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Resumo de metabolismo, Resumos de Medicina

Resumo sobre matéria de adolescência, metabolismo

Tipologia: Resumos

2023

À venda por 17/07/2023

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Revisão PR2 12/06/2023
Grazielle Costa
Adolescência, mudanças hormonais nas mulheres e homens, GnRH, FSH e LH como esses
hormônios funcionam. (eixo hipotálamo hipófise)
A puberdade envolve alterações físicas notáveis. Essas mudanças fazem parte de um longo
e complexo processo de maturação que começa antes do nascimento, e suas implicações
psicológicas podem continuar até a vida adulta.
O que são as hormonas? São substâncias químicas produzidas por glândulas que, ao
entrarem na circulação sanguínea, estimulam e regulam os processos vitais do organismo. Durante
a infância, há duas hormonas responsáveis pela regulação do crescimento: a hormona tiroideia
(adequando os batimentos cardíacos, a pressão sanguínea e o tônus muscular) e a hormona do
crescimento, mas durante a adolescência entram em jogo as chamadas hormonas sexuais: os
androgénios (são responsáveis pela produção de características sexuais masculinas), os
estrogénios (hormônio sexual feminino) e a progesterona (regula o ciclo menstrual e prepara a
mulher para a concepção).
Na parte baixa do cérebro encontram-se dois órgãos estreitamente relacionados: o
hipotálamo, que é o centro de regulação e de controle, e a hipófise, que é o diretor de todo o
sistema hormonal. A partir dos 8 anos, aproximadamente, a hipófise, estimulada pelo hipotálamo,
começa a funcionar e segrega duas hormonas, a hormona folículo-estimulante (FSH) e a hormona
luteinizante (LH). Esses hormônios exercem suas ações de formas diferentes nos meninos e nas
meninas. Nas meninas, os níveis aumentados de FSH levam ao início da menstruação. Nos
meninos, o LH inicia a liberação de dois hormônios adicionais: a testosterona e a androstenediona.
Quais os estágios de desenvolvimento da maturação puberal? (como ocorre nos meninos e
nas meninas)
As primeiras ações alterações hormonais na adolescência manifestam-se com o
desenvolvimento do útero e do ovário e o início do crescimento dos seios, nas meninas, nos
meninos, os testículos aumentam a produção de androgênios, principalmente a testosterona, o que
leva ao crescimento dos órgãos genitais masculinos, da massa muscular e dos pelos do corpo.
Num determinado momento, devido às alterações hormonais, os ovários começam a libertar os
óvulos que estiveram armazenados desde o nascimento. Isto dá início ao ciclo menstrual mensal,
do qual o período é apenas uma parte. O aparecimento do primeiro período chama-se menarca e
indica que a mulher, potencialmente, já pode engravidar. O principal sinal de maturidade sexual nos
meninos é a produção de esperma. A primeira ejaculação, ou espermarca, ocorre em média aos 13
anos. Mas, além disso, as alterações hormonais manifestam-se de outras formas. As glândulas
sudoríparas tornam-se assim mais ativas e começa-se a ter um odor particular, já que o conteúdo
do suor é diferente do de uma criança pequena. As hormonas também estimulam as glândulas
sebáceas e estas produzem mais sebo. Quando há uma grande quantidade de sebo, este pode
obstruir os poros da pele e produzir a acne.
A maturação precoce aumenta a probabilidade de maturação esquelética acelerada e
dificuldades psicossociais e está associada com problemas de saúde na vida adulta, incluindo
câncer do sistema reprodutor, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares (Golub et al., 2008).
É possível dizer que esse desenvolvimento acontece de forma simultânea?
Necessariamente, há o aumento da estatura? INDIVIDUALIZADO
Não, visto que, nos meninos a maturidade sexual é por volta dos 13 anos e nas meninas a
ocorrência pode variar entre 10 e 16 anos e meio.
Em relação à estatura, pode-se notar que há o estirão, que é o aumento rápido da altura e
do peso que precede a maturidade sexual, nos indivíduos do sexo feminino ocorre geralmente dois
anos antes do que no masculino, então as garotas entre as idades de 11 a 13 anos tendem a ser
mais altas, mais pesadas e mais forte que os garotos da mesma idade. Após esse estirão de
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Grazielle Costa

