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Resumo tecido epitelial e conjuntivo
Tipologia: Resumos
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(Explicações completas, tópico por tópico, conforme os critérios do LMF)
O tecido conjuntivo comum é um dos principais tipos de tecido conjuntivo e está presente em praticamente todas as regiões do corpo. Ao contrário do tecido epitelial, que se caracteriza por células organizadas e justapostas, o tecido conjuntivo apresenta células amplamente espaçadas e envoltas por matriz extracelular abundante. Essa matriz desempenha funções essenciais de preenchimento , sustentação , transporte , defesa imune , armazenamento de energia e reparo tecidual.
Sua origem embriológica é o mesênquima , derivado do mesoderma, o que explica sua plasticidade e capacidade de diferenciação. Os tecidos conjuntivos variam significativamente em densidade celular, composição das fibras e funções, mas todos compartilham essa característica fundamental: um ambiente extracelular proeminente, rico em substância fundamental e fibras proteicas.
Além de sustentar fisicamente órgãos e tecidos, o tecido conjuntivo também acomoda vasos sanguíneos, linfáticos e nervos , permitindo trocas metabólicas entre o sangue e os tecidos, além de coordenar respostas imunológicas inatas e adaptativas. É, portanto, um tecido estruturalmente versátil e funcionalmente imprescindível.
Os fibroblastos são as principais células fixas do tecido conjuntivo comum e são responsáveis pela produção de todos os componentes da matriz extracelular: fibras colágenas, elásticas e reticulares , além da substância fundamental amorfa.
Morfologicamente, são células fusiformes ou alongadas, com núcleo oval e eucromático, indicativo de intensa atividade transcripcional. O citoplasma é rico em retículo
endoplasmático rugoso e complexo de Golgi, organelas necessárias à produção e secreção de proteínas fibrosas e mucopolissacarídeos.
Durante processos de cicatrização ou inflamação crônica, os fibroblastos se ativam e se transformam em miofibroblastos , que têm propriedades contráteis e ajudam a fechar feridas. Quando inativos, adquirem a forma de fibrocitos , que apresentam menor citoplasma, núcleo mais denso e pouca atividade sintética.
Portanto, o fibroblasto é não apenas o arquiteto da matriz, mas também o engenheiro da reparação tecidual , sendo fundamental na manutenção e remodelação do tecido conjuntivo ao longo da vida.
A matriz extracelular (MEC) do tecido conjuntivo comum é extremamente importante, pois determina grande parte das propriedades físicas e químicas desse tecido.
Ela é composta por dois principais elementos:
🔹 1. Fibras
● Fibras colágenas : são as mais numerosas. Compostas por colágeno tipo I (e outros tipos em tecidos específicos), essas fibras são espessas, resistentes e pouco elásticas. Conferem ao tecido resistência à tração e são essenciais em locais como tendões, derme e cápsulas de órgãos.
● Fibras elásticas : são finas, altamente ramificadas e compostas por elastina e microfibrilas de fibrilina. Sua principal função é permitir estiramento e retorno elástico. Encontram-se em tecidos sujeitos a distensão, como artérias elásticas e pele.
● Fibras reticulares : compostas por colágeno tipo III, formam redes delicadas de sustentação. Presentes especialmente em órgãos hematopoiéticos (medula óssea, baço, linfonodos), elas suportam células móveis e estruturas finas, como endotélios.
🔹 2. Substância fundamental amorfa
É uma substância viscosa, transparente, altamente hidratada e rica em:
● Glicosaminoglicanos (GAGs) como ácido hialurônico e condroitina-sulfato;
● Proteoglicanos (como agrecano);
● Glicoproteínas adesivas , como laminina e fibronectina.
Essas glândulas estão localizadas na derme reticular , porção profunda da derme, que é composta por tecido conjuntivo denso não modelado.
Características:
● Predomínio de fibras colágenas espessas e entrelaçadas.
● Menor quantidade de células.
