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Leucemias Mieloides: Diagnóstico, Tratamento e Neoplasias Mielodisplásicas, Notas de aula de Hematologia

Uma visão geral abrangente sobre as leucemias mieloides, incluindo leucemia mieloide aguda (lma) e crônica (lmc). ele detalha os mecanismos fisiopatológicos, manifestações clínicas, métodos de diagnóstico (como hemograma completo, mielograma e citogenética), e opções terapêuticas (quimioterapia, terapia-alvo, transplante de medula óssea). o texto também aborda outras neoplasias mielodisplásicas, como a trombocitemia essencial, fornecendo informações valiosas sobre suas características, diagnóstico e tratamento. a profundidade da análise e a riqueza de detalhes tornam este material um recurso excelente para estudantes de medicina e profissionais da área de saúde.

Tipologia: Notas de aula

2025

À venda por 24/05/2025

gio-va-nna-lima
gio-va-nna-lima 🇧🇷

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LEUCEMIAS
(conceitos gerais)
22/04/2024
Leucemia: plaquetopenia, aumento de células
sanguíneas, câncer, transplante de medula óssea
(TMO), medula óssea, pancitopenia
Neoplasia hematológica: crescimento
incoordenado das células, quimioterapia,
mutações, perda de função (dos órgãos)
Leucemia/Neoplasia hematológica
Termo mais genérico, o termo mais correto é usar
neoplasias hematológicas
Sangue de paciente com leucemia aguda:
maior presença da camada
leucoplaquetária (mais células
brancas)
hematócrito diminuído (menos
células vermelhas)
células tumorais saiam da medula e voltem a
popular órgãos como baço e fígado = em
leucemias mieloides
Definição
Leucemia: doença maligna dos glóbulos brancos
(leucócitos)
Neoplasias hematológicas: originam-se na medula
óssea e invadem o sangue periférico
** Linfoma: tumor de tecido sólido (órgãos
linfoides e pode acabar invadindo a medula)
NÃO VAI SER COMENTADO EM AULA **
Adaptações celulares
Hiper ou hipotrofia
Hiper ou hipoplasia
Metaplasia
Displasia ou neoplasia
Crescimento alterado das células
- Localizados, autolimitados e reversíveis, caso
isso não aconteça, gera neoplasia
Para ser neoplasia precisa:
Ter crescimento excessivo, incoordenado,
autônomo, irreversível, tende à perda da
diferenciação
Qual a célula alterada que vai ser
responsável por esse processo?
R: na maioria dos casos, começa com alteração
na célula-tronco hematopoiética - CTH
(presente a medula óssea)
- célula-tronco: origina progenitores mieloide e
linfóide, também se autorrenova
- controle do destino dessas células:
1. fatores intrínsecos e extrínsecos
2. influência do microambiente (estroma e
matriz, interação célula-célula)
Etapas da formação de neoplasia
hematológica
1. iniciação
- alteração genética
- pode ser limitado no local (SI detectam e
eliminam, acontece o tempo todo no
organismo) ou não
2. promoção
- fatores que promovem proliferação clonal
3. progresso
- sobrevida aumentada (vantagem
proliferativa)
- apoptose alterada
Proto-oncogênese (gene chaves no controle
do destino da células, estão trabalhando
normalmente = suprimem tumores,
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LEUCEMIAS

(conceitos gerais)

22/04/ Leucemia: plaquetopenia, aumento de células sanguíneas, câncer, transplante de medula óssea (TMO), medula óssea, pancitopenia Neoplasia hematológica: crescimento incoordenado das células, quimioterapia, mutações, perda de função (dos órgãos)

Leucemia/Neoplasia hematológica

Termo mais genérico, o termo mais correto é usar neoplasias hematológicas ● Sangue de paciente com leucemia aguda: maior presença da camada leucoplaquetária (mais células brancas) hematócrito diminuído (menos células vermelhas) células tumorais saiam da medula e voltem a popular órgãos como baço e fígado = em leucemias mieloides Definição Leucemia: doença maligna dos glóbulos brancos (leucócitos) Neoplasias hematológicas: originam-se na medula óssea e invadem o sangue periférico ** Linfoma: tumor de tecido sólido (órgãos linfoides e pode acabar invadindo a medula) NÃO VAI SER COMENTADO EM AULA ** Adaptações celulares ● Hiper ou hipotrofia ● Hiper ou hipoplasia ● Metaplasia ● Displasia ou neoplasia Crescimento alterado das células

