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Resumo de bronquiolite, Notas de aula de Pediatria

Resumo de bronquiolite pediatria

Tipologia: Notas de aula

2023

À venda por 21/05/2024

marillia-alves-1
marillia-alves-1 🇧🇷

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Doença inflamatória inespecífica que afeta as vias aéreas de pequeno calibre
Etiologia
Epidemio
Transmissão
Fator de risco
Patogênese
Sintomas
Diagnóstico
principais
causas de
morbidade
e internação
hospitalar,
dentre as
afecções
infecciosas
respiratórias
no ano
devido à
redução de
anticorpos
maternos
+ comum
infecção até
os 2 anos de
vida, com
pico de
incidência
entre 2-3
meses de
idade
taxas de
hospitalização
pela doença
aumentaram
em 49% no
decorrer
desses anos
vírus sincicial
respiratório
(VSR) + comum
50-80%: não
tem imunidade
duradoura,
assim
reinfecções
podem
acontecer por
toda a vida. Seu
acometimento
do trato
respiratório
inferior e >
gravidade são +
comuns na
primoinfecção.
2° lugar:
rinovírus
humano.
parainfluenza,
metapneumovírus
humano,
coronavírus,
adenovírus,
influenza e
enterovírus.
A coinfecção
do VSR com
outro vírus
ocorre em mais
de 30%
dos casos
Autoinoculação
pelas mãos
(após contato
com material
contaminado
até 24h)
e contato com
secreção
respiratória de
indivíduos
infectados, com
a mucosa da
nasofaringe ou
da conjuntiva,
ou por inalação
de partículas
respiratórias
(>5 micra)
contendo o
vírus.
Prevenção:
Retardar a
entrada em
creches, evitar
aglomerações,
fazer lavagem
das mãos,
estimular o
aleitamento
materno e
evitar o
tabagismo
passivo
Os linfócitos T
citotóxicos são
cruciais para o
controle efetivo
da infecção e
eliminação viral,
Recém-nascidos
prematuros (87%) e
> gravidade, pois não
realiza a mediação da
transferência da IgG
fetal, se acometidos
pelo VSR tem maior
morbimortalidade)
+ gravidade devido ao
VSR: anemia, uso de
corticoide, displasia
broncopulmonar ou
outras doenças
respiratórias crônicas
(redução da função
pulmonar), homem,
aglomeração, < 12
meses (especialmente 6
meses), ausência de
aleitamento materno,
cardiopatia congênita
(93%), hipertensão
Pulmonar, hiper-reativi-
dade vascular pulmonar
e imunodeficiência.
Padrão sazonal de
circulação: primavera
frio, e o clearance
mucociliar pela
temperatura induz
transmissão e a
gravidade. climas
temperados: frio e no
tropical ou
semitropical: épocas
chuvosas.
Infecções
subsequentes restritas
ao acometimento das
VAS
A gravidade depende
da idade, presença de
comorbidades, da
exposição ambiental
(tabaco intraútero) e
imunodepressão.
VSR é um RNA vírus. Possui duas
cadeias: A (> gravidade) e B.
2 proteínas de sua superfície são
responsáveis por sua virulência:
o F: fusão do envelope viral e a
membrana plasmática da célula do
hospedeiro, provendo a entrada do
vírus na célula do epitélio
respiratório e início da replicação
viral no epitélio nasal.
o G: glicoproteína de fixação do vírus
na célula hospedeira.
O vírus rapidamente se espalha através
da via aérea inferior (transmissão
intercelular) e atinge células epiteliais
ciliadas da mucosa dos pneumócitos
dos alvéolos e dos bronquíolos
(replicação viral é + eficaz e promove
lesão direta no epitélio respiratório
causando necrose epitelial que
estimula a resposta inflamatória e
exposição de fibras nervosas
estimuladoras do reflexo da tosse)
migração de neutrófilos
polimorfonucleares para o lúmen,
sendo substituído por infiltração
linfocítica do tecido peribronquiolar,
com aumento da permeabilidade
vascular e edema.
Clearance mucociliar também fica
prejudicado, com perda da função ciliar
e impactação do muco produzido
devido à replicação do vírus e por sua
ação direta no epitélio, ocorrendo
dentro das primeiras 24 h da doença,
podendo permanecer por até 3 meses
após.
formação de plugs (compostos por
debris celulares e muco), promovem
obstrução bronquiolar, diferentes
graus de colapso lobar e
aprisionamento aéreo
Regeneração do epitélio bronquiolar se
inicia 3-4 dias após a resolução dos
sintomas.
Incubação: 4-6 dias
Inicia com coriza, espirro e
obstrução nasal, pode ter a
recusa alimentar e a
desidratação (lentidão na
perfusão capilar periférica,
mucosas secas, depressão de
fontanela anterior e redução
do turgor da pele), em
especial na evolução grave.
Febre (<39 °C) 1/3 dos casos.
2-8 dias até 4 semanas:
evolução p/ sintomas de VAI
com tosse e taquipneia leve,
chegando à dispneia, uso de
musculatura acessória como
a abdominal, gemência ou
batimento de aleta nasal e
hipoxemia
lactentes jovens (2-3 meses
de vida) ou com história de
prematuridade pode se
manifestar sem pródromos,
apenas com apneia
episódio de sibilância em
lactentes < 12 meses de vida.
sibilos, estertores, aumento
do tempo expiratório ou até
mesmo ruído de transmissão
da via aérea superior, esses
podem estar ausentes nos
imunocomprometidos e ser
rapidamente substituídos por
infiltrados no parênquima
pulmonar e síndrome da
angústia respiratória aguda.
complicações da BVA
-Agudas (respiratórias 60%,
infecções - 41%, cardíacas 9%,
alterações eletrolíticas - 19% e
outras 9%)
-Crônicas (sequelas como a
bronquiolite obliterante -
rara).
História clínica e no
exame físico.
Não é necessária a
realização de imagem
radiográfica ou de
exames laboratoriais,
apenas em algumas
situações:
o Testes de detecção viral:
suspeita de infecção por
influenza ( epidemiologia)
formas graves e nos
imunocomprometidos
o Isolamento viral em
cultura de tecido:
caracterização antigênica
o RT-PCR: crianças maiores
o Sorologia: - frequente
o Raio X do tórax:
dispensável na maioria,
pois resultado é normal
ou apresenta sinais
comuns da doença:
hiperinsuflação,
atelectasia ou infiltrado
peribrônquico. Quando
evolução para > gravida-
de a despeito do trata-
mento nos ca sos de
complicação
(pneumotórax) ou
suspeita de outro
diagnóstico
o Hemograma: não
indicação rotineira, pois a
contagem anormal de
glóbulos brancos
raramente funciona
como preditor de
infecção bacteriana
associada à infecção VSR.
o Análise gas ométrica
arterial: casos de
gravidade, com evolução
para falência respiratória
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Doença inflamatória inespecífica que afeta as vias aéreas de pequeno calibre

