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Resumo de Cap. 3 - Processos de mudança organizacional, Resumos de Psicologia Industrial e Organizacional

Utiliza-se o termo mudança organizacional para se referir às alterações nas organizações decorrentes de intervenções planejadas, das quais o objetivo principal é afetar conteúdos organizacionais e causar impactos para os resultados, a sobrevivência, eficácia, eficiência, produtividade ou sustentabilidade organizacional.

Tipologia: Resumos

2020

Compartilhado em 03/03/2024

luana-santana-camargo
luana-santana-camargo 🇧🇷

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RESUMO
Cap. 3 - Processos de mudança organizacional: diagnóstico e monitoramento da gestão
Utiliza-se o termo mudança organizacional para se referir às alterações nas
organizações decorrentes de intervenções planejadas, das quais o objetivo principal é afetar
conteúdos organizacionais e causar impactos para os resultados, a sobrevivência, eficácia,
eficiência, produtividade ou sustentabilidade organizacional. Vale ainda ressaltar a
necessidade de apresentar os programas de mudança enquanto processos que estão inseridos
em um contexto, seja fora e dentro da organização; e que geram um contexto específico com
um caráter histórico. Nesse sentido, os episódios/contextos criados pelas intervenções ou
processos de mudança exigem análise e prescrições para a gestão das pessoas e dos recursos
durante o processo.
É importante destacar que a maioria dos artigos sobre mudança organizacional
manifestam um caráter macro-organizacional. Além disso, configura-se o questionamento em
relação ao conhecimento dos gestores e à aplicabilidade do aparato teórico sobre a mudança
organizacional e sua gestão. Desse modo, pode-se citar três questões que são relevantes para
os gestores, quais sejam, o fato da mudança organizacional ser impulsionada, em especial, por
pressões externas; a velocidade com que a mudança tem de ser implementada; e a frequência
de iniciativas de mudança.
Compreende-se que a gestão da mudança é uma abordagem multidisciplinar, incluindo
o Comportamento Organizacional, Reengenharia de Processos, Gestão de Qualidade Total,
Aprendizagem, Gestão de Projetos, Psicologia Cognitiva e Motivacional, Liderança,
Resolução de Problemas, Tomada de Decisão e Teoria de Difusão de Inovações. Os modelos
de gestão de mudança, em sua maioria, são dispostos em quatro categorias. Na primeira estão
os modelos que proporcionam etapas prescritivas sobre o que fazer e o que não fazer; na
segunda há uma visão holística do processo de mudança utilizando técnicas de resolução de
problemas e a metodologia tradicional do gerenciamento de projetos; na terceira, são
modelos elaborados a partir da literatura de mudança principalmente o que a complexa
mudança possibilitou; por fim, a quarta categoria engloba modelos que fornecem ferramentas
e abordagens de diagnóstico específicas como apoio para as questões-chave de gerenciamento
de mudança (resistência à mudança, taxas de aceitação da mudança pelas pessoas,
gerenciamento de projetos, comunicações, análise das partes interessadas, cultura
organizacional e justiça organizacional).
As práticas de gestão de mudança dizem respeito a uma diversidade de intervenções,
como, por exemplo: desenvolver uma nova visão; elaborar o diagnóstico; comunicar a
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RESUMO

Cap. 3 - Processos de mudança organizacional: diagnóstico e monitoramento da gestão Utiliza-se o termo mudança organizacional para se referir às alterações nas organizações decorrentes de intervenções planejadas, das quais o objetivo principal é afetar conteúdos organizacionais e causar impactos para os resultados, a sobrevivência, eficácia, eficiência, produtividade ou sustentabilidade organizacional. Vale ainda ressaltar a necessidade de apresentar os programas de mudança enquanto processos que estão inseridos em um contexto, seja fora e dentro da organização; e que geram um contexto específico com um caráter histórico. Nesse sentido, os episódios/contextos criados pelas intervenções ou processos de mudança exigem análise e prescrições para a gestão das pessoas e dos recursos durante o processo. É importante destacar que a maioria dos artigos sobre mudança organizacional manifestam um caráter macro-organizacional. Além disso, configura-se o questionamento em relação ao conhecimento dos gestores e à aplicabilidade do aparato teórico sobre a mudança organizacional e sua gestão. Desse modo, pode-se citar três questões que são relevantes para os gestores, quais sejam, o fato da mudança organizacional ser impulsionada, em especial, por pressões externas; a velocidade com que a mudança tem de ser implementada; e a frequência de iniciativas de mudança. Compreende-se que a gestão da mudança é uma abordagem multidisciplinar, incluindo o Comportamento Organizacional, Reengenharia de Processos, Gestão de Qualidade Total, Aprendizagem, Gestão de Projetos, Psicologia Cognitiva e Motivacional, Liderança, Resolução de Problemas, Tomada de Decisão e Teoria de Difusão de Inovações. Os modelos de gestão de mudança, em sua maioria, são dispostos em quatro categorias. Na primeira estão os modelos que proporcionam etapas prescritivas sobre o que fazer e o que não fazer; na segunda há uma visão holística do processo de mudança utilizando técnicas de resolução de problemas e a metodologia tradicional do gerenciamento de projetos; já na terceira, são modelos elaborados a partir da literatura de mudança principalmente o que a complexa mudança possibilitou; por fim, a quarta categoria engloba modelos que fornecem ferramentas e abordagens de diagnóstico específicas como apoio para as questões-chave de gerenciamento de mudança (resistência à mudança, taxas de aceitação da mudança pelas pessoas, gerenciamento de projetos, comunicações, análise das partes interessadas, cultura organizacional e justiça organizacional). As práticas de gestão de mudança dizem respeito a uma diversidade de intervenções, como, por exemplo: desenvolver uma nova visão; elaborar o diagnóstico; comunicar a

