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Uma detalhada descrição da estrutura e função das meninges, que protegem o cérebro e a medula espinhal. A dura-máter, a pia-máter e a aracnóide são discutidas, com ênfase na dura-máter, que reveste os seios venosos e sustenta o encéfalo. O papel das meninges na proteção, sustentação e lubrificação é explicado, além da absorção do líquido cerebroespinal. O documento também aborda a formação, absorção e circulação do líquido cerebroespinal.
Tipologia: Esquemas
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Objetivos:
↠ As meninges (membranas que recobrem a medula espinhal) se desenvolvem das células da crista neural e do mesênquima entre o 20° e o 35° dias. As células migram para circundar o tubo neural (primórdio do encéfalo e da medula espinhal) e formam as meninges primordiais. ↠A camada externa dessas membranas se espessa para formar a dura-máter (Fig. A e B), e a camada interna, a pia-aracnoide, é composta pela pia-máter e aracnoide máter (leptomeninges) As meninges são derivadas de células do mesoderma e da crista neural, que começam a se formar na quarta a quinta semana de desenvolvimento;
O sistema nervoso central é envolvido pelas meninges dura-máter, aracnoide-máter e pia-máter. Por ser mais espessa, a dura-máter é também chamada de paquimeninge, já as outras duas constituem a leptomeninge (meninge fina). A dura-máter é a mais externa, formada por abundantes fibras colágenas que a tornam espessa e resistente. É ricamente vascularizada e, ao contrário das outras meninges, inervada. Como o encéfalo não possui terminações nervosas sensitivas, toda a sensibilidade intracraniana se localiza na dura-máter e nos vasos sanguíneos, sendo responsáveis, desse modo, pela maioria das dores de cabeça. A superfície externa é revestida por um epitélio simples pavimentoso de origem mesenquimatosa. Sua porção espinal envolve toda a medula e continua cranialmente com a dura-máter craniana. Caudalmente, ela termina em um fundo-de-saco, ao nível da vértebra S2. Seus prolongamentos laterais embainham as raízes dos nervos espinais, em continuidade com o epineuro. No encéfalo, a dura-máter é formada por dois folhetos - externo e interno -, dos quais apenas o interno continua com a dura-máter espinal. O folheto externo adere intimamente a lamina interna dos ossos do crânio e comporta-se como periósteo destes ossos, porém sem capacidade osteogênica, o que torna impossível a regeneração de perdas ósseas na abóboda craniana. O folheto interno, por sua vez, destaca-se do folheto externo em algumas regiões para formar pregas que dividem a cavidade craniana em compartimentos que se comunicam amplamente e abrigam as estruturas encefálicas. Entre a dura-máter e o periósteo da coluna vertebral se forma o espaço peridural, que contém veias de parede muito delgada, tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo, sendo chamado de plexo venoso vertebral. Já entre a dura-máter e a aracnoide-máter não há espaço em condições normais. Porém, como é um local de fácil clivagem, ao se acumular sangue nessa região forma-se o espaço subdural. A aracnoide-máter se dispõe entre a dura-máter e a pia-máter. Compreende um folheto justaposto à dura-máter e um emaranhado de trabéculas, as trabéculas aracnóideas, que unem este folheto à pia-máter. É formada por tecido conjuntivo sem vasos sanguíneos e suas superfícies são todas revestidas pelo mesmo tipo de epitélio simples pavimentoso, de origem mesenquimatosa, que reveste a dura-máter. Entre a aracnoide-máter e a pia-máter encontra-se o espaço subaracnóideo, que contém uma quantidade razoável de líquido cerebroespinal, constituindo um colchão hidráulico que protege o sistema nervoso central contra traumatismos. Esse espaço comunica-se com os ventrículos cerebrais, mas não tem comunicação com o espaço subdural. A pia-máter é a meninge mais delicada e mais interna. Sua superfície externa é revestida por células achatadas, originadas do mesênquima embrionário. É ricamente vascularizada e aderente ao tecido nervoso, embora não fique em contato direto com células ou fibras nervosas. Entre a pia-máter e os elementos nervosos situam-se os prolongamentos dos astrócitos, os quais se unem firmemente à face interna dessa meninge. Na medula espinal, penetra na fissura mediana anterior e caudalmente, após o cone medular, continua como um filamento esbranquiçado – o filamento terminal – até o hiato sacral.