Adolescência, mudanças hormonais nas mulheres e homens, GnRH, FSH e LH como esses hormônios funcionam. (eixo hipotálamo hipófise) A puberdade envolve alterações físicas notáveis. Essas mudanças fazem parte de um longo e complexo processo de maturação que começa antes do nascimento, e suas implicações psicológicas podem continuar até a vida adulta. O que são as hormonas? São substâncias químicas produzidas por glândulas que, ao entrarem na circulação sanguínea, estimulam e regulam os processos vitais do organismo. Durante a infância, há duas hormonas responsáveis pela regulação do crescimento: a hormona tiroideia (adequando os batimentos cardíacos, a pressão sanguínea e o tônus muscular) e a hormona do crescimento , mas durante a adolescência entram em jogo as chamadas hormonas sexuais: os androgénios (são responsáveis pela produção de características sexuais masculinas), os estrogénios (hormônio sexual feminino) e a progesterona (regula o ciclo menstrual e prepara a mulher para a concepção). Na parte baixa do cérebro encontram-se dois órgãos estreitamente relacionados: o hipotálamo, que é o centro de regulação e de controle, e a hipófise, que é o diretor de todo o sistema hormonal. A partir dos 8 anos, aproximadamente, a hipófise, estimulada pelo hipotálamo, começa a funcionar e segrega duas hormonas, a hormona folículo-estimulante (FSH) e a hormona luteinizante (LH). Esses hormônios exercem suas ações de formas diferentes nos meninos e nas meninas. Nas meninas, os níveis aumentados de FSH levam ao início da menstruação. Nos meninos, o LH inicia a liberação de dois hormônios adicionais: a testosterona e a androstenediona.

Quais os estágios de desenvolvimento da maturação puberal? (como ocorre nos meninos e nas meninas) As primeiras ações alterações hormonais na adolescência manifestam-se com o desenvolvimento do útero e do ovário e o início do crescimento dos seios, nas meninas, nos meninos, os testículos aumentam a produção de androgênios, principalmente a testosterona, o que leva ao crescimento dos órgãos genitais masculinos, da massa muscular e dos pelos do corpo. Num determinado momento, devido às alterações hormonais, os ovários começam a libertar os óvulos que estiveram armazenados desde o nascimento. Isto dá início ao ciclo menstrual mensal, do qual o período é apenas uma parte. O aparecimento do primeiro período chama-se menarca e indica que a mulher, potencialmente, já pode engravidar. O principal sinal de maturidade sexual nos meninos é a produção de esperma. A primeira ejaculação, ou espermarca, ocorre em média aos 13 anos. Mas, além disso, as alterações hormonais manifestam-se de outras formas. As glândulas sudoríparas tornam-se assim mais ativas e começa-se a ter um odor particular, já que o conteúdo do suor é diferente do de uma criança pequena. As hormonas também estimulam as glândulas sebáceas e estas produzem mais sebo. Quando há uma grande quantidade de sebo, este pode obstruir os poros da pele e produzir a acne. A maturação precoce aumenta a probabilidade de maturação esquelética acelerada e dificuldades psicossociais e está associada com problemas de saúde na vida adulta, incluindo câncer do sistema reprodutor, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares (Golub et al., 2008).

É possível dizer que esse desenvolvimento acontece de forma simultânea? Necessariamente, há o aumento da estatura? INDIVIDUALIZADO Não, visto que, nos meninos a maturidade sexual é por volta dos 13 anos e nas meninas a ocorrência pode variar entre 10 e 16 anos e meio. Em relação à estatura, pode-se notar que há o estirão, que é o aumento rápido da altura e do peso que precede a maturidade sexual, nos indivíduos do sexo feminino ocorre geralmente dois anos antes do que no masculino, então as garotas entre as idades de 11 a 13 anos tendem a ser mais altas, mais pesadas e mais forte que os garotos da mesma idade. Após esse estirão de

Grazielle Costa

crescimento, os meninos ficam novamente maiores. As mulheres atingem sua altura total aos 15 anos e os homens, aos 17.

