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Guias e Dicas
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Resumo dos principais pontos relacionados a saúde da mulher, Notas de aula de Saúde da Mulher

Conteúdo sobre planejamento familiar, infecções e doenças ginecológicas femininas, ciclo menstrual, anatomia pélvica, disfunções urinárias e mais

Tipologia: Notas de aula

2023

À venda por 01/07/2023

stella-bertolim
stella-bertolim 🇧🇷

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Stella Bertolim Vieira Silva
Saúde da
Mulher
2023/1
Stella Bertolim Vieira Silva
FAMED XVII
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Saúde da

Mulher

Stella Bertolim Vieira Silva

FAMED XVII

EMBRIOLOGIA

Durante a formação do embrião: ➢ Até a 7° semanas – ainda não existe a formação de órgãos sexuais ➢ 7° semana – começa a formação das gônadas, que vão dar origem aos aparelhos reprodutores ➢ Até a 12° semana – a gônada começa a se diferenciar em feminina ou masculina Nesse momento, ele pode seguir dois caminhos, o que define a sua evolução é o hormônio que vai estar presente, se tiver a presença do hormônio ele se torna uma genitália masculina, na ausência dele, se torna uma genitália feminina. GENITÁLIA INTERNA FEMININA

  • Ductos de Muller: vai ser responsável pela formação da parte superior da vagina, útero, trompas e os ductos paramesonéfricos
  • Ductos de Wolf : vão ser ‘’acionados’’ apenas na presença do hormônio testosterona e se transformar em genitália interna masculina Ordem de formação da genitália masculina: Gene do cromossomo Y - > diferencia a gônada e forma o testículo - > testículo começa a produzir testosterona e hormônio anti mulleriano-> testosterona induz a transformação dos ductos de Wolf e o anti mulleriano impede a diferenciação dos ductos Mullerianos (produzido pelas células de Sertoli) CICLO MENSTRUAL
  • Duração de um ciclo menstrual normal: 21 a 35 dias
  • Fluxo: de 2 a 6 dias com uma quantidade entre 20 e 6 0 ml – quantidade pode ser medida pela paciente observando a quantidade de absorventes gastos
  • Fases ovarianas: folicular, ovulatória e lútea
  • Fases uterinas: menstrual, proliferativa e secretora COMPONENTES Estradiol – muito importante para que a menstruação seja um ciclo, ele funciona com feedback positivo (somente ele que faz). Isso é que faz com que exista ovulação, seu aumento aumenta o LH, era de se esperar que o estradiol diminuísse, mas com o

Quando ele regride a progesterona cai e perde o equilíbrio endometrial Descamação do endométrio acontece – menstruação Queda da progesterona, perde o feedback negativo com o FSH e ele começa a subir Quando isso acontece, começa o novo recrutamento dos folículos. Todos os hormônios caem de forma brusca – causa da TPM (variações de humor constante) os que causam essas alterações são os hormônios ovarianos que agem no hipotálamo, como a progesterona FASE FOLICULAR Aumento do FSH – faz o recrutamento folicular, os folículos produzem o estradiol e inibina B Com o FSH eles fazem feedback negativo e o FSH vai caindo No recrutamento, é selecionado um folículo dominante e sua diferença é que ele apresenta um número maior de receptores para FSH, então mesmo que em quantidades menores de FSH, ele continua respondendo por isso continua produzindo estradiol e os outros não são recrutados, pois eles possuem menos receptores. Na volta hormonal, começa a ficar mais tranquila, disposta OVULAÇÃO Estradiol sobe até fazer pico, que faz pico de LH – resulta na ovulação O pico de LH acontece depois de 36 a 48 horas do pico de estradiol 12 horas depois do pico de LH a paciente ovula Paciente fica com autoestima elevada e com maior libido. Depois da ovulação o folículo vira corpo lúteo e começa a produzir, principalmente, progesterona Deixando o endométrio estável e mantendo a possível gravidez. Nesse momento ela também se sente disposta SECREÇÃO DO GNRH Tem uma produção pulsátil

Na fase folicular é com uma frequência maior que na fase lútea Na fase lútea temos uma amplitude maior Coordena as funções básicas e começa o ciclo

