Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Resumo de uveíte equina, Resumos de Clínica médica

Resumo de artigo sobre uveíte equina

Tipologia: Resumos

2025

Compartilhado em 13/06/2025

vitoria-trindade-9
vitoria-trindade-9 🇧🇷

1 documento

1 / 1

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
Esse artigo fala sobre um caso interessante de atresia do ducto nasolacrimal distal em um
cavalo da raça Mangalarga. O animal, um macho de um ano e oito meses, foi atendido no
Hospital Veterinário da Universidade Camilo Castelo Branco (UNICASTELO) porque estava
com secreção ocular mucopurulenta e com um cheiro bem forte no olho esquerdo há cerca
de dois meses. Durante o exame, notamos uma secreção intensa, algumas lesões ao redor
dos olhos, vermelhidão na conjuntiva e o orifício nasolacrimal distal esquerdo estava bem
estreito.
Quando tentamos fazer uma lavagem com solução fisiológica usando uma sonda uretral,
encontramos resistência e não houve drenagem, o que sugeria que poderia haver uma
obstrução. Para investigar melhor, pedimos alguns exames laboratoriais, como hemograma
e exames bioquímicos, além de uma cultura da secreção que identificou a presença de
Klebsiella sp. Também fizemos exames de imagem, incluindo uma radiografia contrastada
(dacrinocistorrinografia), que confirmou que o ducto nasolacrimal estava interrompido.
Com base na história clínica, nos sinais que observamos e nos exames realizados,
chegamos ao diagnóstico de atresia do ducto nasolacrimal distal esquerdo. Essa condição
pode ser congênita ou adquirida por trauma, infecção ou até neoplasia. No caso desse
cavalo, parece ser uma má formação congênita que afetou a parte final do ducto,
dificultando a drenagem das lágrimas e causando acúmulo de secreção e infecções
secundárias.
Os sinais mais comuns incluem lacrimejamento excessivo (epífora), secreção purulenta,
vermelhidão na conjuntiva, lesões ao redor dos olhos, inchaço no canto inferior do olho e,
em casos mais graves, fístulas nasofaciais ou oronasais. É importante considerar outras
doenças oculares no diagnóstico diferencial, como conjuntivites e ceratites.
Para tratar o problema, realizamos uma cirurgia minimamente invasiva. Passamos um
cateter de polietileno para criar um novo ponto de drenagem para as lágrimas. Esse
procedimento funcionou como um “stent” temporário até que a mucosa nasal se
recuperasse. Em casos mais complicados ou que não respondem ao tratamento inicial, a
dacrinocistorrinostomia pode ser necessária.
Esse relato ressalta a importância de diagnosticar cedo e intervir cirurgicamente em casos
de atresia do ducto nasolacrimal, já que isso afeta diretamente a saúde ocular e a qualidade
de vida do animal. Além disso, reforça como é fundamental combinar exames clínicos com
exames de imagem para chegar a um diagnóstico preciso.

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Resumo de uveíte equina e outras Resumos em PDF para Clínica médica, somente na Docsity!

Esse artigo fala sobre um caso interessante de atresia do ducto nasolacrimal distal em um cavalo da raça Mangalarga. O animal, um macho de um ano e oito meses, foi atendido no Hospital Veterinário da Universidade Camilo Castelo Branco (UNICASTELO) porque estava com secreção ocular mucopurulenta e com um cheiro bem forte no olho esquerdo há cerca de dois meses. Durante o exame, notamos uma secreção intensa, algumas lesões ao redor dos olhos, vermelhidão na conjuntiva e o orifício nasolacrimal distal esquerdo estava bem estreito.

Quando tentamos fazer uma lavagem com solução fisiológica usando uma sonda uretral, encontramos resistência e não houve drenagem, o que sugeria que poderia haver uma obstrução. Para investigar melhor, pedimos alguns exames laboratoriais, como hemograma e exames bioquímicos, além de uma cultura da secreção que identificou a presença de Klebsiella sp. Também fizemos exames de imagem, incluindo uma radiografia contrastada (dacrinocistorrinografia), que confirmou que o ducto nasolacrimal estava interrompido.

Com base na história clínica, nos sinais que observamos e nos exames realizados, chegamos ao diagnóstico de atresia do ducto nasolacrimal distal esquerdo. Essa condição pode ser congênita ou adquirida por trauma, infecção ou até neoplasia. No caso desse cavalo, parece ser uma má formação congênita que afetou a parte final do ducto, dificultando a drenagem das lágrimas e causando acúmulo de secreção e infecções secundárias.

Os sinais mais comuns incluem lacrimejamento excessivo (epífora), secreção purulenta, vermelhidão na conjuntiva, lesões ao redor dos olhos, inchaço no canto inferior do olho e, em casos mais graves, fístulas nasofaciais ou oronasais. É importante considerar outras doenças oculares no diagnóstico diferencial, como conjuntivites e ceratites.

Para tratar o problema, realizamos uma cirurgia minimamente invasiva. Passamos um cateter de polietileno para criar um novo ponto de drenagem para as lágrimas. Esse procedimento funcionou como um “stent” temporário até que a mucosa nasal se recuperasse. Em casos mais complicados ou que não respondem ao tratamento inicial, a dacrinocistorrinostomia pode ser necessária.

Esse relato ressalta a importância de diagnosticar cedo e intervir cirurgicamente em casos de atresia do ducto nasolacrimal, já que isso afeta diretamente a saúde ocular e a qualidade de vida do animal. Além disso, reforça como é fundamental combinar exames clínicos com exames de imagem para chegar a um diagnóstico preciso.