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Hipertensão Arterial Sistêmica: Diagnóstico, Tratamento e Prevenção, Esquemas de Medicina

Uma detalhada descrição da hipertensão arterial sistêmica (has), incluindo sua definição, sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenção. O texto aborda a importância da medida da pressão arterial (pa) e as medidas a serem tomadas para avaliar e controlar a has, bem como as complicações associadas à doença. O documento também discute a importância do monitoramento ambulatorial da pa (mapa) e da monitorização residencial da pa (mrpa) para avaliar e controlar a has.

Tipologia: Esquemas

2024

Compartilhado em 02/04/2024

ana-liz-oliveira
ana-liz-oliveira 🇧🇷

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Pusus Prova

HIPERTENSÃO (^) ARTERIAL · (^) Conceito ~

PRIMÁRIA LA SISTEMICA

· Classificação (^) SECUNDÁRIA · (^) lise (^) hipertensivosM

URGENCIA

= T^ && EMERGENCi Est ! SÍNDROME DO^ JALECO BRANCO

  • fatores de (^) Misca MD^

MODIFICÁVEL

&aNão Modificável

  • Prevenção/ Conduta (^) diagnóstica

· Acampanhamenta na AB

  • ComplicaçõesI

*Tratamentao não medicamentosa -^ MEU

· Ecames complementas

DBS : FUNDO DE (^) OLHO LA^ PAPILEDEMA ASSISTÊNCIA AO^ PACIENTE

Hipertensão arterial

- Conceito: condição multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial PA maior ou igual 140x90mmHg — Pode se associar a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos alvo. - Rastreamento: Todo adulto com 18 anos ou mais de idade, sem registro de aferição de PA (primeira verificação): — Realizada em ambos os braços e considerar a medida de maior valor — Braço com maior valor aferido é tomado como referência nas próximas medidas ** Investigar para doenças arteriais se diferença

20/10mmHg entre os dois membros superiores Deverá ser novamente verificada: —> A cada 2 anos, se PA <120/80mmHg —> A cada ano, se PA entre 120-139/80mmHg em pessoas sem fatores de risco para DCV —> 2 vezes com intervalo de 1-2 semanas, se PA >= a 140/90mmHg ou PA entre 120-139/80-89 na presença de fatores de risco para DCV ** Verificar PA fora do consultório para dispensar possibilidade de síndrome do jaleco branco

  • Diagnóstico: Média aritmética da PA maior ou igual a 140/90mmHg. ** Verificada em pelo menos 3 dias diferentes com intervalo mínimo de uma semana entre as medidas ** Evitar a aferição em situações de estresse físico (dor) e emocional (luto, ansiedade) - Aferição fora do consultório; Realizada por pacientes ou familiares, não profissionais da saúde, fora do consultório. ** Estimativa mais real da variável Em suspeita de HAB ou HM -> MAPA ou MRPA
    • MAPA: monitorização ambulatorial da pressão arterial — Feita por aparelhos validados que respeitam o método oscilométrico. — Aferição da pressão varias vezes por 24hs -> registro do comportamento da pressão durante o sono.
    • MRPA: monitorização residencial da pressão arterial — Feita por familiares ou o próprio paciente — Preferencialmente com uso de manômetros digitais - Normotensão: — PA ótima, menor que 120/80mmHg -> verificar a cada dois anos — Normotensão, PA 130/85mmHg -> verificar anualmente ** Portadores de DM devem ter PA verificadas a cada consulta - PA limítrofe: — PA entre 130/85 a 139/89mmHg -> avaliação para investigação de fatores de risco para DCV. ** Se fatores para DCV presentes -> avaliação com enfermeira ** Se fatores para DCV ausentes -> atendimento com enfermeira + indicação de MEV - Hipertensão arterial sistêmica: — Se a media das três medidas forem maior que 140/90mmHg -> confirmação de HAS -> agendamento para consulta medica -> tratamento e acompanhamento - MEV na HAS inclui: — Redução de peso — Alimentação saudável — Atividade física — Moderação no consumo de alcool Ana Liz Oliveira - PMSUS I

Valores de PA Classificação de PA

Consulta médica na avaliação inicial da pessoa com HAS

- Objetivos: — Identificar fatores de risco para DCV — Avaliar presença de LOA — Considerar hipótese de hipertensão secundaria — Educação em saúde - História: — Pesquisa de fatores de risco: * Obesidade, abuso de bebidas alcoólicas, predisposição familiar, uso de contraceptivos hormonais e transtornos do sono — Síndromes clínicas de descompensação: * Insuficiência cardíaca, angina de peito, IAM prévio, episódio isquêmico transitório ou AVC prévios. — Repercussão em órgãos alvo:

  • Hipertrofia ventricular esquerda
  • Retinopatia
  • Nefropatia
  • Angina do peito ou IAM prévio
  • Insuficiência cardíaca
  • Ictus isquêmico ou AVc
  • Doença arterial periférica *** Pacientes com PA elevada possuem queixas inespecíficas, como cefaleia, epixtase e outros. Entretanto, a PA elevada é silenciosa.

