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Utiliza-se o termo mudança organizacional para se referir às alterações nas organizações decorrentes de intervenções planejadas, das quais o objetivo principal é afetar conteúdos organizacionais e causar impactos para os resultados, a sobrevivência, eficácia, eficiência, produtividade ou sustentabilidade organizacional.
Tipologia: Resumos
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Cap. 11 – Liderança nas organizações Liderança é um instrumento usado como ferramenta de influência sobre variados grupos. Faz-se necessário enfatizar que a primeira perspectiva teórica (dos traços), em relação à liderança na psicologia, foi baseada na suposição de que o poder de influência sobre outros tinha sua gênese nas características do sujeito. Por conseguinte, a psicologia mudou o foco de investigação para o contexto no qual acontece a influência. Nesse sentido, o foco deixou de ser o indivíduo e transferiu-se para a relação. Em outras palavras, a liderança deixou de ser compreendida como uma característica do indivíduo líder para ser reconhecida como atributo da interação. É importante destacar que a liderança é um fenômeno multideterminado. Nesse sentido, ela é entendida como um processo multidimensional (e não como uma posição), sendo assim, passível de ser desenvolvida – composta de ações de liderar e seguir, bem como da força para determinar aspectos decisivos da situação compartilhada (sem recorrer a dispositivos de coerção), oferecer orientação, abrir espaço para as trocas e construir relacionamentos. De modo geral, os principais elementos que definem liderança referem-se ao processo; à influência líder-liderado, de forma interdependente; acontece em grupos; envolve a busca, tanto da parte dos líderes quanto da parte dos liderados, de mudanças reais; e envolve o estabelecimento e a realização de objetivos comuns. Ademais, o líder pode ser qualquer pessoa que consiga mobilizar os outros, através de processos de influência. Assim, a influência está relacionada aos comportamentos não coercitivos; isso quer dizer que, por meio da persuasão, as pessoas respondem ou não às influências do líder, sempre de maneira livre. Geralmente são os líderes que estabelecem os relacionamentos de liderança, constroem as relações de comunicação e se responsabilizam para a manutenção destas. Ainda, outro ponto a ser considerado é que os padrões de influência de líderes e seguidores são diferentes, uma vez que aqueles estão mais motivados a investir parte maior dos recursos de poder que deliberam, bem como serem mais habilidosos em fazer com que esses recursos funcionem como fonte de influência sobre os outros. Em relação aos traços do líder, não foram descobertos traços específicos que definam uma liderança eficaz, entretanto, foi observado que os líderes são efetivos em diversas situações, na proporção em que sabem utilizar as características que apresentam. Assim, na contemporaneidade, a ideia de que o autoconhecimento favorece uma mudança consciente e estável de crenças e comportamentos é cada vez mais aceitável. Já no que diz respeito às competências do líder, Katz (1974) descreveu as habilidades que este pode desenvolver e/ou
receber treinamento: competências técnicas – obter conhecimento e ser proficiente em um tipo específico de trabalho/atividade; competências sociais – capacidade de trabalhar com pessoas, criando uma esfera de confiança; e competência conceitual – facilidade para o raciocínio abstrato e para a consideração de situações hipotéticas; desenvolver planos estratégicos e uma perspectiva do futuro. Mumford e cols. (2000) listaram cinco habilidades de liderança, como atributos individuais; competências; resultados das lideranças; experiências de carreira; e influências ambientais. As competências principais da liderança são: solução de problemas – configurar e reconhecer situações problemáticas e conceber diferentes possibilidades de solução; competência social – a capacidade de percepção e avaliação de situações sociais, comunicação, persuasão e flexibilidade comportamental; e o conhecimento ligado à posse de processos cognitivos de alta complexidade sobre determinado campo. Cabe ressaltar ainda os atributos que influenciam as competências, sendo eles: a inteligência geral; a capacidade cognitiva cristalizada decorrente da experiência; a motivação para lidar com situações complexas, apresentando traços de dominância e dedicação ao bem da coletividade; e os traços de personalidade (abertura, abertura a experiência, curiosidade e tolerância a ambiguidade). As experiências mais favoráveis da carreira incluem atividades variadas e desafiadoras e o mentoring de lideranças mais experientes. Já as influências ambientais incluem a qualidade de recursos tecnológicos e humanos, as competências dos subordinados, entre outras. Além disso, a expressão liderança flexível tem sido usada para denominar a capacidade do líder de se adaptar às características de pessoas e contextos de trabalho. O líder, por meio de ações, irá intervir na resolução de problemas, conflitos, promover uma articulação entre interesses pessoais e interpessoais, nos desafios da atividade e da tarefa coletiva; além disso, ele é percebido como alguém que facilita o alcance das metas por meio de apoio, direção, participação e orientação para o sucesso. Portanto, de acordo com o que já foi abordado acima, a liderança é compreendida como algo que pode ser aprendido, desenvolvendo competências que atenda um contexto específico do negócio, bem como do grupo. A partir disso, destaca-se a relevância de atuar no desenvolvimento, na capacidade, na facilitação dos processos essenciais da liderança: comunicação, gestão de conflitos, organização de recursos humanos, estabelecimentos de objetivos, metas, além de aspectos afetivos e emocionais das relações intersubjetivas.