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Resumo Ortodontia preventiva, Resumos de Ortodontia

resumo detalhado da ortodontia preventiva

Tipologia: Resumos

2021

Compartilhado em 29/09/2021

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Autoria: Thaylon Rodrigues da Silva
Ortodontia
Biogênese da dentição
Por volta da sétima semana pré-natal, é possível que
se identifique o início das formações da cavidade
bucal, ossos maxilares, e dos respectivos dentes; a
partir desse ponto, ocorre uma série de alterações
dentárias progressiva (formação, calcificação e
erupção) e estão intimamente relacionadas ao
crescimento e desenvolvimento da face. Como parte
integrante desse processo, estará relacionado ao
estabelecimento da oclusão dentária que poderá ser
divida em quatro períodos distintos, sendo eles:
roletes gengivais, dentição decídua, dentadura mista
e dentição permanente.
Período dos Roletes Gengivais
No recém-nascido, há um espessamento da
mucosa gengival, e este é conhecido como
rolete ou abaulamento gengival, recobrindo os
processos alveolares onde estão os germes
dentários decíduos em formação.
A superior quando analisada separadamente
apresenta um formato de ferradura,
enquanto a inferior apresenta na região
anterior ligeiramente mais estreita, assim,
havendo uma separação entre os roletes na
região anterior denominada espaço mesial
anterior. Desaparecendo na maioria das
crianças com o irrompimento dos incisivos
centrais e crescimento vertical da arcada.
Nessa fase, o rolete gengival inferior se
encontra numa posição mais posterior em
relação ao superior, sendo assim, a mandíbula
também se posiciona mais distalmente em
relação a maxila. Tendo o crescimento
estimulado pelo movimento ântero-posterior de
sucção durante a amamentação no seio
materno.
Cronologia e sequencia de erupção
Por volta dos 6 meses de idade acontece o
irrompimento dos primeiros incisivos centrais
inferiores decíduos, logo em seguida, os incisivos
centrais superiores. Dando seguimento, incisivos
laterais superiores, seguidos pelos inferiores,
nesse momento, poderá acometer a presença
de overjet, ou overbite acentuado.
Podemos notar nesse instante a primeira guia
oclusal, sendo que ocorre contato entre os
incisivos de cada arco proporcionando
movimentos precisos da mandíbula na
abertura e fechamento. A língua também
passa a seguir novos limites, estando
separada dos lábios, amadurecendo e criando
hábitos na deglutição.
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Biogênese da dentição

Por volta da sétima semana pré-natal, é possível que se identifique o início das formações da cavidade bucal, ossos maxilares, e dos respectivos dentes; a partir desse ponto, ocorre uma série de alterações dentárias progressiva (formação, calcificação e erupção) e estão intimamente relacionadas ao crescimento e desenvolvimento da face. Como parte integrante desse processo, estará relacionado ao estabelecimento da oclusão dentária que poderá ser divida em quatro períodos distintos, sendo eles: roletes gengivais, dentição decídua, dentadura mista e dentição permanente.

Período dos Roletes Gengivais

 No recém-nascido, há um espessamento da mucosa gengival, e este é conhecido como rolete ou abaulamento gengival, recobrindo os processos alveolares onde estão os germes dentários decíduos em formação.  A superior quando analisada separadamente apresenta um formato de ferradura, enquanto a inferior apresenta na região anterior ligeiramente mais estreita, assim, havendo uma separação entre os roletes na região anterior denominada espaço mesial anterior. Desaparecendo na maioria das crianças com o irrompimento dos incisivos centrais e crescimento vertical da arcada.  Nessa fase, o rolete gengival inferior se encontra numa posição mais posterior em relação ao superior, sendo assim, a mandíbula também se posiciona mais distalmente em relação a maxila. Tendo o crescimento estimulado pelo movimento ântero-posterior de sucção durante a amamentação no seio materno.

Cronologia e sequencia de erupção

 Por volta dos 6 meses de idade acontece o irrompimento dos primeiros incisivos centrais inferiores decíduos, logo em seguida, os incisivos centrais superiores. Dando seguimento, incisivos laterais superiores, seguidos pelos inferiores, nesse momento, poderá acometer a presença de overjet, ou overbite acentuado.  Podemos notar nesse instante a primeira guia oclusal, sendo que ocorre contato entre os incisivos de cada arco proporcionando movimentos precisos da mandíbula na abertura e fechamento. A língua também passa a seguir novos limites, estando separada dos lábios, amadurecendo e criando hábitos na deglutição.