Como resultado dessas variações hormonais, na mulher, ocorre a menarca. Qual o principal hormônio relacionado a tudo isso? ESTRÓGENO O ciclo menstrual é contado pelo número de dias e, embora a definição do ciclo “normal” seja de 28 dias, são considerados normais os ciclos com duração de 21 até 35 dias. É composto por duas grandes “fases”, em que existe produção e liberação de dois tipos principais de hormônios sexuais: estrógenos e progesterona. Durante estas fases, são muito comuns alterações no estado de humor, no apetite e na libido (desejo sexual). Estas recebem o nome de fase folicular e fase lútea. Na fase folicular (1º ao 14º dia) ocorre o crescimento e amadurecimento do óvulo que será liberado na ovulação, enquanto que a fase lútea (15º ao 28º dia) tem a função de produzir os hormônios fundamentais (principalmente a progesterona) para o desenvolvimento da futura gestação.

O que estimula a produção de estrogênios no ovário? Nas mulheres, a produção do estrogênio é intimamente relacionada com o ciclo menstrual. A síntese de estrogênio é regulada por outros dois hormônios chamados de gonadotrofinas, o FSH (hormônio folículo estimulante) e LH (hormônio luteinizante), secretados pela hipófise.

Métodos contraceptivos, consequências da gravidez na adolescência, questões sociais, emocionais e econômicos.

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Métodos contraceptivos hormonais e de barreira.

Planejamento familiar. O planejamento familiar, assegurado na Constituição Federal e na Lei n° 9.263 de 1996, é definido como um conjunto de ações em que são oferecidos tanto recursos para a concepção, quanto para prevenir uma gravidez indesejada. Este é um direito sexual e reprodutivo, que assegura a livre decisão da pessoa sobre ter ou não ter filhos.

Tempos de gestação, o que acontece nos primeiros dias e por semanas. Ocorreu a ovulação e a fertilização do óvulo pelo espermatozoide, logo o embrião formado a partir daí será transportado para a cavidade do útero através de um movimento de propulsão da Trompa de Falópio (órgão que conecta o ovário ao útero). As células-tronco totipotentes geradas a partir da fecundação estão a mil por hora, se multiplicando com o poder e a responsabilidade de formar cada tecido e órgão do ser vivo que está se gerando. Doze dias após a fertilização, já é possível fazer o diagnóstico da gravidez através do exame ß-hCG. Após a fecundação, o futuro bebê – ainda muito, muito pequeno – chega ao útero, através das trompas, e lá se firma ou se “implanta”, onde então começa a crescer a placenta. Na terceira semana de gestação seu futuro bebê é uma minúscula bolinha formada por centenas de células que se multiplicam freneticamente. Quando essa bola de células (chamada blastocisto) se assentarem em seu útero, a parte dela que se transformará na placenta vai começar a produzir o hormônio da gravidez (gonadotrofina coriônica humana, hCG). Na quarta semana o aglomerado de células – agora chamado embrião – que está crescendo dentro do seu útero é do tamanho de uma semente de maçã. Ele se divide em camadas que, mais tarde, vão formar órgãos e tecidos. O tubo neural – a partir do qual vão brotar o cérebro, a espinha dorsal, a medula espinhal e os nervos – desenvolve-se na camada superior. O coração e o sistema

