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Estrongiloidíase: Ciclo de Vida, Diagnóstico e Tratamento - Prof. Adson, Notas de estudo de Parasitologia

Uma visão abrangente da estrongiloidíase, uma parasitose causada pelo nematódeo strongyloides stercoralis. aborda detalhadamente o ciclo de vida complexo do parasita, incluindo as fases de vida livre e parasitária, os métodos de diagnóstico, como a pesquisa de larvas em fezes e a técnica de baermann-moraes, e o tratamento com ivermectina ou albendazol. discute também as manifestações clínicas, desde formas assintomáticas até a síndrome de hiperinfecção em indivíduos imunocomprometidos, destacando a importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado.

Tipologia: Notas de estudo

2025

À venda por 29/04/2025

gabrielcouraa_
gabrielcouraa_ 🇧🇷

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Estrongiloidíase
@Medlife_Coura
A estrongiloidíase é uma
parasitose causada pelo
nematódeo Strongyloides
stercoralis, um verme pequeno e de
ciclo de vida complexo. Essa
infecção é endêmica em área
tropicais e subtropicais (como
partes do Brasil) e está associada
a condições de saneamento
básico precário.
• O modo principal de transmissão
é pela penetração ativa das
larvas infectantes (larvas filarioides)
pela pele, geralmente ao andar
descalço em solo contaminado.
Uma vez no corpo, o parasita migra
via corrente sanguínea até os
pulmões, sobe pela árvore
respiratória até a faringe e é
deglutido, alcançando o intestino
delgado, onde se instalam e se
reproduzem.
Uma característica única do
Strongyloides é a capacidade de
realizar autoinfecção, permitindo
que a infecção persista por
décadas sem nova exposição
ambiental.
A maioria dos infectados é
assintomática ou apresentam
sintomas leves, como diarreia
intermitente e desconforto
abdominal. Porém, em pacientes
imunossuprimidos, por exemplo, em
uso de corticoides, transplantes ou
HIV/AIDS, pode ocorrer a forma
grave chamada síndrome de
hiperinfecção, com risco de morte.
O diagnóstico é feito
principalmente pela pesquisa de
larvas em amostras de fezes, mas
métodos mais sensíveis como a
técnica de Baermann-Moraes ou
cultura em ágar também o
usados.
O tratamento de escolha é o
ivermectina, mas alternativas como
albendazol também podem ser
utilizadas em alguns casos.
Verme Nematoide, ou seja,
cilíndrico.
• Ciclo Monoxênico, ou seja, tem um
único hospedeiro (definitivo) e esse
é o humano.
único parasito com duplo ciclo
evolutivo: Vida livre e parasitária.
Parasita Fêmea (forma
parasitária):
• Vai viver no intestino delgado do
ser humano, ela vai apresentar
genoma triplo (3n) e isso vai ser
importante pois a fêmea é
partenogenética, ou seja, ela não
vai precisar do macho para se
reproduzir, ela vai eliminar seus
ovos e esses vão originar indivíduos
distintos, sendo esses de cargas
genéticas distintas.
Formas de vida livre (Não
parasitária):
Quando as larvas saem pelas
fezes e encontram boas condições
no ambiente (solo úmido e quente),
elas se desenvolvem em formas livre.
Introdução
Strongyloides Stercoralis
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Estrongiloidíase

  • A estrongiloidíase é uma parasitose causada pelo nematódeo Strongyloides stercoralis, um verme pequeno e de ciclo de vida complexo. Essa infecção é endêmica em área tropicais e subtropicais (como partes do Brasil) e está associada a condições de saneamento básico precário.
  • O modo principal de transmissão é pela penetração ativa das larvas infectantes (larvas filarioides) pela pele, geralmente ao andar descalço em solo contaminado. Uma vez no corpo, o parasita migra via corrente sanguínea até os pulmões, sobe pela árvore respiratória até a faringe e é deglutido, alcançando o intestino delgado, onde se instalam e se reproduzem.
  • Uma característica única do Strongyloides é a capacidade de realizar autoinfecção, permitindo que a infecção persista por décadas sem nova exposição ambiental.
  • A maioria dos infectados é assintomática ou apresentam sintomas leves, como diarreia intermitente e desconforto abdominal. Porém, em pacientes imunossuprimidos, por exemplo, em uso de corticoides, transplantes ou HIV/AIDS, pode ocorrer a forma grave chamada síndrome de hiperinfecção, com risco de morte.
    • O diagnóstico é feito principalmente pela pesquisa de larvas em amostras de fezes, mas métodos mais sensíveis como a técnica de Baermann-Moraes ou cultura em ágar também são usados.
    • O tratamento de escolha é o ivermectina, mas alternativas como albendazol também podem ser utilizadas em alguns casos.
    • Verme Nematoide, ou seja, cilíndrico.
    • Ciclo Monoxênico, ou seja, tem um único hospedeiro (definitivo) e esse é o humano.
    • único parasito com duplo ciclo evolutivo: Vida livre e parasitária. ➔ Parasita Fêmea (forma parasitária):
    • Vai viver no intestino delgado do ser humano, ela vai apresentar genoma triplo (3n) e isso vai ser importante pois a fêmea é partenogenética, ou seja, ela não vai precisar do macho para se reproduzir, ela vai eliminar seus ovos e esses vão originar indivíduos distintos, sendo esses de cargas genéticas distintas. ➔ Formas de vida livre (Não parasitária):
    • Quando as larvas saem pelas fezes e encontram boas condições no ambiente (solo úmido e quente), elas se desenvolvem em formas livre. Introdução Strongyloides Stercoralis