HISTÓRIA CLÍNICA :

- Identificação : sexo, idade, raça e condição socioeconômica. ** negros possuem maior predisposição para HAS devido a questão escravocrata. - História atual: HAS basal; adesão/reação a tratamentos prévios; doenças/disfunções de órgãos alvo - Investigação e fatores de risco: dislipidemia; tabagismo; obesidade; sedentarismo; perda de peso; qualidade do sono; função sexual e dificuldades respiratórias. - História pregressa: gota, DAC, insuficiência cardíaca. - História familiar: AVE, DAC prematura, morte prematura e súbita de familiares próximos. - Perfil psicossocial: fatores ambientais e psicossociais, sintomas de depressão, ansiedade e pânico, rede de apoio, grau de escolaridade e condições de trabalho. - Alimentação: sal, gordura saturada e cafeína. **- Consumo de álcool;

  • Medicações em uso:** consumo de medicamentos ou drogas que podem elevar a PA. ** corticoide, anti-inflamatório, anorexígenos, antidepressivos e hormônios (AC). - Práticas corporais/atividade física

Exame físico

- Medidas antropométricas: — Avaliação de IMC e circunferência abdominal ** até 88cm em mulheres ** até 102cm nos homens - Medida da PA e FC: — Duas medidas de PA, com intervalo de ao menos um minuto e paciente sentado. - Pescoço: — Palpação e ausculta das carótidas — Verificação de turgência jugular — Palpação da tireoide - Exame do precórdio e ausculta cardíaca: — Hipertrofia miocárdica; arritmias; 3ª e 4ª bulhas

  • Exame do pulmão: — Ausculta de estertores, roncos e sibilos
  • Exame do abdômen: — Palpação dos rins e ausculta de sopros em área renal
  • Extremidades: — Exame de todos os pulsos.
  • Exame neurológico sumário
  • Exame de fundo do olho AVALIAÇÃO LABORATORIAL:
  • Glicose -> investigação DCV
  • Colesterol total -> investigação DCV
  • HDL -> investigação DCV
  • Triglicerídeos -> investigação DCV
  • Creatinina -> avaliação da função renal
  • Cálculo do LDL
  • Urina -> identificação de proteinúria
  • Dosagem de sódio e potássio Outros exames:
  • Fundocospia
  • Eletrocardiograma - HAS secundária: A hipertensão arterial secundaria possui causa definida, o que indica a possibilidade de tratamento e cura. ACOMPANHAMENTO NA AB
    • Sugere-se verificação semanal da PA ate a primeira consulta medica de reavaliação do tratamento
    • Metas pressóricas: — 140/90mmHg na HAS não complicada — 130/80mmHg nos pacientes com diabetes, nefropatia, alto risco cardiovascular e prevenção de AVC — 130/80mmHg na nefropatia com proteinúria maior que 1g/dia
    • Considerações em pacientes com má resposta: — Não adesão — Excesso de sal na dieta — Drogas — Uso de AINE, descongestionantes nasais, supressores de apetite, cafeina e anticoncepcionais orais. — Tabagismo e etilismo — Obesidade progressiva — Apneia do sono, dor crônica ou hipertensão secundaria
    • Recomendações se meta não batida: — Adição de outro fármaco — Aumento da dose do fármaco — Substituição do fármaco, se ineficiente ** reavaliação mensal

I

Diabetes

- Conceito: Transtorno metabólico, caracterizado por hiperglicemia e distúrbios no metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras, resultantes de defeitos da secreção e/ou da ação da insulina. - Rastreamento: Excesso de peso (IMC >25kg/m2 + um dos seguintes fatores:

  • História de pai ou mãe com diabetes
  • HAS >140/90mmHg ou uso de anti-hipertensivo
  • DM gestacional ou bebê nascido com mais de 4kg
  • Dislipidemia: triglicerídeos >250mg/dL ou HDL <
  • Exame prévio de HbA1c >= 4,7%, tolerância diminuída a glicose ou glicemia de jejum alterada
  • Obesidade severa
  • SOP
  • História de doença cardiovascular
  • Inatividade física OU
  • Idade > 45 anos OU
  • Risco cardiovascular moderado — Pessoas com fatores de risco devem ser encaminhadas para uma consulta de rastreamento e solicitação de exames. — Recomenda-se que a consulta de rastreamento seja realizada pelo enfermeiro da UBS e encaminhar para o médico afim de confirmação do diagnóstico. — Objetivos da consulta de rastreamento:
  • Conhecer historia pregressa
  • Realizar exame físico
  • Verificação da PA
  • Dados antropométricos (peso, altura e CA)
  • IMC
  • Fatores de risco para DM
  • Condições de saúde
  • Solicitação de exames laboratoriais necessários para diagnostico e decisão terapêutica - Classificação: Diabetes tipo 1: ** Processo de destruição da célula beta que leva ao estagio de deficiência abrupta de insulina. — Acomete, principalmente, crianças e adolescentes sem excesso de peso (pico entre 10 e 14 anos). — Autoimune — Alta tendência para cetoacidose — Tipo 1 idiopático ou tipo 1B Diabetes tipo 2: ** Deficiência relativa de insulina -> estado de resistência à ação da insulina, associado a um defeito na sua secreção — Início insidioso e sintomas mais brandos — Adultos com longa história de excesso de peso e história familiar de DM 2 — Cetoacidose é rara Diabetes gestacional: ** Estado de hiperglicemia, menos severo que o tipo 1 e 2, detectado pela primeira vez na gravidez. — Geralmente se resolve no período pós-parto e pode voltar anos depois. — Sua detecção deve ser iniciada na primeira consulta de pré-natal. - Diagnóstico: Baseia-se na detecção da hiperglicemia. Exames que podem ser utilizados: - Glicemia casual - Glicemia de jejum - TOTG 75g - HbA1c ** ponto de corte indiciativo de diabetes em caso de urgência: >200mg/dL + sintomas de hiperglicemia Funcionamento do TOTG: O paciente recebe uma carga de 75g de glicose, em jejum, e a glicemia é medida antes e 2hs depois da ingestão. >= 200mg/dL é indicativo de diabetes

