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Resumo de dois livro para inico da eco, Resumos de Antropologia Social

Resumo dos livros do giddens e Aron Eplicando cada autor resumidamente Marx Durkaim Alexia Pereto

Tipologia: Resumos

2025

Compartilhado em 24/04/2025

vitoria-peiter-ferraz
vitoria-peiter-ferraz 🇧🇷

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Resumo – Karl Marx (Parte I do livro)
Karl Marx é apresentado por Anthony Giddens como o autor que inaugura uma teoria crítica
da sociedade moderna, centrada na transformação histórica das formas de produção e na
luta de classes. Influenciado por Hegel, Marx rompe com o idealismo alemão ao formular o
materialismo histórico , onde a base econômica (infraestrutura) determina as instituições
sociais, políticas e ideológicas (superestrutura). A sociedade capitalista é caracterizada por
um sistema de produção no qual os meios de produção pertencem à burguesia, enquanto o
proletariado vende sua força de trabalho. Essa estrutura gera exploração, desigualdade e
alienação .
A análise de Giddens mostra que Marx vê o capitalismo como um sistema contraditório: ao
mesmo tempo em que promove desenvolvimento tecnológico e inovação, ele cria crises
periódicas e tensões sociais. A alienação é um ponto central: o trabalhador não controla o
produto de seu trabalho, perdendo sua conexão com ele. A consciência de classe surge
quando o proletariado reconhece sua posição na estrutura social e se organiza
politicamente. Marx acreditava que a história é movida por conflitos entre classes e que o
capitalismo acabaria sendo superado por um sistema socialista, onde os meios de produção
seriam coletivos.
Giddens também destaca que, para Marx, a mudança social não é apenas possível, mas
inevitável. As relações de produção mudam com o tempo, e o capitalismo não é o fim da
história. Apesar de críticas modernas a certos aspectos de sua teoria, Marx influenciou
profundamente a sociologia, a economia e a política, deixando um legado que permanece
atual no debate sobre desigualdade e justiça social.
📗
Resumo – Émile Durkheim (Parte II do livro)
Durkheim é retratado por Giddens como o fundador da sociologia moderna como disciplina
científica. Ele buscou compreender os elementos que mantêm a coerência e a
estabilidade das sociedades. Para isso, desenvolveu o conceito de “fato social” , que são
modos de agir, pensar e sentir impostos ao indivíduo pela coletividade. Esses fatos
possuem coercitividade , generalidade e existência própria. O método sociológico de
Durkheim exige que o pesquisador trate esses fatos como “coisas”, ou seja, com
objetividade e distanciamento.
Durkheim propõe que a sociedade moderna vive uma transição de solidariedade
mecânica (baseada na semelhança entre indivíduos) para a solidariedade orgânica
(baseada na interdependência gerada pela divisão do trabalho). Porém, essa transição gera
riscos de anomia , ou seja, ausência ou fragilidade das normas sociais. Isso é visível, por
exemplo, no aumento do suicídio, tema de uma de suas obras mais importantes. Durkheim
analisa o suicídio não como um ato individual, mas como um fenômeno coletivo influenciado
pela integração social e regulação moral.
Outro ponto abordado por Giddens é a visão de Durkheim sobre a religião como elemento
essencial da coesão social . Ela funciona como um espelho da sociedade, reforçando
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📘 Resumo – Karl Marx (Parte I do livro)

Karl Marx é apresentado por Anthony Giddens como o autor que inaugura uma teoria crítica da sociedade moderna, centrada na transformação histórica das formas de produção e na luta de classes. Influenciado por Hegel, Marx rompe com o idealismo alemão ao formular o materialismo histórico , onde a base econômica (infraestrutura) determina as instituições sociais, políticas e ideológicas (superestrutura). A sociedade capitalista é caracterizada por um sistema de produção no qual os meios de produção pertencem à burguesia, enquanto o proletariado vende sua força de trabalho. Essa estrutura gera exploração, desigualdade e alienação.

A análise de Giddens mostra que Marx vê o capitalismo como um sistema contraditório: ao mesmo tempo em que promove desenvolvimento tecnológico e inovação, ele cria crises periódicas e tensões sociais. A alienação é um ponto central: o trabalhador não controla o produto de seu trabalho, perdendo sua conexão com ele. A consciência de classe surge quando o proletariado reconhece sua posição na estrutura social e se organiza politicamente. Marx acreditava que a história é movida por conflitos entre classes e que o capitalismo acabaria sendo superado por um sistema socialista, onde os meios de produção seriam coletivos.

