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Resumo responsabilidade social, Resumos de Sustentabilidade

Breve resumo sobre Responsabilidade Social, fala sobre stakeholders, tipos de partes interessadas, implementação da RS.

Tipologia: Resumos

2020

Compartilhado em 02/09/2020

taina.goncalves
taina.goncalves 🇧🇷

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Resumos P2
Responsabilidade Social:
Partes Interessadas (stakeholders):
Colaboradores: Igualdade de oportunidades (sexo, etnia, idade, necessidades especiais);
Saúde e segurança dos colaboradores; Promoção de empregabilidade; Desenvolvimento
de competências; Salários e benefícios adequados; Ambiente de trabalho saudável;
Liberdade de associação a sindicatos e agremiação de trabalhadores e; Respeito aos
direitos humanos no ambiente de trabalho.
Clientes: Satisfação em todos os momentos de interação; Segurança e qualidade dos
produtos e serviços; Qualidade dos serviços e do atendimento pré e pós-venda; Consulta
e envolvimento em decisões que os afetem e; Educação dos consumidores.
Fornecedores e parceiros de negócios: Uso de critérios transparentes de RS e Ambiental
na escolha de fornecedores e parceiros de negócios; Cumprimento rigoroso de todas as
obrigações contratuais; Uso adequado do poder de compra pelas empresas de grande
porte, especialmente quando se tratar de fornecedores pequenos e com baixo poder de
negociação, visando à construção de relações de confiança e de parcerias de longo
prazo; Manter em dia o pagamento de todas as obrigações com fornecedores e parceiros
de negócios e; Sempre que possível, das preferência a fornecedores que gerem
empregos e oportunidades para a economia local.
Concorrentes: Manter as práticas concorrenciais da empresas dentro de critérios
eticamente responsáveis, não compactuando com qualquer forma de concorrência
desleal e; Apoiar os poderes constituídos e as entidades privadas no combate a todas as
formas de concorrência desleal, inclusive a comercialização ilegal de produtos e
adulteração de marcas.
Comunidade: Investimento Social Privado e/ou apoio a boas causas sociais; Incentivo e
suporte ao trabalho voluntário por parte dos colaboradores da empresa; Participação em
programas e projetos de geração de emprego e fortalecimento da economia local e;
Parcerias com ONGs, apoiando suas iniciativas com recursos não necessariamente
financeiros, como, por exemplo, capacitação ou consultoria nas áreas de planejamento,
gestão e avaliação de projetos.
Governos: Cumprir todas as leis, normas e procedimentos que asseguram à empresa
licença para operar, formalmente concedida pelos três níveis de governo (federal,
estadual e municipal).
Meio Ambiente: Gestão ambiental; Uso responsável de água e energia; Tratamento de
rejeitos e substâncias poluentes; Reciclagem de materiais; Racionalidade no uso de
transporte; Racionalidade no uso de embalagens; Adesão a normas e padrões de
certificação ambiental e; Educação ambiental na organização.
Grau de Importância (partes interessadas):
Poder: é a habilidade daqueles que possuem acesso a meios coercitivos, que são
baseados na força e ameaça, utilitários baseados em incentivos ou normativos baseados
em influências simbólicas para impor a sua vontade e faze acontecer o que desejam.
Entretanto, esse acesso aos meios é situacional, razão pela qual o poder é transitório.
Legitimidade: é definida como uma percepção generalizada ou uma suposição de que as
ações de uma entidade são desejadas, adequadas ou apropriadas dentro de algum
sistema socialmente construído de normas valores, crenças socialmente definidas.
Urgência: é o grau em que as reinvindicações das partes interessadas requeiram ações
de natureza imediata e imperativa.
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Resumos P Responsabilidade Social: Partes Interessadas (stakeholders):  Colaboradores: Igualdade de oportunidades (sexo, etnia, idade, necessidades especiais); Saúde e segurança dos colaboradores; Promoção de empregabilidade; Desenvolvimento de competências; Salários e benefícios adequados; Ambiente de trabalho saudável; Liberdade de associação a sindicatos e agremiação de trabalhadores e; Respeito aos direitos humanos no ambiente de trabalho.  Clientes: Satisfação em todos os momentos de interação; Segurança e qualidade dos produtos e serviços; Qualidade dos serviços e do atendimento pré e pós-venda; Consulta e envolvimento em decisões que os afetem e; Educação dos consumidores.  Fornecedores e parceiros de negócios: Uso de critérios transparentes de RS e Ambiental na escolha de fornecedores e parceiros de negócios; Cumprimento rigoroso de todas as obrigações contratuais; Uso adequado do poder de compra pelas empresas de grande porte, especialmente quando se tratar de fornecedores pequenos e com baixo poder de negociação, visando à construção de relações de confiança e de parcerias de longo prazo; Manter em dia o pagamento de todas as obrigações com fornecedores e parceiros de negócios e; Sempre que possível, das preferência a fornecedores que gerem empregos e oportunidades para a economia local.  Concorrentes: Manter as práticas concorrenciais da empresas dentro de critérios eticamente responsáveis, não compactuando com qualquer forma de concorrência desleal e; Apoiar os poderes constituídos e as entidades privadas no combate a todas as formas de concorrência desleal, inclusive a comercialização ilegal de produtos e adulteração de marcas.  Comunidade: Investimento Social Privado e/ou apoio a boas causas sociais; Incentivo e suporte ao trabalho voluntário por parte dos colaboradores da empresa; Participação em programas e projetos de geração de emprego e fortalecimento da economia local e; Parcerias com ONGs, apoiando suas iniciativas com recursos não necessariamente financeiros, como, por exemplo, capacitação ou consultoria nas áreas de planejamento, gestão e avaliação de projetos.  Governos: Cumprir todas as leis, normas e procedimentos que asseguram à empresa licença para operar, formalmente concedida pelos três níveis de governo (federal, estadual e municipal).  Meio Ambiente: Gestão ambiental; Uso responsável de água e energia; Tratamento de rejeitos e substâncias poluentes; Reciclagem de materiais; Racionalidade no uso de transporte; Racionalidade no uso de embalagens; Adesão a normas e padrões de certificação ambiental e; Educação ambiental na organização. Grau de Importância (partes interessadas):  Poder: é a habilidade daqueles que possuem acesso a meios coercitivos, que são baseados na força e ameaça, utilitários baseados em incentivos ou normativos baseados em influências simbólicas para impor a sua vontade e faze acontecer o que desejam. Entretanto, esse acesso aos meios é situacional, razão pela qual o poder é transitório.  Legitimidade: é definida como uma percepção generalizada ou uma suposição de que as ações de uma entidade são desejadas, adequadas ou apropriadas dentro de algum sistema socialmente construído de normas valores, crenças socialmente definidas.  Urgência: é o grau em que as reinvindicações das partes interessadas requeiram ações de natureza imediata e imperativa.