  • Localizados, autolimitados e reversíveis, caso isso não aconteça, gera neoplasia Para ser neoplasia precisa: Ter crescimento excessivo, incoordenado, autônomo, irreversível, tende à perda da diferenciação Qual a célula alterada que vai ser responsável por esse processo? R: na maioria dos casos, começa com alteração na célula-tronco hematopoiética - CTH (presente a medula óssea)
  • célula-tronco: origina progenitores mieloide e linfóide, também se autorrenova
  • controle do destino dessas células:
  1. fatores intrínsecos e extrínsecos
  2. influência do microambiente (estroma e matriz, interação célula-célula) Etapas da formação de neoplasia hematológica
  3. iniciação
  • alteração genética
  • pode ser limitado no local (SI detectam e eliminam, acontece o tempo todo no organismo) ou não
  1. promoção
  • fatores que promovem proliferação clonal
  1. progresso
  • sobrevida aumentada (vantagem proliferativa)
  • apoptose alterada ● Proto-oncogênese (gene chaves no controle do destino da células, estão trabalhando normalmente = suprimem tumores,

reparam DNA) Oncogênese (surge após mutação/alteração do proto-oncogene O processo de multiplicação e diferenciação está alterado em virtude da falha nos mecanismos:

  1. sinalização celular, proliferação e morte
    • Proto-oncogenes-EX: Reguladores da apoptose (BCL-2, ...) Tirosinoquinases (BCR-ABL, JAK2, ...) Genes supressores de tumor (controle ciclo celular, ex: p53) As células do câncer diferem das células normais pela ausência de resposta aos mecanismos regulatórios da proliferação, apoptose e senescência celular surge por mudanças genéticas e epigenéticas
  • 95% = alterações em células somáticas (não passa geneticamente)
  • alguns casos = alterações genéticas hereditárias que favorecem neoplasias Mecanismos para surgimento de neoplasias ● Alterações Cromossômicas Estruturais
  • mutações
  • alterações cromossômicas numéricas como: hipodiplóides, hiperdiplóides, aneuploise ● Epigenética
  • não esta diretamente no DNA, mas sim em funções ao redor do material genético (ex: metilação ou não de histonas, fita mais aberta ou fechada) Manifestações clínicas – Leucemias
  • alteração de célula-tronco hematopoiética
  • adquire vantagem proliferativa
  • suprime a hematopoese normal
  • NÃO TEM leucocitose sempre TRÍADE LEUCÊMICA (LEUCEMIAS AGUDAS
  1. Neutropenia (aumento de células, mas não os maduros) = LEUCEMIA AGUDA
  • aumento de células jovens/blastos
  • infecções de repetição
  1. Anemia: clone maligno atrapalha a função das células normais
  • fadiga
  1. Plaquetopenia/Trombocitopenia: leucemia aguda sangramento é sinal de alerta
  • petéquias
  • equimoses
  • hematomas
  • sangramento gengival
  • epistaxe
  • febre, dor nos ossos, perda de peso, sangramento
  • hepatoesplenomegalia: anemia mieloides Fatores de risco para Leucemia ● Tabagismo ● Contato com substâncias químicas: benzeno, formaldeído (produção de borracha, agrotóxicos, solventes) ● Raio-X e Gama ● Quimioterapia (tratamento de câncer e doenças autoimunes) ● Outras doenças (síndrome de Down, outras doenças hereditárias e outras doenças hematológicas Classificações das Leucemias Critérios que a OMS considera para classificar as leucemias:
  1. critérios clínicos
  2. morfológicos
  3. imunofenotípicos
  4. genéticos
  5. características específicas de cada subtipo Pode ser:
  6. Mieloide: 1.1. Mieloide aguda (>20% blasto)