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circulatório começam a aparecer na camada do meio. Ao mesmo tempo, já estão funcionando uma primeira versão da placenta (as vilosidades coriônicas) e o cordão umbilical, que leva nutrientes e oxigênio para o bebê. Na quinta semana acredite ou não, mesmo que você não pareça nem um pouco grávida ainda, o coração do seu bebê já está batendo. Com 5 semanas o embrião já está visível na ultrassonografia e mede em torno de 2 milímetros. Ele passará por um estirão esta semana. O coração está se dividindo em câmaras e logo assumirá um ritmo mais regular. Os órgãos principais, como os rins e o fígado, começam a crescer. O tubo neural, que liga o cérebro e a medula espinhal, vai se fechar nesta semana. Começam a brotar os membros superiores e inferiores do embrião, botõezinhos que darão origem aos braços e às pernas do bebê. Os intestinos estão se desenvolvendo. Abaixo da abertura, que mais tarde será a boca do seu bebê, há pequenas dobras onde o pescoço e a arcada inferior vão se desenvolver. Os traços faciais já começam a se desenvolver nesta semana. As narinas se diferenciam e a primeira versão da retina nos olhos está em formação. A placenta começou a se formar na semana passada, e o cordão umbilical está trabalhando totalmente para canalizar os nutrientes necessários do seu corpo ao do embrião. O oxigênio, os aminoácidos, a gordura e os açúcares são essenciais nesse projeto incrível de construção de um ser humano. Sexta semana gestacional, o tamanho do embrião agora é de um grão de arroz, em torno de 4 mm de comprimento crânio-nádegas. Apesar de tão pequeno, o coração, os pulmões, a vesícula biliar, o fígado, o baço, o pâncreas e a tireoide já estão em formação. Se você conseguisse enxergar dentro da sua barriga, veria que o feto tem uma cabeça desproporcionalmente grande em relação ao corpo. Os traços faciais do embrião estão se formando, há manchas escuras no lugar dos olhos, aberturas onde ficarão as narinas e há pequenas saliências marcando as orelhas. Os brotos, do que no futuro serão os braços e as pernas, estão ainda mais evidentes. As mãos e os pés do embrião são achatados. Entre outras novidades estão o crescimento da hipófise, glândula cerebral responsável pela regulação de vários hormônios do organismo, e das fibras musculares. Ainda não dá para ouvir, mas a frequência cardíaca do feto está em um ritmo de 150 batimentos por minuto – o dobro do seu ritmo cardíaco. No meio dessa semana, o embrião começa a se mexer. Na sétima semana o embrião está com cerca de 4 a 5 mm de comprimento cabeça- nádegas. O cordão umbilical está formado. O coração tem 4 câmaras, os rins estão se formando e o cérebro está se dividindo em dois hemisférios. O embrião de oito semanas está formando a língua, os intestinos, e os rins estão produzindo urina e a coluna vertebral está visível. Os dedos dos pés e das mãos começam a se formar. O coração atinge o ritmo mais acelerado, em torno de 175 bpm. Na nona semana o bebê pesa menos de 10 gramas, mas está crescendo rápido. Todas as partes do corpo já estão presentes, como braços, pernas, olhos e os órgãos, inclusive os genitais, embora não estejam totalmente formados. A orelha está pronta por fora e, ao final desta semana, também estará formada por dentro. Agora que ele tem desenvolvida toda a estrutura básica do corpinho, vai começar a ganhar peso e tamanho de maneira incrível. O aspecto já é mais parecido com aquele bebê que vai nascer. Na décima semana de gestação o sangue de uma mulher grávida carrega o DNA do seu feto. Através de um exame de sangue seu, é possível detectar se o feto tem alguma anormalidade genética, como a Síndrome de Down, por exemplo, com uma precisão muito grande. A décima primeira semana é o final do primeiro trimestre. Quando as próximas semanas passarem, a maior parte do desenvolvimento mais crucial do bebê já terá acontecido, e o risco de aborto espontâneo diminuirá consideravelmente.

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colunar, que desenvolve rapidamente à cavidade amniótica. Hipoblasto Camada celular delgada e cubóide, que forma o saco vitelino. Blastocisto Conjunto de estruturas embrionárias que incluem os blastócitos, células primordiais do embrião e dos anexos embrionários. Blastocele Cavidade que divide esses dois tipos celulares

 FASES DA GESTAÇÃO

- Primeira semana

  1. Fecundação União de um espermatozoide com um ovócito secundário, que ocorre normalmente na ampola da tuba uterina formando o zigoto. O ovócito é expulso o folículo terciário do ovário durante o processo de ovulação, juntamente com a corona radiata. A tuba desliza suas fímbrias sobre a superfície do ovário para frente e para trás, de modo a capturar o ovócito na ovulação. Não havendo fertilização, este se degenera em 24-36 horas.

Fases da fecundação:

  • Passagem do espermatozoide através da corona radiata do ovócito (reação acrossômica): Auxiliado pela ação da enzima hialuronidase, liberada do acrossoma do espermatozóide, e também, pelo movimento da cauda do espermatozóide (figura 1).
  • Penetração na zona pelúcida: Logo que o espermatozóide penetra a zona pelúcida desencadeia o fim da segunda meiose e uma reação zonal, mudanças das propriedades físicas da zona pelúcida que a torna impermeável a outros espermatozoides (figura 1).
  • Fusão das membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozóide: A cabeça e a cauda do espermatozóide entram no citoplasma do ovócito na área de fusão.
  • Término da segunda divisão meiótica do ovócito: Formação do ovócito maduro (pronúcleo feminino) e o segundo corpo polar.
  • Formação do pronúcleo masculino: Dentro do citoplasma do ovócito, o núcleo do espermatozóide aumenta para formar o pronúcleo masculino, enquanto que a cauda do espermatozóide se degenera. Durante o crescimento, os pronúcleos replicam seu DNA.
  • Lise da membrana do pronúcleo: Ocorre a agregação dos cromossomos (23 cromossomos de cada núcleo resulta em um zigoto) para a divisão celular mitótica e primeira clivagem do zigoto (figura 2).