Tipos de partes interessadas:

  1. Adormecido: tem poder para impor sua vontade, porém não possui legitimidade nem urgência latente, portanto possuem pouca ou nenhuma interação com o projeto. Em função do seu potencial de adquirir um segundo atributo. O administrador deve conhecer tais partes interessadas.
  2. Discricionário: possui legitimidade, mas não possui poder para influenciar o projeto, nem interesse direto o que reduz a urgência atribuída a este tipo de parte interessada. O administrador deve dar atenção a essa parte interessada no tocante a responsabilidade social do empreendimento.
  3. Reivindicador: sem poder e sem legitimidade esta parte interessada possui apenas urgência, assim normalmente ela não consegue atender seus interesses. O administrador deve monitorar esta parte interessada quanto ao potencial de mobilização e articulação para obter um segundo atributo
  4. Dominante: tem sua influência no projeto assegurado pelo poder e legitimidade. O administrador deve dar atenção e manter aberto um canal de comunicação com esta parte interessada.
  5. Perigoso: este ato possui poder e urgência, entretanto não possui legitimidade, podendo causar danos no projeto. O administrador deve ter um monitoramento específico de seus atos.
  6. Dependente: tem legitimidade e urgência, porém não possui poder para ver suas reivindicações atendidas. O administrador deve manter um canal de comunicação aberto mantendo-o informado do negócio.
  7. Definitivo: quando possui os três atributos, poder, urgência e legitimidade. O administrador deve ter um monitoramento específico e um canal de comunicação aberto, pois são essenciais para o sucesso da organização. Três grandes grupos de partes interessadas:  Latentes: são aquelas que possuem apenas um dos três atributos;  Com expectativas: são aqueles que possuem dois dos três atributos;  Definitiva: aqueles que possuem os três atributos. Implementação da Responsabilidade Social: Responsabilidade Social e sua implementação nas empresas: Temos que compreender que Responsabilidade Social vai além de um tempo, de um conceito, ela é considerada um valor pessoal e organizacional que se reflete nas atitudes das pessoas e na gestão da organização. As organizações verdadeiramente incumbidas no processo de responsabilidade social implementam e gerenciam ações e projetos que busquem o desenvolvimento social, a filantropia de forma permanente. Assim podemos dividir a implementação da responsabilidade social nas empresas em três etapas, envolvendo ambiente interno da organização e o meio externo.  Primeira etapa da implementação – interna A primeira etapa diz respeito a ações específicas internas, primeiro passo que inicia esta etapa é a existência da predisposição da gerência da empresa para implementar o processo de responsabilidade social e colocá-la em prática. Se faz necessário a discussão e manifestação de todos os gestores que deverão assumir como um compromisso, uma missão social da empresa. Muitas vezes as empresas optam por