— Hemoglobina glicada (HbA1c): indica o percentual de hemoglobina a qual se encontra ligada a glicose.

6,5%= indicativo de diabetes 5,7%= pré diabetes CONSULTA MÉDICA NA AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DA PESSOA COM DM: — Consulta inicial de pessoas com DM será realizada pelo médico da AB. Objetivos da consulta:

  • Identificação dos fatores de risco
  • Avaliação das condições de saúde
  • Educação em saúde ELEMENTOS CLÍNICOS SUSPEITOS DE DM — Sinais e sintomas clássicos: os 4 P’s
  • Poliúria: muita urina
  • Polidipsia: muita sede
  • Polifagia: muita fome
  • Perda inexplicada de peso — Sintomas menos específicos:
  • Fadiga, fraqueza e letargia
  • Visão turva
  • Prurido vulvar ou cutâneo, balanopostite — Complicações:
  • Proteinúria
  • Neuropatia diabética
  • Retinopatia diabética
  • Catarata
  • Doença arteriosclerótica
  • Infecções de repetição

HISTÓRIA CLÍNICA:

- Identificação: Sexo, idade, raça e condição socioeconômica - História atual: sintomas (ja citados), apresentação e evolução dos sintomas, estado atual. - Investigação e fatores de risco: Dislipidemia, tabagismo, obesidade, sedentarismo, perda de peso, características do sono, função sexual, dificuldades respiratórias. ** Queixas sobre infecções. - História pregressa: IAM ou AVC prévios, intercorrências metabólicas anteriores, passado cirúrgico e história gestacional. - História familiar: De diabetes (pais, filhos e irmãos), doença cardiovascular e endocrinopatias. - Perfil psicossocial: Hábitos de vida, condições de moradia, trabalho, vulnerabilidades, grau de escolaridade, rede de apoio e etc. - Alimentação: Consumo de doces e açúcar, sal, gordura saturada e cafeína. - Medicações em uso: Uso de medicações que alteram a glicemia. ** tiazídicos, beta bloqueadores, corticosteroides, contraceptivos hormonais e etc. - Prática de atividade física

EXAME FÍSICO:

- Medidas antropométricas: — IMC — CA - Exame da cavidade oral: — Presença de gengivite e problemas odontológicos - Medida de PA e frequência cardíaca: — Duas medidas de PA, com intervalo de ao menos um minuto, com o paciente sentado. - Pescoço: — Palpação da tireoide (quando DM do tipo 1 **- Ausculta cardíaca e pulmonar

  • Exame dos pés:** — Lesões cutâneas (infecções bacterianas ou fúngicas) — Estado das unhas — Calos e deformidades — Avaliação dos pulsos arteriais periféricos e edema de MMII - Exame de fundo do olho EXAMES COMPLEMENTARES:
  • Glicemia de jejum e HbA1c
  • Colesterol total
  • HDL
  • Triglicerídeos
  • Creatinina sérica
  • Exame de urina
  • Fundoscopia ** Podem ser solicitados exames para avaliação cardiológica, conforme necessidade individual, como o ECG Informações adicionais: — Desequilíbrio do cortisol pode gerar hiperglicemia e complicações diabéticas. Entretanto, corticoide deve ser totalmente evitado pelo diabético. — A prioridade no exame físico é a circunferência abdominal e o exame de fundo de olho — O principal problema da DM 2 está nos receptores — Investigação de alteração de órgão alvo:
    • Pâncreas: amilase e lipase
    • Fígado: TGO e TGP
    • Rim: creatinina e ureia + filtração glomérulos
    • Coração: troponina
    • Infecção urinaria: sumário de urina + urocultura + glicosúria
    • USG rim e veias renais
    • ECG Conduta médica envolve MEV.