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Anemia: Causas, Tipos, Diagnóstico e Tratamento, Notas de estudo de Medicina

A anemia de forma completa, desde a definição e causas até o diagnóstico e tratamento. explica os diferentes tipos de anemia, como a anemia ferropriva, megaloblástica e hemolítica, detalhando seus mecanismos, sintomas e abordagens terapêuticas. é um recurso valioso para estudantes de medicina e profissionais da saúde que desejam aprofundar seus conhecimentos sobre essa condição.

Tipologia: Notas de estudo

2025

À venda por 12/02/2025

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ANEMIA NO ADULTO
DE FI NIÇÃO
Anemia é uma síndrome onde ocorre a diminuição da concentração de
hemoglobina (Hb).
O grau da anemia pode ser determinado pelo hematócrito (volume de hemácias
em relação ao volume sanguíneo), bem como pela concentração plasmática de
hemoglobina.
A redução do hematócrito pode ser avaliada sob dois contextos:
Anemia relativa: aumento do volume plasmático, sem aumento das hemácias
= HEMODILUIÇÃO (Gestantes, hiper hidratação em pacientes com Injúria
renal ou cardíaca);
Anemia verdadeira: existe redução do volume total de hemácias no
organismo.
ME CA NISMO S DE ANEM IA
São três: diminuição da produção de hemácias, diminuição da sobrevida das
hemácias (hemólise) e perda excessiva de sangue.
DI MI NUIÇÃO DA PR OD ÃO DE H EM ÁCIAS
É a forma mais comum;
Pode ser resultante de:
Distúrbio de diferenciação: substâncias tóxicas, fármacos, infecções,
mecanismos imunológicos;
Distúrbio de proliferação: carência de B 12 e/ou folatos
Distúrbios na maturação na medula: anemia ferropriva, sideroblástica e
anemia de doença crônica.
DE FI CIÊNC IA DE NUT RI ENTES B ÁSICOS PA RA A ER IT ROPOI ES E:
Ferro
Vitamina B12
Ácido Fólico
IN SU FICNC IA DA M ED UL A ÓSS EA
Aplasia pura de células vermelhas;
Infiltração da medula óssea (inflamação, infecção, malignidades oncóticas
leucemias, linfomas metástases -, sarcoidose).
DO EN ÇAS E ND ÓC RINAS
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ANEMIA NO ADULTO

DEFINIÇÃO

 Anemia é uma síndrome onde ocorre a diminuição da concentração de hemoglobina (Hb).  O grau da anemia pode ser determinado pelo hematócrito (volume de hemácias em relação ao volume sanguíneo), bem como pela concentração plasmática de hemoglobina.  A redução do hematócrito pode ser avaliada sob dois contextos:  Anemia relativa : aumento do volume plasmático, sem aumento das hemácias = HEMODILUIÇÃO (Gestantes, hiper hidratação em pacientes com Injúria renal ou cardíaca);  Anemia verdadeira : existe redução do volume total de hemácias no organismo. MECANISMOS DE ANEMIA  São três: diminuição da produção de hemácias, diminuição da sobrevida das hemácias (hemólise) e perda excessiva de sangue. DIMINUIÇÃO DA PRODUÇÃO DE HEMÁCIAS  É a forma mais comum;  Pode ser resultante de:  Distúrbio de diferenciação: substâncias tóxicas, fármacos, infecções, mecanismos imunológicos;  Distúrbio de proliferação: carência de B 12 e/ou folatos  Distúrbios na maturação na medula: anemia ferropriva, sideroblástica e anemia de doença crônica. DEFICIÊNCIA DE NUTRIENTES BÁSICOS PARA A ERITROPOIESE:  Ferro  Vitamina B  Ácido Fólico INSUFICIÊNCIA DA MEDULA ÓSSEA  Aplasia pura de células vermelhas;  Infiltração da medula óssea (inflamação, infecção, malignidades oncóticas – leucemias, linfomas metástases -, sarcoidose). DOENÇAS ENDÓCRINAS