sujeitas a uma investigação cada vez mais aprofundada por uma série de grupos e indivíduos. Políticas ou práticas adotadas pelas organizações em diferentes lugares podem ser rapidamente comparadas. A natureza global de algumas questões ambientais e de saúde, o reconhecimento da responsabilidade mundial pelo combate à pobreza, a crescente interdependência financeira e econômica e a crescente dispersão geográfica das cadeias de valor significam que assuntos relevantes para uma organização podem ter um alcance muito maior do que aqueles restritos à área mais imediata onde se localiza a organização. É importante que as organizações abordem a responsabilidade social sob quaisquer circunstâncias socioeconômicas. Documentos como a Declaração do Rio sobre Meio ambiente e Desenvolvimento, a Declaração de Joanesburgo sobre Desenvolvimento Sustentável, os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e a Declaração da OIT sobre os Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho enfatizam essa interdependência mundial. Ao longo das últimas décadas, a globalização tem resultado em um aumento no impacto de diferentes tipos de organizações, inclusive as do setor privado, as ONG e o governo, nas comunidades e no meio ambiente. As ONGs e as empresas têm se tornados prestadores de muitos serviços geralmente oferecidos pelo governo, especialmente em países onde os governos enfrentam sérios desafios e limitações, e têm sido incapazes de prestar serviços em áreas como saúde, educação e bem-estar. Conforme a capacidade dos governos de países se expande, os papéis dos governos e das organizações do setor privado sofrem mudanças. Em tempos de crise econômica e financeira, convém que as organizações procurem manter suas atividades relacionadas à responsabilidade social. Essas crises têm um impacto significativo em grupos mais vulneráveis, o que sugere uma necessidade maior de responsabilidade social. Essas crises também apresentam uma oportunidade especial de se integrarem considerações sociais, econômicas e ambientais de forma mais eficaz em reformas de políticas e em decisões e atividades organizacionais. O Governo tem um papel crucial a desempenhar na percepção dessas oportunidades. Consumidores, clientes, doadores, investidores e proprietários estão de várias formas, exercendo influência financeira sobre organizações em relação à responsabilidade social. As expectativas da sociedade sobre o desempenho das organizações continuam a crescer. Em muitos lugares, a legislação que defende o direito da comunidade de obter informações dá às pessoas acesso a informações detalhadas sobre as decisões e atividades de algumas organizações. Um número crescente de organizações está se comunicando com suas partes interessadas, inclusive produzindo relatórios de responsabilidade social para atender às necessidades das partes interessadas de informações sobre o desempenho da organização. Esses e outros fatores constituem o contexto da responsabilidade social e contribuem para a reivindicação de que as organizações demonstrem sua responsabilidade social.  Integração da responsabilidade social: Convém que a responsabilidade social seja parte integrante da principal estratégia organizacional, com accountability que é condição de responsabilizar-se por decisões e atividades e prestar contas destas decisões e atividades aos órgãos de governança de uma organização, a autoridades legais e, de modo mais amplo, às partes interessadas da organização em todos os níveis apropriados da organização e que esteja refletida nos processos decisórios e seja levada em consideração na implementação das atividades. A filantropia, nesse contexto entendida como doações a causas beneficentes, pode ter um impacto positivo na sociedade. Entretanto, convém que não seja usada por uma organização como um substituto da integração da responsabilidade social na organização.

