Artrite infecciosa (micobactérias, fungos, Lyme, HIV).
- Oligoarticular - artropatias soronegativas;
- Poliarticular - artrite reumatoide;
- Artropatias soronegativas.
- Simétrica: artrite reumatoide, DDTC;
- Assimétrica: artropatias soronegativas; artropatias microcristalinas.
- Artrite infecciosa (micobactérias, fungos, Lyme, HIV).
- Oligoarticular - artropatias soronegativas;
- Poliarticular - artrite reumatoide;
- Artropatias soronegativas.
- Simétrica: artrite reumatoide, DDTC;
- Assimétrica: artropatias soronegativas; artropatias microcristalinas.
- Artrite infecciosa (micobactérias, fungos, Lyme, HIV).
- Oligoarticular - artropatias soronegativas;
- Poliarticular - artrite reumatoide;
- Artropatias soronegativas.
- Simétrica: artrite reumatoide, DDTC;
- Assimétrica: artropatias soronegativas; artropatias microcristalinas.
- Oligoarticular - artropatias soronegativas;
- Simétrica: artrite reumatoide, DDTC;
- Assimétrica: artropatias soronegativas; artropatias microcristalinas.
- Simétrica: artrite reumatoide, DDTC;
- Assimétrica: artropatias soronegativas; artropatias microcristalinas.• Assimétrica: artropatias soronegativas; artropatias microcristalinas.• Assimétrica: artropatias soronegativas; artropatias microcristalinas.• Assimétrica: artropatias soronegativas; artropatias microcristalinas.• Assimétrica: artropatias soronegativas; artropatias microcristalinas.• Assimétrica: artropatias soronegativas; artropatias microcristalinas.• Assimétrica: artropatias soronegativas; artropatias microcristalinas.
Fonte : FULLER, 2008.
Vejamos a questão da dor na semiologia reumatológica. Um dos aspectos a ser
observado é a forma em que a dor se distribui e quais os possíveis diagnósticos.
Quando a dor se mostra difusa, sugere-se diagnóstico de miopatias, fi bromialgia e
FISIOPATOLOGIA CLÍNICA NA SAÚDE DO IDOSO 19
síndromes miofasciais. Esta dor pode apontar para características mecânicas, ou
seja, relacionadas ao movimento, o que pode ocorrer ao iniciar uma movimenta-
ção ou quando feito de maneira mais prolongada; ou, ainda, pode se dar em cará-
ter inflamatório, tendendo a ser mais contínua, aparecendo no repouso noturno,
por exemplo, o que sugere diagnóstico de artropatias inflamatórias crônicas.
É preciso considerar, também, a intensidade da dor, que geralmente está as-
sociada à proporção dos episódios inflamatórios e à destruição da articulação. A
evolução desta dor também deverá ser avaliada, ou seja, se há um curso articu-
lar progressivo, como na artrite reumatoide, ou se a evolução ocorre em surtos,
como na febre reumática. A evolução pode, ainda, caracterizar-se como episódi-
ca ou autolimitada, como nos diagnósticos de artropatias microcristalinas.
Outras manifestações que devem ser investigadas são os sinais articulares,
como o aumento de volume (sinovite), eritema e calor (casos mais graves), além de
derrame articular. A rigidez matinal geralmente se apresenta quando o acometi-
mento é de pequenas articulações, como as das mãos, sendo sugestivo de quadros
de doenças inflamatórias articulares crônicas. Devemos dar maior importância clí-
nica à rigidez manifestada por mais de 30 minutos. Caso seja superior a 60 minutos,
esta perfaz os critérios diagnósticos da artrite reumatoide (AR) (FULLER, 2008).
Manifestações extra-articulares
Abordamos sobre o caráter sistêmico das doenças reumatológicas, com-
preendendo que podem apresentar tanto manifestações articulares como ex-
tra-articulares. Algumas delas estão expressas no Quadro 3, relacionadas aos
respectivos sistemas e diagnósticos.
QUADRO 3. MANIFESTAÇÕES EXTRA-ARTICULARES E RESPECTIVOS DIAGNÓSTICOS
Sistemas Manifestações Acometimento
Dérmico
- Fotossensibilidade;
- Alopecia;
- Fenômeno de Raynaud.
- Ocorre nas DDTC, principal- mente no lúpus;
- Comum no lúpus, podendo surgir em outras DDTC;
- Ocorre em todas as DDTC, principalmente na esclerose sistêmica.
DérmicoDérmicoDérmico
- Fotossensibilidade;
- Alopecia;
- Fotossensibilidade;
- Alopecia;
- Fenômeno de Raynaud.
- Fotossensibilidade;
- Alopecia;
- Fenômeno de Raynaud.
- Fotossensibilidade;
- Fenômeno de Raynaud.
- Fotossensibilidade;
- Fenômeno de Raynaud.• Fenômeno de Raynaud.• Fenômeno de Raynaud.• Fenômeno de Raynaud.
- Ocorre nas DDTC, principal-• Ocorre nas DDTC, principal- mente no lúpus;
- Comum no lúpus, podendo
- Ocorre nas DDTC, principal- mente no lúpus;
- Comum no lúpus, podendo surgir em outras DDTC;
- Ocorre nas DDTC, principal- mente no lúpus;
- Comum no lúpus, podendo surgir em outras DDTC;
- Ocorre em todas as DDTC, principalmente na esclerose
- Ocorre nas DDTC, principal- mente no lúpus;
- Comum no lúpus, podendo surgir em outras DDTC;
- Ocorre em todas as DDTC, principalmente na esclerose sistêmica.
- Ocorre nas DDTC, principal- mente no lúpus;
- Comum no lúpus, podendo surgir em outras DDTC;
- Ocorre em todas as DDTC, principalmente na esclerose sistêmica.
- Ocorre nas DDTC, principal-
- Comum no lúpus, podendo surgir em outras DDTC;
- Ocorre em todas as DDTC, principalmente na esclerose sistêmica.
- Ocorre nas DDTC, principal-
- Comum no lúpus, podendo surgir em outras DDTC;
- Ocorre em todas as DDTC, principalmente na esclerose
- Comum no lúpus, podendo surgir em outras DDTC;
- Ocorre em todas as DDTC, principalmente na esclerose
- Comum no lúpus, podendo
- Ocorre em todas as DDTC, principalmente na esclerose
- Ocorre em todas as DDTC, principalmente na esclerose
FISIOPATOLOGIA CLÍNICA NA SAÚDE DO IDOSO 20