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AIDS e Manifestações Bucais: Preparação e Tratamento Odontológico, Resumos de Odontologia

Este documento aborda a síndrome da imunodeficiência adquirida (aids) causada pelo vírus hiv, sua transmissão e sintomas, com foco em suas manifestações bucais e no tratamento odontológico adequado para portadores do hiv ou pacientes com aids. Também discute o preconceito em torno da aids nos consultórios odontológicos e como minimizá-lo.

O que você vai aprender

  • Como é transmitido o HIV e quais são os sintomas da AIDS?
  • Como minimizar o preconceito em torno da AIDS nos consultórios odontológicos?
  • Quais são as manifestações bucais relacionadas à AIDS e como tratá-las?

Tipologia: Resumos

2021

Compartilhado em 13/05/2021

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FACULDADE PATOS DE MINAS
CURSO DE ODONTOLOGIA
ESTOMATOLOGIA II
ALUNO: ERIC DOS REIS BRANQUINHO
ODONTOLOGIA X AIDS; MANIFESTAÇÕES BUCAIS
Os profissionais da área da saúde devem estar preparados para o atendimento de
todos os tipos de pacientes, seja qual for a sua doença o tratamento deve ser feito
de forma segura! A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) é uma
patogenicidade causada pelo vírus (HIV) em que o patógeno estranho ataca as
células T-CD4, que são responsáveis pela resposta imune quando o nosso
organismo é atacado. Mas antes disso o vírus possui 4 fases até o seu total
desenvolvimento e pode ficar encubado por até 15 anos. As fases são:
I- Infecção aguda; é um quadro autodelimitado que acomete 50 90% dos
pacientes. É frequentemente assintomática, com pouca realização de diagnóstico
por baixo índice de suspeição. O tempo médio entre a infecção e o aparecimento
dos sintomas desta fase é de 2 a 3 semanas. Ocorre um aumento da viremia com
intensa resposta imune e diminuição da contagem de T-CD4+. Quando a viremia se
estabiliza, o número de linfócitos aumenta, mas não atinge os níveis anteriores à
infecção.
II- Infecção assintomática; ocorre após a fase aguda e tem duração variável. O
paciente tem um quadro sintomatológico muito brando ou inexistente, podendo
apresentar linfadenopatia persistente e indolor. Sintomática; nesta fase, são
observadas manifestações relacionadas com a presença de imunodeficiência pela
infecção do HIV, como aumento da carga viral e diminuição do número de linfócitos
T-CD4+.
III- linfoadenopatia persistente generalizada; O paciente apresentará sudorese
noturna, fadiga, emagrecimento, diarréia, sinusopatias, candidíase oral e/ou vaginal,
leucoplasia pilosa oral, gengivite, úlceras aftosas, herpes simples recorrente, herpes
zoster e trombocitopenia
IV- Manifestação da doença; é um quadro mais avançado da infecção pelo HIV, que
se caracteriza pelo aparecimento de doenças oportunistas graves relacionados com
a contagem de linfócitos T-CD4+.
O vírus pode ser transmitido em qualquer fase da doença, podendo ser repassado
sexualmente, pelo sangue, durante a gestação (perinatal) e de forma ocupacional
entre profissional de saúde e paciente. A AIDS pode apresentar diversas
manifestações clínicas, até mesmo na cavidade bucal. O tratamento odontológico de
rotina do portador do HIV ou doente de AIDS, assumindo-se que ele já possua um
diagnóstico e que esteja sendo acompanhado pelo médico, deve respeitar a
seguinte sequência de procedimentos, antes do tratamento do paciente: perguntar
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FACULDADE PATOS DE MINAS

