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Guias e Dicas
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Resumo do Julgamento de Giordano Bruno E Galileu Galilei, Resumos de História da Igreja

Resumo do julgamento de Giordano Bruno e Galileu Galilei na inquisição

Tipologia: Resumos

2019

Compartilhado em 16/11/2019

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INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DA GRANDE FLORIANÓPOLIS – IES
CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA HISTÓRIA DO DIREITO
DOCENTE DR. PROF. JEFFERSON CRESCENCIO NERI
DISCENTE GEOVANNA DOS PASSOS GAVIOLLI
RESUMO ACERCA DO JULGAMENTO DE GIORDANO BRUNO E GALILEU
GALILEI
Trata-se da elaboração de um resumo acerca do julgamento de Giordano Bruno
e Galileu Galilei diante do Tribunal Inquisitorial de Roma. Apresentamos a tessitura dos
aspectos relevantes a ambos casos em articulação com leitura complementar ao texto-
base.
O Tribunal Inquisitorial criado pelo Concílio de Trento (1545-1563) foi uma
resposta a Reforma Protestante que traçou uma crítica, sobretudo, a ostentação da
riqueza da Igreja Católica que foi obtida por meio da comercialização das indulgências.
O referido órgão considerava como heresia tudo aquilo que combatia a fé cristã, seja ela
representada pelas escrituras da Bíblia ou dos pressupostos aristotélicos. O
procedimento jurídico do Tribunal era similar aos que verificamos hoje e assim como os
procedimentos de intimação, defesa, sentença final e até mesmo, a proteção a
testemunha. Outros pontos a se destacar é que, primeiro, o Tribunal fundamentava as
suas alegações na interpretação da Bíblia e se considerava executor direto de Deus. Por
outro lado, a disputa entre a ciência e a religião, uma vez que a Igreja então detentora do
poder, não aceitava que a ciência sobrepusesse suas teses. Este cenário serve de pano de
fundo para o estudo sobre o julgamento de Giordano Bruno e Galileu Galilei
contemporâneos daquela época e naturais da Itália foram submetidos ao Tribunal
Inquisitorial Romano.
Giordano Bruno (Iordanus Brunus Nolanus (1548-1600) foi religioso,
matemático, filósofo, poeta e teórico cosmológico. Foi defensor da tese heliocentrista de
Nicolau Copérnico e ampliou-a com o acréscimo de que “estrelas fossem apenas sóis
distantes cercados por seus próprios exoplanetas e levantou a possibilidade de que esses
planetas pudessem promover sua própria vida” (VALENTINUZZI, 2019). Também
ficou conhecido pelos comentários transgressores tecidos contra a Igreja e o
cristianismo. Após diversas denúncias foi mantido encarcerado pelos sete ou oito anos
que precederam a sua sentença final a ser proferida pela Inquisição. Greene (2019)
afirma que os anos de aprisionamento de Giordano foram marcados por interrogatórios
e torturas diárias. De acordo com Valentinuzzi (2019) suas acusações consistiam em
“blasfêmia, conduta imoral e heresia em questões de teologia dogmática e envolveu
algumas das doutrinas básicas de sua filosofia e cosmologia”. Foi pressionado a abjurar,
mas sua personalidade peculiar e imprevisível refletiu em suas defesas, pois não se
mantinha claro o suficiente a fim de obter uma absolvição até que, por fim, assumiu as
suas convicções afirmando que nada tinha a se considerar como culpado diante de tais
acusações. Sendo assim, foi condenado por heresia e expulso do fórum eclesiástico,
seus livros deveriam ser queimados e inseridos no índice de livros proibidos. Foi
queimado vivo no dia 17 de fevereiro de 1600 na cidade de Campi dei Fiori (NERI,
2019).
O segundo caso apresentado é referente a Galileu Galilei (1564 – 1642) que foi
físico, matemático, astrônomo e filósofo. De acordo com os apontamentos de DeRise
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INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DA GRANDE FLORIANÓPOLIS – IES