 Aos 14 meses de vida, aparecem os primeiros molares decíduos superiores seguido dos inferiores, os molares são guiados pelas fossas e cúspide dos inferiores, adquirindo uma posição mais vestibular e distal em relação a estes. Com isso, ocorre o primeiro levante de mordida, denominada, Dimensão Vertical de Oclusão, tendo como consequência a diminuição do overbite, fase inicial do aprendizado da mastigação.

 Aos 18 meses, os caninos aparecem em boca, e como os demais, os inferiores fazem o irrmpimento primeiro seguido dos superiores.

 Os últimos dentes decíduos a irroperem em boca são os segundos molares decíduos, por volta dos 24 meses, completando todos os 20 dentes decíduos.

Característica normais na dentição

decídua.

 Uma das características mais importantes na dentição decídua é a presença de espaços biológicos, sendo dois tipos: espaços interdentais e espaços primatas, os espaços interdentais, são diastemas distribuídos entre todos os dentes, enquanto o espaço primata é o espaço presente da distal do

incisivo lateral e dos caninos inferiores, de maneira geral, é maior que os espaços interdentais.

 Segundo Baume, os arcos podem ser divididos em tipo I e tipo II, sendo o tipo I com presença de espaços interdentais, e o II não há presença de espaços. Estes, podem ou não apresentar os espaços primatas.

 Outro observatório importante é a oclusão dos caninos, que deverá ocorrer entre os caninos inferiores e os primeiros molares decíduos inferiores.  Segundo Baume, podemos observar três tipos de planos terminais na dentição decídua, sendo _ Plano terminal distal, 10% dos casos

  • Plano terminak mesial, 14% dos casos -Plano terminal reto, 76% dos casos.

Características normais da dentadura mista

 Após a erupção dos primeiros molares permanentes, a curva de Spee e de Wilson têm início, devido a inclinação axial, mesial, e lingual respectivamente.  A soma da largura dos dentes decíduos anteriores é menor que a soma dos sucessores permanentes. O espaço é preservado de acordo com os espaços primatas e fisiológicos, aumento da distância intercanino, inclinação de erupção dos incisivos superiores.  Na arcada inferior, pode ser obtido da mesma forma que é obtido no arco superior, porém eles irrompem por lingual, podendo haver desalinhamento desses dentes.  Com isso, poderá obter um espaço denominado, espaço livre de Nance, ou Leeway Space  A soma da largura dos dentes decíduos é menor que a soma da largura dos dentes permanentes.  O alinhamento dos incisivos inferiores e superiores se dão por conta do espaços primatas.  A largura dos arcos também sofre modificação, sendo superior maior crescimento que inferior.  Overbite e overjet são aumentado na dentadura mista.

Estabelecimento da chave de oclusão:

Angle em 1899 determinou as chaves de oclusão, sendo determinada através a cúspide mésio vestibular do primeiro molar superior, ocluindo-se no sulco mésio vestibular do primeiro molar inferior, ambos permanente, isso determina-se CLASSE I, se a cúspide superior ocluir anteriormente ao sulco determina-se CLASSE II, e se estiver posterior ao sulco é determinado como CLASSE III.

Fase do patinho feio

É um período normal na troca de dentes de uma criança, essa fase é muitas vezes confundida como uma maloclusão pois o posicionamento dentário é diferente. Ela tem início por volta dos 8 anos e tem estágio final por volta dos 13 anos com a erupção dos caninos permanentes.

Foi descrito por Broadbent:

 Inclinação axial labial exagerada dos incisivos superiores  Inclinação axial distal dos incisivos superiores  Diastemas entre os incisivos superiores  Sobremordida exagerada

Espaço livre de Nance (Leeway Space)

Tendo em vista que a soma mésio distal dos caninos e pré molares decíduos é menor que a soma mésio distal caninos e pré molares permanentes, temos o nome de espaço livre de Nance, essa diferença é de mais ou menos 0,9mm de cada lado superior e 1,7 mm de cada lado inferior.

Os molares, na maioria dos casos erupcionam de topo e acabam utilizando desse espaço para uma migração mesial fisiológica com a finalidade de estabelecer uma chave de oclusão, com o auxilio também do crescimento mandibular.