CURSO DE ODONTOLOGIA

ESTOMATOLOGIA II

ALUNO: ERIC DOS REIS BRANQUINHO

ODONTOLOGIA X AIDS; MANIFESTAÇÕES BUCAIS

Os profissionais da área da saúde devem estar preparados para o atendimento de todos os tipos de pacientes, seja qual for a sua doença o tratamento deve ser feito de forma segura! A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) é uma patogenicidade causada pelo vírus (HIV) em que o patógeno estranho ataca as células T-CD4, que são responsáveis pela resposta imune quando o nosso organismo é atacado. Mas antes disso o vírus possui 4 fases até o seu total desenvolvimento e pode ficar encubado por até 15 anos. As fases são: I- Infecção aguda; é um quadro autodelimitado que acomete 50 – 90% dos pacientes. É frequentemente assintomática, com pouca realização de diagnóstico por baixo índice de suspeição. O tempo médio entre a infecção e o aparecimento dos sintomas desta fase é de 2 a 3 semanas. Ocorre um aumento da viremia com intensa resposta imune e diminuição da contagem de T-CD4+. Quando a viremia se estabiliza, o número de linfócitos aumenta, mas não atinge os níveis anteriores à infecção. II- Infecção assintomática; ocorre após a fase aguda e tem duração variável. O paciente tem um quadro sintomatológico muito brando ou inexistente, podendo apresentar linfadenopatia persistente e indolor. Sintomática; nesta fase, são observadas manifestações relacionadas com a presença de imunodeficiência pela infecção do HIV, como aumento da carga viral e diminuição do número de linfócitos T-CD4+. III- linfoadenopatia persistente generalizada; O paciente apresentará sudorese noturna, fadiga, emagrecimento, diarréia, sinusopatias, candidíase oral e/ou vaginal, leucoplasia pilosa oral, gengivite, úlceras aftosas, herpes simples recorrente, herpes zoster e trombocitopenia IV- Manifestação da doença; é um quadro mais avançado da infecção pelo HIV, que se caracteriza pelo aparecimento de doenças oportunistas graves relacionados com a contagem de linfócitos T-CD4+. O vírus pode ser transmitido em qualquer fase da doença, podendo ser repassado sexualmente, pelo sangue, durante a gestação (perinatal) e de forma ocupacional entre profissional de saúde e paciente. A AIDS pode apresentar diversas manifestações clínicas, até mesmo na cavidade bucal. O tratamento odontológico de rotina do portador do HIV ou doente de AIDS, assumindo-se que ele já possua um diagnóstico e que esteja sendo acompanhado pelo médico, deve respeitar a seguinte sequência de procedimentos, antes do tratamento do paciente: perguntar

como ele está se sentindo; revisar história médica; deixar procedimentos invasivos quando houver uma queixa médica não esclarecida e realizar os exames clínicos extrabucal e intrabucal, onde todos os acha- dos devem ser anotados e planejar o procedimento antecipadamente evitando qualquer manipulação do prontuário até o final do tratamento. De modo geral o tratamento seguirá a mesma sequencia: alívio da dor; restauração da forma e função; e atendimento das necessidades estética. Segundo Corrêa & Andrade (2005) o desconhecimento inicial da doença e de seus aspectos clínicos, promoveu o preconceito em torno da AIDS nos consultórios odontológicos. Os autores relataram que grande parte dos cirurgiões-dentistas acredita não estarem prontos para tratar esses pacientes, especialmente daqueles que já apresentam complicações clínicas. Para minimizar estas questões relativas, principalmente ao medo e o preconceito de prestar assistência, os princípios para a manutenção da saúde bucal devem ser os mesmos para indivíduos infectados e não infectados. Não existem exigências que justifiquem alterações nos cuida- dos com a higiene bucal, pelo fato do HIV estar presente ou não. A qualidade de vida do paciente soropositivo melhora substancialmente quando são disponibilizados cuidados em saúde bucal durante a progressão do HIV, principalmente em relação à identificação e tratamento de lesões orais que aumentam em quantidade e gravidade durante a evolução da doença. As lesões bucais podem indicar a deterioração imunológica e progressão da doença. E por isso precisam ser comunicadas imediatamente ao médico responsável pelo atendimento do paciente. Os tratamentos odontológicos devem ser priorizados por “preventivo”. Instituir métodos de higiene bucal para todos os pacientes: devemos ter em mente que vários dos problemas encontrados na cavidade bucal de portadores de HIV e pacientes de AIDS ocorrem devido ao seu estado de imunodeficiência. A impossibilidade de controle pode tornar os problemas bucais crônicos. Sendo assim, a prevenção é um fator importante para a manutenção da saúde bucal dos pacientes. Tratamento periodontal pode ser feito da mesma forma que para o indivíduo imunocompetente. Embora raspagem, curetagem e aplainamento da raiz possam causar bacteremia, efeitos sistêmicos como febre e calafrios, estes não foram observados após o tratamento periodontal de portadores de HIV. A Candidíase bucal é a manifestação clínica observada com mais frequência e um indicador relevante de que o sistema imunológico está comprometido. O fungo mais encontrado é a Cândida albicans, embora outras espécies possam estar relacionadas. A classificação das manifestações bucais pode ser assim descrita: fase inicial ou fase de maior produção de vírus, a fase intermediária que compreende um período de maior contenção imune do vírus e a fase final, caracterizada por uma ruptura da resposta imune do hospedeiro. São manifestações bucais relacionadas à fase inicial: Candidíase Pseudomembranosa, Candidíase Eritematosa, Queilite Angular, Candidíase Hiperplásica. As lesões mais fortemente associadas com a infecção pelo HIV são: Candidíase Oral (Eritema- tosa e Pseudomembranosa), Leucoplasia Pilosa, Sarcoma de Kaposi, Linfoma não-Hodgkin, Eritema Gengival Linear, Gengivite Ulcerativa Necrozante e Periodontite Ulcerativa Necrozante. Aproximadamente 60% dos indivíduos infectados pelo HIV e 80% daqueles com AIDS apresentam manifestações orais. Os pacientes soropositivos não requerem modificação na estrutura física do consultório odontológico e, os casos mais complexos devem ser encaminhados aos serviços de referência para atendimento odontológico especializado.