CURSO DE DIREITO DISCIPLINA HISTÓRIA DO DIREITO

DOCENTE DR. PROF. JEFFERSON CRESCENCIO NERI DISCENTE GEOVANNA DOS PASSOS GAVIOLLI

RESUMO ACERCA DO JULGAMENTO DE GIORDANO BRUNO E GALILEU GALILEI

Trata-se da elaboração de um resumo acerca do julgamento de Giordano Bruno e Galileu Galilei diante do Tribunal Inquisitorial de Roma. Apresentamos a tessitura dos aspectos relevantes a ambos casos em articulação com leitura complementar ao texto- base. O Tribunal Inquisitorial criado pelo Concílio de Trento (1545-1563) foi uma resposta a Reforma Protestante que traçou uma crítica, sobretudo, a ostentação da riqueza da Igreja Católica que foi obtida por meio da comercialização das indulgências. O referido órgão considerava como heresia tudo aquilo que combatia a fé cristã, seja ela representada pelas escrituras da Bíblia ou dos pressupostos aristotélicos. O procedimento jurídico do Tribunal era similar aos que verificamos hoje e assim como os procedimentos de intimação, defesa, sentença final e até mesmo, a proteção a testemunha. Outros pontos a se destacar é que, primeiro, o Tribunal fundamentava as suas alegações na interpretação da Bíblia e se considerava executor direto de Deus. Por outro lado, a disputa entre a ciência e a religião, uma vez que a Igreja então detentora do poder, não aceitava que a ciência sobrepusesse suas teses. Este cenário serve de pano de fundo para o estudo sobre o julgamento de Giordano Bruno e Galileu Galilei contemporâneos daquela época e naturais da Itália foram submetidos ao Tribunal Inquisitorial Romano. Giordano Bruno (Iordanus Brunus Nolanus (1548-1600) foi religioso, matemático, filósofo, poeta e teórico cosmológico. Foi defensor da tese heliocentrista de Nicolau Copérnico e ampliou-a com o acréscimo de que “estrelas fossem apenas sóis distantes cercados por seus próprios exoplanetas e levantou a possibilidade de que esses planetas pudessem promover sua própria vida” (VALENTINUZZI, 2019). Também ficou conhecido pelos comentários transgressores tecidos contra a Igreja e o cristianismo. Após diversas denúncias foi mantido encarcerado pelos sete ou oito anos que precederam a sua sentença final a ser proferida pela Inquisição. Greene (2019) afirma que os anos de aprisionamento de Giordano foram marcados por interrogatórios e torturas diárias. De acordo com Valentinuzzi (2019) suas acusações consistiam em “blasfêmia, conduta imoral e heresia em questões de teologia dogmática e envolveu algumas das doutrinas básicas de sua filosofia e cosmologia”. Foi pressionado a abjurar, mas sua personalidade peculiar e imprevisível refletiu em suas defesas, pois não se mantinha claro o suficiente a fim de obter uma absolvição até que, por fim, assumiu as suas convicções afirmando que nada tinha a se considerar como culpado diante de tais acusações. Sendo assim, foi condenado por heresia e expulso do fórum eclesiástico, seus livros deveriam ser queimados e inseridos no índice de livros proibidos. Foi queimado vivo no dia 17 de fevereiro de 1600 na cidade de Campi dei Fiori (NERI, 2019). O segundo caso apresentado é referente a Galileu Galilei (1564 – 1642) que foi físico, matemático, astrônomo e filósofo. De acordo com os apontamentos de DeRise

(2018), assim como Giordano Bruno, Galileu era um seguidor da tese de Copérnico, ele acreditava que o sistema heliocentrista proposto estava correto. Além disto, Galileu percebeu que havia uma inconsistência na interpretação da bíblia uma vez que, era realizada de maneira literal (DERISE, 2018). Durante o período inquisitorial as obras de Nicolau Copérnico foram proibidas pela Igreja Católica por serem consideradas heresias. E o imbróglio, se assim podemos chamar, de Galileu foi não apenas discutir o heliocentrismo como, afirma-lo como verdadeiro (DERISE, 2018). Apesar de ser alertado por pelo cardeal inquisidor Belarmino por quem era bem quisto, insistiu em divulgar as suas ideias. Recebeu o imprimatur provisório de “Diálogo sobre os dois Máximos do Mundo” por intermédio do Papa Urbano VIII, mas foi denunciado por heresia pelo jesuíta Christopher Schinder (NERI, 2019). Galileu estava com 69 anos de idade quando abjurou em 1633 com a afirmação de que “abandonaria por completo a opinião falsa de que o sol seria o centro da terra e que a Terra não era o centro do mundo e não se movia”, jurou que “não sustentaria, defenderia ou ensinaria tais doutrinas” (DERISE, 2018). Tendo em vista a idade avançada de Galileu, ele foi poupado do encarceramento e dos rituais de tortura costumeiramente praticados, sua sentença determinou a prisão formal de caráter domiciliar que poderia ser cumprida em Florença, sua cidade natal (NERI, 2019). Desta maneira, Giordano Bruno e Galileu Galilei foram submetidos ao mesmo Tribunal da Inquisição, porém as suas condutas de defesa incorreram em diferentes desfechos. Giordano de personalidade forte e rebelde, manteve-se fiel até fim com as suas afirmações, conhecido por sua rebeldia e por atacar com veemência os princípios da Sagrada Escritura conquistou inimigos ou desafetos por onde passava. Já Galileu, representava uma postura mais diplomática, tinha o apoio e o reconhecimento da classe científica e do Papa. Optou pela abjuração talvez por que já não tivesse a saúde suficiente para sofrer as sessões de tortura previstas pela Inquisição. Em 1992 o Papa João Paulo II reconhece o equívoco do julgamento e condenação de Galileu bem como, a sua importância para a ciência.

Referências bibliográficas

DERISE, George. The trial of Galileo-revisited. USA: William & Mary University,

  1. Disponível em <https://www.wm.edu/offices/auxiliary/osher/course-info/ classnotes/fall2018/derisetrialofgalileorevisited.pdf> Acesso em 15 out. 2019.

Galileo’s Battle for the heaven (documentário). Diretor: Peter Jones. EUA: NOVA da Green Umbrella, LTD para WGBH / Boston em associação com o canal 4, 2002. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=gG-_IqJ03aU Acesso em 15 out

GREENE, Nick. Biography of Giordano Bruno, scientist and philosopher. EUA: Thoughtco, 2019. Disponível em <https://www.thoughtco.com/giordano- bruno-3071094> Acesso em 15 out 2019.

NERI, Jefferson Crescêncio. Apostila de História do Direito. 2019

VALENTINUZZI, Max. Giordano Bruno : expander of the Copernican Universe. IEEE PULSE, A magazine of the engineering in medicine and biology society. September/ October 2919. Germany. Disponível em <https://pulse.embs.org/september-2019/ giordano-bruno-expander-of-the-copernican-universe/> Acesso em 15 out 2019.