CORRIMENTO CERVICAL

Estogenico: ocorre cristalização em folha de samambaia, mais líquido Progesteronico: espesso e turvo, é uma preparação para ocorrer tampão mucoso em caso de gravidez TEMPERATURA BASAL Em picos de estradiol ocorre o aumento da temperatura basal em 0,4 a 0,6 °C

PRODUÇÃO DOS HORMÔNIOS

O folículo tem uma camada externa chamada células da teca, que pega colesterol da corrente sanguínea. Quando ele se liga, é transformado em andrógeno (testosterona), essa produção acontece pela ligação do LH Quando ela passa para a camada granulosa, o andrógeno é transformado em estrogênio com ajuda da enzima aromatase depois da ligação do FSH Essa enzima aromatase também está presente na gordura periférica, pacientes mais obesas com SOP essa enzima converte a testosterona em estrogênio, ele se mante alto, não faz pico de estrogênio, que não faz pico de LH e a paciente não ovula.

AMENORRÉIAS

Ela pode ser:

  • Primária – que nunca menstruaram
  • Secundária – a paciente menstruava e por algum motivo ela parou de menstruar , intervalo de 6 meses sem menstruar ou 3 ciclos consecutivos. DIAGNÓSTICOS DE AMENORRÉIA

As principais causas hipofisárias: adenomas e síndrome de Sheehan (paciente obstétrica que tem hemorragia severa no parto e faz necrose da hipófise por hipovolemia) tem problemas de tireoide e não amamenta pois não tem prolactina Principais causas hipotalâmica: Stress, exercícios físicos, anorexia, hiperprolactinemia e hipotireoidismo.

ANAMNESE EXAME FÍSICO GINECOLÓGICO

O exame físico e anamnese da ginecologia costumam tocar em assuntos e situações muito pessoais e, por isso, é muito importante estabelecer uma relação de confiança. Mesmo sendo menor de idade, todas as pacientes tem direito a sigilo médico na consulta, orientação e prescrição. Só é necessário o consentimento dos responsáveis se a questão envolver algum procedimento, como implantação de DIU e implantes hormonais. PRONTUÁRIO Cabeçalho Data da consulta, número do prontuário Nome, estado civil, idade, raça, profissão, naturalidade, escolaridade Queixa principal: motivo da consulta, muitas vezes são várias HMA: as queixas devem ser investigadas com profundidade, início, duração, dor, quando acontece, planejamento familiar, condições associadas. Temos muitas queixas de sangramento, corrimento e planejamento familiar HGO: História Gineco-Obstétrica: ter uma ordem para as perguntas, para não esquecer de alguma pergunta

1. Menarca 2. Como é o ciclo menstrual atual, se tem cólica, se é regular, a duração, volume e DUM 3. Se a paciente estiver na menopausa, perguntar qual idade entrou, se teve sangramento depois e se faz reposição hormonal. 4. Início da vida sexual 5. parceiros (fixo ou não) 6. se tem dor na relação sexual (dispareunia)- se SIM: se ela é quando começa no começo do ato ou quando o pênis encosta no fundo (dor de entrada ou de profundidade) 7. Se ela tem sangramento pós relação (sinuzorragia)

8. Passado de IST 9. Uso de contraceptivos. COLETA DE PREVENTIVO PARA MULHERES COM HISTERECTOMIA TOTAL SÓ É NECESSÁRIO QUANDO A CAUSA É MALIGNA História obstétrica: complicações na gravidez e no parto, como foram os partos, amamentação, abortos, se fez curetagem, se usou fórceps no parto. HPP: doença de base, cirurgias, alergias, uso de medicação HS: etilismo, tabagismo, profissão, religião, atividade física HF: doenças de parentes de primeiro grau (câncer de mama), doenças da tireoide EXAME FÍSICO Engloba o exame de mama e o exame de genitália Ao exame físico, deixar a mostra apenas a região que está sendo examinada, apenas mama direita, apenas mama esquerda, apenas genitália e assim por diante Examinar: 1. Exame físico geral 2. Exame físico da mama 3. Exame do abdômen 4. Exame de genitália externa 5. Exame de genitália interna Mas o principal é o exame da genitália e mama Para o exame ginecológico precisamos de um ambiente adequado e higienizado, além de todos os materiais necessários.