complexos devem ser encaminhados aos serviços de referência para atendimento odontológico especializado. 2- Qual é a sequencia de atendimento de pacientes soropositivos e por que ocorre com maior incidência a candidíase bucal? O tratamento odontológico de rotina do portador do HIV ou doente de AIDS, assumindo-se que ele já possua um diagnóstico e que esteja sendo acompanhado pelo médico, deve respeitar a seguinte sequência de procedimentos, antes do tratamento do paciente: perguntar como ele está se sentindo; revisar história médica; deixar procedimentos invasivos quando houver uma queixa médica não esclarecida e realizar os exames clínicos extrabucal e intra bucal, onde todos os acha- dos devem ser anotados e planejar o procedimento antecipadamente evitando qualquer manipulação do prontuário até o final do tratamento. De modo geral o tratamento seguirá a mesma sequencia: alívio da dor; restauração da forma e função; e atendimento das necessidades estética. Os tratamentos odontológicos devem ser priorizados por “preventivo”. Instituir métodos de higiene bucal para todos os pacientes: devemos ter em mente que vários dos problemas encontrados na cavidade bucal de portadores de HIV e pacientes de AIDS ocorrem devido ao seu estado de imunodeficiência. A impossibilidade de controle pode tornar os problemas bucais crônicos. Sendo assim, a prevenção é um fator importante para a manutenção da saúde bucal dos pacientes. Tratamento periodontal pode ser feito da mesma forma que para o indivíduo imunocompetente. Embora raspagem, curetagem e aplainamento da raiz possam causar bacteremia, efeitos sistêmicos como febre e calafrios, estes não foram observados após o tratamento periodontal de portadores de HIV. A Candidíase bucal é a manifestação clínica observada com mais frequência e um indicador relevante de que o sistema imunológico está comprometido. O fungo mais encontrado é a Cândida albicans, embora outras espécies possam estar relacionadas. Conclusão Pode-se concluir que com o conhecimento das manifestações bucais causadas pela Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), o cirurgião-dentista, poderá fazer o diagnóstico precoce da doença, assim como o tratamento das manifestações. O trabalho junto com a equipe médica ajudará na preservação da saúde do paciente. A prevenção da transmissão é a chave para a diminuição da descriminação do atendimento de pacientes portadores de HIV, assim, todos os pacientes deverão ser considerados como potencialmente portadores de alguma doença infecto- contagiosa. Referênciasbibliográficas 1- Felipe LCS, Milhomem CNR, Morais AMD, Honda R, Passos WG, Furuse C. Patients with HIV / AIDS in Dentistry and its Oral Manifestations. J Orofac Invest. 2016;3(1):53-