Etiologia Epidemio Transmissão Fator de risco Patogênese Sintomas Diagnóstico Tratamento

  • principais causas de morbidade e internação hospitalar, dentre as afecções infecciosas respiratórias no 1° ano devido à redução de anticorpos maternos
    • comum infecção até os 2 anos de vida, com pico de incidência entre 2 - 3 meses de idade
  • taxas de hospitalização pela doença aumentaram em 49% no decorrer desses anos - vírus sincicial respiratório (VSR) + comum 50 - 80%: não tem imunidade duradoura, assim reinfecções podem acontecer por toda a vida. Seu acometimento do trato respiratório inferior e > gravidade são + comuns na primoinfecção.
  • 2 ° lugar: rinovírus humano.
  • parainfluenza, metapneumovírus humano, coronavírus, adenovírus, influenza e enterovírus.
  • A coinfecção do VSR com outro vírus ocorre em mais de 30% dos casos

Autoinoculação

pelas mãos

(após contato

com material

contaminado

até 24h)

e contato com

secreção

respiratória de

indivíduos

infectados, com

a mucosa da

nasofaringe ou

da conjuntiva,

ou por inalação

de partículas

respiratórias

(>5 micra)

contendo o

vírus.

Prevenção:

Retardar a

entrada em

creches, evitar

aglomerações,

fazer lavagem

das mãos,

estimular o

aleitamento

materno e

evitar o

tabagismo

passivo

Os linfócitos T citotóxicos são cruciais para o controle efetivo da infecção e eliminação viral,

  • Recém-nascidos prematuros (87%) e

    gravidade, pois não realiza a mediação da transferência da IgG fetal, se acometidos pelo VSR tem maior morbimortalidade)

    • gravidade devido ao VSR: anemia, uso de corticoide, displasia broncopulmonar ou outras doenças respiratórias crônicas (redução da função pulmonar), homem, aglomeração, < 12 meses (especialmente 6 meses), ausência de aleitamento materno, cardiopatia congênita (93%), hipertensão Pulmonar, hiper-reativi- dade vascular pulmonar e imunodeficiência.
  • Padrão sazonal de circulação: primavera frio, e o clearance mucociliar pela temperatura induz transmissão e a gravidade. Já climas temperados: frio e no tropical ou semitropical: épocas chuvosas.
  • Infecções subsequentes restritas ao acometimento das VAS
  • A gravidade depende da idade, presença de comorbidades, da exposição ambiental (tabaco intraútero) e imunodepressão.

• VSR é um RNA vírus. Possui duas

cadeias: A (> gravidade) e B.

• 2 proteínas de sua superfície são

responsáveis por sua virulência:

o F: fusão do envelope viral e a

membrana plasmática da célula do

hospedeiro, provendo a entrada do

vírus na célula do epitélio

respiratório e início da replicação

viral no epitélio nasal.

o G: glicoproteína de fixação do vírus

na célula hospedeira.