Oclusão Normal na dentição permanente

Angle em 1907 determinou como oclusão normal a “relação dos planos inclinados oclusais dos dentes quando as arcadas estão cerradas”. Já em 1943, Strang apresentou uma definição para a oclusão normal que abrangia toda a complexidade, tratando ele como “oclsuão normal é um complexo estrutural constituído fundamentalmente de dentes e ossos maxilares caracterizados pela relação normal dos chamados planos inclinados dos dentes, eu se encontram situados individual e coletivamente em harmonia arquitetônica com seus ossos basais e anatomia craniana, apresentando pontos de contato proximais e inclinações axiais corretas e tendo associado a ele: crescimento, desenvolvimento e correlação normais com todos os tecidos e estruturas adjacentes. Em 1972, Adrews publica um estudo que foram avaliados 120 modelos de oclusão permanente, considerando esteticamente agradáveis e sem necessidade de tratamento ortodôntico, com isso, pode-se observar seis características significantes, comuns à maioria dos modelos eu foram denominadas “seis chaves de oclusão normal”.

Sequência de erupção

 A dentadura mista termina com a esfoliação do último dente decíduo, na maioria dos casos o canino superior. Estando presente apenas dente permanente na arcada, porém, não está com a dentição permanente completa pois falta segundos e terceiros molares erupcionados.  Segundos molares irrompem na boca por volta dos 12 a 15 anos , nessa fase, o comprimento do arco tende a diminuir em consequência da pressão mesial exercida pelos segundos molares e pela migração mesial fisiológica dos primeiros molares permanentes.  Terceiros molares são os últimos dentes a irromperem, completando assim a dentição permanente. Porém poderá deparar com pacientes que tenham agenesia dos terceiros molares.

Características Normais da Dentição Permanente

 Composta por 32 dentes (16 superiores e 16 inferiores).  O tamanho é variado, assim como o das estruturas ósseas faciais nas quais estão inseridos, por isso, frequentemente são encontrado desarmonias entre a arcada dentária e o tamanho dos ossos.  Poderá resultar uma má oclusão  A dentição permanente apresenta uma curva de compensação, denominada curva de Spee, e a curva de Wilson  A curva de Spee, é vista lateralmente das arcadas  Curva de Wilson é uma cursa no sentido transverso que pode ser visualizada pela união imaginária entre as pontas de cúspides vestibulares e linguais dos dentes posteriores de cada lado do arco.

Contatos interproximais:

 Todos os dentes deverão manter contatos interproximais, não havendo espaços entre eles.

Curva de Spee:

 Numa oclusão normal deveria apresentar-se plana ou suave

Sistema de Classificação de Angle

A classificação de Angle é muito antiga, tem sido proposta desde 1899, porém devido às suas vantagens é utilizada até os dias atuais.

É apenas utilizada na dentição permanente e é baseada em três princípios básicos:

1: O corpo da mandíbula e o seu correspondente arco dental devem ocupar, na anatomia craniana, uma posição normal mésio-distal.

2: Os primeiros molares superiores ocupam uma posião fixa e definida em relação à anatomia craniana;

3: Se há modificações na posição dos primeiros molares superiores, esta se evidencia pela mudança das inclinações axiais dos dentes desse mesmo arco, principalmente dos caninos.

Classe I

 Todos os casos de maloclusões no qual o corpo da mandíbula e a arcada dentária inferior estão em relação correta no sentido antero posterior. Nesse caso a cúspide mésio vestibular do primeiro molar superior, oclui no sulco vestibular dos primeiros molares inferiores.

Classe II

 A cúspide mésio vestibular do primeiro molar superior nesse caso oclui entre a cúspide mésio vestibular do primeiro molar inferior e o pré molar ou do segundo molar decíduo  Pode também ocluir a frente do sulco não alcançando totalmente a cúspide do primeiro molar inferior.  1 ª divisão: Incisivos centrais e laterais superiores apresentam inclinação axial  2 ª divisão: incisivos centrais superiores apresentam inclinação axial vertical ou palatina.

Classe III

 Nesse caso, a cúspide mésio vestibular do primeiro molar permanente superior, oclui entre o primeiro e o segundo molar inferior  De maneira geral, o perfil do paciente é côncavo  Na maioria dos casos, o classe III também apresenta mordida cruzada anterior, por conta do crescimento anormal da mandíbula.

Em casos de mordida

cruzada no qual o primeiro molar permanente esteja em mordida cruzada, não se classifica, sendo assim, o diagnóstico é mordida cruzada, sendo ela, bi, ou unilateral. Após o descruzamento da mordida, realiza-se a classificação segundo angle.

Ortodontia preventiva

Segundo a Associação Americana de ortodontia, a primeira consulta deverá acontecer por volta dos 5 anos de idade. É nessa fase que a criança está começando a trocar os dentes e já é possível avaliar se há alguma alteração de crescimento que precisa ser corrigida ou interceptada com o tratamento ortopédico, evitando que ela se agrave e se terne um problema maior quando a criança passar da fase de crescimento.