Obs: Impacto da organização: é uma mudança positiva ou negativa na sociedade, economia ou no meio ambiente, total ou parcialmente resultante das decisões e atividades passadas e presentes da organização. Gestão da Responsabilidade Social:  Gestão da identidade e da cultura da empresa:

1. Gestão da Identidade e da Cultura da Empresa Assim como a identidade de uma pessoa, a identidade de uma empresa é o que a diferencia e determina seu comportamento nas relações com outras organizações e pessoas. Já a cultura empresarial é o “caldo” de valores em que se “cultivam” as pessoas dentro do ambiente de trabalho. A prática atual da administração recomenda a explicitação da identidade em componentes tais como missão, visão e valores. A missão delimita o campo de ação; a visão expressa o desejo quanto ao futuro da empresa; e os valores têm a tarefa de guiar o comportamento. A forma de gerenciar a identidade é divulgá-la, interna e externamente, e verificar se ela está se impondo. Se a cultura da empresa não apresentar valores adequados à gestão responsável, a primeira tarefa é atuar de forma efetiva sobre a cultura, reforçando os valores éticos, incorporando-os à tomada de decisão e à solução de dilemas no relacionamento com todas as partes interessadas. Uma cultura que não tenha valores éticos e que não considere a agregação de valor para todas as partes interessadas precisa ser mudada. 2. Gestão da Ética A adoção de elevados padrões depende essencialmente do compromisso dos proprietários, da direção e dos gerentes da empresa. Para estender esses padrões ao conjunto da organização, uma autêntica pré-disposição desses líderes para a responsabilidade social requer o comportamento ético em todas as dimensões de suas vidas, refletindo para os colaboradores como um exemplo a ser seguido. A elaboração de um código de conduta ética pode ser muito útil e produzir um grande resultado. Um código tem o objetivo de traduzir, para as pessoas que representam a empresa, os valores que devem orientar a tomada de decisões no dia-a-dia da organização. Ao produzir um código, a empresa pode inicialmente envolver seus colaboradores e evoluir em ciclos periódicos para incorporar outras partes interessadas. Por outro lado, a existência de um código de conduta ética exige da empresa a instalação de novos processos para seu cumprimento e atualização permanente. Mecanismos de auditoria são importantes recursos a serem utilizados pelos responsáveis pelo gerenciamento do código. 3. Planejamento Estratégico A responsabilidade social deve ser traduzida no planejamento estratégico. Em geral, as empresas adotam estratégias para melhorar o relacionamento com algumas partes interessadas, como os acionistas e os clientes. Predominam as estratégias competitivas, em detrimento das cooperativas com as partes interessadas. Para que as estratégias promovam a sustentabilidade, é necessário:

  • considerar as dimensões econômica, social e ambiental desde a extração de insumos da natureza até a reciclagem do produto consumido;
  • refletir as questões críticas impostas pelas limitações ecológicas, pela sociedade e pelas comunidades nos locais em que a empresa opera;
  • possibilitar a identificação de pontos de interesse comum com as partes interessadas. 4 - Indicadores Gerenciais Uma máxima da gestão é que só se consegue gerenciar aquilo que se mede. A base dessa máxima é que a medição permite uma percepção, mesmo que parcial, do fenômeno observado.

Um dos maiores desafios da empresa é administrar as mensagens e os canais de comunicação entre a empresa e seus públicos externos e internos. A construção de relacionamentos efetivos com as principais partes interessadas depende disso. Em primeiro lugar, deve-se compreender que a comunicação é sempre uma via de duas mãos, que não basta à empresa emitir materiais publicitários ou fazer pesquisas de opinião. A comunicação efetiva implica em abrir também canais de escuta e diálogo. Investidores, colaboradores, comunidades de entorno, mídia, formadores de opinião e órgãos públicos estão entre as mais frequentes partes interessadas que devem estar permanentemente informadas da opinião da empresa quanto aos temas que as afetam. Além disso, as empresas tendem a concentrar-se na comunicação com os clientes, relegando a um segundo plano o diálogo com outros públicos relevantes. A direção da empresa deve estar sempre bem informada sobre o quê as várias partes interessadas pensam da organização, como também consciente das demandas e expectativas de cada um desses públicos.