Giddens também destaca que, para Marx, a mudança social não é apenas possível, mas inevitável. As relações de produção mudam com o tempo, e o capitalismo não é o fim da história. Apesar de críticas modernas a certos aspectos de sua teoria, Marx influenciou profundamente a sociologia, a economia e a política, deixando um legado que permanece atual no debate sobre desigualdade e justiça social.

📗 Resumo – Émile Durkheim (Parte II do livro)

Durkheim é retratado por Giddens como o fundador da sociologia moderna como disciplina científica. Ele buscou compreender os elementos que mantêm a coerência e a estabilidade das sociedades. Para isso, desenvolveu o conceito de “fato social” , que são modos de agir, pensar e sentir impostos ao indivíduo pela coletividade. Esses fatos possuem coercitividade , generalidade e existência própria. O método sociológico de Durkheim exige que o pesquisador trate esses fatos como “coisas”, ou seja, com objetividade e distanciamento.

Durkheim propõe que a sociedade moderna vive uma transição de solidariedade mecânica (baseada na semelhança entre indivíduos) para a solidariedade orgânica (baseada na interdependência gerada pela divisão do trabalho). Porém, essa transição gera riscos de anomia , ou seja, ausência ou fragilidade das normas sociais. Isso é visível, por exemplo, no aumento do suicídio, tema de uma de suas obras mais importantes. Durkheim analisa o suicídio não como um ato individual, mas como um fenômeno coletivo influenciado pela integração social e regulação moral.

Outro ponto abordado por Giddens é a visão de Durkheim sobre a religião como elemento essencial da coesão social. Ela funciona como um espelho da sociedade, reforçando

valores e normas. Ele também propõe a criação de “grupos profissionais” para preencher o vácuo moral deixado pela modernidade e mediar a relação entre indivíduo e Estado. Giddens mostra que Durkheim via a sociologia como uma ferramenta para reforçar a moral coletiva e promover a integração social num mundo em transformação.

✳ Explicando os principais pontos de Marx (Parte I do livro)

A Parte I do livro mostra como Marx desenvolve uma crítica radical ao capitalismo. A ideia central é que a base econômica molda toda a vida social — ou seja, a forma como a sociedade produz e distribui bens (modo de produção) influencia diretamente política, cultura e valores. Isso é chamado de materialismo histórico. Marx argumenta que a história da humanidade é marcada por lutas de classes , e que no capitalismo essa luta ocorre entre a burguesia (dona dos meios de produção) e o proletariado (quem só tem a força de trabalho para vender).

Giddens explica que Marx via o capitalismo como um sistema que gera desenvolvimento , mas ao mesmo tempo crises cíclicas, exploração e alienação. Alienação significa que o trabalhador perde o sentido do que produz, tornando-se apenas uma peça na engrenagem do lucro. Marx também acreditava que essa contradição levaria à revolução social , com o surgimento de uma nova sociedade, mais justa e igualitária. Cada capítulo da parte de Marx aprofunda essas ideias: desde a juventude influenciada por Hegel até a crítica econômica mais madura. Para Giddens, compreender Marx é essencial para entender a crítica moderna à desigualdade social.

✳ Explicando os principais pontos de Durkheim (Parte II do livro)

Na Parte II, Giddens apresenta Durkheim como alguém preocupado em entender como a sociedade se mantém coesa , especialmente em tempos de grandes mudanças. O conceito-chave é o de fato social , que representa tudo aquilo que é coletivo, imposto aos indivíduos e que orienta seu comportamento (como leis, costumes, moral). A proposta de Durkheim era criar uma ciência da sociedade , usando métodos objetivos para estudar esses fatos sociais. Por exemplo, ao estudar o suicídio, ele mostrou que causas sociais, e não apenas psicológicas, estão por trás desse fenômeno.

Outro ponto central é a transição da solidariedade mecânica (coesão por semelhança, comum em sociedades tradicionais) para a solidariedade orgânica (coesão pela interdependência, típica das sociedades modernas). Mas essa mudança também pode causar anomia , que é a falta de normas claras e a sensação de desorientação social. Para enfrentar isso, Durkheim propôs o fortalecimento de grupos profissionais e instituições morais. Ele via a religião como elemento essencial da integração social , mesmo nas sociedades modernas. Giddens mostra que Durkheim acreditava que a sociologia devia ajudar a fortalecer os valores coletivos e a moral comum

📏 Exemplo: O modo de vestir, de se comportar numa sala de aula, ou a obrigação de votar — tudo isso é fato social.