Classificação de SMD A partir dela define prognóstico (usam score diagnóstico) e tratamento São classificadas com base em: ● Hemograma ● Aspectos morfológicos ● Número de blastos no sangue e na medula óssea ● citogenética Classificação OMS 2022:

  1. SMD com anormalidade genética definida
  2. SMD, definida morfologicamente Cariótipo ● Anormalidades citogenéticas (50-60% dos pacientes) ● Relação com prognóstico Achados laboratoriais nos paciente com SMD ● Citopenias inexplicada e persistentes (1, 2 ou 3) + displasias SV: eritroblastos macrocíticos ou dimórficos, às vezes hipocrômicos; eritroblastos; queda de reticulócitos SB: granulócitos hipogranulares, pseudo-Pelger-Huet, figuras da apoptose, assincronia maturativa; monócitos displásicos; aparecimento de blastos SP: macroplaquetas ● Biópsia de medula óssea: Hipercelular com presença de displasia ● Mielograma: Neutrófilos hipogranulares, hiposegmentados; sideroblasto em anel (depósito de ferro ao redor do núcleo) ● Megacariócitos displásicos: pequenos e não multilobulados Tratamento ● Pacientes de baixo risco:
  • <5% blasto na medula óssea, com somente 1 citopenia e citogenética favorável nenhum tratamento ou administração de fatores de crescimento (ex: EPO) ou transfusão ● Paciente de alto risco:
  • lenalidomina (remédio), terapia imunossupressiva, quimioterapia, inibidores de DNA metiltransferase, transplante de CTH, apenas suporte geral, quimioterapia com agente único

LEUCEMIA MIELOIDE

CRÔNICA

● Cromossomo 22, ou Filadélfia ● Maioria são homens entre 40 - 60 anos ● A maioria das leucemias não se sabe a causa, tem alguns componentes hereditárias que podem ajudar no desenvolvimento, mas é uma doença primária ● Foi visto relação em maior incidência quando há maior exposição a radiação Alteração Genética recorrente é uma alteração genética de translocação, troca entre o cromossomo 9 com o 22, um dos cromossomos 22 fica encurtado, levando assim ao Gene de fusão BCR::ABL - Ativação Constitutiva O gene ABL, codificar uma tirosinaquinase, que faz sinalização na célula mieloide envolvida em proliferação, no entanto, a fusão leva a função descontrolada dessa proteína, ativação constitutiva, independente de estímulo ela está sempre ativada Definição

● Defeito na célula-tronco hematopoética ● Maior proliferação e menor apoptose, maior número de células ● Crônica = mantém maturação ● Blastos <20% ● Predomínio de células maduras com aparecimento de precursores (Não escalonado) Fisiopatologia Translocação leva ao gene BCR-ABL, muda a função de uma tirosinaquinase, envolvida na proliferação, assim aumenta a proliferação, diminui a apoptose, diminui a migração O fato de ele proliferar muito e não morrer, leva a célula a possibilidade de mais alterações genéticas, podendo levar a uma progressão, uma fase acelerada ou fase blástica, levando a leucemia aguda Manifestações Clínicas Fase Crônica ● Cansaço ● Anorexia ● Dor abdominal ● Sudorese ● Perda de peso ● Febre ● Sangramento ● Achados o Anemias - Hematócrito vai estar diminuído o Leucocistase - Estase sanguínea, diminuição do fluxo por causa da viscosidade o Esplenomegalia - As células-tronco vão parar no fígado e no baço e voltar a hematopoese extramedular Fases das manifestações Clínicas Fase Crônica Fase Acelerada ● Leucocitose com predomínio dos granulócitos maduros e aparecimento de precursores ● Mais basófilos ● Mais promielócitos ● Trombocitopenia ● Anemia ● Febre ● Esplenomegalia ● Menor resposta à terapia Diagnóstico LMC ● Exame Clínico ● Hemograma Completo diferencial ● Mielograma - Avaliação morfológica a e citogenética convencional (Clássica e se precisar o FISH) ● PCR qualitativo (Convencional) para determinar o tipo de transcrito BCR-ABL e possibilitar monitoramento depois por PCR quantitativo (tempo real) ● Outros exames bioquímicos

