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resumo detalhado da ortodontia preventiva
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
Por volta da sétima semana pré-natal, é possível que se identifique o início das formações da cavidade bucal, ossos maxilares, e dos respectivos dentes; a partir desse ponto, ocorre uma série de alterações dentárias progressiva (formação, calcificação e erupção) e estão intimamente relacionadas ao crescimento e desenvolvimento da face. Como parte integrante desse processo, estará relacionado ao estabelecimento da oclusão dentária que poderá ser divida em quatro períodos distintos, sendo eles: roletes gengivais, dentição decídua, dentadura mista e dentição permanente.
No recém-nascido, há um espessamento da mucosa gengival, e este é conhecido como rolete ou abaulamento gengival, recobrindo os processos alveolares onde estão os germes dentários decíduos em formação. A superior quando analisada separadamente apresenta um formato de ferradura, enquanto a inferior apresenta na região anterior ligeiramente mais estreita, assim, havendo uma separação entre os roletes na região anterior denominada espaço mesial anterior. Desaparecendo na maioria das crianças com o irrompimento dos incisivos centrais e crescimento vertical da arcada. Nessa fase, o rolete gengival inferior se encontra numa posição mais posterior em relação ao superior, sendo assim, a mandíbula também se posiciona mais distalmente em relação a maxila. Tendo o crescimento estimulado pelo movimento ântero-posterior de sucção durante a amamentação no seio materno.
Por volta dos 6 meses de idade acontece o irrompimento dos primeiros incisivos centrais inferiores decíduos, logo em seguida, os incisivos centrais superiores. Dando seguimento, incisivos laterais superiores, seguidos pelos inferiores, nesse momento, poderá acometer a presença de overjet, ou overbite acentuado. Podemos notar nesse instante a primeira guia oclusal, sendo que ocorre contato entre os incisivos de cada arco proporcionando movimentos precisos da mandíbula na abertura e fechamento. A língua também passa a seguir novos limites, estando separada dos lábios, amadurecendo e criando hábitos na deglutição.
Aos 14 meses de vida, aparecem os primeiros molares decíduos superiores seguido dos inferiores, os molares são guiados pelas fossas e cúspide dos inferiores, adquirindo uma posição mais vestibular e distal em relação a estes. Com isso, ocorre o primeiro levante de mordida, denominada, Dimensão Vertical de Oclusão, tendo como consequência a diminuição do overbite, fase inicial do aprendizado da mastigação.
Aos 18 meses, os caninos aparecem em boca, e como os demais, os inferiores fazem o irrmpimento primeiro seguido dos superiores.
Os últimos dentes decíduos a irroperem em boca são os segundos molares decíduos, por volta dos 24 meses, completando todos os 20 dentes decíduos.
Uma das características mais importantes na dentição decídua é a presença de espaços biológicos, sendo dois tipos: espaços interdentais e espaços primatas, os espaços interdentais, são diastemas distribuídos entre todos os dentes, enquanto o espaço primata é o espaço presente da distal do
incisivo lateral e dos caninos inferiores, de maneira geral, é maior que os espaços interdentais.
Segundo Baume, os arcos podem ser divididos em tipo I e tipo II, sendo o tipo I com presença de espaços interdentais, e o II não há presença de espaços. Estes, podem ou não apresentar os espaços primatas.
Outro observatório importante é a oclusão dos caninos, que deverá ocorrer entre os caninos inferiores e os primeiros molares decíduos inferiores. Segundo Baume, podemos observar três tipos de planos terminais na dentição decídua, sendo _ Plano terminal distal, 10% dos casos
Características normais da dentadura mista
Após a erupção dos primeiros molares permanentes, a curva de Spee e de Wilson têm início, devido a inclinação axial, mesial, e lingual respectivamente. A soma da largura dos dentes decíduos anteriores é menor que a soma dos sucessores permanentes. O espaço é preservado de acordo com os espaços primatas e fisiológicos, aumento da distância intercanino, inclinação de erupção dos incisivos superiores. Na arcada inferior, pode ser obtido da mesma forma que é obtido no arco superior, porém eles irrompem por lingual, podendo haver desalinhamento desses dentes. Com isso, poderá obter um espaço denominado, espaço livre de Nance, ou Leeway Space A soma da largura dos dentes decíduos é menor que a soma da largura dos dentes permanentes. O alinhamento dos incisivos inferiores e superiores se dão por conta do espaços primatas. A largura dos arcos também sofre modificação, sendo superior maior crescimento que inferior. Overbite e overjet são aumentado na dentadura mista.
Estabelecimento da chave de oclusão:
Angle em 1899 determinou as chaves de oclusão, sendo determinada através a cúspide mésio vestibular do primeiro molar superior, ocluindo-se no sulco mésio vestibular do primeiro molar inferior, ambos permanente, isso determina-se CLASSE I, se a cúspide superior ocluir anteriormente ao sulco determina-se CLASSE II, e se estiver posterior ao sulco é determinado como CLASSE III.
