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RESUMOS DE ENFERMAGEM, Esquemas de Enfermagem

RESUMOS PARA SEU DIA A DIA DE ENFERMAGEM

Tipologia: Esquemas

2025

Compartilhado em 23/04/2025

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anielly-gomes-1 🇧🇷

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“Ninguém nasce mulher, torna-se mulher”. A célebre frase de Simone de
Beauvoir foi o ponto de partida para diversos debates sobre o campo do
gênero. A partir da discussão desenvolvida por Guacira Louro (2008) neste
campo, explique e exemplifique o que seriam pedagogias culturais no que se
refere ao gênero e também à sexualidade.
O conceito gênero é entendido como uma construção social, em que impõe valores
e comportamentos específicos aos sexos feminino e masculino. Dessa forma, na
sociedade, são estabelecidos “papeis de gênero” onde indicam o que seria um
comportamento “adequado” para o sexo masculino e feminino. Por exemplo, a
concepção de que meninos só podem brincar com bola, enquanto meninas devem
brincar com bonecas, reflete como a cultura influência e molda os pensamentos da
sociedade desde a infância.
A sexualidade por outro lado, diz a respeito à orientação sexual e ao desejo de cada
indivíduo, que não está necessariamente ligada aos papeis impostos para cada
gênero. Quando uma pessoa manifesta sua orientação sexual que difere do
“normal” para a sociedade, saindo do bloco em que a sociedade está “acostumada”
é tido como “anormal” devido aos estigmas culturais criados diariamente.
Visto isso, que o gênero e a sexualidade são normas culturais construídas
socialmente, e desenvolvidas ao longo da vida, a frase de Simone de Beauvoir
reflete essa ideia de que ser mulher ou homem não é algo natural ou biológico, mas
sim uma construção social e histórica.
Com base no conceito exposto pela autora Simone de Beauvoir, Guacira Louro
expande o conhecimento discutindo sobre as pedagogias culturais. As pedagogias
culturais referem-se à construção social, por meio de práticas, discursos e normas,
presentas na instituições e meios de comunicação, que moldam o entendimento de
gênero e sexualidade. Elas estão dentro de um processo que está em constante
transformação, que define o que é considerado “errado” ou “certo” em relação aos
comportamentos impostos pela cultura para cada sexo.
Ela também traz uma ideia de interseccionalidade, que afirma ser “uma nova
política cultural, a política das identidades”, que os fatores de classe, raça, religião,
reforçam a desigualdade e as normas culturais impostas, beneficiando alguns
grupos e desfavorecendo outros, contribuindo ainda mais para a desigualdade e os
estigmas na sociedade.
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“Ninguém nasce mulher, torna-se mulher”. A célebre frase de Simone de Beauvoir foi o ponto de partida para diversos debates sobre o campo do gênero. A partir da discussão desenvolvida por Guacira Louro (2008) neste campo, explique e exemplifique o que seriam pedagogias culturais no que se refere ao gênero e também à sexualidade. O conceito gênero é entendido como uma construção social, em que impõe valores e comportamentos específicos aos sexos feminino e masculino. Dessa forma, na sociedade, são estabelecidos “papeis de gênero” onde indicam o que seria um comportamento “adequado” para o sexo masculino e feminino. Por exemplo, a concepção de que meninos só podem brincar com bola, enquanto meninas devem brincar com bonecas, reflete como a cultura influência e molda os pensamentos da sociedade desde a infância. A sexualidade por outro lado, diz a respeito à orientação sexual e ao desejo de cada indivíduo, que não está necessariamente ligada aos papeis impostos para cada gênero. Quando uma pessoa manifesta sua orientação sexual que difere do “normal” para a sociedade, saindo do bloco em que a sociedade está “acostumada” é tido como “anormal” devido aos estigmas culturais criados diariamente. Visto isso, que o gênero e a sexualidade são normas culturais construídas socialmente, e desenvolvidas ao longo da vida, a frase de Simone de Beauvoir reflete essa ideia de que ser mulher ou homem não é algo natural ou biológico, mas sim uma construção social e histórica. Com base no conceito exposto pela autora Simone de Beauvoir, Guacira Louro expande o conhecimento discutindo sobre as pedagogias culturais. As pedagogias culturais referem-se à construção social, por meio de práticas, discursos e normas, presentas na instituições e meios de comunicação, que moldam o entendimento de gênero e sexualidade. Elas estão dentro de um processo que está em constante transformação, que define o que é considerado “errado” ou “certo” em relação aos comportamentos impostos pela cultura para cada sexo. Ela também traz uma ideia de interseccionalidade, que afirma ser “uma nova política cultural, a política das identidades”, que os fatores de classe, raça, religião, reforçam a desigualdade e as normas culturais impostas, beneficiando alguns grupos e desfavorecendo outros, contribuindo ainda mais para a desigualdade e os estigmas na sociedade.

  1. “O material sugere a possibilidade de afirmar que muitos, senão todos, traços de personalidade que chamamos de masculinos ou femininos apresentam-se ligeiramente vinculados ao sexo quantos às vestimentas, às maneiras e à forma do penteado que uma sociedade, em determinados períodos, atribui a um ou outro sexo”. Margareth Mead (2000) foi, no contexto da Antropologia, pioneira nos estudos que hoje chamamos de gênero. A partir do seu trabalho apresente os povos investigados que embasaram seu estudo e comente o trecho acima. RESPOSTA: Margaret Mead investigou três sociedades, observando as diferenças entre eles na questão do comportamento em ambos dos sexos, fazendo uma análise dos papeis de gênero se variam consideravelmente de uma sociedade para outra. Primeiro ela observou a sociedade Arapesh, que viu que tanto os homens como as mulheres possuíam características não-agressivos, cooperativos e pacíficos no dia a dia deles. Após isso, ela observou os Mundugumor e viu que o temperamento era totalmente o oposto da sociedade anterior, sendo mais agressivos, e com atitudes mais violentes. E a terceira foi a sociedade Tchambuli, a mulher era o parceiro dominador e independente, e o homem a pessoa mais intensa, desorganizada e dependente. O trecho reflete as observações de Mead ao afirmar que os traços de personalidade que associamos aos gêneros masculino e feminino não são fixos, mas variam conforme as normas culturais e sociais de uma determinada época e lugar. Mead demonstrou que a associação de características como agressividade, passividade ou vaidade com um gênero específico é um construto social, evidenciado pelas diferenças comportamentais entre os Arapesh, Mundugumor e Tchambuli. Assim, em vez de serem inatos, esses traços estão sujeitos à influência cultural e refletem o que uma sociedade atribui a cada gênero em diferentes períodos históricos.