● Acomoda estruturas anexas da pele como:
○ Glândulas sudoríparas écrinas e apócrinas
○ Glândulas sebáceas
○ Folículos pilosos
○ Músculo eretor do pelo
Sua principal função é conferir resistência mecânica em múltiplas direções e servir de suporte para essas estruturas glandulares.
Os tendões são estruturas que conectam os músculos aos ossos, e são constituídos por tecido conjuntivo denso modelado (ou regular).
Características principais:
● Fibras colágenas densamente compactadas e organizadas em feixes paralelos.
● Tendinócitos (variante do fibroblasto) localizados entre as fibras, em linhas contínuas.
● Altíssima resistência à tração unidirecional.
Essa organização permite que os tendões transmitam eficientemente a força da contração muscular para o osso , garantindo movimento e estabilidade articular.
Os fibroblastos são reconhecidos como a principal célula fixa do tecido conjuntivo comum. Sua importância está no fato de serem os principais produtores da matriz extracelular , sendo os responsáveis por sintetizar e secretar:
● Fibras colágenas , que conferem resistência à tração;
● Fibras elásticas , responsáveis pela elasticidade tecidual;
● Fibras reticulares , que formam uma rede de sustentação;
● Substância fundamental amorfa , composta por glicosaminoglicanos (GAGs), proteoglicanos e glicoproteínas adesivas, responsáveis pela hidratação, viscosidade e função de meio de difusão.
Morfologicamente, os fibroblastos apresentam-se como células alongadas e fusiformes , com núcleo ovalado, de cromatina frouxa e nucléolo evidente , o que indica sua intensa atividade biossintética. O citoplasma, dificilmente visível em colorações de rotina como H&E, é levemente basofílico , reflexo da presença de retículo endoplasmático rugoso abundante.
A forma do fibroblasto reflete seu estado funcional:
● Quando ativos , são maiores, com núcleo volumoso e citoplasma mais evidente.
● Quando em estado quiescente , transformam-se em fibrocitos.
● Células irregulares, de forma arredondada a alongada.
● Citoplasma granuloso e acidófilo , devido à presença de lisossomos.
● Núcleo geralmente arredondado, excêntrico e heterocromático.
● Observados ao microscópio de luz com dificuldade em colorações usuais. Técnicas especiais com corantes vitais (como azul de tripano) podem ser usadas para evidenciá-los.
Muitas vezes os macrófagos não são facilmente distinguíveis dos fibroblastos inativos em microscopia óptica tradicional — o que requer critérios funcionais e ultraestruturais para identificação confiável.
Os macrófagos fazem parte do sistema mononuclear fagocitário , que inclui:
● Monócitos (circulantes)
● Macrófagos teciduais (ex: histiócitos na pele, células de Kupffer no fígado, células de Poe no baço)
● Células apresentadoras de antígeno derivadas de monócitos
Este sistema garante uma vigilância imunológica constante em praticamente todos os tecidos.
IV. ASPECTOS HISTOLÓGICOS DO TECIDO
CONJUNTIVO COMUM
Ao microscópio óptico, o tecido conjuntivo comum apresenta uma paisagem heterogênea, caracterizada por:
● Os fibroblastos ativos podem ser visualizados como células alongadas, com núcleo ovalado, levemente basofílico.
● Os fibrocitos aparecem com núcleos escuros, finos, e citoplasma mínimo.
● Os macrófagos , por sua vez, são difíceis de identificar sem colorações especiais. Quando visíveis, mostram citoplasma espumoso e núcleo irregular.
● As fibras colágenas aparecem como faixas coradas em rosa (eosinofílicas) espessas, ligeiramente onduladas e pouco ramificadas.
● As fibras elásticas , em colorações específicas (orceína, resorcina-fucsina), são finas, ramificadas e coradas em roxo ou marrom escuro.
● As fibras reticulares não são evidentes em H&E e exigem impregnação argêntica (coloração por prata) para serem visualizadas.