  • O principal instrumento é o espéculo , temos os tamanhos P, M e G, sempre usamos o P. pacientes com paredes vaginais mais flácidas podem precisar do M , mas só mudamos depois de tentar com o menor.
  • Pinça – Sheron – ela tem uma dobra para não tampar a visão
  • Espátulas e escovinhas para citologia
  • Soluções para exames específicos Antes do exame físico, devemos fazer o exame completo: peso, altura, IMC, FC, PA, mucosas, palpação da tireoide, linfonodos cervicais, ausculta cardíaca e respiratória EXAME DAS MAMAS 1. Inspeção estática 2. Inspeção dinâmica

➔ Para o exame da genitália interna, precisamos do espéculo, avaliamos o colo do útero e as paredes vaginais, avaliando a presença de lesões nelas ➔ Ao passar o espéculo, vemos o colo do útero, que podem ser de vários tipos. Um colo tipo fenda, é quando a paciente já teve parto vaginal, o colo puntiforme nunca teve parto vaginal. Ectrópio geralmente acontece com usuárias de métodos combinados, a parte de fora do útero é um epitélio estratificado, a parte de dentro é um epitélio simples, colunar, glandular e é mais sensível, quando usamos contraceptivos pode fazer uma eversão da endocervical e ela ficar exposta. O sintoma associado é sinusorragia. ➔ Quando vamos introduzir o espéculo, colocamos ele com a parte em que seguramos para baixo (que tem o parafuso para abrir), a medida que vamos introduzindo, vamos girando ate que ele fique em 90° da posição inicial, com o parafuso no lado esquerdo. ➔ Depois disso, abrimos cuidadosamente até ter a visualização do colo (NÃO PRECISA ABRIR ELE TODO) ➔ A coleta é feita usando a espátula, ela possui uma ponta maior que é apoiada no orifício do colo e faz o movimento de 360°. A lâmina pode ser dividida em duas regiões, passa a espátula em uma das regiões. Depois pega a escovinha, insere dentro do colo e faz o movimento de 360°, passando em movimento circular no local oposto ao da espátula. RASTREIO DO CÂNCER GINECOLÓGICO Exame de rastreio é para alterar a história natural da doença e impedir que esses pacientes fiquem graves ou evitar seu adoecimento Os métodos precisam ser sensíveis, para identificar com precisão os positivos, mesmo dando mais falsos positivos Precisa ter um bom custo-benefício, para que seja economicamente viável, o custo- benefício é a análise entre o preço do teste e os gastos com a própria doença, o objetivo disso é diminuir a morbimortalidade da população

CÂNCER DE COLO DE ÚTERO

Não tem relação com causas genéticas, mas sim com causa infecciosa, a IST de agente etiológico o vírus do HPV

Temos duas formas de prevenção: primária e secundária A prevenção secundária é a citologia, que descobre lesões precoces, tratando a paciente em fases iniciais vacina contra HPV é uma prevenção primária, pois evita que a paciente adoeça mesmo em contato com o vírus, mas para que isso aconteça, precisamos que diminua a circulação viral na população, isso será alcançado com altos índices de cobertura vacinal VACINA Muito segura com um tecnologia bem desenvolvida e entendida, com o uso de partículas virais, não tendo contraindicação com pacientes imunodeprimidos, ela praticamente não tem contraindicações É uma vacina muito imunogênica, em que a viragem sorológica é muito alta Temos 3 tipos de vacina: bivalente (proteção contra dois tipos de sorotipo 16 e 18, que são os mais presentes) a quadrivalente (16/18/6/11) principais responsáveis pelas verrugas externas (condilomas acuminados) a quadrivalente está disponível no SUS, para ambos os sexos de 9 a 14 anos. Vacina nonavalente é contra 9 sorotipos mas ainda não está aprovada no Brasil. Para proteger a população é necessário alta cobertura vacinal, que corresponde a mais de 80% da população Cobertura vacinal atual: CITOLOGIA DE COLO DE UTERO A citologia não vai impedir adoecimento, mas descobrir lesões em fase inicial Protocolo do Ministério da Saúde:

  • A partir dos 25 anos, sexualmente ativa
  • Feita anualmente
  • Com dois resultados negativos a coleta vira de 3 em 3 anos
  • Manter a coleta até os 64 anos se tiver 2 resultados negativos nos últimos 5 anos ANÁLISE DOS RESULTADOS
  • Entre 40 e 49 anos – exame clínico das mamas de forma anual, se tiver alterado, mamografia
  • Entre 50 e 69 anos – exame clínico das mamas anual e mamografia a cada 2 anos
  • Pacientes de alto risco (história de câncer de mama em parente de primeiro grau com menos de 50 anos , nessa idade a influência é mais genética/ histórico de câncer de mama bilateral ou de ovário/ histórico familiar de câncer de mama masculino ou paciente que já fez biopsia e encontrou lesões com atipias ou de grau pré-malignas) – exame clínico e mamografia anual a partir de 35 anos

RESULTADOS E INTERPRETAÇÕES

0 – Não tem como avaliar direito, pode ser por mama muito densa, mamas mais novas e com mais glândulas – LAUDO INCONCLUSIVO – tem que ter avaliação por outro método, como ultrassom 1 – Normal – sem nenhuma alteração – segue rotina recomendada 2 - Achados benignos – 3 - Provavelmente benignos – chance muito pequena, mas não tem certeza, repetir mais precocemente (6 meses) 4 - Achados suspeitos – biopsia 5 – Muito sugestivo de câncer, mas não sabemos – biopsia – imagem sugestiva é um nódulo espiculado 6 – Paciente já tem diagnóstico de câncer de mama após a biopsia, está fazendo algum exame antes de procedimentos AVALIANDO A MAMOGRAFIA Precisamos de duas chapas para noção tridimensional Tem duas incidências principais: médio lateral e crânio caudal Ultrassom é propedêutica complementar

CÂNCER DE ENDOMÉTRIO E DE OVÁRIO

➔ Não tem rastreio ➔ E não adianta fazer ultrassom periódico

SÍNDROMES DE CORRIMENTOS VAGINAIS

São as síndromes que causam alguma alteração no corrimento, geralmente ligadas a infecções baixas, como do canal vaginal.

VAGINOSE BACTERIANA

NÃO É UMA IST

QUANDO NÃO É IST, NÃO PRECISAMOS TRATAR O PARCEIRO JUNTO

  • Tem como agente causador: Gardnerella vaginailis Essa bactéria faz parte da flora normal da vagina, por isso, quando a infecção se apresenta é porque tivemos um desequilíbrio dessa flora, podendo responder a uma baixa de imunidade. ASPECTOS DO CORRIMENTO O corrimento característico é de cor acinzentada, muito fétido (pois libera cadaverina) um odor muito parecido com peixe podre. Tal contaminação faz com que se altere o PH vaginal, subindo de 3,8 para 4,5. Um ambiente mais básico, favorece a proliferação bacteriana, que faz com que o cheiro piore ainda mais. Outros momentos de alteração do PH são: durante a menstruação e após o coito, que são os momentos em que as pacientes relatam piora nesse odor. AO EXAME Podemos fazer o exame de KOH a 10% na amostra coletada de corrimento, ao fazer isso o cheiro também se tornará acentuado, ajudando no diagnóstico Esse exame é chamado de Whiff Test Após colher o citopatólogico, o que o patologista irá ver na lâmina são células chamada de ‘’células em alvo’’, pois quando as células epiteliais são atacadas pela bactéria elas ficam com uma coloração mais acentuada no exame. TRATAMENTO ➔ Metronizadol 250 mg – tomar 2 cp de 12 em 12 horas por 7 dias DEVE SER INDICADO PARA A PACIENTE NÃO REALIZAR USO DE BEBIDAS ALCOOLICAS. O USO DE METRONIDAZOL FORMA ALDEÍDOS NO NOSSO ORGANISMO, QUANDO ESSE COMPOSTO ENTRA EM CONTATO COM O ALCOOL INGERIDO, CAUSA O EFEITO CHAMADO DE EFEITO ANTABUSE, QUE SE ASSEMELHA A UMA CRISE DE PÃNICO, EM QUE O PACIENTE FICA COM A SENSAÇÃO IMINENTE DE MORTE.