• O vírus rapidamente se espalha através

da via aérea inferior (transmissão

intercelular) e atinge células epiteliais

ciliadas da mucosa dos pneumócitos

dos alvéolos e dos bronquíolos

(replicação viral é + eficaz e promove

lesão direta no epitélio respiratório

causando necrose epitelial que

estimula a resposta inflamatória e

exposição de fibras nervosas

estimuladoras do reflexo da tosse)

• migração de neutrófilos

polimorfonucleares para o lúmen,

sendo substituído por infiltração

linfocítica do tecido peribronquiolar ,

com aumento da permeabilidade

vascular e edema.

• Clearance mucociliar também fica

prejudicado , com perda da função ciliar

e impactação do muco produzido

devido à replicação do vírus e por sua

ação direta no epitélio, ocorrendo

dentro das primeiras 24 h da doença,

podendo permanecer por até 3 meses

após.

• Há formação de plugs (compostos por

debris celulares e muco), promovem

obstrução bronquiolar, diferentes

graus de colapso lobar e

aprisionamento aéreo

• Regeneração do epitélio bronquiolar se

inicia 3-4 dias após a resolução dos

sintomas.

• Incubação: 4 - 6 dias

• Inicia com coriza, espirro e

obstrução nasal, pode ter a

recusa alimentar e a

desidratação (lentidão na

perfusão capilar periférica,

mucosas secas, depressão de

fontanela anterior e redução

do turgor da pele), em

especial na evolução grave.

• Febre (<39 °C) 1/3 dos casos.

• 2 - 8 dia s até 4 semanas: há

evolução p/ sintomas de VAI

com tosse e taquipneia leve,

chegando à dispneia, uso de

musculatura acessória como

a abdominal, gemência ou

batimento de aleta nasal e

hipoxemia

• lactentes jovens (2-3 meses

de vida) ou com história de

prematuridade pode se

manifestar sem pródromos,

apenas com apneia

• 1° episódio de sibilância em

lactentes < 12 meses de vida.

• sibilos, estertores, aumento

do tempo expiratório ou até

mesmo ruído de transmissão

da via aérea superior, esses

podem estar ausentes nos

imunocomprometidos e ser

rapidamente substituídos por

infiltrados no parênquima

pulmonar e síndrome da

angústia respiratória aguda.

complicações da BVA

- Agudas (respiratórias 60%,

infecções - 4 1%, cardíacas 9%,

alterações eletrolíticas - 19% e

outras 9%)

- Crônicas (sequelas como a

bronquiolite obliterante -

rara).

História clínica e no

exame físico.

Não é necessária a

realização de imagem

radiográfica ou de

exames laboratoriais,

apenas em algumas

situações:

o Testes de detecção viral: suspeita de infecção por influenza (epidemiologia) formas graves e nos imunocomprometidos o Isolamento viral em cultura de tecido: caracterização antigênica o RT-PCR: crianças maiores o Sorologia: - frequente o Raio X do tórax: dispensável na maioria, pois resultado é normal ou apresenta sinais comuns da doença : hiperinsuflação, atelectasia ou infiltrado peribrônquico. Quando evolução para > gravida- de a despeito do trata- mento nos casos de complicação (pneumotórax) ou há suspeita de outro diagnóstico o Hemograma: não há indicação rotineira, pois a contagem anormal de glóbulos brancos raramente funciona como preditor de infecção bacteriana associada à infecção VSR. o Análise gasométrica arterial: casos de gravidade, com evolução para falência respiratória

  • não há tratamento efetivo para a BVA, sendo indicadas apenas medidas de suporte.
  • Em casa: sintomáticos, evitar tabagismo, higiene cavidade nasal e mãos
  • Internação : infrequente, indicação está centrada no grau de comprometimento do sofrimento respiratório e na presença de fatores de risco associados
  • Cabeceira do leito deve preferencialmente ser elevada.
  • Terapia antiviral: a ribavirina sob aerossol microparticulado, está liberada pelo FDA em pacientes de risco
  • Oxigênio: cânula nasal de alto fluxo (1- 2 L/min) em prematuros: melhora dos parâmetros respiratórios e menores taxas de intubação
  • Suporte ventilatório: Down, < 3 meses, cardiopatia congênita, portadores de desnutrição proteico-calórica, displasia broncopulmonar, e pacientes que adquiriram no hospitalar
  • Profilaxia: única é o palivizumabe 15 mg/kg IM (capaz de reduzir as formas graves da doença e o risco de internação, alto custo). No BR (quadro 4) é disponibilizado para:
  • Prematuros até 28 semanas e 6 dias de IG, < 1 ano
  • Portadoras de cardiopatia congênita com repercussão hemodinâmica até o 2 ° ano de vida. + eficiente em acianóticas
  • Portadoras de Doença pulmonar crônica da prematuridade, independente da IG, até o 2° ano Imunização passiva: imunoglobulina EV específica