9. Programas de Voluntariado Uma empresa pode desenvolver ações sociais, inclusive quando estimula seus colaboradores a participarem de Programas de Voluntariado Empresarial. Apesar de o voluntariado ser uma atividade bastante disseminada em países desenvolvidos, no Brasil essa prática ainda caminha para se tornar uma ação cada vez mais abrangente e efetiva. Um programa de voluntariado pode trazer benefícios para a própria organização, ao contribuir para a imagem da empresa, atraindo e retendo os melhores profissionais e conectando-a com seus públicos de interesse. Colaboradores voluntários podem ser mais produtivos pelo simples fato de trabalharem numa empresa na qual é possível realizar ações de interesse público. Com tantos argumentos, não se pode subestimar a contribuição do trabalho voluntário à sociedade e às próprias empresas. Um programa de voluntariado empresarial deve ocorrer de maneira estruturada. Além de incentivar os colaboradores na realização de tarefas voluntárias, a empresa deve também buscar assegurar os meios para o desenvolvimento dessas iniciativas. Assim, o voluntariado passa a ser uma estratégia corporativa, com foco no indivíduo e na sustentabilidade. O programa deve ser capaz de mobilizar os colaboradores, de estimulá-los a participar das ações, de torná-los responsáveis com os compromissos que cada um assumiu e de conquistar o envolvimento da comunidade. Para funcionar com eficiência precisa ser encarado com profissionalismo, ter gerenciamento adequado, critérios de reconhecimento e valorização, e ser considerado como um projeto da organização, e não uma ação isolada e acessória aos negócios da empresa. 10. Sistemas de Gestão Sistemas de gestão são constituídos por padrões, procedimentos e diretrizes que, juntos, asseguram coerência à condução de uma empresa. Instrumento de Gestão a RS da ABNT NBR ISO 26000/ Em 2001, durante uma reunião do Comitê da ISSO, foi discutida pela primeira vez a criação de uma norma internacional de responsabilidade social empresarial. Entretanto foi em 2005 que essa norma começou de fato a ser desenvolvida, liderada pelo Instituto Sueco de Normalização (S/S – Swedish Standards Institute) e a ABNT. Em 2010, foi publicada a Norma Internacional ISO 26000 – Diretrizes sobre responsabilidade social, em Genebra na Suíça. A versão portuguesa da norma foi lançada em São Paulo com a demonização de ABNT NBR ISO 26000.  Diretrizes da responsabilidade social: Fornece orientação sobre como empresas e organizações podem operar de uma forma socialmente responsável, agindo de forma ética e transparente e assim contribuindo para

a saúde e o bem-esta da sociedade. As diretrizes e temas centrais da responsabilidade social de acordo com a ISO 26000 estão expostos a seguir.  Governança organizacional: É uma função essencial a toda organização, ela pode ser definida como sistema pelo qual a organização toma suas decisões e à implementa na busca de seus objetivos e metas. Instrumento de gestão da RS ABNT NBR ISO 26000/2010:

1. Introdução Em um contexto marcado pela proliferação de normas relacionadas à responsabilidade social, surge a ISO 26000, na tentativa de produzir uma norma global que atendesse a demanda pela responsabilidade social. Em 2001, durante uma reunião do Comitê da ISO, foi discutida, pela primeira vez, a criação de uma norma internacional de responsabilidade social empresarial. Entretanto foi em 2005 que essa norma começou de fato a ser desenvolvida, liderada pelo Instituto Sueco de Normalização ( SIS – Swedish Standards Institute ) e a ABNT. Em 2010, foi publicada a Norma Internacional ISO 26000 – Diretrizes sobre responsabilidade social, em Genebra na Suíça. A versão portuguesa da norma foi lançada em São Paulo com a denominação de ABNT NBR ISO 26000. 2. Diretrizes da responsabilidade social A ISO 26000 fornece orientação sobre como empresas e organizações podem operar de uma forma socialmente responsável, agindo de forma ética e transparente e assim contribuindo para a saúde e o bem-estar da sociedade. As diretrizes e temas centrais da responsabilidade social de acordo com a ISO 26000 estão expostos a seguir. 3. Governança organizacional A governança organizacional é uma função essencial a toda organização, ela pode ser definida como o sistema pelo qual a organização toma suas decisões e à implementa, na busca de seus objetivos e metas. A governança organizacional pode envolver mecanismos formais de governança, por meio de estruturas e processos definidos, como também mecanismos informais, representados a partir da cultura e dos valores da organização, influenciados, muitas vezes, pelas pessoas que estão na administração da organização. Assim, a governança organizacional é imprescindível ao se tratar da responsabilidade social, pois uma organização que procura ser socialmente responsável precisa ter um sistema de governança organizacional que permita à organização supervisionar e pôr em prática os princípios da responsabilidade social.