Solidariedade mecânica Tipo de coesão social onde as pessoas se parecem muito entre si , compartilham valores e fazem trabalhos parecidos. 👨‍🌾 Exemplo: Uma pequena vila onde todos são agricultores e seguem a mesma religião.

Solidariedade orgânica Tipo de coesão que aparece nas sociedades modernas, onde as pessoas são diferentes, mas dependem umas das outras. Cada um tem uma função. 🏙 Exemplo: Em uma cidade, o padeiro, o médico e o motorista são diferentes, mas todos se complementam.

Anomia É a falta de normas sociais claras , ou quando as regras entram em crise. Isso gera confusão, angústia e pode levar a problemas como o suicídio, segundo Durkheim. ⚠ Exemplo: Alguém que perde o emprego e não sabe mais qual é seu papel na sociedade, nem o que esperar do futuro.

Grupos profissionais Durkheim achava que era necessário criar organizações intermediárias (como sindicatos, conselhos, associações) entre o indivíduo e o Estado, para oferecer apoio moral e identidade. 🤝 Exemplo: Um sindicato ajuda o trabalhador a se sentir parte de algo maior e a lutar por direitos.

Religião como integração social Mesmo nas sociedades modernas, a religião ajuda a reforçar valores, rituais e união social. Para Durkheim, ela funciona como um “espelho” da sociedade. 🙏 Exemplo: Rituais como casamentos ou funerais ajudam a manter os laços entre as pessoas.

📘 Parte I – Karl Marx (Resumo em 50 linhas)

Anthony Giddens inicia a análise de Karl Marx destacando sua formação intelectual marcada pela influência de Hegel e pelo contato com os debates políticos e filosóficos do século XIX. Giddens mostra que Marx foi um pensador sistemático e profundamente comprometido com a transformação da sociedade. O ponto central de seu pensamento é o materialismo histórico , segundo o qual as mudanças sociais ocorrem a partir das transformações nas estruturas econômicas. Ou seja, não são as ideias que movem a história, mas as condições materiais da vida — como a forma como a sociedade organiza o trabalho e distribui a riqueza.

Para Marx, a sociedade capitalista é marcada pela luta de classes , principalmente entre a burguesia (que detém os meios de produção) e o proletariado (que só possui sua força de

trabalho). Essa relação é desigual e gera exploração , pois o trabalhador cria valor que não lhe é pago integralmente — o que Marx chama de mais-valia. Esse processo leva também à alienação , quando o indivíduo se separa do produto do seu trabalho, perde sua criatividade e se sente estranho a si mesmo. O trabalho deixa de ser algo humano e passa a ser apenas uma imposição.

Giddens destaca ainda que Marx via o capitalismo como um sistema contraditório: ele é extremamente produtivo e desenvolve a tecnologia e a economia como nenhum outro sistema anterior, mas ao mesmo tempo cria desigualdades, crises econômicas periódicas e instabilidade social. Para Marx, essas contradições tornariam o capitalismo insustentável, e levariam a uma revolução social , promovida pelos trabalhadores organizados, que instaurariam um novo modo de produção — o socialismo e, futuramente, o comunismo.

No entanto, Giddens também aponta que há ambiguidades na obra de Marx, como a relação entre estrutura e agência, e a forma como ele trata o papel do Estado e da ideologia. Mesmo assim, Marx permanece essencial para entender as críticas contemporâneas ao capitalismo, especialmente no que diz respeito à desigualdade, à exploração do trabalho e à alienação nas sociedades modernas. Sua influência vai além da política: atingiu a sociologia, a filosofia, a economia e até a psicologia social.

📗 Parte II – Émile Durkheim (Resumo em 50 linhas)

Na segunda parte do livro, Giddens aborda o pensamento de Émile Durkheim, considerado um dos fundadores da sociologia. Durkheim via a sociedade como uma realidade objetiva, externa ao indivíduo, e que podia ser estudada cientificamente. Seu conceito central é o de fato social , que são as regras, normas e valores coletivos que orientam o comportamento dos indivíduos, independentemente da vontade pessoal. Esses fatos sociais têm caráter coercitivo — ou seja, influenciam e até impõem condutas sem que a pessoa perceba.