o Presença da mutação JAK2V617F ou utra mutação similar (JAK exon12) ● Critérios Menores o Biópsia de medula óssea hipercelular (panmielose), destacada proliferação eritroide, megacariocítica e granulocítica o Níveis de eritropoetina sérica abaixo dos valores de normalidade o formação de colonias eritroides endógenos in vitro ● Diagnóstico: 2 maiores e 1 menor, ou 1 maior e 2 menores Diferença entre a Policitemia secundária (PS) = É caracterizada pelo aumento do número de eritrócitos circulantes e da massa eritrocitária em resposta a estimulação da medula óssea pela eritropoetina (EPO) ou o funcionamento anormal de receptor mutante de EPO Sintomas ● Eritromelalgia, palma das mãos vermelhas ● Dor de cabeça ● Prurido Tratamento

  1. Flebotomia - Tirar o sangue
  2. Hidroxiuréira
  3. Interferon-alfa
  4. Ruxolitinib - Inibidor da JAK
  5. Clorambucil e Busulfan - raramente
  6. Aspirina em baixas doses (<100 mg) Trombocitemia Essencial ● Maior número de plaquetas ● Alterações qualitativas (morfológicas) na linhagem megacariocítica ● Complicações vasculares - maior risco de trombose venosa profunda e embolia pulmonar Quadro clínico variável ● ⅓ Assintomáticos ● Quadro hemorrágico, esplenomegalia, sintomas como síncope, dor torácica atípica, distúrbios visuais ● Esplenomegalia ● Progressão para MF ou LMA ● Complicações vasculares -maior risco de trombose venosa profunda e embolia pulmonar ● Critérios Maiores o Contagem de Plaquetas > 450.000/uL o MO: Proliferação de Megacariócitos - aumento do número e do tamanho aumento, sem alteração da granulopoiese o Sem critérios para LMC, PV, SMD e MF o Positivo para JAK, CLAR, MPL mutação Diagnóstico Diferencial Fazer diagnóstico diferencial de trombocitemias reacionais Tratamento ● Sem tratamento se não tiver complicações ● Hidroxiuréia ● Interferon-alfa ● Anagrelide

Mielofibrose Primária Hiperplasia de megacariócitos e monócitos que liberam fatores de crescimento - fibrose da MO ● Fase inicial - Maior células ● Com progressão da fibrose ● Anemia ● Leucopenia ● Plaquetopenia ● Podem progredir para LMA ● Menor tempo de sobrevida Presença de Dacriócitos e Leucoeritroblastose é característico ● Critérios Maiores o Achado de proliferação de megacariócitos o Não preencher critério para LMC o Presença de mutação JAK ● Critérios Menores o Anemia sem outra comorbidade Tratamento ● Eritropoetina ● Prednisona ● Danazol ● Talidomida, Lenalidomida, Pomalidomida ● Ruxolitinibe

LEUCEMIA MIELOIDE

AGUDA

06/05/ ● Vai falar sobre alterações genéticas ● Dentro da LMA existem várias subpopulações que são vistas por técnicas ● Sintomas: cansaço, fadiga, fraqueza, desmaio (hemoglobina estava muito baixa anemia com neutropenia e plaquetopenia) ● Presença de blastos no hemograma e fazer o mielograma para confirmar o diagnóstico ● Existem diversos subtipos ● Tratamento: quimioterapia (BEM FORTE) e após, transplante de medula óssea ● Para transplantar, o paciente precisa ser compatível com o doador ● Transplante = coleta da medula óssea do doador ela vai ser infundida na corrente sanguínea as células-tronco vão ir para a medula através do processo de ROAMING ● Na LMA, não tem como fazer transplante autólogo (porque as células-tronco já estão afetadas) para fazer o autólogo, as CT’s precisam estar saudáveis Epidemiologia ● 80% dos casos de leucemia são do tipo LMA ● Mais prevalente/incidente em pacientes com idade avançada ● Bastante importante na infância 80% são linfoblásticas agudas // 20% são mieloides agudas