As organizações devem respeitar e seguir os seguintes princípios ambientais: Responsabilidade ambiental A organização deve assumir a responsabilidade pelos impactos ambientais provocados por suas atividades em áreas rurais ou urbanas e no meio ambiente, devendo ainda implementar melhorias no seu desempenho e dentro de sua esfera de influência. Princípio da precaução Quando houver ameaças de danos graves ou irreversíveis ao meio ambiente ou à saúde humana, a falta de certeza científica absoluta não deve ser razão para postergar medidas eficazes em função dos custos para evitar a degradação ambiental ou danos à saúde humana. Gestão de risco ambiental A organização deve implementar programas usando uma perspectiva baseada em riscos e na sustentabilidade para avaliar, evitar, reduzir e mitigar riscos e impactos ambientais de suas atividades. Nesse sentido, é preciso desenvolver atividades de conscientização e procedimentos de resposta a emergências para reduzir os impactos ambientais, garantir a saúde e a segurança social, divulgando sempre as autoridades competentes às informações a respeito de acidentes. Poluidor pagador Os custos da poluição, provocada pelas atividades da organização, conforme sua gravidade devem ser arcadas pelas mesmas, bem como a organização deve realizar ações corretivas, ou na medida em que a poluição ultrapassa um nível aceitável.

7. Práticas leais de operação Essa diretriz refere-se à conduta ética nas atividades e no negócio da organização com as demais, promovendo resultados positivos. Isso envolve todas as relações que a organização possui, seja com órgãos públicos, como parceiros, fornecedores, clientes, concorrentes e empresas terceirizadas. As práticas leais de operação têm o objetivo de combater a corrupção, proporcionar o envolvimento responsável na esfera pública, estimular a concorrência leal, o comportamento socialmente responsável e o respeito pelos direitos de propriedade. Assim, podemos perceber que o comportamento ético é essencial para a sustentação de relações legítimas e produtivas entre as organizações. Desse modo, observar, promover e encorajar o comportamento ético na organização está implicitamente inserida em todas as práticas leais de operação. 8. Questões relativas ao consumidor As organizações oferecem produtos e serviços aos consumidores e clientes, tendo assim responsabilidades para com os mesmos. Estas responsabilidades envolvem o provimento em educação e informações precisas, utiliza comunicações de marketing leais e contratos justos, transparentes e úteis e estimula o consumo sustentável e o design de produtos e serviços que ofereçam acesso a todos. Além disso, as responsabilidades incluem a minimização de riscos decorrentes do uso de produtos e serviços por meio de procedimentos de design , fabricação, distribuição, prestação de informações, serviços de suporte, retirada de produto do mercado e recall. Portanto, as organizações têm oportunidades significativas em contribuir para o consumo sustentável e o desenvolvimento sustentável por meio dos produtos e serviços que oferecem e as informações que prestam, entre as quais informações são sobre uso, reparos e descarte.

