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Resumo parasitologia Filariose, Notas de estudo de Parasitologia

Tudo o que você precisa saber sobre Wuchereria bancrofti! Resumo completo e direto sobre o ciclo biológico, transmissão por mosquitos, quadro clínico (incluindo linfedema e elefantíase), diagnóstico e tratamento.

Tipologia: Notas de estudo

2025

À venda por 29/04/2025

gabrielcouraa_
gabrielcouraa_ 🇧🇷

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bg1
Filariose
@Medlife_Coura
A filariose (ou filariose linfática)
é uma doença parasitária
causada por nematoides (vermes
cilíndricos) da família Filarioidea. A
principal espécie envolvida na
forma linfática da doença em
humanos é a
Wucheria bancrofti.
Esses parasitas são transmitidos
por mosquitos vetores,
especialmente do gênero Culex, e
se alojam nos vasos e gânglios
linfáticos, onde causam
inflamação e obstrução, levando
ao quadro clínico característico
da doença, que pode evoluir para
linfedema e elefantíase.
Principais características da
doença:
Agente etiológico:
Wuchereria bancrofti
(mais
comum)
Vetor: mosquitos,
principalmente
Culex
quinquefasciatus
no Brasil
Hospedeiro definitivo: o ser
humano
Forma infectante: larva L3
inoculada pela picada do
mosquito
Local de alojamento: vasos
linfáticos
Distribuição geográfica:
áreas tropicais e
subtropicais presente em
algumas regiões do Brasil,
como partes do
Pernambuco, Alagoas e
Maranhão (áreas
historicamente endêmicas).
• O ciclo de vida da filária envolve
dois hospedeiros: o homem
(definitivo) e o mosquito vetor
(intermediário). Os estágios
evolutivos do parasito variam de
acordo com o ambiente que ele se
encontra.
No hospedeiro humano
(definitivo):
1- Larva L3 (forma infectante):
Inoculada durante a picada do
mosquito.
Penetra ativamente na pele e
migra para os vasos linfáticos.
2- Larva jovem (Vermes adultos):
A larva L3 sofre mudas (l4 e
adultos) no sistema linfático.
Os vermes adultos se alojam nos
vasos linfáticos, onde vivem por 5 a
8 anos.
• Podem medir até 10 cm (machos)
e as fêmeas até 100 mm
3- Microfilárias (forma
diagnóstica):
As fêmeas adultas liberam
microfilárias no sangue periférico.
• São formas embrionárias (não são
ovos).
Introdução
Estágios Evolutivos do
Parasito
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Filariose

  • A filariose (ou filariose linfática ) é uma doença parasitária causada por nematoides ( vermes cilíndricos ) da família Filarioidea. A principal espécie envolvida na forma linfática da doença em

humanos é a Wucheria bancrofti.

  • Esses parasitas são transmitidos por mosquitos vetores , especialmente do gênero Culex , e se alojam nos vasos e gânglios linfáticos , onde causam inflamação e obstrução, levando ao quadro clínico característico da doença, que pode evoluir para linfedema e elefantíase. Principais características da doença:
    • Agente etiológico:

Wuchereria bancrofti (mais

comum)

  • Vetor: mosquitos,

principalmente Culex

quinquefasciatus no Brasil

  • Hospedeiro definitivo: o ser humano
  • Forma infectante: larva L inoculada pela picada do mosquito
  • Local de alojamento: vasos linfáticos
  • Distribuição geográfica: áreas tropicais e subtropicais – presente em algumas regiões do Brasil , como partes do Pernambuco, Alagoas e Maranhão (áreas historicamente endêmicas).
  • O ciclo de vida da filária envolve dois hospedeiros: o homem (definitivo) e o mosquito vetor (intermediário). Os estágios evolutivos do parasito variam de acordo com o ambiente que ele se encontra.
  • No hospedeiro humano (definitivo): 1 - Larva L3 (forma infectante):
  • Inoculada durante a picada do mosquito.
  • Penetra ativamente na pele e migra para os vasos linfáticos. 2 - Larva jovem (Vermes adultos):
  • A larva L3 sofre mudas (l4 e adultos) no sistema linfático.
  • Os vermes adultos se alojam nos vasos linfáticos, onde vivem por 5 a 8 anos.
  • Podem medir até 10 cm (machos) e as fêmeas até 100 mm 3 - Microfilárias (forma diagnóstica):
  • As fêmeas adultas liberam microfilárias no sangue periférico.
  • São formas embrionárias (não são ovos). Introdução Estágios Evolutivos do Parasito

Filariose

  • Apresentam periodicidade noturna. No Mosquito (intermediário):
  1. Ingestão das microfilárias:
  • O mosquito pica uma pessoa infectada e ingere as microfilárias com o sangue.
    1. Desenvolvimento no mosquito:
  • As microfilárias atravessam a parede do estômago e vão até os músculos torácicos.
  • Ali se desenvolvem em larva L1 , depois L2 , e pôr fim a larva L (forma infectante).
    1. Migração para a probóscide:
  • A larva L3 migra para a parte bucal do mosquito, pronta para ser inoculada em outro hospedeiro humano durante nova picada.
  • As fêmeas do Culex, após realizar o hematofagismo deposita as lavas, as microfilárias, que são a prole recém eliminada do parasita, ou seja, o embrião. Microfilária – Aspectos Morfológicos e Funcionais Morfologia
    • Forma alongada e delgada , semelhante a um fio (cerca de 250 a 300 μm de comprimento).
    • Envolta por uma bainha transparente e delicada (resquício da membrana do ovo, importante para diferenciação).
  • O citoplasma é granular e contém núcleos dispostos em fileira longitudinal.
  • Cauda afilada e sem núcleo terminal → característica fundamental

para distinguir W. bancrofti

de outras filárias (ex.: Brugia

malayi tem núcleos até a

extremidade da cauda).