  • mutações em cerca de 25-30% dos pacientes com LMA
  • associada com altas contagens de leucócito, menor sobrevida Anormalidades cromossômicas recorrentes mais frequentes AML1-ETO (leucemia mieloide aguda em inglês) também chamada de RUNX1-ETO Gene de fusão = surgimento de genes que não existiam surgem com a troca de fragmentos de cromossomos (ex. uma parte do 8 vai para o 21 e vice-versa t(8;21) AML1-ETO
  1. anormalidade citogenética características distintas ● Morfologia específica ● Imunofenótipo específico ● Mutações cooperantes recorrentes
  • LMA com esse gene envolvido, possuem melhor prognóstico com quimioterapia seguida de consolidação com (CBF-alfa)
  • é um fator de transcrição que se liga a região promotora dos genes alvo (genes envolvidos na diferenciação das células mieloides)
  • liga-se na região promotora do gene com outras proteínas, para funcionar precisa do CBF-beta AML normal
  • o ETO liga-se ao CBF-beta, não vai abrir a fita e não vai acontecer a transcrição dos genes (repressão da expressão dos genes importantes para a maturação das células mieloides), HDACs deacetila as histonas (deacetiltransferase) AML1-ETO t(15;17) PML-RARα (“rara” = receptor de ácido retinóico)
  1. anormalidade citogenética características distintas
  • doença que corresponde a 20% das LMA
  • se não tratada, extremamente maligna por ter rápida evolução e espontaneidade
  • RARa (gene selvagem) = ATIVADOR de transcrição
  • PML (gene leucemia-promielócito (cr 15)
  • a junção dos 2 genes = vai surgir um gene de fusão REPRESSOR da transcrição PML-RARa presente na: LEUCEMIA PROMIELOCÍTICA AGUDA ● T(15;17) ● Baixa contagens leucócitos ● Promielócito anormal com grânulos ● Bastonete de Auer ● Célula de Fagot = célula cheia de bastonetes de Auer ● Variante hipogranular (variante do subtipo) = cél ● Tratamento da LPA = ácido retinóico e trióxido de arsênio = leva a degradação do PML-RARa causando a retirada da repressão (derepressão = volta da ativação) que vai levar à volta da diferenciação dos promielócitos Classificação da LMA Dois grandes grupos:
  1. LMA com anormalidade genética conhecida recorrentes
  2. LMA definida pela diferenciação Pode ser de qualquer linhagem celular (mieloide) Achados laboratoriais da LMA ● Leucitose ● Tríade leucêmica: anemia + trombocitopenia + neutropenia Importância da classificação ● Diagnóstico ● Terapia ● Prognóstico ● Consenso Diagnóstico ● Hemograma ● Mielograma ● Citometria de fluxo ● Citogenética ● Alterações genéticas e epigenéticas – PCR, NGS Monitoramento da doença residual mínima (DRM) na LMA Técnicas essenciais: ● Por PCR ou citometria de fluxo dá para ver se existem ainda clones presentes ● Por NGS, ve com bastante resolução se há algum clone leucêmico que ficou escondido que vai levar ao surgimento de subclones Tratamento ● Transplante de medula óssea ● Agentes hipemetilantes (ex. azacitidina) ● Inibidores de BCL-2 (proteína anti-apoptótica) ● Inibidores de FLT3 (medicamentos) ● Anticorpos monoclonais = o anticorpo reconhece a célula e vai induzir para que o medicamento seja inserido ● CAR-T cells (células T receptores quiméricos de antígeno) (CARs) – imunoterapia Se tiver suspeita de LPA:
  • contagem de leucócitos fora do VR
  • queda de plaquetas
  • coagulopatias ou hemorragias, promielócitos com bastonete de Auer
  • imunofenotipagem CD33 e CD13 positivos e CD34, CD11b, CD117, HLA-DR negativos/baixos Vai fazer:
  • inicia ATRA
  • mantém plaqueta acima de 30 mil
  • controla outros parâmetros da hemostasia NEOPLASIAS LINFÓIDES 08/05/ ● Atinge células da linhagem linfoide ● Aguda (>20% de blastos) ou crônica (<20% de blastos) ● Leucemia Linfoblástica Aguda: Tipos: - LLA-B com anormalidades genéticas recorrentes - LLA-B não especificada - LLA-T ● Leucemias Linfoides Crônicas (<20% blastos) - LLC é um subtipo das leucemias linfoides crônicas
  • citometria de fluxo – imunofenotipagem (fala se é ou não um linfoblasto, em qual fase de maturação está)
  • testes citogenéticos
  • exame do licor, exames radiológicos, entre outros ● Achados morfológicos ● Imunofenotipagem
  • coloca os anticorpos (com vários marcadores e passa pelo citometro de fluxo Prognóstico da LLA-B ● Idade e WBC ( White Blood Cells ) ● Anormalidades genéticas ● Como o paciente está respondendo ao tratamento Tratamento ● Vai ser baseado no risco, em geral, vai ser por quimioterapia ● Após atingir a resposta completa da quimioterapia vai ter 2 opções: ficar só na quimio ou fazer transplante de medula ósse ● Imunoterapia
  • Anti-CD22 = Epratuzumb, etc
  • Anti CD20 = Rituximabe, Ofatumumab
  • Anti CD19 = internaliza Na linfoide, a imunoterapia tem maior evolução pelo conhecimento que se tem sobre os marcadores dos linfócitos CAR-T cells: criam receptor quimérico no linfócito T para ver se a célula tumoral vai ter um antígeno específico e vai fazer com que o linfócito T crie receptor específico para esse antígeno assim reconhecendo e levando à morte das células tumorais