Durkheim acreditava que a coesão social era o principal objetivo da sociologia. Para isso, ele analisou como as sociedades se organizam. Em sociedades tradicionais, a coesão se dava pela solidariedade mecânica , na qual os indivíduos são semelhantes e compartilham os mesmos valores e crenças. Já nas sociedades modernas, com a divisão do trabalho mais complexa, surge a solidariedade orgânica , baseada na interdependência entre funções diferentes , como médicos, professores, motoristas etc. Cada um tem um papel específico, e isso gera a união.

Contudo, essa nova forma de solidariedade também pode causar problemas. A rápida mudança social, a industrialização e a urbanização geram anomia , que é a ausência ou fragilidade das normas sociais. Quando as pessoas não sabem mais o que é certo ou errado, ou quando perdem a referência de seu papel na sociedade, surgem sentimentos de insegurança, vazio e até o aumento de suicídios — como ele demonstrou em sua obra clássica sobre o tema. Para combater isso, Durkheim defendia o fortalecimento das instituições sociais , como a escola, a família e os grupos profissionais , que podem oferecer estabilidade moral.

📗 Alexis de Tocqueville

Aron apresenta Alexis de Tocqueville como um pensador que oferece uma análise profunda da democracia e de seus efeitos sociais. Em sua obra "A Democracia na América", Tocqueville examina como a igualdade de condições influencia a vida política e social. Ele observa que, embora a democracia promova a igualdade, também pode levar ao individualismo e à tirania da maioria.

Tocqueville destaca que, nas sociedades democráticas, os indivíduos tendem a se isolar, enfraquecendo os laços comunitários. Para contrabalançar isso, ele enfatiza a importância das associações civis e da participação política ativa. Essas instituições intermediárias ajudam a preservar a liberdade e a prevenir o despotismo.

Aron ressalta a visão equilibrada de Tocqueville, que reconhece tanto os benefícios quanto os perigos da democracia. Ele valoriza a análise de Tocqueville sobre a relação entre liberdade e igualdade, mostrando que a busca por igualdade pode, paradoxalmente, ameaçar a liberdade individual.

Além disso, Tocqueville observa que a centralização do poder é uma tendência nas democracias, o que pode levar ao fortalecimento do Estado em detrimento das liberdades locais. Aron destaca que essa análise continua relevante para entender os desafios das democracias contemporâneas.

Em suma, Aron apresenta Tocqueville como um pensador que oferece insights valiosos sobre a dinâmica das sociedades democráticas, alertando para os riscos inerentes à busca por igualdade e à centralização do poder.

📙 Émile Durkheim

Raymond Aron aborda Émile Durkheim como um dos fundadores da sociologia moderna, destacando sua ênfase na análise dos "fatos sociais". Para Durkheim, os fatos sociais são maneiras de agir, pensar e sentir que existem fora do indivíduo e exercem poder coercitivo sobre ele. Eles são coletivos, exteriores e dotados de autoridade moral.

Durkheim distingue entre dois tipos de solidariedade: mecânica e orgânica. A solidariedade mecânica predomina em sociedades simples, onde os indivíduos compartilham valores e crenças semelhantes. Já a solidariedade orgânica caracteriza sociedades complexas, onde a divisão do trabalho cria interdependência entre funções especializadas.

Aron destaca a preocupação de Durkheim com a coesão social e a ordem. Ele analisa o fenômeno da "anomia", uma condição de ausência ou enfraquecimento das normas sociais, que pode levar a comportamentos desviantes, como o suicídio. Durkheim vê a anomia como um problema das sociedades modernas em rápida transformação.

Outro aspecto importante é a análise da religião. Durkheim considera a religião uma instituição fundamental para a coesão social, pois reforça a consciência coletiva e os valores compartilhados. Ele estuda as formas mais simples de religião para entender suas funções sociais.

Aron reconhece a contribuição de Durkheim para estabelecer a sociologia como uma disciplina científica, com métodos próprios de investigação. No entanto, ele também aponta críticas, como a tendência de Durkheim a superestimar o consenso social e a subestimar os conflitos e as mudanças sociais.

📒 Vilfredo Pareto

Raymond Aron apresenta Vilfredo Pareto como um pensador que introduz uma abordagem distinta na sociologia, enfatizando os aspectos não racionais do comportamento humano. Pareto distingue entre "ações lógicas", baseadas em raciocínio e evidências, e "ações não lógicas", motivadas por sentimentos, instintos e tradições. Para ele, a maioria das ações humanas pertence à segunda categoria.

Pareto é conhecido por sua teoria das elites, na qual argumenta que, em todas as sociedades, uma minoria exerce o poder.