Fase do patinho feio
É um período normal na troca de dentes de uma criança, essa fase é muitas vezes confundida como uma maloclusão pois o posicionamento dentário é diferente. Ela tem início por volta dos 8 anos e tem estágio final por volta dos 13 anos com a erupção dos caninos permanentes.
Foi descrito por Broadbent:
Inclinação axial labial exagerada dos incisivos superiores Inclinação axial distal dos incisivos superiores Diastemas entre os incisivos superiores Sobremordida exagerada
Espaço livre de Nance (Leeway Space)
Tendo em vista que a soma mésio distal dos caninos e pré molares decíduos é menor que a soma mésio distal caninos e pré molares permanentes, temos o nome de espaço livre de Nance, essa diferença é de mais ou menos 0,9mm de cada lado superior e 1,7 mm de cada lado inferior.
Os molares, na maioria dos casos erupcionam de topo e acabam utilizando desse espaço para uma migração mesial fisiológica com a finalidade de estabelecer uma chave de oclusão, com o auxilio também do crescimento mandibular.
Angle em 1907 determinou como oclusão normal a “relação dos planos inclinados oclusais dos dentes quando as arcadas estão cerradas”. Já em 1943, Strang apresentou uma definição para a oclusão normal que abrangia toda a complexidade, tratando ele como “oclsuão normal é um complexo estrutural constituído fundamentalmente de dentes e ossos maxilares caracterizados pela relação normal dos chamados planos inclinados dos dentes, eu se encontram situados individual e coletivamente em harmonia arquitetônica com seus ossos basais e anatomia craniana, apresentando pontos de contato proximais e inclinações axiais corretas e tendo associado a ele: crescimento, desenvolvimento e correlação normais com todos os tecidos e estruturas adjacentes. Em 1972, Adrews publica um estudo que foram avaliados 120 modelos de oclusão permanente, considerando esteticamente agradáveis e sem necessidade de tratamento ortodôntico, com isso, pode-se observar seis características significantes, comuns à maioria dos modelos eu foram denominadas “seis chaves de oclusão normal”.
Sequência de erupção
A dentadura mista termina com a esfoliação do último dente decíduo, na maioria dos casos o canino superior. Estando presente apenas dente permanente na arcada, porém, não está com a dentição permanente completa pois falta segundos e terceiros molares erupcionados. Segundos molares irrompem na boca por volta dos 12 a 15 anos , nessa fase, o comprimento do arco tende a diminuir em consequência da pressão mesial exercida pelos segundos molares e pela migração mesial fisiológica dos primeiros molares permanentes. Terceiros molares são os últimos dentes a irromperem, completando assim a dentição permanente. Porém poderá deparar com pacientes que tenham agenesia dos terceiros molares.
Características Normais da Dentição Permanente
Composta por 32 dentes (16 superiores e 16 inferiores). O tamanho é variado, assim como o das estruturas ósseas faciais nas quais estão inseridos, por isso, frequentemente são encontrado desarmonias entre a arcada dentária e o tamanho dos ossos. Poderá resultar uma má oclusão A dentição permanente apresenta uma curva de compensação, denominada curva de Spee, e a curva de Wilson A curva de Spee, é vista lateralmente das arcadas Curva de Wilson é uma cursa no sentido transverso que pode ser visualizada pela união imaginária entre as pontas de cúspides vestibulares e linguais dos dentes posteriores de cada lado do arco.
Contatos interproximais:
Todos os dentes deverão manter contatos interproximais, não havendo espaços entre eles.
Curva de Spee:
Numa oclusão normal deveria apresentar-se plana ou suave
A classificação de Angle é muito antiga, tem sido proposta desde 1899, porém devido às suas vantagens é utilizada até os dias atuais.
É apenas utilizada na dentição permanente e é baseada em três princípios básicos:
1: O corpo da mandíbula e o seu correspondente arco dental devem ocupar, na anatomia craniana, uma posição normal mésio-distal.
2: Os primeiros molares superiores ocupam uma posião fixa e definida em relação à anatomia craniana;
3: Se há modificações na posição dos primeiros molares superiores, esta se evidencia pela mudança das inclinações axiais dos dentes desse mesmo arco, principalmente dos caninos.
Classe I
Todos os casos de maloclusões no qual o corpo da mandíbula e a arcada dentária inferior estão em relação correta no sentido antero posterior. Nesse caso a cúspide mésio vestibular do primeiro molar superior, oclui no sulco vestibular dos primeiros molares inferiores.
Classe II
A cúspide mésio vestibular do primeiro molar superior nesse caso oclui entre a cúspide mésio vestibular do primeiro molar inferior e o pré molar ou do segundo molar decíduo Pode também ocluir a frente do sulco não alcançando totalmente a cúspide do primeiro molar inferior. 1 ª divisão: Incisivos centrais e laterais superiores apresentam inclinação axial 2 ª divisão: incisivos centrais superiores apresentam inclinação axial vertical ou palatina.