Neoplasias Linfoides Crônicas

● Pode ser de célula B ou célula T ● Ocorre mais em indivíduos idosos Aspectos gerais ● Origem = células maduras periféricas ● Conjunto de várias doenças caracterizadas por acúmulo de linfócitos no sangue periférico

Leucemia Linfocítica Crônica

(LLC)

mais comum em adultos (30%) relação com hereditariedade idade média ao diagnóstico: 61 anos Aspectos clínicos ● assintomáticos ● sinais e sintomas:

  • fadiga
  • esplenomegalia discreta a moderada
  • linfoadenopatia = aumento simétrico dos linfonodos (dos dois lados)
  • infecções
  • petéquias, equimoses, púrpura ● imunossupressor = pode causar anemia hemolítica autoimune Diagnóstico ● hemograma (MUITO IMPORTANTE)
  • na extensão de sangue periférico vai ver:

Aumento de linfócitos pequenos, citoplasma escasso, núcleo redondo com cromatina hipercondensada Trombocitopenia Linfocitose absoluta (>5000mm3) por 3 meses Leucocitose Pode ter alteração de morfologia Presença de muitas SOMBRAS NUCLEARES (linfócitos frágeis em excesso, eles se rompem) Se tiver diagnóstico = sombras nucleares passam a ser denominada “sombras de Gumprecht” ● não é necessário que se faça biópsia Diagnóstico ● Imunofenotipagem ● Biópsia de medula óssea (NÃO RECOMENDADA) = apenas em caso de não reação ao tratamento, estudos clínicos, presença de citopenias persistente após o tratamento, etc. ● Teste de Coombs = verifica se as hemácias estão sensibilizadas aos anticorpos coloca anti hemoglobina humana (anti0 e ela vai detectar se as hemácias já tem anticorpos ● Citogenética Fisiopatologia ● A célula tumoral é um linfócito B relativamente maduro, com fraca expressão de IgM ou IgD de superfície ● Se acumulam no SP, MO, fígado, baço, linfonodos redução da apoptose (disparo de proteínas anti-apoptóticas resistência a sinais proapoptóticos) ● Diversas alterações genéticas, epigenéticas e de microambiente

  • receptor de célula B é crucial na LLC = rearranjo de IGHV x expansão clonal
  • ativação do BCR = vias PI3K/AKT Tratamento ● Apenas se o paciente preencher critérios (escore de risco)

Leucemia das Células Pilosas

(Tricoleucemia)

● Neoplasia clonal de célula B muito rara ● Idade média: 50 anos (80% homem) ● Relação 4:1 (homem:mulher) ● Astenia, hemorragia, fraqueza ● Hemograma (presença de linfócitos Hairy Cells e imunofenotipagem (para confirmação)

Leucemia de linfócitos grandes e

granulares

● Linfocitose ● Doença de célula T