● É geralmente invisível em colorações de rotina , pois é removida no processamento histológico. Entretanto, sua presença é inferida pela separação entre fibras e células.
● Corantes vitais : para identificar macrófagos ativos in vivo (azul de tripano).
● Orceína, resorcina-fucsina : para fibras elásticas.
● Impregnação argêntica (prata) : para fibras reticulares.
● PAS (ácido periódico-Schiff) : para detectar glicoproteínas da matriz.
● Frequentemente estão em grupos de 2 a 8 células , chamados grupos isógenos , que resultam da divisão mitótica de um condrócito.
● O citoplasma é mais pálido, com núcleo central e cromatina dispersa.
● Continuam produzindo matriz, embora em ritmo menor que os condroblastos.
● A disposição dos grupos isógenos pode indicar o tipo de crescimento da cartilagem (intersticial ou aposicional).
● São células multinucleadas similares aos osteoclastos.
● Aparecem durante processos de remodelação ou degradação da cartilagem , como na substituição por tecido ósseo endocondral.
● Contêm enzimas lisossômicas e ocorrem em áreas de reabsorção da matriz.
III. MATRIZ EXTRACELULAR
A matriz cartilaginosa é altamente especializada, composta por:
● São finas, organizadas em uma rede tridimensional.
● Confere resistência à compressão e mantém a forma da cartilagem.
● Invisíveis ao MO com H&E comum, mas demonstráveis por microscopia eletrônica ou técnicas especiais.
● Formados por um núcleo proteico e cadeias de GAGs como condroitina-4-sulfato, condroitina-6-sulfato e queratano-sulfato.
● Altamente hidrofílicos , formam géis hidratados que resistem à compressão.
● Forma agregados macromoleculares com proteoglicanos via proteínas ligantes.
● Os complexos são estabilizados por interações iônicas e hidrogênio , permitindo a viscosidade da matriz.
● Glicoproteína de adesão que liga colágeno tipo II, agrecano e receptores das células condrogênicas , garantindo fixação celular à matriz.
● Altamente basofílica (ricos em sulfato).
● Rígida e resiliente.
● Divide-se em:
○ Matriz territorial : ao redor dos condrócitos, mais escura, rica em GAGs.
○ Matriz interterritorial : entre os grupos isógenos, mais clara.
IV. PERICÔNDRIO
O pericôndrio é uma capa de tecido conjuntivo denso modelado que reveste as cartilagens (exceto na cartilagem articular e fibrosa).
● Camada fibrosa externa : rica em fibras colágenas tipo I, fibroblastos e vasos sanguíneos.
● Camada condrogênica interna : contém células-tronco mesenquimais que se diferenciam em condroblastos.
● Fonte de células condrogênicas para crescimento e regeneração.
● Corável com orceína ou resorcina-fucsina.
● Sempre possui pericôndrio.
Localização:
● Pavilhão auricular.
● Epiglote.
● Tuba auditiva (trompa de Eustáquio).
● Pequenas cartilagens da laringe (corniculada, cuneiforme).
Função:
● Suporte elástico, forma e flexibilidade.
● Matriz rica em colágeno tipo I e tipo II.
● Condrócitos dispostos em fileiras paralelas às fibras colágenas.
● Ausência de pericôndrio.
● Transição entre tecido conjuntivo denso e cartilagem hialina.
Localização:
● Discos intervertebrais.
● Sínfise púbica.
● Inserções de tendões e ligamentos.
● Meniscos do joelho.
Função:
● Resistência à tração e compressão.
● Suporte mecânico especializado.
● Ocorre pela divisão mitótica de condrócitos existentes , que formam grupos isógenos.
● É característico da fase inicial de crescimento e de áreas não revestidas por pericôndrio (ex: cartilagem articular).
● Adição de novas camadas de cartilagem na superfície do tecido por diferenciação de condroblastos a partir da camada condrogênica do pericôndrio.