 Hipotireoidismo;  Doença de Adson. DOENÇAS CRÔNICAS  DRC – leva a baixos níveis de eritropoietina  Neoplasias. DIMINUIÇÃO DA SOBREVIDA DAS HEMÁCIAS (HEMÓLISE) DEFEITOS EXTRÍNSECOS OU EXTRACORPUSCULARES  Danos mecânicos aos glóbulos vermelhos (por exemplo, mau funcionamento da válvula cardíaca e dos dispositivos de assistência ventricular)  Hemólise microangiopática (por exemplo, púrpura trombocitopênica trombótica [PTT] e síndrome hemolítico-urêmica [SHU])  Danos imunológicos (por exemplo, anemia hemolítica autoimune)  Danos aos glóbulos vermelhos causados por doenças infecciosas (por exemplo, malária e babesiose)  Danos metabólicos/oxidantes ou hiperesplenismo DEFEITOS INTRÍNSECOS DOS ERITRÓCITOS  Defeitos de membrana/citoesqueleto (por exemplo, esferocitose hereditária)  Hemoglobinopatias (por exemplo, anemia falciforme)  Enzimopatias (por exemplo, deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase)  Hemoglobinúria paroxística noturna (um defeito adquirido da membrana). ADQUIRIDAS  Intoxicação por chumbo PERDA EXCESSIVA DE SANGUE

AGUDAS

 Acidentes  Cirurgias  Partos CRÔNICAS  Hemorroida;  Úlceras gástricas  Menorragia (sangramento uterino anormal) USO FREQUENTE DE ÁCIDO ACETILSALICÍLICO USO FREQUENTE DE AINE PARÂMETROS MORFOLÓGICOS DAS HEMÁCIAS VCM (volume corpuscular médio): classifica a anemia em macrocítica, microcítica ou normocítica; HCM (hemoglobina corpuscular média): quantidade de hemoglobina dentro da hemácia. Classifica em hipercrômica, hipocrômica, normocrômica.

 Condições crônicas frequentemente associadas: artrite reumatoide, Lupus, vasculite, doença inflamatória intestinal, doença renal, IC, hipotireoidismo;  Condições que interferem na absorção de B12: cirurgia bariátrica, uso de metformina, doença do íleo, dieta vegana, uso de álcool. HISTÓRICO DE MEDICAMENTOS  AINES – podem causar ulceração ou inflamação gastrointestinal  Associados a hemólide: penicilinas, cefalosporinas (primeira geração e segunda geração); HISTÓRICO OCUPACIONAL  Exposição a toxinas como benzeno usado em corantes industriais, pesticidas e produtos farmacêuticos, bem como exposição à radiação, podem ter efeitos tóxicos na medula óssea, causando anemia. EXAME FISICO  Palidez das membranas mucosas;  Taquicardia em repouso;  Hipotensão ortostáica ( redução da PAS ≥ 20 mmHg ou na PAD ≥ 10 mmHg).  Taquipneia.  Melena ou sangue no toque retal;  Lesão traumática;  Icterícia pode indicar hemólise;  Coiloníqua (unhas em colher) – geralmente deficiência de ferro  Queilose angular – geralmente deficiência de ferro;  Linfadenopatia – infecção subjacente ou malignidade;  Neuropatia TESTES DIAGNÓSTICOS  Hemograma completo (Níveis de hemoglobina);  Em suspeita de hemorragia digestiva alta como causa:  American College of Gastroenterology (ACG) sugere EDA  Em suspeita de sangramento gastrointestinal inferior:  Considerar o exame de sangue oculto nas fezes;  Realizar colonoscopia como procedimento diagnóstico inicial para os pacientes com sangramento agudo.  Em suspeita de sangramento urinário:  Considerar urianálise.

ANEMIA MICROCÍTICA

ANEMIA FERROPRIVA

 Em adultos: geralmente sangramento crônico  Em Kids: alimentação  Perfil:  Homem, + 60 anos, tumor intestinal?  Mulher – sangramento uterino anormal  Criança – alimentação.  Diagnóstico:   Fe sérico   Ferritina   Sat. De transferrina   Transferrina (compensar)   RDW   TIBIC/ CTLF  TTO: 120 – 200 mg de ferro sérico/ dia por 6 a 12 meses ANEMIA PRO DOENÇA CRÔNICA  O aumento de citocinas leva a maior produção de hepcidina (produzido no fígado) que degrada a ferroportina (transportador transmembrana). Dessa forma o ferro fica aprisionado nas células.  Há ferro no organismo, mas ele não está disponível à medula óssea para a produção de hemoglobina.  Diagnóstico:   Fe sérico  Ferritina   Transferrina   Sat. De transferrina   RDW normal  TIBIC   TTO: tratar a causa base