Mordida cruzada

 Numa oclusão normal, o arco superior circunscreve o inferior com as bordadas dos incisivos e pontas de cúspide de caninos e cúspide vestibulares dos dentes posteriores.  Distribui forças mastigatórias essa oclusão normal.  Pode ser classificada de acordo com a localização : anterior, posterior ou combinada.  A etiologia poderá ser: dentária, esquelética ou funcional.

Mordida cruzada dentária:

 Menor número de dentes  Em sua maioria unitários  Causa: inclinação axial dos dentes.

Mordida aberta lateral

  • Pode acometer apenas um lado ou estar presente

em ambos os lados

  • está correlacionado com a interposição de objetos, chupeta, projeção lingual lateralmente, ou fatores locais como anquilose dentária.

Mordida cruzada combinada:

  • Apresenta a ausência de transpasse tanto em

região anterior quando em posterior

  • Podendo ser unilateral ou bilateral
  • Em caso de mordida aberta bilateral combinada, o tratamento é sempre mais composto

Sobremordida exagerada:

Consiste num transpasse excessivo no sentido vertical, entre os incisivos superiores e inferiores quando as arcadas estão em oclusão cêntrica. Existem diferentes classificações para a sobremordida, sempre considerando a quantidade de transpasse entre os incisivos, analisando sempre por lingual, proposta essa dada por Baume e Wyllie.

 Leve: a borda incisal dos incisivos superiores recobre de 1,5 a 2,0mm dos inferiores.  Média: a oclusão dos superiores encontra-se até a metade da coroa dos incisivos inferiores.  Exagerada: quando os incisivos superiores ocluem com os inferiores, fazendo com que os inferiores toquem o cíngulo dos superiores, o que ocasiona uma sobremordida exagerada.

Mantenedores de espaços

Os dentes decíduos são importantes para que possa haver a guia erupcional dos permanentes, porém, por muitas vezes, cáries, traumas ou outros fatores, acarretam na perda precoce dos dentes decíduos, o que poderá ocasionar numa migração dos dentes afetando os espaços que irá erupcionar os dentes permanentes. Com isso, podemos utilizar de mantenedores de espaços, sendo eles, para 1 ou mais dentes, o que irá denominar cada um, caso o espaço já tenha sido perdido, também é uma opção utilizar- se de recuperadores de espaços.

Mantenedores de espaços removíveis:

 Prianças com perdas de um ou mais dentes na região anterior e/ou posterior;  Pacientes colaboradores;  Prevenção de hábitos bucais deletérios.

Vantagens  Aparelho de fácil construção;  Facilita uma correta higienização;  Restabelece a dicção, fonação, estética e mastigação;  Mantém ou restaura a dimensão vertical;  Mantém o espaço para acomodação normal da língua, evitando interposição.

Desvantagens  Depende da colaboração do paciente e dos pais.

Mantenedores de espaços fixos:

Indicação

 Crianças com perdas de um ou mais dentes na região anterior e/ou posterior;  Pacientes não colaboradores; Vantagens  Não depende da colaboração do paciente;

 Fácil construção e higienização. Desvantagens  Não evita a extrusão do dente antagonista;  Não restabelece a mastigação (região posterior).

Dentre os mantenedores de espaços, seguem os modelos de cada:

Coroa alça:

 Este tipo de mantenedor está indicado para os casos com perda de um único dente e cujo dente de apoio apresenta-se com grande destruição da coroa

Banda Alça:

 É um mantenedor também indicado para perda de um único dente, porém quando o dente de apoio apresenta-se íntegro

Vantagens

 Fácil construção;  Baixo custo;  Facilita uma correta higienização.

Desvantagens

 Não restabelece a função;  Pode descolar com alimentação inadequada (alimentos duros).

Barra Transpalatina:

A barra transpalatina pode ser utilizada como mantenedor de espaço na região posterior superior para perdas dentárias uni ou bilaterais

Vantagens

 Fácil construção e fácil higienização;  Baixo custo.

Desvantagens

 Não restabelece a função;  Incomoda a língua.

CONTRA-INDICAÇÕES DOS MANTENEDORES

DE ESPAÇO:

 Nos casos em que já houve perda de espaço;  Nos casos em que o sucessor estiver irrompendo;  Nos casos de agenesia do sucessor;  Quando não puder manter o controle do paciente;  Na falta de colaboração do paciente.