↠ A circulação do liquor é extremamente lenta e são ainda discutidos os fatores que a determinam. Sem dúvida, a produção do liquor em uma extremidade e a sua absorção em outra já são suficientes para causar sua movimentação. Outro fator é a pulsação das artérias intracranianas que, a cada sístole, aumenta a pressão liquórica. Possivelmente contribuindo para empurrar o liquor através das granulações aracnóideas ↠ O líquido cerebrospinal flui dos ventrículos para dentro do espaço subaracnóideo, entre a pia-máter e a aracnoide, envolvendo todo o encéfalo e a medula espinal com o líquido. ↠ O sentido principal do fluxo liquórico se dá dos plexos coroides para o sistema do líquido cefalorraquidiano. O líquido, secretado nos ventrículos laterais, passa primeiro para o terceiro ventrículo; então, depois da adição de quantidades mínimas de líquido, do terceiro ventrículo ele flui para baixo, seguindo o aqueduto de Sylvius para o quarto ventrículo, onde uma pequena quantidade de líquido é acrescentada. Finalmente, o líquido sai do quarto ventrículo por três pequenas aberturas, os dois forames laterais de Luschka e o forame medial de Magendie, adentrando a cisterna magna, o espaço liquórico que fica por trás do bulbo e embaixo do cerebelo.
Sabe-se hoje em dia que o liquor é produzido nos plexos corioides dos ventrículos e também que uma pequena porção é produzida a partir do epêndima das paredes ventriculares e dos vasos da leptomeninge. Existem plexos corioides nos ventrículos, como já vimos anteriormente, e os ventrículos laterais contribuem com maior contingente liquórico, que passa ao III ventrículo através dos forames interventriculares e daí para o IV ventrículo através do aqueduto cerebral.
↠ As vilosidades aracnoides são projeções microscópicas da membrana aracnoide em forma de dedos, que vão para o interior do crânio pelas paredes e para dentro dos seios venosos. Conglomerados dessas vilosidades formam estruturas macroscópicas chamadas granulações aracnoides, que podem ser vistas como protrusões nos seios ↠ O LCS é absorvido pelas vilosidades aracnoides, passando para os seios venosos cerebrais (no SNC não existem vasos linfáticos). ↠ Normalmente, o LCS é reabsorvido tão rapidamente quanto é produzido pelos plexos corióideos, a uma taxa de 20 ml/h ( ml/dia) LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO A SUA FORMAÇÃO ACONTECE NOS VENTRÍCULOS: Líquido claro e incolor, formado principalmente por água, que protege o encéfalo e a medula de lesões químicas e físicas; Transporta pequenas quantidades de oxigênio, glicose e outras substâncias (proteínas, ácido lático, ureia, cátios e ânions); A maior parte do LCS é produzida pelos plexos corióideos: rede de capilares localizados nas paredes ventriculares; Como o líquor é composto? O líquor apresenta baixo peso molecular e está em equilíbrio osmótico com o sangue. Ele é constituído de pequenas concentrações de: Proteína Glicose Lactato Enzimas Potássio Magnésio Concentrações relativamente elevadas de cloreto de sódio. Glicose os níveis de glicose no LCR são utilizados para diferenciar meningite bacteriana de viral. A hipoglicorraquia no LCR é causada principalmente por alterações nos mecanismos de transporte de glicose através da barreira hematoencefálica e por sua grande utilização por parte das células encefálicas. Os níveis de glicose se normalizam antes dos níveis de proteínas e da contagem de células durante a recuperação da meningite, tornando-se um parâmetro útil na avaliação de resposta ao tratamento.