● Responsável pela espessura e reparo da cartilagem.
(Segundo Junqueira & Carneiro – sem resumos, 100% técnico e explicativo)
Descrever a estrutura, composição celular e molecular, tipos, crescimento, remodelação, propriedades físico-químicas e aspectos histológicos do tecido ósseo, com base no conteúdo integral do Histologia Básica de Junqueira & Carneiro.
● Tornar-se células de revestimento ósseo (quiescentes);
● Ou sofrer apoptose.
● São os osteoblastos maduros , que ficam aprisionados em lacunas na matriz mineralizada.
● Estão conectados entre si e com a superfície por canalículos , onde prolongamentos citoplasmáticos trocam substâncias por junções comunicantes (gap junctions).
● Participam na:
○ Regulação do remodelamento ósseo ;
○ Manutenção da matriz (detectam microfraturas e alterações biomecânicas);
○ Homeostase de cálcio.
Morfologicamente, os osteócitos são achatados , com núcleo pequeno, citoplasma escasso e estão localizados em lacunas.
● São grandes células multinucleadas , derivadas da fusão de monócitos da linhagem hematopoiética.
● Estão presentes nas superfícies ósseas em reabsorção , geralmente em cavidades chamadas lacunas de Howship.
● Possuem uma borda em escova (border ruffled) voltada para a matriz, com numerosos prolongamentos que aumentam a superfície de contato.
Funções:
● Reabsorção da matriz mineral e orgânica , liberando enzimas como:
○ Catepsina K,
○ Metaloproteinases,
○ Ácido (HCl) gerado pela anidrase carbônica para dissolver os cristais de hidroxiapatita.
A matriz óssea é composta por:
A) Componente orgânico (35%)
● Colágeno tipo I (90% das proteínas), disposto em fibras paralelas (osso lamelar).
● Proteoglicanos (agrecano, decorina) – regulam hidratação.
● Glicoproteínas (osteocalcina, osteopontina, osteonectina):
○ Adesão celular,
○ Mineralização,
○ Sinalização intercelular.
B) Componente inorgânico (65%)
● Cristais de hidroxiapatita : Ca₁₀(PO₄)₆(OH)₂.
● Magnésio, potássio, bicarbonato, citrato.
● Responsável pela rigidez, resistência à compressão e função de reserva mineral.
III. TIPOS DE TECIDO ÓSSEO
● Primeiro tecido formado (fetal, fraturas).
● Colágeno disposto em fibras entrelaçadas (não lamelar).
● Tecido conjuntivo denso não modelado , reveste externamente o osso.
● Duas camadas:
○ Fibrosa externa : colágeno e fibroblastos.
○ Osteogênica interna : células-tronco mesenquimais → osteoblastos.
● Fina camada que reveste a cavidade medular, canais e trabéculas internas.
● Contém células osteoprogenitoras, osteoblastos inativos e osteoclastos.
V. CRESCIMENTO ÓSSEO
● Formação direta a partir do mesênquima.
● Ex: ossos do crânio, mandíbula, clavícula.
● Etapas:
● Osso formado sobre um molde de cartilagem hialina.
● Ex: ossos longos (fêmur, úmero).
● Etapas:
VI. REMODELAÇÃO ÓSSEA
A remodelação é um processo contínuo de:
● Reabsorção (osteoclastos)
● Formação (osteoblastos)
Funções:
● Substituição de osso velho.
● Reparação de microfraturas.
● Regulação da homeostase mineral.
Regulada por:
● Hormônio Paratireoideano (PTH) – ativa osteoclastos indiretamente.
● Calcitonina – inibe reabsorção.
● Vitamina D (calcitriol) – estimula absorção de cálcio e regulação da mineralização.
VII. ASPECTOS HISTOLÓGICOS
● Lâminas histológicas coradas com H&E mostram:
○ Osteócitos em lacunas.
○ Canais de Havers.
○ Lamelas concêntricas (osso compacto).