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(Figura 1)

(Figura 2)

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À medida que o fluido aumenta na cavidade, os blastômeros são separados em duas partes:

  • Trofoblasto: Camada celular externa que formará a parte embrionária da placenta.
  • Embrioblasto: Grupo de blastômeros localizados centralmente que dará origem ao embrião. Durante esse estágio o concepto é chamado de blastocisto. Cerca de 6 dias após a fecundação, o blastocisto adere ao epitélio endometrial por ação de enzimas proteolíticas (metaloproteinases) e a implantação sempre ocorre do lado onde o embrioblasto está localizado. Logo, o trofoblasto começa a se diferenciar em duas camadas (figura 6):
  • Citotrofoblasto: Camada interna de células.
  • Sincicitrofoblasto: Camada externa de células.

No final da primeira semana o blastocisto está superficialmente implantado na camada endometrial na parte póstero-superior do útero. O sinciciotrofoblasto é altamente invasivo e se adere a partir do pólo embrionário, liberando enzimas que possibilita a implantação do blastocisto no endométrio do útero. Esse é responsável pela produção do hormônio hCG que mantém a atividade hormonal no corpo lúteo durante a gravidez e forma a base para os testes de gravidez.

- Segunda semana

  • Término da implantação do blastocisto (10° dia) (figura 7);
  • Formação do disco embrionário bilaminar - epiblasto e hipoblasto;
  • Formação de estruturas extraembrionárias: a cavidade amniótica, o âmnio, o saco vitelino, o pedúnculo de conexão e o saco coriônico.
  1. Formação da cavidade amniótica e do disco embrionário Com a progressão da implantação do blastocisto, ocorrem mudanças no embrioblasto que resultam na formação de uma placa bilaminar – o disco embrionário- formado por duas camadas (figura 8):

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endoderma do saco vitelínico formam o mesoderma extra-embrionário, que circunda o âmnio e o saco vitelino. Assim, há formação do âmnio, disco bilaminar e saco vitelínico. Com o desenvolvimento, surgem espaços celômicos isolados no interior do mesoderma extra- embrionário. Posteriormente, fundem-se para formar o celoma extra-embrionário, que envolve o âmnio e o saco vitelino.

  1. Desenvolvimento do saco coriônico O celoma extra-embrionário divide o mesoderma extra-embrionário em duas camadas (Figura 9):
  • Mesoderma somático extra-embrionário, que reveste o trofoblasto e o âmnio.
  • Mesoderma esplâncnico extra-embrionário, que envolve o saco vitelino.

Córion: Formado pelo mesoderma somático extra-embrionário e as duas camadas de trofoblasto.

  • Terceira semana

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  • Aparecimento da linha primitiva;
  • Formação da notocorda;
  • Formação do disco trilaminar
  1. Gastrulação: Formação das camadas germinativas Processo pelo qual o disco embrionário bilaminar é convertido em disco embrionário trilaminar (inicio da morfogênese). Durante a gastrulação ocorrem alguns eventos importantes como a formação da linha primitiva, camadas germinativas, placa precordal e notocordal. Cada uma das três camadas germinativas dará origem a tecidos e órgãos específicos:
  • Ectoderma: Origina a epiderme, sistema nervoso central e periférico e a várias outras estruturas;
  • Mesoderma: Origina as camadas musculares lisas, tecidos conjuntivos, e é fonte de células do sangue e da medula óssea, esqueleto, músculos estriados e dos órgãos reprodutores e excretor;
  • Endoderma: Origina os revestimentos epiteliais das passagens respiratórias e trato gastrointestinal, incluindo glândulas associadas.
  1. Formação da linha primitiva No início da terceira semana a linha primitiva (figura 10) surge na extremidade caudal do embrião como resultado da proliferação e migração de células do epiblasto para o plano mediando do disco embrionário, constituindo o primeiro sinal da gastrulação. Na sua extremidade cefálica surge o nó primitivo, com uma pequena depressão no centro chamado fosseta primitiva e ao longo da linha forma-se o sulco primitivo. O aparecimento da linha primitiva torna possível identificar o eixo embrionário.