Classe III
Nesse caso, a cúspide mésio vestibular do primeiro molar permanente superior, oclui entre o primeiro e o segundo molar inferior De maneira geral, o perfil do paciente é côncavo Na maioria dos casos, o classe III também apresenta mordida cruzada anterior, por conta do crescimento anormal da mandíbula.
Em casos de mordida
cruzada no qual o primeiro molar permanente esteja em mordida cruzada, não se classifica, sendo assim, o diagnóstico é mordida cruzada, sendo ela, bi, ou unilateral. Após o descruzamento da mordida, realiza-se a classificação segundo angle.
Segundo a Associação Americana de ortodontia, a primeira consulta deverá acontecer por volta dos 5 anos de idade. É nessa fase que a criança está começando a trocar os dentes e já é possível avaliar se há alguma alteração de crescimento que precisa ser corrigida ou interceptada com o tratamento ortopédico, evitando que ela se agrave e se terne um problema maior quando a criança passar da fase de crescimento.
Mordida cruzada
Numa oclusão normal, o arco superior circunscreve o inferior com as bordadas dos incisivos e pontas de cúspide de caninos e cúspide vestibulares dos dentes posteriores. Distribui forças mastigatórias essa oclusão normal. Pode ser classificada de acordo com a localização : anterior, posterior ou combinada. A etiologia poderá ser: dentária, esquelética ou funcional.
Menor número de dentes Em sua maioria unitários Causa: inclinação axial dos dentes.
Mordida aberta lateral
em ambos os lados
Mordida cruzada combinada:
região anterior quando em posterior
Sobremordida exagerada:
Consiste num transpasse excessivo no sentido vertical, entre os incisivos superiores e inferiores quando as arcadas estão em oclusão cêntrica. Existem diferentes classificações para a sobremordida, sempre considerando a quantidade de transpasse entre os incisivos, analisando sempre por lingual, proposta essa dada por Baume e Wyllie.
Leve: a borda incisal dos incisivos superiores recobre de 1,5 a 2,0mm dos inferiores. Média: a oclusão dos superiores encontra-se até a metade da coroa dos incisivos inferiores. Exagerada: quando os incisivos superiores ocluem com os inferiores, fazendo com que os inferiores toquem o cíngulo dos superiores, o que ocasiona uma sobremordida exagerada.
Mantenedores de espaços
Os dentes decíduos são importantes para que possa haver a guia erupcional dos permanentes, porém, por muitas vezes, cáries, traumas ou outros fatores, acarretam na perda precoce dos dentes decíduos, o que poderá ocasionar numa migração dos dentes afetando os espaços que irá erupcionar os dentes permanentes. Com isso, podemos utilizar de mantenedores de espaços, sendo eles, para 1 ou mais dentes, o que irá denominar cada um, caso o espaço já tenha sido perdido, também é uma opção utilizar- se de recuperadores de espaços.
Mantenedores de espaços removíveis:
Prianças com perdas de um ou mais dentes na região anterior e/ou posterior; Pacientes colaboradores; Prevenção de hábitos bucais deletérios.
Vantagens Aparelho de fácil construção; Facilita uma correta higienização; Restabelece a dicção, fonação, estética e mastigação; Mantém ou restaura a dimensão vertical; Mantém o espaço para acomodação normal da língua, evitando interposição.
Desvantagens Depende da colaboração do paciente e dos pais.
Mantenedores de espaços fixos:
Indicação
Crianças com perdas de um ou mais dentes na região anterior e/ou posterior; Pacientes não colaboradores; Vantagens Não depende da colaboração do paciente;
Fácil construção e higienização. Desvantagens Não evita a extrusão do dente antagonista; Não restabelece a mastigação (região posterior).
Dentre os mantenedores de espaços, seguem os modelos de cada:
Coroa alça:
Este tipo de mantenedor está indicado para os casos com perda de um único dente e cujo dente de apoio apresenta-se com grande destruição da coroa
Banda Alça:
É um mantenedor também indicado para perda de um único dente, porém quando o dente de apoio apresenta-se íntegro
Vantagens
Fácil construção; Baixo custo; Facilita uma correta higienização.
Desvantagens
Não restabelece a função; Pode descolar com alimentação inadequada (alimentos duros).
Barra Transpalatina:
A barra transpalatina pode ser utilizada como mantenedor de espaço na região posterior superior para perdas dentárias uni ou bilaterais
Vantagens
Fácil construção e fácil higienização; Baixo custo.
Desvantagens
Não restabelece a função; Incomoda a língua.
Nos casos em que já houve perda de espaço; Nos casos em que o sucessor estiver irrompendo; Nos casos de agenesia do sucessor; Quando não puder manter o controle do paciente; Na falta de colaboração do paciente.