  • Pode ser observada corada com Giemsa ou hematoxilina. Aspectos Funcionais
  • É a forma circulante no sangue periférico , liberada pelas fêmeas adultas que vivem nos vasos linfáticos.
  • Não se reproduz nem cresce no hospedeiro humano → é uma forma pré-larval , que precisa do mosquito para completar seu desenvolvimento.
  • Exibe periodicidade noturna : maior concentração no sangue entre 22h e 2h da manhã , adaptada ao hábito alimentar do mosquito vetor

( Culex quinquefasciatus).

  • Sua principal função é garantir a continuidade do ciclo , sendo ingerida pelo mosquito durante a picada.

Filariose

Ovos

  • Postos em agrupamentos flutuantes chamados “jangadas de ovos” , com cerca de 100 a 300 ovos por postura.
  • Cada ovo é fusiforme e não possui flutuadores laterais

(diferente do Aedes).

  • Ovos eclodem em 1 a 3 dias , dependendo da temperatura. Função e Comportamento Vetorial
  • Fêmea hematófaga (alimenta-se de sangue humano e de outros vertebrados).
  • Pica preferencialmente à noite (comportamento noturno).
  • Após picar uma pessoa infectada com microfilárias, pode adquirir o parasito.
  • O parasito passa pelo desenvolvimento larval (L → L2 → L3) no mosquito (~10 a 14 dias).
  • A larva L3 migra para a probóscide, pronta para ser inoculada em outro hospedeiro durante a próxima picada.
  • A presença da bainha é importante, pois alguns filarideos encontrados no sangue não possuem tal estrutura, sendo este Morfologia Wucheria Bancrofti (vermes adultos)

Filariose

um dos critérios morfológicos para o diagnóstico diferencial.

Ciclo de Vida de Wuchereria

bancrofti

1. Hospedeiro Definitivo – Ser Humano

  • Infecção ocorre durante a picada do mosquito vetor , que injeta a larva L3 na pele.
  • A larva L3 penetra ativamente e migra pelo sistema linfático.
  • No interior dos vasos linfáticos , sofre duas mudas (L4 e depois vermes adultos).
  • Os vermes adultos se alojam principalmente: o Na região inguinal, femoral, escrotal, axilar e linfonodos abdominais.
  • A fêmea adulta vivípara libera milhares de microfilárias no sangue periférico.
  • As microfilárias apresentam periodicidade noturna , circulando em maior quantidade entre 22h e 2h , quando o vetor costuma picar. 2. Hospedeiro Intermediário –

Mosquito Culex quinquefasciatus

  • O mosquito fêmea pica uma pessoa infectada e ingere microfilárias junto com o sangue.
  • No interior do mosquito:
    1. As microfilárias atravessam a parede do estômago e migram para os músculos torácicos.
    2. Lá, se transformam em larvas L1 , depois L e, por fim, L3 (forma infectante).
    3. Esse processo leva cerca de 10 a 14 dias , dependendo da temperatura.
  • A larva L3 migra para a probóscide (aparelho bucal) do mosquito.
  • Ao picar outro ser humano, a larva L3 é inoculada na pele , reiniciando o ciclo. Ciclo de vida

Filariose

  • Isolamento social e impacto psicológico por deformidades físicas severas. **Diagnóstico da Filariose Linfática
  1. Exame Parasitológico (padrão ouro)**
  • Pesquisa de microfilárias no sangue periférico.
  • Coleta obrigatoriamente à noite (entre 22h e 2h ) devido à periodicidade noturna das microfilárias.
  • Técnicas: o Gota espessa ou esfregaço corado com Giemsa. o Métodos de concentração (Knott ou filtração em membrana de policarbonato) aumentam a sensibilidade. 2. Testes Imunológicos
  • Detecção de antígenos circulantes (teste de ELISA ou ICT card test) : não dependem da presença de microfilárias.
  • Úteis principalmente em infecções ocultas (sem microfilaremia). 3. Ultrassonografia
  • Pode detectar movimento dos vermes adultos vivos nos linfonodos (“dança dos vermes”).
  • Usada em casos de suspeita clínica com exame parasitológico negativo. 4. PCR
  • Diagnóstico molecular com alta sensibilidade e especificidade.
  • Mais usado em pesquisas ou casos complexos. **Tratamento da Filariose Linfática
  1. Medicamentos Antifilariais Dietilcarbamazina (DEC)**
  • Fármaco de escolha no Brasil.
  • Dose: 6 mg/kg/dia por 12 dias.
  • Ação sobre microfilárias e adultos , mas efeitos inflamatórios podem ocorrer. Diagnóstico e Tratamento

Filariose

  • Contraindicado em áreas endêmicas de oncocercose ou loíase (risco de reações graves). Ivermectina
  • Atividade microfilaricida.
  • Usada principalmente em campanhas de quimioprofilaxia em massa. Albendazol
  • Usado em associação com DEC ou Ivermectina.
  • Ajuda a reduzir a carga parasitária e complementar o tratamento. 2. Tratamento das Complicações
  • Hidrocele : tratada cirurgicamente.
  • Elefantíase : cuidado com a pele, higiene local, antibióticos para infecções secundárias.
  • Drenagem linfática e fisioterapia : em casos de linfedema.