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Guias e Dicas
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Resumo de livro sobre bruxaria, Resumos de Religião

Boa leitura, simples, descomplicado, fácil.

Tipologia: Resumos

2016

Compartilhado em 24/02/2023

sheyla-veras-feitosa-10
sheyla-veras-feitosa-10 🇧🇷

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Baixe Resumo de livro sobre bruxaria e outras Resumos em PDF para Religião, somente na Docsity!

Era uma vez a poderosa Bruxa de

Évora que conquistou e aterrorizou ge-

rações de corações luso-brasileiros por

séculos e que possuía um caderno com-

pletamente abarrotado de poções, fei-

tiços, bruxedos, encantamentos, banhos,

rezas etc. Sua fama singrou barreiras

cronológicas e físicas e aportou no Brasil

com os navegantes portugueses... Sua

magia criou raízes e ramificações se en-

trelaçando com as religiões ameríndias...

Se você quiser saber mais sobre a Bruxa de Évora, leia atentamente as pá- ginas deste livro e descubra como resol- ver seus problemas.

descobrimento e, posteriormente, dos

colonizadores.

Apesar de temida, as pessoas sem-

pre buscaram conhecer os poderes dessa

Bruxa: seus feitiços, sortilégios, banhos,

amarrações, conjuros etc, com a finali-

dade de obter cura, proteção e sucesso

no amor e na vida.

Por essa razão, a autora, Maria Helena Farelli, tentou resgatar um pouco desse saber e trazê-lo progressivamente para o grande público que em pleno sé- culo XXI procura cada vez mais a ajuda da magia e dos fenômenos sobrenatu- rais e paranormais para transformar seu cotidiano.

Filtradas as diferenças de época, as adaptações e criações sobre o tema etc. a autora conseguiu reunir um ma- terial que, sem dúvida, ajudará a resol- ver muitas demandas daqueles que dele precisam.

É ler para crer e testar a força des- ta Bruxa secular que tanto assombrou seus contemporâneos. Boa Sorte e mãos à obra!

_

a partir de "Queen Eleanor and Fair Rosamund";^ capa: Leonardo Carvalho, de Evelyn de Morgan (1855-1919)

Maria Helena Farelli

A BRUXA

DE

ÉVORA

2 a edição

RMlAb

Rio de Janeiro

Impresso no Brasil

S U M Á R I O

Apresentação

Prefácio

Portugal entre rei católico e crenças medievais

Peregrinos e pagadores de promessas

Mouros encantados nas vizinhanças de Évora

Maravilhas na Sé de Évora

Encantarias da Bruxa de Évora

Monstros e dragões

O livro negro das bruxas

Visões e fantasmagorias em tempos de festa

Bruxaria entre alegria e morte

Travessuras e feitiços da Bruxa de Évora no Brasil

O livro de orações da Bruxa de Évora Feitiços da Bruxa de Évora Bibliografia

A P R E S E N T A Ç Ã O

Em um depoimento acerca das feiticeiras m o - dernas, a autora de "A Bruxa de Évora", Maria Helena F a r e l l i , diz que "é b e m fácil reconhecer u m a bruxa. Ela tem o olhar claro e direto e é sempre muito simpá- tica." Diz ainda que é neta de u m a cartomante cigana e sobrinha de u m a quiromante; diz também que des- cobriu cedo que era bruxa. M e s m o assim, tentou mu- dar seu destino: formou-se em jornalismo e quis se- guir u m a carreira independente d a s tradições familia- res. M a s a sorte só batia à sua porta quando escrevia sobre temas místicos. Por isso, resolveu assumir defi- nitivamente sua m i s s ã o e hoje, quarenta livros publi- c a d o s , sabe que fez a opção certa. Ela afirma ainda que " a s bruxas modernas não cruzam os céus c a v a l g a n d o vassouras nem cozinham morcegos em enormes caldeirões, tampouco correm o risco de serem levadas às fogueiras da Inquisição." Ao contrário, "bem-sucedidas e respeitadas, elas se apre- sentam em p r o g r a m a s de TV e de rádio, recebem cli- entes de todo o m u n d o e na hora de viajar preferem o conforto dos aviões." Isso é v e r d a d e. M a s , o que acontece quando u m a feiticeira fala de outra bruxa, b e m m a i s velha, q u e v i v e u na I d a d e M é d i a , q u a n d o se temia a chega- da do fim do m u n d o é do Anticristo? V o a m s a p o s e