necessidade de mudança; planejar um plano de mudança; mobilizar outros para apoiar a mudança; avaliar a implementação da mudança; e medir os resultados da mudança. Ademais, faz-se necessário destacar a avaliação de programas como uma maneira de realizar diagnósticos que pretendem monitorar os processos de mudança e efetivar sua gestão. Desse modo, a avaliação de programas pode ser definida como a aplicação sistemática de métodos para tratar aspectos sobre a operação e os resultados de programas. A gestão da mudança organizacional se torna um campo em que ações se baseiam no levantamento e análise de evidências empíricas. Segundo Pffeifer (2000) e Mourão (2013), para auxiliar na avaliação de programas, as intervenções nas organizações sejam orientadas pelas proposições do Quadro Lógico (QL) – consiste em um conjunto de conceitos interdependentes que descrevem de uma forma operacional e organizado numa matriz os aspectos mais relevantes de um projeto de intervenção – assim, ele permite verificar se um projeto está bem-estruturado, bem como fazer o acompanhamento sistemático e uma avaliação mais clara e objetiva. Outro ponto a ser evidenciado é que os esforços de mudança possam falhar em decorrência de alguma das seguintes razões: a) a metodologia de intervenção não tem efetividade; b) uma intervenção potencialmente efetiva é conduzida de forma ineficaz; e c) uma intervenção potencialmente efetiva e bem conduzida é aplicada a um grupo errado de problemas. Já em relação ao foco da avaliação, as pesquisas podem ser referentes à conceituação e ao desejo de programas, ao monitoramento de implementação de programas e à avaliação da efetividade e à eficiência de programas. A gestão de mudança se destina a responder três perguntas: por que (causas da mudança), como (processo da mudança) e o que (conteúdo da mudança). Além disso, o diagnóstico organizacional deve dar respostas sobre as questões: por que a organização pode ser alterada? O que deve ser mudado na organização? Nesse sentido, o diagnóstico organizacional irá identificar as deficiências organizacionais que podem ser neutralizadas por meio da mudança organizacional. A principal tarefa de modelos de diagnóstico é simplificar a realidade e oferecer uma compreensão da organização e da ação eficaz dentro dela. Salienta-se a necessidade de estabelecer as semelhanças e diferenças entre análise organizacional e diagnóstico organizacional. Ambos os métodos estão focados na compreensão do conteúdo organizacional. Entretanto, eles se diferem quanto ao objetivo. A primeira refere-se à identificação de componentes (constituem ou não um problema); o segunda diz respeito à compreensão e explicação dos problemas e dos desafios da organização (ação).

agora” e, assim, aprimorar as suas habilidades interpessoais. Outrossim, compreender o poder e a política no processo de mudança faz parte da compreensão da dinâmica dos grupos. A comunicação é uma ferramenta essencial para a mudança organizacional. Muitas iniciativas de mudança organizacional falham em decorrência de deficiências na comunicação interna. Um desafio para as pesquisas futuras é o da compreensão das atividades de implementação, já que ainda continua escassa sob a perspectiva da comunicação. Ainda vale destacar as três abordagens de comunicação ao longo da mudança organizacional: 1) a comunicação como ferramenta (mencionada anteriormente); 2) a comunicação como um processo socialmente construído; e 3) a comunicação como transformação social. A escolha e atuação dos gestores durante o processo de mudança é primordial. O gestor como agente de mudança ou gestor como ocupante de um cargo na empresa. O gestor não será o responsável pela implantação das mudanças, mas todos os que trabalham na organização precisam estar envolvidos. Assim, não há um modelo pronto para o diagnóstico organizacional, já que cada empresa possui a sua especificidade. A implementação da mudança será bem sucedida à medida que as práticas se adaptarem à cultura e aos objetivos da organização.