CANDIDÍASE

Doença causada pela Candida Albicans

CERVICITE E DIP

Cervicite é uma inflamação no colo do útero e DIP é quando essa inflamação sobre a infecta os órgãos como útero, bexiga e ovários quando não é tratada na fase de cervicite, podendo até chegar a uma peritonite e sepse. Pode ser por neisseria gonorreia ou clamídia Geralmente apresentam um quadro de corrimento purulento, em leite condensado Como a inflamação é no próprio colo, ele fica friável e sensível a movimentação, podendo sentir dor (dispareunia) e dor no exame de toque quando fazemos a mobilização São um fator de risco para aumento de gravidez ectópica, pois causa cicatriz e respostas dos tecidos, como salpingite Pode causar abcessos e até mesmo aderências no abdômen Aderência em corda de violino, quando a capsula de Glison adere na parede abdominal TRATAMENTO PRA CERVICITE Cefotrazona 500 mg – intramuscular – dose única Se fizer endometriose ou salpingite – o tratamento é ambulatorial, com doxaciclina 100 mg, 1 cp de 12 em 12 por 14 dias Se o tratamento tiver que ser hospitalar, sempre damos Clindamicina e Gentamicina CLINDA E GENTA E NÃO INVENTA Cirurgia é apenas se o abcesso for maior que 10 cm ou em estado roto, fazemos lavagem da cavidade e prescrição dos mesmos antibióticos

DOENÇAS ULCERATIVAS

SÍFILIS

Causada pelo Treponema Pallidum Se for primária, é a que causa manifestações apenas nos órgãos genitais – cria uma lesão, com bordas endurecidas, bem delimitada, única, indolor e com melhora espontânea Também conhecido como cancro duro TRATAMENTO Benzetacil – 1.200.000 UI, uma em casa nadega

LINFOGRANULOMA VENÉREO

É um tipo de clamídia São lesões pequenas, com melhora espontânea, mas que não vão fazer ulceração. Ela se localiza na região inguinal e passa para os linfonodos, nesse momento é que ela se torna dolorosa, depois ela fistuliza em vários pontinhos, e essa lesão é conhecida como boca de regador Não fazemos a drenagem com corte, se for realizar para aliviar o paciente, fazer com seringa tratamento Doxaciclina e Amoxicilina

HERPES GENITAL

Se pegou uma vez, vai ter pra sempre Mas ela pode ou não manifestar Tem recorrência em quadro de queda da imunidade Na primeira contaminação, geralmente tem sintomas sistêmicos, como febre, dor articular e úlceras muito dolorosas Ela é autolimitada, mas passamos aciclovir para diminuir o tempo doloroso

CANCRO MOLE

Haemophylos ducrei Purulenta, múltipla, irregular, com autoinoculação (onde a ferida encosta, contamina a pele saudável), faz adenopatia nos linfonodos, mas a sua fistulação é única Tratamento com azitromicina e ceftriaxona Cancro rollet – é quando a paciente apresenta as duas formas de cancro

DONOVANOSE

Causada pela Klebisiella Vai destruindo todo o tecido e também tem autoinoculação, por isso é bem progressiva, costuma de apresentar em espelho, a mesma lesão dos dois lados Pode ser transmitida como IST, mas por contato também não sexual Faz um pseudobulbão – que é um inchaço de linfonodo, mas que na verdade é apenas um edema A medicação deve ser usada por 3 semanas

SÍNDROMES DE VERRUGAS

O seu tratamento vai ser de acordo com sua causa, miomas e massas vai ser a retirada

FISIOPATOLOGIA DA DISMENORREIA P RIMÁRIA

A teoria mais aceita é da liberação aumentada da prostaglandina, estando desregular no não amadurecimento do eixo.