P R E F Á C I O

Enquanto eu e s c r e v i a sobre u m a p e r s o n a g e m que viveu em Évora, d u r a n t e a Idade d a s Trevas, o Brasil c o m e m o r a v a 5 0 0 a n o s e l o u v a v a Portugal p e l a descoberta deste p a r a í s o q u e deve ter s i d o n o s s a ter- r a v i r g e m a o s o l h o s l u s i t a n o s , n a h o r a e s p a n t o s a d a chegada. Eles vinham c o m a C r u z de Cristo vermelha sobre o branco d a s v e l a s d a s s u a s naus. Traziam fome, sede e o voraz desejo de o u r o. M a s traziam t a m b é m s u a tradição, s e u s c o s t u m e s , a s lendas p o r t u g u e s a s , nascidas dos p o v o s q u e f i z e r a m sua etnia - iberos, ro- m a n o s , fenícios e m o u r o s ; e nos legaram, junto com o cristianismo, esse f a b u l o s o lendário. Em 1500, o R e n a s c i m e n t o d e s e n c a d e o u um processo de d e s c r i s t i a n i z a ç ã o da Europa ao valorizar o humanismo, o m a t e r i a l i s m o e o p a g a n i s m o , m a s Por- tugal não abriu m ã o do a m o r a Cristo, e o infiltrou em toda terra por ele c o n q u i s t a d a. M a s o cristão portu- g u ê s acreditava t a m b é m e m mouras tortas, a l m a s p e - n a d a s , lobisomens, b u r r i n h a s - d e - p a d r e ; e os g u a r d o u em seus baús na v i a g e m p e l o mar tenebroso. Eles sen- tiam no oceano d r a g õ e s e s c a m o s o s , serpentes esver- d e a d a s , o inferno m e d i e v o , c o m o b e m d e s c r e v e u Joãozinho Trinta, o f a m o s o carnavalesco, no enredo apresentado por u m a e s c o l a d e s a m b a d o Rio d e Ja-

neiro no carnaval de 2000, que mostrava as visões de paraíso e de inferno presentes no Brasil.

E s s a s histórias foram tão importantes para o p o v o brasileiro, que um marco de pedra fincado em 1501 por navegantes p o r t u g u e s e s no litoral do Rio Grande do Norte, que possui a cruz da Ordem de Cristo e o e s c u d o português e s c u l p i d o s em relevo, é hoje cultuado como objeto s a g r a d o por comunidades da região de Pedra Grande. O culto à pedra resistiu ao tempo: a g o r a ela é c h a m a d a "Santo Cruzeiro" e faz curas. A s s i m , o lendário de n o s s o s colonizadores con- tinua v i g o r o s o em pleno século XXI. A d a p t o u - s e à umbanda, trazendo para ela os santos protetores que estão em cada altar de tendas e abaçás: São Sebastião, N o s s a Senhora dos N a v e g a n t e s , N o s s a Senhora d a Conceição, São Jerônimo, São Jorge, São Lázaro. E uniu- se ao folclore negro iorubá e ao indígena, d a n d o ori- gem ao folclore nacional. E esta tradição, esse m u n d o mágico que envolve a vida da Bruxa de Évora.

M a s , por que escolhi u m a personagem medie- v a l? Por q u e quis mostrar s e u s trabalhos e encanta- rias? Porque há u m a teoria entre escritores e intelec- tuais, entre eles Vacca (seu criador) e Umberto Eco, um d o s mestres da literatura contemporânea, de que p o d e r e m o s entrar numa nova Idade Média a p ó s o co- lapso total do sistema em que vivemos. Eu creio nessa teoria, porque a bruxaria está de volta em todo o mun- do, porque o cristianismo está exagerado e ocorre o crescimento d a s seitas muçulmanas, penetrando em redutos cristãos, como o fizeram na Idade das Trevas. Po- pulações de rua surgem em t o d a s as grandes cidades.

P O R T U G A L E N T R E R E I C A T Ó L I C O E C R E N Ç A S M E D

C o n t a m l e n d a s d e além-mar que v i v e u e m Portugal u m a p o d e r o s a bruxa. Essa bruxa foi famosa.

Centenária. Poderosa. Era a bruxa da cidade, que an- d a v a com um mocho às costas e que tocava harpa nas noites frias de inverno. Aliada do Tinhoso, era ao mes-

mo tempo temida e a d o r a d a. N u m a casa, um simples casebre, vivia a espe- rança de muitos, o p a v o r de outros: a Bruxa de Évora, a M o u r a Torta, a g u a r d a d o r a dos segredos d o s feitiços do Oriente, a que v o a v a em camelos alados nas noites de lua cheia, a boca-suja, a praguejadora, a m a g a ne- gra, a que fazia as mulheres engravidarem (pois di- z e m que até as mulheres nobres a p r o c u r a v a m para terem filhos, depois de tentarem promessas, rezarem m i s s a s e chorarem a o s p é s d o s santos Sebastião, Jorge e Pudenciana, a virgem)... Vivia como eremita, sem- pre só em sua casa, c o m s u a s galinhas e coelhos, com chapelão, saia e avental, com sapatos g o l p e a d o s , mur- m u r a n d o rezas estranhas...