Estrongiloidíase

Elas vão possuir o genoma diploide, onde a fêmea vai ser (2n) e o macho haploide (n), esses adultos de vida livre se reproduzem sexuadamente no solo, em que, o macho fecunda a fêmea e essa põe ovos que eclodem em novas larvas rabditoides. ➔ Larva Rabditoide (Forma inicial):

  • Essa forma vai ser a jovem que nasce dos ovos liberados nas fezes, elas possuem 2 destinos: se o ambiente estiver favorável elas continuam em formas de vida livre e desfavorável vão virar larva filarioide (infectante). ➔ Larva Filarioide (forma infectante):
  • Larva de forma alongada e ativa que penetra na pele do hospedeiro, essa que vai ser responsável pela infecção ativa, ou seja, ela adentra na pele e inicia o ciclo de migração pelo corpo. Ovos (n) geram machos de vida livre, que irão se unir a fêmea.
  • OBS: Os machos só existem na fase de vida livre, ou seja, no solo fora do hospedeiro. A forma parasitária que é dentro do intestino humano não existe macho e as fêmeas vão se reproduzir por reprodução assexuada, elas vão ser patogenéticas (3n), ou seja, se reproduzem sozinha.
    • Fêmea partenogenética: Parasita, não precisa do macho para reproduzir, elas fazem reprodução assexuada, essa está dentro do intestino.
    • Fêmea de vida livre: Vive no solo (não dentro do hospedeiro) e possuem reprodução sexuada.
    • Macho de vida livre: Só existe no solo e é pequeno e de vida curta, sua função é fecundar a fêmea de vida livre.
    • Ovos: São liberados pela fêmea de vida livre, a depender do ambiente podem gerar larvas rabditoides, que são a forma de vida livre ou evoluem para infectantes que são as filarioides que são infectantes para o hospedeiro humano.
    • Ambiente favorável para o ciclo: Solos úmidos, ricos de matéria orgânica, com temperaturas entre 25 - 30ºC favorecem o ciclo de vida livre e a reprodução das larvas infectantes. Morfologia

Estrongiloidíase

  • As larvas podem participar de 2 ciclo: Direto ou Indireto.
  • A infecção ocorre diretamente do solo para o ser humano sem necessidade de reprodução sexuada no ambiente. Ocorre da seguinte forma:
  • As larvas rabditoides liberada no ambiente (solo ou região perianal) de 24 a 72 horas se diferenciam em larvas filarioides (forma infectante).
  • Elas penetram ativamente a pele do ser humano (ex: pés descalços), penetram 10cm/hora.
  • Entram na circulação sanguínea chegando ao coração e migram até os pulmões.
  • Chegam aos capilares pulmonares (L4), atravessam a membrana alveolar, árvore brônquica e chegam à traqueia, onde são deglutidas.
  • Ao chegar no intestino delgado e amadurecem as fêmeas partenogéticas que eliminam ovos larvados depois de 15 a 25 dias, liberando as larvas rabditoides, que são eliminadas nas fezes e consequentemente depois no ambiente.
  • Hiperinfecção: Em imunossuprimidos, as larvas invadem outros órgãos (disseminação sistêmica), como intestino, pulmões, cérebro etc. Essa situação recebe o nome de Síndrome de Hiperinfecção, podendo ser fatal.
    • Antes de infectar um novo hospedeiro, o parasita faz uma fase de vida livre no ambiente, onde ocorre reprodução sexuada. Ocorre da seguinte forma:
    • Larvas rabditoides 3n são eliminadas nas fezes no solo após 18 a 24 horas, produzem fêmea e macho de vida livre respectivamente.
    • Se o ambiente for favorável (úmido, quente, rico em matéria orgânica), as larvas se desenvolvem e adultos de vida livre, machos e fêmeas no solo.
    • os adultos de vida livre se acasalam por reprodução sexuada.
    • A fêmea de vida livre põe ovos no solo.
    • Dos ovos saem novas larvas rabditoides 3n, que podem continuar no solo como larvas de vida livre ou se transformar em larva filarioides (infectantes-L3). Ciclo Biológico Direto Ciclo Biológico Indireto

Estrongiloidíase

  • As larvas filarioides podem permanecer no solo por até 4 semanas, onde penetram na pele de novos hospedeiros humanos, começando o ciclo parasitário. ➔ No intestino:
  • Enterite (inflamação): Reação inflamatória leve.
  • Enterite endematosa: Parasitas nas túnicas da parede intestinal ocasionando uma reação inflamatória com edema de submucosa.
  • Pode se apresentar das seguintes formas:
  • Cutânea: Ponto de penetração das larvas, reação celular apenas local onde as larvas então mortas.
  • Pulmonar: Tosse, febre, dispneia, hemorragia pela travessia das larvas e formação de infiltrado inflamatório.
  • Intestinal: Enterite catarral, enterite edematosa, enterite ulcerosa.
    • Disseminada: Rins (larvas na urina), coração (larvas no líquido pericárdico).
    • Liberação de larvas nas fezes é irregular.
    • Utilização de 3 a 5 amostras colhidas em dias alternados.
    • Pesquisa de larvas em fezes sem conservantes.
    • Métodos baseados em hidro e termotropismo: Técnica de Rugai e Baermann-Moraes.
    • Coprocultura. Patologia Diagnóstico