9. Envolvimento e desenvolvimento da comunidade Toda organização está inserida em uma comunidade, e o envolvimento com a comunidade pode contribuir para o desenvolvimento da mesma, assim reconhecer o valor da comunidade é fundamental para as organizações. O envolvimento da comunidade pode ser de forma individual ou por meio de associações, tem como objetivo o bem comum e fortalece as organizações. As empresas que se preocupam com a comunidade em que atua, demonstram valores democráticos e cívicos, agindo de maneira respeitosa, proporcionando o desenvolvimento social e a melhoria na qualidade de vida da população. Um dos princípios básicos do envolvimento da comunidade é a interação com as partes interessadas, enfatizando os impactos das atividades da organização, apoiando e construindo um relacionamento com a comunidade. Podemos entender que o envolvimento de uma organização com a comunidade parte do reconhecimento de que esta tem interesses em comum. A partir do envolvimento da organização com a comunidade, esta contribui para a geração de emprego, para a geração de riqueza e renda por meio de iniciativas de desenvolvimento econômico local e investimentos, desenvolvimento de programas de educação e capacitação, promoção e preservação da cultura e das artes, e prestação de serviços de saúde para a comunidade. 10. Processo de implantação da ISO 26000 Com relação ao seu processo de implantação, a normativa ISO 26000 é orientada pelo ciclo PDCA. É importante destacar que essa norma é aplicável a todos os tipos de organizações, inclusive as de caráter governamental. Dentro do seu escopo a ISO 26000, além de estabelecer as diretrizes para a responsabilidade social, identifica e interage com seus stakeholders , comunica o compromisso e o desempenho com a responsabilidade social, colabora para o desenvolvimento sustentável, instigando as organizações de ir além dos aspectos exigidos por lei. As diretrizes para a implementação da responsabilidade social de acordo com a norma ISO 26000 e seus princípios, incluem as atividades a seguir: a) Entender o contexto da responsabilidade social. b) Atuar com stakeholders. c) Integrar a responsabilidade social nos objetivos e estratégias de uma organização. d) Implantar ações de responsabilidade social nas práticas diárias. e) Comunicar a responsabilidade social. f) Avaliar as atividades e práticas de responsabilidade social. c) Aumentar a credibilidade. Como principais benefícios em adotar essa norma, podemos citar a melhoria de imagem e reputação da empresa, o aumento da vantagem competitiva, uma maior capacidade de atrair e reter as partes interessadas (clientes, fornecedores, acionistas...), e também pode influenciar no comportamento dos colaboradores, no compromisso e na maior produtividade dos mesmos. Por

radical e incremental. A Figura da pirâmide apresenta a relação da inovação com a sustentabilidade. Nessa perspectiva, a inovação aparece como fator diferencial, visto que os clientes não buscam mais somente o produto em si, já que este é ofertado de forma equivalente em tantos estabelecimentos. As pessoas buscam o que mais a empresa pode oferecer além do produto, o que a empresa é. O que ela pode fazer por mim ou pela comunidade em que vivo? O que ela faz além de vender? Quando compro este produto, estou contribuindo para alguma causa? Estou fazendo parte de algo mais? Tenho direito a mais alguma coisa além do que estou comprando? Estas são perguntas que a maioria dos clientes fazem a si mesmos e aos vendedores antes de adquirirem algum produto ou serviço. Logo se uma empresa não oferece ou não está de acordo com essa nova perspectiva, ela torna-se “desinteressante” ao comprador, caindo no seu conceito e saindo da sua lista de opções para compra. A responsabilidade social empresarial como fator inovador nas organizações, tem alcançado resultados bastante satisfatórios, não só em agregar valor social e “fazer” a boa imagem da empresa, mas também em termos materiais (lucro), uma vez que empresas conscientes conseguem mais vantagens financeiras e, geralmente, é a primeira opção de compra de muitas outras empresas e consumidores finais. Os desafios que hoje essas empresas enfrentam também representam ótimas oportunidades de negócio, ampliando a participação delas no mercado. A gestão socialmente responsável e os novos valores sociais abrem espaço para o surgimento de novos negócios, como o desenvolvimento de produtos e serviços ambientalmente sustentáveis. Inovar tem se tornado uma missão cada vez mais difícil devido à velocidade com que tudo é pensado e fabricado atualmente. Logo a responsabilidade social vem atraindo os olhares de muitas pessoas, que apostam nesse novo valor para alavancarem o nome e os lucros de suas organizações. No entanto, há que se perceber que a responsabilidade social tem se tornado necessidade e não “acessório” nas organizações. O mundo e a sociedade estão exigindo empresas limpas, empresas preocupadas com a comunidade em que estão inseridas e que fazem o possível para impactar o menos possível o meio em que estão inseridas. Em contrapartida, as pessoas percebem nessas organizações o diferencial que os impulsionam para a compra, a inovação não mais no produto, que depois de pronto só necessita de atualizações periódicas, mas sim na forma de pensar e de agir, na forma de encarar o lugar onde estão instaladas e pessoas que vivem ali, bem como tornar essa perspectiva mais humana, mais social, e assim, contribuir de forma significativa financeiramente e socialmente, como também se beneficiando financeiramente e socialmente. Portanto, a responsabilidade social empresarial como fator de inovação nas empresas, quando empregada criteriosamente e responsavelmente, só traz benefícios para ambas as partes envolvidas diretamente e, também, para todos envolvidos indiretamente.

