


Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Utiliza-se o termo mudança organizacional para se referir às alterações nas organizações decorrentes de intervenções planejadas, das quais o objetivo principal é afetar conteúdos organizacionais e causar impactos para os resultados, a sobrevivência, eficácia, eficiência, produtividade ou sustentabilidade organizacional.
Tipologia: Resumos
1 / 4
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Cap. 3 - Processos de mudança organizacional: diagnóstico e monitoramento da gestão Utiliza-se o termo mudança organizacional para se referir às alterações nas organizações decorrentes de intervenções planejadas, das quais o objetivo principal é afetar conteúdos organizacionais e causar impactos para os resultados, a sobrevivência, eficácia, eficiência, produtividade ou sustentabilidade organizacional. Vale ainda ressaltar a necessidade de apresentar os programas de mudança enquanto processos que estão inseridos em um contexto, seja fora e dentro da organização; e que geram um contexto específico com um caráter histórico. Nesse sentido, os episódios/contextos criados pelas intervenções ou processos de mudança exigem análise e prescrições para a gestão das pessoas e dos recursos durante o processo. É importante destacar que a maioria dos artigos sobre mudança organizacional manifestam um caráter macro-organizacional. Além disso, configura-se o questionamento em relação ao conhecimento dos gestores e à aplicabilidade do aparato teórico sobre a mudança organizacional e sua gestão. Desse modo, pode-se citar três questões que são relevantes para os gestores, quais sejam, o fato da mudança organizacional ser impulsionada, em especial, por pressões externas; a velocidade com que a mudança tem de ser implementada; e a frequência de iniciativas de mudança. Compreende-se que a gestão da mudança é uma abordagem multidisciplinar, incluindo o Comportamento Organizacional, Reengenharia de Processos, Gestão de Qualidade Total, Aprendizagem, Gestão de Projetos, Psicologia Cognitiva e Motivacional, Liderança, Resolução de Problemas, Tomada de Decisão e Teoria de Difusão de Inovações. Os modelos de gestão de mudança, em sua maioria, são dispostos em quatro categorias. Na primeira estão os modelos que proporcionam etapas prescritivas sobre o que fazer e o que não fazer; na segunda há uma visão holística do processo de mudança utilizando técnicas de resolução de problemas e a metodologia tradicional do gerenciamento de projetos; já na terceira, são modelos elaborados a partir da literatura de mudança principalmente o que a complexa mudança possibilitou; por fim, a quarta categoria engloba modelos que fornecem ferramentas e abordagens de diagnóstico específicas como apoio para as questões-chave de gerenciamento de mudança (resistência à mudança, taxas de aceitação da mudança pelas pessoas, gerenciamento de projetos, comunicações, análise das partes interessadas, cultura organizacional e justiça organizacional). As práticas de gestão de mudança dizem respeito a uma diversidade de intervenções, como, por exemplo: desenvolver uma nova visão; elaborar o diagnóstico; comunicar a
necessidade de mudança; planejar um plano de mudança; mobilizar outros para apoiar a mudança; avaliar a implementação da mudança; e medir os resultados da mudança. Ademais, faz-se necessário destacar a avaliação de programas como uma maneira de realizar diagnósticos que pretendem monitorar os processos de mudança e efetivar sua gestão. Desse modo, a avaliação de programas pode ser definida como a aplicação sistemática de métodos para tratar aspectos sobre a operação e os resultados de programas. A gestão da mudança organizacional se torna um campo em que ações se baseiam no levantamento e análise de evidências empíricas. Segundo Pffeifer (2000) e Mourão (2013), para auxiliar na avaliação de programas, as intervenções nas organizações sejam orientadas pelas proposições do Quadro Lógico (QL) – consiste em um conjunto de conceitos interdependentes que descrevem de uma forma operacional e organizado numa matriz os aspectos mais relevantes de um projeto de intervenção – assim, ele permite verificar se um projeto está bem-estruturado, bem como fazer o acompanhamento sistemático e uma avaliação mais clara e objetiva. Outro ponto a ser evidenciado é que os esforços de mudança possam falhar em decorrência de alguma das seguintes razões: a) a metodologia de intervenção não tem efetividade; b) uma intervenção potencialmente efetiva é conduzida de forma ineficaz; e c) uma intervenção potencialmente efetiva e bem conduzida é aplicada a um grupo errado de problemas. Já em relação ao foco da avaliação, as pesquisas podem ser referentes à conceituação e ao desejo de programas, ao monitoramento de implementação de programas e à avaliação da efetividade e à eficiência de programas. A gestão de mudança se destina a responder três perguntas: por que (causas da mudança), como (processo da mudança) e o que (conteúdo da mudança). Além disso, o diagnóstico organizacional deve dar respostas sobre as questões: por que a organização pode ser alterada? O que deve ser mudado na organização? Nesse sentido, o diagnóstico organizacional irá identificar as deficiências organizacionais que podem ser neutralizadas por meio da mudança organizacional. A principal tarefa de modelos de diagnóstico é simplificar a realidade e oferecer uma compreensão da organização e da ação eficaz dentro dela. Salienta-se a necessidade de estabelecer as semelhanças e diferenças entre análise organizacional e diagnóstico organizacional. Ambos os métodos estão focados na compreensão do conteúdo organizacional. Entretanto, eles se diferem quanto ao objetivo. A primeira refere-se à identificação de componentes (constituem ou não um problema); o segunda diz respeito à compreensão e explicação dos problemas e dos desafios da organização (ação).
agora” e, assim, aprimorar as suas habilidades interpessoais. Outrossim, compreender o poder e a política no processo de mudança faz parte da compreensão da dinâmica dos grupos. A comunicação é uma ferramenta essencial para a mudança organizacional. Muitas iniciativas de mudança organizacional falham em decorrência de deficiências na comunicação interna. Um desafio para as pesquisas futuras é o da compreensão das atividades de implementação, já que ainda continua escassa sob a perspectiva da comunicação. Ainda vale destacar as três abordagens de comunicação ao longo da mudança organizacional: 1) a comunicação como ferramenta (mencionada anteriormente); 2) a comunicação como um processo socialmente construído; e 3) a comunicação como transformação social. A escolha e atuação dos gestores durante o processo de mudança é primordial. O gestor como agente de mudança ou gestor como ocupante de um cargo na empresa. O gestor não será o responsável pela implantação das mudanças, mas todos os que trabalham na organização precisam estar envolvidos. Assim, não há um modelo pronto para o diagnóstico organizacional, já que cada empresa possui a sua especificidade. A implementação da mudança será bem sucedida à medida que as práticas se adaptarem à cultura e aos objetivos da organização.