A construção da consciência humana está profundamente conectada à vivência social,
onde o indivíduo é tanto produto quanto produtor da sociedade. A autonomia e a
iniciativa pessoal são essenciais para o desenvolvimento da consciência, mas este
processo é influenciado pela ideologia (um conjunto de ideias, valores e crenças de um
grupo social que atua na manutenção da ordem social. A ideologia está presente em
instituições como o sistema judiciário, religioso, político e midiático, e molda a maneira
como vemos o mundo).
A alienação ocorre quando as influências sociais são tão naturalizadas que o indivíduo
deixa de questionar sua realidade, resultando em impactos negativos na saúde mental.
Para romper com a alienação, é necessário passar por um processo de conscientização,
através de uma educação crítica e reflexão sobre a própria realidade.
A linguagem desempenha um papel fundamental nesse processo, pois organiza e
expressa pensamentos e sentimentos, além de ser essencial na construção da identidade.
A identidade não é fixa, mas um processo dinâmico, que é moldado pelas relações com
os outros. O "outro" tem um papel crucial, pois é no contato com ele que o indivíduo
reconhece e constrói sua identidade.
Preconceito surge quando há distorção ou recusa da identidade do outro, baseado em
estereótipos, o que contribui para desigualdades sociais. A identidade está em constante
transformação, influenciada por interações sociais e mudanças contextuais, podendo
levar a crises de identidade que reavaliam e reconstroem o self.
O psicólogo Piaget argumentava que o desenvolvimento cognitivo influencia
diretamente a aquisição da linguagem. À medida que a criança cresce e seu pensamento
se torna mais elaborado, ela também aprimora sua capacidade linguística. A linguagem,
portanto, é tanto um produto da história social quanto da maturação cognitiva. Apesar
da tendência ao individualismo, nossa socialização é profundamente coletiva. Tudo o
que somos (nossas crenças, valores, ideias) é construído nas relações com os outros. A
linguagem também é emocional e contextual, o que significa que ela depende de quem
fala, para quem se fala e em qual situação se fala. Por isso, o mesmo termo pode ter
sentidos diferentes em contextos distintos.
Em resumo, a consciência humana é um produto de múltiplas interações sociais,
históricas e culturais. A linguagem, a reflexão crítica e a ação concreta são
fundamentais para o desenvolvimento dessa consciência e para superar a alienação,
promovendo transformação pessoal e social.