TALASSEMIAS

 Anemia do mediterrâneo;  Mutações nos genes da alta ou betaglobina comprometem a síntese das globinas  A Beta (Cr11) é mais comum que a α – talessemia;  Diagnóstico: eletroforese de hemoglobina (hemácias em alvo) SIDEROBLÁSTICA  Podem ser congênitas ou adquiridas;  Problema na mitocôndria – provoca acúmulo de ferro ao seu redor  Defeito na conjugação do ferro para formar o grupo heme;  As adquiridas podem ser causadas por:  Medicamentos (tuberculose);  Chumbo  Consumo excessivo de álcool  Diagnóstico  Ferro   Ferritina   Sat. Transferrina 

 TIBIC normal ANEMIAS NORMOCÍTICAS  Solicitar DHL (enzima dentro das hemácias), haptoglobina (quebra a hemoglobina, sua concentração ), bilirrubina   típico de hemolítica. ANEMIA FALCIFORME  Anemia hemolítica não autoimune, hereditária;  Herança autossômica recessiva;  Anormalidade da estrutura ou síntese das cadeias de globina  Mutação que substitui o ácido glutâmico pela valina gerando a HbS.  Síndrome vaso oclusiva: pode gerar sequestro esplênico, crises álgicas (pequenos vasos), AVC, síndrome torácica aguda;  Diagnóstico:  Padrão ouro: cromatografia líquida de alta performace;  Mais utilizado: eletroforese de hemoglobina  Teste do pezinho também indica.  TTO:  Das crises: Oxigenação, analgesia, hidratação e algumas vezes transfusão.  Farmacológico: hidroxiuréia (age aumentando os níveis de HbF) ESFEROCITOSE HEREDITÁRIA  Problema nas proteínas no citoesqueleto  É a principal doença da membrana eritrocitária;  Autossômica dominante;  Cursa com hemólise extravascular;  Diagnóstico:  Esfregaço eritrocitário ( esferócitos hipercrômicos)  Confirmação diagnóstica – Teste da fragilidade osmótica.  TTO: Esplenectomia em casos de hemólise grave. DEFICIÊNCIA DE GLICOSE – 6 – FOSFATO DESIDROGENASE (G6PD)  Herança ligada ao cromossomo X;  Essa enzima protege as hemácias do estresse oxidativo;  Estresse oxidativo  provoca a lise das hemácias  Perfil:  Surtos de hemólise intravascular precipitados por infecções ou uso de medicamentos.  Diagnóstico:  Presença dos corpos de Hienz (depósitos de hemoglobina oxidada)  “Células mordidas” – bite cells Hemoglobina: é formada pela globina e pelo grupo heme  Globina: é a parte proteica, constituída por quatro cadeias polipeptídicas (α -β- γ- δ) que se associam duas a duas para formar vários tipos de hemoglobina.  HbA e HbA2: em adultos  HbF: últimos meses de gestação. Ao nascimento, já está quase substituída pela HbA

ANEMIA APLÁSTICA

 Caracterizada por medula óssea hipocelular;  Resulta em: pancitopenia progressiva, sem displasia ou fibrose da medula.  Ocorre com mais frequencia em adultos jovens (10 – 25 anos) e em adultos mais velhos acima de 60 anos.  Pode ser adquirida (80% dos casos) ou hereditária;  A anemia adquirida pode ser idiopática (a maioria dos casos) ou secundária a infecção, medicamentos, deficiência nutricional ou exposição a produtos químicos ou radiação.  A anemia aplástica idiopática é uma doença imunomediada desencadeada por fatores genéticos ou ambientais que resultam na destruição de células-tronco hematopoiéticas ou células progenitoras mediada por células T (geralmente CD34 positivas).  As complicações da anemia aplástica incluem consequências clínicas das citopenias (por exemplo, hemorragia cutânea ou mucosa devido à trombocitopenia e infecções devido à neutropenia), evolução clonal com desenvolvimento de mielodisplasia, leucemia mieloide aguda ou hemoglobinúria paroxística noturna clássica (HPN) em cerca de 15% a 40% dos pacientes.  Diagnóstico:  Suspeite de anemia aplástica em pacientes com histórico de fadiga ou outros sintomas de anemia, sangramento mucocutâneo e hemograma completo mostrando pancitopenia com 2 dos seguintes:  Hemoglobina < 10 g/dl (100 g/L)  Contagem de neutrófilos < 1,5 × 10 9 /L  Contagem de plaquetas < 50 × 10 9 /L