Proteínas do líquor As proteínas do LCR são constituídas em grande parte de albumina e em muito menor quantidade de globulinas. A análise da quantidade total de proteínas no líquor é utilizada principalmente para detectar doenças do Sistema Nervoso Central (SNC), associadas com o aumento da permeabilidade da barreira hematoencefálica ou à produção intratecal de imunoglobulinas. Valores anormalmente baixos estão presentes quando há perda de fluido no SNC, enquanto o aumento é observado em infecções, hemorragias intracranianas, esclerose múltipla, dentre outros. Níveis de lactato no líquor Os níveis de lactato no líquor, diferente dos níveis de glicose, não estão vinculados à concentração sanguínea, e sim à sua produção intratecal. Um aumento do nível de lactato pode ser detectado mais cedo do que uma concentração reduzida de glicose. Por isso, para a diferenciação de meningite bacteriana de uma meningite asséptica, a concentração de lactato é um melhor indicador comparado a outros marcadores convencionais. A elevação de lactato no LCR não se limita à meningite e pode ser resultante de qualquer quadro clínico que reduza o fluxo de oxigênio para os tecidos. Lactato Desidrogenase (LDH) Estudos têm demonstrado que pacientes com patologia intracraniana, como malignidade ou infecção bacteriana, apresentam níveis de LDH no líquor maiores comparados a pacientes saudáveis. A LDH é útil na diferenciação de uma punção traumática de uma hemorragia intracraniana, já que, em uma punção traumática com hemácias não hemolisadas, não há um aumento significante dessa enzima. Leucócitos A contagem total de leucócitos no LCR representa o mais sensível parâmetro para caracterização de uma doença inflamatória do SNC. No líquor de um adulto normal, há uma predominância de: Linfócitos (60%-70%) Monócitos (30%-50%) Neutrófilos (1%-3%). Hemácias O LCR normal não apresenta hemácias. A presença isolada de hemácias é frequentemente associada ao resultado de uma punção traumática.Se presente em grandes quantidades (com exceção da punção traumática), é provável que haja um processo patológico. Três exames visuais do LCR podem determinar se o sangue é resultado de uma hemorragia ou uma punção traumática: Prova dos três tubos Formação de coágulo Sobrenadante xantocrômico após centrifugação ou sedimentação espontânea. ABSORÇÃO:
↠ Os plexos coroides são compostos por pregas da piamáter ricas em capilares fenestrados e dilatados, situados no interior dos ventrículos cerebrais. Formam o teto do terceiro e do quarto ventrículos e parte das paredes dos ventrículos laterais
. ↠ São constituídos pelo tecido conjuntivo frouxo da pia-máter, revestido por epitélio simples, cúbico ou colunar baixo, cujas células são transportadoras de íons ↠ As células epiteliais do plexo coróide possuem microvilosidades e pequenos tufos de cílios na sua face apical invaginações na face basolateral. A face apical fica em contato direto com o CSF, que preenche o interior dos ventrículos, enquanto a face basolateral contacta com os capilares sanguíneos fenestrados. As células epiteliais do CP são unidas por “tigh-junctions” criando uma barreira física à passagem de íons e moléculas do sangue para o CSF Os plexos são revestidos pelas células ependimárias, que secretam água e outras substâncias filtradas do plasma; Esta capacidade secretória é bidirecional e responsável pela produção contínua de LCS e pelo transporte de metabólitos do tecido encefálico de volta para o sangue. Ao contrário da barreira hematencefálica, formada principalmente por junções oclusivas das células endoteliais dos capilares encefálicos, a barreira hematoliquórica é composta pelas junções oclusivas das células ependimárias. O plexo coróide consiste em uma camada de células epiteliais cuboidais circundando um núcleo de capilares