Após esse processo, ocorre a invaginação de células do epiblasto que dão origem as três camadas germinativas do embrião (figura 11):

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  1. Formação do processo notocordal Células mesenquimais migram cefalicamente do nó e da fosseta primitiva formando um cordão celular mediano o processo notocordal. Esse processo adquire uma luz - canal notocordal - e cresce até alcançar a placa precordal, área de células endodérmicas firmemente aderidas a ectoderma. Estas

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camadas fundidas formam a membrana bucofaríngea (boca). Caudalmente a linha primitiva há uma área circular também com disco bilaminar, a membrana cloacal (ânus). A notocorda surge pela transformação do bastão celular do processo notocordal. O assoalho do processo notocordal funde-se com o endoderma e degeneram. Ocorre então a proliferação de células notocordais a partir da extremidade cefálica, a placa notocordal se dobra e forma a notocorda (figuras 12 e 13 ).

A notocorda:

  • define o eixo do embrião;
  • base para formação do esqueleto axial;
  • futuro local dos corpos vertebrais.
  1. Formação do alantóide O alantóide é um anexo embrionário que surge por volta do 16° dia na parede caudal do saco vitelino. Durante a maior parte do desenvolvimento, o alantóide persiste como uma linha que se estende da

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  1. Desenvolvimento dos somitos Durante a formação da notocorda e do tubo neural, o mesoderma intra-embrionário se divide em: mesoderma paraxial, intermediário e lateral (contínuo com o mesoderma extra-embrionário) (figura 18).

Próximo ao fim da 3° semana de gestação, o mesoderma paraxial diferencia-se e forma os somitos. No fim da 5° semana, 42 a 44 pares de somitos estão presentes e avançam cefalocaudalmente dando origem à maior parte do esqueleto axial e músculos associados, assim como a derme da pele adjacente.

  1. Desenvolvimento do celoma intra-embrionário No interior do mesoderma lateral e cardiogênico surgem espaços celômicos que se unem e formam o celoma intra-embrionário, dividindo o mesoderma lateral em duas camadas:
    • Camada parietal/ somática que cobre o âmnio;

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  • Camada visceral/ esplâncnica que cobre o saco vitelino.
  • Somatopleura = mesoderma somático + ectoderma sobrejacente
  • Esplancnopleura = mesoderma esplacnico + endoderma subjacente Durante o 2° mês, o celoma está dividido em 3 cavidades:
  • Cavidade pericárdica;
  • Cavidades pleurais;
  • Cavidade peritoneal.
  1. Desenvolvimento do sistema cardiovascular No inicio da 3°semana começa a angiogênese no mesoderma extra-embrionário do saco vitelino, do pedículo do embrião e do córion. A formação dos vasos sanguíneos inicia-se com a agregação dos angioblastos – ilhotas sanguíneas. Pequenas cavidades vão se formando dentro das ilhotas, os angioblatos se achatam e originam o endotélio primitivo. Essas cavidades se unem formando redes de canais endoteliais (figura 20). O coração e os grandes vasos provêm de células mesenquimais da área cardiogênica (figura 19).

Durante a 3° semana os tubos endocárdicos se fundem, originando o tubo cardíaco primitivo. No fim da 3° semana o sangue já circula e desenvolve-se o primórdio de uma circulação uteroplacentária.

Ectoderma, mesoderma e endoderma.

  • Ectoderma: Origina a epiderme, sistema nervoso central e periférico e a várias outras estruturas;
  • Mesoderma: Origina as camadas musculares lisas, tecidos conjuntivos, e é fonte de células do sangue e da medula óssea, esqueleto, músculos estriados e dos órgãos reprodutores e excretor;
  • Endoderma: Origina os revestimentos epiteliais das passagens respiratórias e trato gastrointestinal, incluindo glândulas associadas.

Anexos embrionários.