Vamos contar s u a s histórias, seus feitiços e suas lendas. Ponham atenção... sintam seu cheiro de cânha- mo e beladona... É tempo de almas p e n a d a s e de san- tos vivos... É tempo de m a g i a negra!

N o s s a história se p a s s a em Évora, lá pelos idos de 1230, setenta anos depois da tomada de Lisboa a o s m o u r o s q u e lá v i v i a m e m a n d a v a m , a d o r a n d o a Mafoma e a Allah; grande feito d o s guerreiros portu- gueses, alcançado graças ao sacrifício de D o m Martim Moniz, senhor do domínio de Ravasco, que deu a v i d a para que os portugueses se a p o d e r a s s e m do castelo de Achbuna. A vida mantinha então as cores de um conto de fadas. Pois as ideias dominantes eram as do Velho Testamento, do romance de cavalaria, da balada. Nar- rativas de aventuras eram comuns; e talvez esta seja apenas mais uma delas. A cavalaria na Idade Média criou um ideal de h o m e m forte, vigoroso e amante; m a s a bruxaria d e u o lado encantado dessa era. Cavaleiros andantes, bru- xas, p a d r e s andarilhos, m a g o s , alquimistas, reis, frei- ras, p a p a s e imperadores reinaram por todo esse perío- do. Ordens como a de São João, a dos Templários e a dos Teutónicos levavam os homens aos reinos da fanta- sia. O cavaleiro andante, fantástico e misterioso, era sem a p e g o s como os primeiros templários o foram, e tão mágicos quanto as bruxas e seus sabás... só encantamen- to, sonho, como uma festa de tolos ou uma saturnália.

O jovem herói libertando a virgem e a bruxa v o a n d o n u m a vassoura fazem parte do m e s m o mun- do, de insaciabilidade juvenil, de um primitivismo ro- mântico, pois qualquer ação, m e s m o a mais simples, era, nessa época, levada à categoria de um ritual. Inci- dentes de menor importância como u m a viagem, u m a visita, eram rodeados por mil formalidades, bênçãos,

cerimônias. U m a atmosfera de paixão e aventura en- volvia a vida dos príncipes; e uma onda de tristeza envolvia o povo. Era como se um sentimento de cala- m i d a d e iminente a m e a ç a s s e a todos, originado de idéias de fim de mundo, de inferno, de demônios e duendes. Aí entrava o poder de bruxos, m a g o s , alqui- mistas em busca do ouro. N e s s e s tempos, Portugal contava com u m a p o p u l a ç ã o de pouco mais de um milhão de almas. Era u m a mistura de gente com traços visigodos e árabes; havia muitos espanhóis e até pessoas com traços ro- manos. Desta miscigenação nasceu a gente do reino de Portucália. A virada do primeiro milênio ocorrera há pou- co t e m p o e a Europa vivia no a p o g e u do feudalismo. Os camponeses mal vestidos, rasgados, mal alimenta- dos, p r o d u z i a m apenas o suficiente para o consumo; m a s o luxo havia aumentado extraordinariamente en- tre a nobreza e o clero. Os homens ricos, com s u a s tú- nicas forradas de peles, com barretes e gorras rígidas, a n d a v a m lentamente pelas ruelas, embelezados por chapéus de veludo, de feltro ou de pano, p o n t e a g u d o s e duros. Calçados pontudos, feitos de cordovão^1 , pisa- v a m forte, revelando a importância de seus p o s s u i d o - res; as d a m a s usavam-nos tintos de cores vivas, pratea- d o s ou dourados. De vez em quando, um tocador de gironda^2 ou de bandolim alegrava as ruas com s u a s canções engraçadas.

(^1) C o r d o v ã o = couro de cabra p r o d u z i d o em C ó r d o v a. (^2) G i r o n d a = instrumento musical da I d a d e M é d i a.

