

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Resumo do livro
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
1 / 3
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Dirceu Duarte Gomes^1 Rafael de Oliveira Rodrigues 2
A Psicologia se ocupa dos problemas humanos e suas relações sociais, afetivas e consigo mesmo (consciência). Dessa forma, tal especificidade científica coloca o Homem como objeto de análise e problematizações que estarão em relação íntima com outros conhecimentos. Este estudo terá como base a inter-relação de René Descartes e Francis Bacon, para a criação da Psicologia como ciência do Homem. As matrizes definidas e/ou utilizadas pela nascente Psicologia serão utilizadas por esta como “escola”, como um conjunto de racionalidade organizada e definida, que passa a ser tomada como estudos de “base”, criando solo fértil de fontes de criação e obtenção de conhecimentos para guiarem seus estudos, uma vez que a Psicologia estará sendo compreendida como um produto do momento histórico em que surge. Tal correlação entre Psicologia e momento histórico pressupõe certas mudanças da essência da análise e estudo em relação ao homem e aos métodos de estudo das coisas e onde a obtenção de conhecimentos empíricos abrirá espaço à razão. René Descartes, filósofo francês (1596-1650) apresenta seus estudos racionalistas tendo como partida sua visão sobre ação e razão, direcionando intencionalmente seus estudos para explicar seus ideais, ou seja, é necessário ter em vista os objetivos a serem alcançados através das pesquisas traçadas. Francis Bacon (1561-1926) tenta provar suas teses pelo empirismo , no qual sugere métodos de analises de dados e comprovações dos mesmos para se provar um pensamento. A partir dessas ideias, surgem visões sobre como inves�gar o Homem através das análises. Inicialmente a visão externa, que prioriza uma valorização empirista dos sentidos humanos, pautados pela observação, mensuração e universalização. Por outro lado, tem-se a visão interna , cuja valorização recairá sobre as ideias claras e distintas a que se chega pela intuição pura. Em se tratando de intuição pura , não há o que ser
observado: tem-se aqui uma visão mais voltada à interpretação. Desse modo, o empirismo de Descartes teria como alicerce o conhecimento objetivo, real e calculável, no qual o pesquisador inspeciona, analisa e comprova utilizando os métodos científicos advindos das ciências naturais (exatas). A Psicologia em seu desenvolvimento começa a ser definida como ciência natural do subjetivo , tendo como princípio básico a subjetividade do sujeito, vendo-o como indivíduo e ligando-o inegavelmente à sua coletividade. Um dos grandes agrupamentos de matrizes do pensamento é o pensamento psicológico (ou psicologia) como sendo uma disciplina ligada a aspectos biológicos, considerando todas as relevâncias que ligam o comportamento humano aos fatores neurológicos e biológicos; a mente estaria “subordinada” à biologia e o corpo visto como mero “aplicador” das funções e comandos designados pelo sistema neuronal. Nota-se que mente e corpo se complexificam pelo conjunto articulado de três operações – hipotetização, cálculo e mensuração – tais quais definem a lógica experimental. Assim, pode-se associar ao empirismo a necessidade que o pesquisador tem de utilizar tal método para qualificar seu estudo do objeto de modo que qualquer outro cientista em qualquer outra época possa reafirmar pelas mesmas análises as comprovações do experimento. E assim no decorrer da absorção das características empregadas, a Psicologia se diferencia de outras ciências e firma-se enquanto ciência relativamente autônoma. A matriz mecanicista , pela pura noção de causalidade, reduz a temporalidade a um processo mecânico de desdobramento das potencialidades, segundo o encadeamento de causas e efeitos, no qual o passado pudesse ser todo deduzido pelo presente, influenciando-o e definindo um futuro previsível o suficiente para ser determinista. O objetivo deste trabalho foi o de rastrear como a Psicologia atrelou-se a outros domínios do conhecimento, através do que se chama de matrizes do pensamento , para consolidar-se como ciência humana e/ou social. Através dessa aliança com as distintas matrizes do pensamento , encontrou-se um problema tão antigo quanto a própria Psicologia: o Homem seria a junção de aspectos biológicos, sociais, individuais que ora são vistos como determinantes, ora como condicionantes na expressão da vida coletiva e/ou social, dificultando uma delimitação do que seria o trabalho de investigação da Psicologia. Optou-se por uma breve revisão da literatura de modo a permitir certo rastreio de criação e sustentação de conhecimentos da Psicologia e possibilitar o diálogo entre Filosofia e Psicologia, de modo a dar visibilidade às retroalimentações que ambos os campos de