3. Exemplos de responsabilidade social e inovação Nessa seção, buscamos entender e desenvolver alguns exemplos de empresas que possuem programas de responsabilidade social, visando apresentar técnicas, objetivos e seus principais resultados. A seguir apresenta-se o modelo do BNDES. 3.1. Responsabilidade social e ambiental BNDES A sustentabilidade e a responsabilidade social são temas que têm ocupado de forma crescente as discussões dentro de governos, empresas e organizações em todo o mundo. São cada vez mais evidentes para a sociedade a função social das organizações e a relação de interdependência

entre os sistemas econômico, social e ambiental. Para o BNDES, que assume o compromisso com o desenvolvimento sustentável em sua missão, responsabilidade social e ambiental é valorizar e garantir a integração das dimensões social e ambiental em sua estratégia, políticas, práticas e procedimentos. Por isso, o banco dispõe da política de responsabilidade social e ambiental, da política socioambiental e da política de compras sustentáveis – cada uma com seu papel na promoção da sustentabilidade. Enquanto a política de responsabilidade social e ambiental define princípios e diretrizes abrangentes que transpassam todas as atividades do BNDES e orientam seu relacionamento com os diversos públicos interessados, política socioambiental valoriza a sustentabilidade na concessão do apoio financeiro. Esta política estabelece, dentre outros fatores, critérios socioambientais para a análise do financiamento a empresas e projetos, especialmente em setores de grande impacto, como pecuária bovina e energia elétrica. Estes critérios estão explicitados nos guias socioambientais. Já a política de compras sustentáveis do BNDES busca incentivar a adoção de práticas sustentáveis no relacionamento entre o banco e seus fornecedores. Entre suas diretrizes estão, por exemplo, o desenvolvimento de parceria com outras instituições para a articulação de compras sustentáveis compartilhadas e a exigência, sempre que possível, de critérios objetivos de sustentabilidade nos processos de licitação e contratação direta do BNDES. 3.2. Responsabilidade social Philips "Uma empresa socialmente responsável é aquela que gerencia seus programas e projetos sociais tendo em mente suas estratégias de negócio. É visível o alinhamento das iniciativas da Philips com seu core business , e certamente este é um dos elementos que a destaca e reafirma o seu compromisso junto à sociedade.” Em 2010, iniciou-se um novo ciclo do programa de voluntariado e de investimento social da Philips no Brasil e no mundo. Somando as experiências obtidas nos projetos realizados nos diferentes países em que está presente, a Philips mundial idealizou um novo programa que será implementado em todas as unidades da companhia no mundo, consolidando ainda mais sua atuação na área social. O novo programa, chamado Simply Healthy Schools , está sendo adaptado às realidades de cada país onde a empresa está presente, incluindo o Brasil, reforçando sua atuação com alinhamento global. No Brasil, está sendo imple- mentado sob o nome de Falando em Bem-Estar. O objetivo é levar a missão e a visão da Philips, ajudando a consolidar o reconhecimento global como uma empresa voltada para a saúde e o bem-estar. O programa tem seis eixos temáticos: ar, água, luz, terra, movimento, saúde bucal, os quais são explicados de forma interativa às crianças. Uma ação do projeto é a troca de lâmpadas em algumas escolas, melhorando a iluminação das salas de aula, o que interfere diretamente no bem-estar e na concentração dos alunos durante o aprendizado. 3.3. Projeto Doe Vida Dentro da estratégia da Philips do Brasil de alinhar seus objetivos de projetos com suas áreas de negócios, a companhia desenvolveu o Doe Vida, na área de saúde, como forma de conscientizar e sensibilizar os adolescentes sobre prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), principalmente AIDS e HPV, e gravidez não planejada na adolescência. O Doe Vida tem o apoio do Ministério da Saúde, do Conselho Empresarial Nacional para Prevenção ao HIV/AIDS-Brasil (Cenaids) e do Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV/AIDS (Unaids), além da assessoria técnica e pedagógica do Instituto Kaplan (Centro de Estudos da