As mulheres p a s s e a v a m pelas praças, olhan- do para os telhados. Trajavam túnicas de cores varia- d a s , feitas com fios cruzados, e cobriam-se c o m man- tos de tecidos grosseiros ou de peles. U s a v a m forques^3 , braceletes e ajorcas^4. M u i t a s u s a v a m p o l a i n a s 5 ou calcetas^6 para melhor serem vistas. As v i ú v a s p a s s a - v a m de cabelo curto, pois assim m a n d a v a a m o d a , e u m a touca branca. As c a s a d a s traziam os cabelos ata- d o s , presos, e as solteiras, soltos ao vento. E r a m belas, com olhos mouros e cabelos negros. T o d a s a d o r a v a m a falecida rainha Mafalda, que fora enterrada c o m toucado em rolo, coroa real aberta, manto p r e s o por um firmai^7 , esmoleira^8 pendente da cinta. E a d o r a v a m os trajes d a s v i s i g o d a s , mulheres d o s bárbaros do nor- te que invadiram a região no princípio do século V e que modificaram a vida na Espanha e em Portugal. Elas u s a v a m u m a s calças que desciam até o joelho ou até o tornozelo; e um saiote com uma correia a m a r r a d a à cintura. U s a v a m a blusa com gola de cabeção^9 e man- g a s curtas. Muitas lusitanas nobres u s a r a m então esse traje.

O p o v o , ignorante dessas m o d a s , u s a v a sem- pre as roupas que s o b r a v a m dos outros, r e m e n d a d a s , g r o s s a s e sujas. C o m p r i m i d a em casas juntas u m a s d a s outras, aquela gente pobre de Portugal somente conhe-

4 ' T o r q u e = cordão de o u r o ou prata, curto, u s a d o c o m o g a r g a n t i l h a. 5 Ajorca = o m e s m o q u e axorca; argola u s a d a na perna ou no b r a ç o. Polaina = cobertura p a r a a p e r n a e a parte superior do s a p a t o. (^6) Calceta = meia com b a b a d o s. (^7) Firmai = broche com m e d a l h a. (^8) Esmoleira = bolsinha ou sacola p a r a dinheiro m i ú d o. (^9) C a b e ç ã o = gola l a r g a.

Já os servos da gleba, só tinham de trabalhar... a relação senhor-servo era o cumprimento da vontade de D e u s (diziam os padres). Assim o m u n d o estava organizado. Os bruxos que se rebelavam i a m direto p a r a a fogueira. E u m a mulher que ganhava sua vida com sortes e feitiços, e n a d a devia ao senhor da terra e à Igreja, deveria por certo ser morta... assim p e n s a v a m alguns, como os eremitas, que abandonavam as cida- d e s e iam viver em cavernas. Esses eremitas o d i a v a m os bruxos; e a cristandade os perseguia sempre. As execuções eram muitas, e para o povo, esse era um es- petáculo muito interessante. M a s a Bruxa de Évora não morreu na fogueira. Virou assombração... d i z e m que sumiu, transformando-se em fantasma...

P E R E G R I N O S E

P A G A D O R E S D E P R O M E S S A S

A Bruxa de Évora viveu no tempo do rei Afon- so Henriques, o primeiro rei de Portugal, q u a n d o o reino usufruía em parte d o s conhecimentos misterio- s o s d o s Cruzados que chegavam da Terra Santa cheios de relíquias que vendiam a preços altíssimos, enrique- cendo então. Em Portugal, como em toda a Europa medie- val, apesar d a s condições de trabalho que prendiam os homens às suas próprias localidades, estes torna- v a m - s e muitas vezes viajantes. Os soberanos, em es- pecial, viajavam constantemente, indo várias vezes à Terra Santa. Peregrinos cristãos de todas as c a m a d a s soci- ais viajavam em busca de lugares santos e de relíquias d o s santos. Muitos partiam para Jerusalém, enfrentan- do infiéis mouros, turcos e árabes, enfrentando a fome e as epidemias, em busca de coisas divinas, que eram v e n d i d a s na Europa por grandes somas: bentinhos, escapulários, pedaços da C r u z de Cristo1 0 , p a n o s que

'" S e g u n d o as lendas, q u e m descobriu a C r u z de Cristo foi Santa Helena. Ela dizia que nos p e d a ç o s de m a d e i r a havia propriedades curativas. Cirilo d e A l e x a n d r i a , escrevendo e m m e a d o s d o século IV, d i s s e q u e p o r ç õ e s da c r u z já se tinham e s p a l h a d o p o r todo o m u n d o. S ã o Paulino recebeu u m fragmento d a cruz d e s u a parenta, Santa Melânia, q u a n d o esta re- g r e s s o u da Terra Santa. Ele, p o r s u a v e z , enviou-a a seu a m i g o Sulpício S e v e r o , o historiador, no a n o 404.