DIAGNÓSTICO

Geralmente é clínico, com anamnese e exame físico. Podemos associar um exame de imagem para afastar causas secundárias. Laparoscopia para pacientes que não melhoram e não teve nenhum achado em outros exames.

TRATAMENTO

Orientação para hábitos de vida – melhora da alimentação e prática de exercícios físicos Tratamento hormonal – mimetizando o ciclo menstrual e deixando a liberação hormonal em ciclo mais baixos tendem a diminuir a dor – dosagens maiores, tendem a amadurecer o eixo mais rápido.

ENDOMETRIOSE

É o tecido endometrial fora do útero, em qualquer parte do corpo, ele responde aos estímulos endometriais e faz ciclo menstrual normal. Onde ele estiver ele sangra, pode cair na cavidade abdominal e gerar uma peritonite Essa variação endometrial é mais comum na pelve, região de fundo de saco, diafragmática e menos comum em locais como a pleura Ela varia de localização e de grau de invasão, se for no intestino e chegar na luz, ela faz diarreia com sangue A endometriose pode se comportar como um câncer por seu poder infiltrativo Temos pacientes que não vão apresentar sintomas e aquelas que com pequenos focos vão ter muitos sintomas. EPIDEMIOLOGIA Cerca de 10% da população tem algum grau de endometriose Temos limitações para diagnósticos, em primeiro lugar a não valorização a queixa da paciente Acesso dos pacientes a exames, como tomografia e ultrassom com preparo Parte delas é assintomática e descobre quando não consegue engravidar ETIOLOGIA Ainda é muito nova e não sabemos exatamente seu surgimento, existem muitas teorias: Anteriormente era aceita a teoria da menstruação retrograda, a paciente menstrua e uma parte do sangue retorna pelas tubas, cai no abdômen e formas bolsas de tecido que se implantam na cavidade abdominal (teoria com muitas falhas, mulher com o refluxo menstrual não tinha endometriose)

Não aparece no começo menarca e nem nos primeiros anos, quando ainda é muito jovem Teoria imunológica, o tecido não consegue fagocitar os tecidos endometrioticos Metaplasia celômica – nosso corpo tem células totipotentes em todos os tecidos e, por algum estímulo, elas começam a se diferenciar em celular endometrioticas Teoria da disseminação linfática, células endometriais caem na corrente linfática e se depositam em outros tecidos FATOR DE RISCO Ainda assim, temos pacientes que não tem endometriose com todos os fatores de risco A produção hormonal, genética, ambiente e resposta imunológicas podem afetar a endometriose Em países desenvolvidos possuem uma quantidade maior de endometriose do que subdesenvolvido ➔ Histórico familiar ➔ O que faz proliferar o endométrio é o estrogênio, se ele faz proliferar a endometriose, se eu tenho mais exposição ao estrogênio, tenho maior risco de endometriose (que nunca engravidou, menstruou muito cedo) ➔ Relação com consumo de álcool e cafeína FORMAS CLÍNICAS ➔ Formas peritoneais ➔ Lesões pretas estão menos ativas e no fim do ciclo são lesões brancas, as vermelhas são mais ativas. Nas lesões brancas ela traciona o tecido, podendo causar dor ➔ Exames de imagem conseguimos ver as lesões maiores ➔ Principalmente no trato gastrointestinal temos lesões grandes que infiltram o intestino ➔ Pode causar distorções importantes de anatomia, torção de alças intestinais ➔ No intestino pode causar lesões superficiais, pode comprimir regiões como ureter (causa hidronefrose)

DIAGNÓSTICO

➔ Anamnese e exame físico ➔ Dismenorreia ➔ Dispareunia – tem dor na relação e como o principal lugar é no fundo do saco, ela tem dispareunia de profundidade e em posições específicas (principalmente em 4 apoios) ➔ Infertilidade – não consegue capturar o óvulo direito, a endometriose causa um ambiente inflamatório, que é desfavorável para a fecundação ➔ Dor ao toque em fundo de saco – não patognomônico

EXAMES

CA- 125 – são marcadores tumorais – ele está alterado na endometriose, no câncer e em qualquer lesão, é muito inespecífico, atualmente não pedimos mais, pois não faz diagnóstico e não muda tratamento