e tecido conjuntivo frouxo. O epitélio do plexo coróide é contínuo com a camada de células ependimárias (camada ventricular) que reveste o sistema ventricular. Ao contrário do epêndima, a camada epitelial do plexo coróide tem junções de oclusão entre as células no lado voltado para o ventrículo (superfície apical). Essas junções estreitas impedem que a maioria das substâncias atravesse a camada celular para o líquido cefalorraquidiano (LCR); assim, o plexo coroide atua como uma barreira sangue-LCR. ↠ As células epiteliais de CP possuem ainda um citoplasma abundante e núcleos esféricos com numerosas mitocôndrias, fundamentais para manter o metabolismo respiratório a um nível elevado,
permitindo 10 a produção de adenosina trifosfato (ATP) suficiente para garantir a secreção normal de CSF ↠ Estas células e a lâmina própria são sustentadas por uma densa rede vascular, que fornece ao CP uma irrigação 4 a 7 vezes superior à dos restantes tecidos cerebrais ↠ A principal função dos plexos coroides é secretar o LCR, que contém apenas pequena quantidade de sólidos e ocupa as cavidades dos ventrículos, o canal central da medula, o espaço subaracnóideo e os espaços perivasculares. Ele é importante para o metabolismo do SNC e o protege contra traumatismos ↠ As células epiteliais do plexo diferem de outras células epiteliais por formarem a barreira cerebral na parte fenestrada. Estas células apresentam um elevado conteúdo mitocondrial, 12-15% do volume celular, o que pode ser explicado pelas necessidades energéticas requeridas para o transporte transepitelial ↠ O epitélio do PC é caraterizado pela presença de sistemas de transporte muito específicos e uma atividade pinealocítica muito baixa, conferindo-lhe uma grande capacidade de controlar a passagem de substâncias CANAL EPENDIMÁRIO ↠ Em cortes transversais da medula espinal, observa-se que as substâncias branca e cinzenta localizam- se de maneira inversa à do cérebro e cerebelo: externamente está a substância branca, e internamente, a substância cinzenta, que, em cortes transversais da medula, tem a forma de uma borboleta ou da letra H ↠ O traço horizontal desse “H” tem um orifício, o canal central da medula. Ele é revestido pelas células ependimárias (pertencentes ao grupo de células da neuróglia) e é um remanescente do lúmen do tubo neural embrionário.
↠ O tubo neural se diferencia no SNC ↠ A crista neural dá origem às células que formam a maior parte de SNP e SNA ↠ A fusão das pregas neurais e a formação do tubo neural começa no quinto somito e prossegue nas direções cranial e caudal até que somente pequenas áreas do tubo permaneçam abertas em ambas as extremidades ↠ O lúmen do tubo neural se torna o canal neural, o qual se comunica livremente com a cavidade amniótica
↠ A abertura cranial (neuróporo rostral) se fecha aproximadamente no 25° dia e o neuróporo caudal se fecha aproximadamente no 27° dia ↠ O fechamento dos neuróporos coincide com o estabelecimento da circulação vascular para o tubo neural. As células neuroprogenitoras da parede do tubo neural se espessam para formar o encéfalo e a medula espinhal. O canal neural forma o sistema ventricular do encéfalo e o canal central da medula espinha DESENVOLVIMENTO DAS MENINGES ESPINAIS ↠ As meninges (membranas que recobrem a medula espinhal) se desenvolvem das células da crista neural e do mesênquima entre o 20° e o 35° dias. As células migram para circundar o tubo neural (primórdio do encéfalo e da medula espinhal) e formam as meninges primordiais ↠A camada externa dessas membranas se espessa para formar a dura-máter (Fig. A e B), e a camada interna, a pia-aracnoide, é composta pela pia-máter e aracnoidemáter (leptomeninges) ↠ Os espaços preenchidos por líquido aparecem nas leptomeninges que em breve coalescem para formar o espaço subaracnoide