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Resumo da cultura de alface, Resumos de Agronomia

Resumo da matéria de olericultura sobre alface

Tipologia: Resumos

2025

Compartilhado em 01/07/2025

amanda-ipolito-coneglian
amanda-ipolito-coneglian 🇧🇷

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Cultura alface - Hortaliça folhosa de maior popularidade
Nomenclaturas:
Alface nome popular
Lactuca gênero
sativa espécie
L. nome do classificador (Lineu)
Lactuca sativa L. nome científico
Lactuca sativa var. capitata L. var. = identificação botânica
Grupos comerciais:
Crespa
Mimosa
Lisa
Romana
Americana (repolhuda, que forma cabeça)
Ciclo de desenvolvimento
Fase vegetativa: desde a semeadura até a colheita das folhas (para comércio)
Fase reprodutiva: momento em que a planta vai produzir sementes, para chegar na fase
reprodutiva precisa da fase vegetativa (cuidar da fase vegetativa para produzir sementes de
qualidade)
Interação genótipo (cultivar escolhida) x ambiente (temperatura, umidade, condições do
solo) = fenótipo
Produção de sementes – fase reprodutiva
Cleistogâmia: autopolinização, processo que garante uma uniformidade genética, não vai
ocorrer a mistura de genes, a planta vai dar origem a uma semente geneticamente igual.
Características inicias: sabor amargo das folhas, exsudação latescente – as plantas produzem
lactucina – evitam herbívoria de animais, não devem ser consumidas pois podem causar
intoxicação alimentar.
Pendoamento= O sinal da mudança de fase de vegetativa para reprodutiva se dá através do
alongamento da haste, antes de das flores se abrirem.
Quanto as plantas de alface entram na fase reprodutiva elas desenvolvem uma inflorescência
(conjunto de flores), são irregulares, flores não se abrem ao mesmo tempo, isso dificulta a
colheita pois é mecanizada, sementes são perdidas no campo.
Inflorescência = tipo capítulo; vai se desenvolver de uma haste + o pendão floral
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Cultura alface - Hortaliça folhosa de maior popularidade

Nomenclaturas: Alface  nome popular Lactuca  gênero sativa  espécie L.  nome do classificador (Lineu) Lactuca sativa L.  nome científico Lactuca sativa var. capitata L.  var. = identificação botânica Grupos comerciais:  Crespa  Mimosa  Lisa  Romana  Americana (repolhuda, que forma cabeça) Ciclo de desenvolvimento Fase vegetativa: desde a semeadura até a colheita das folhas (para comércio) Fase reprodutiva: momento em que a planta vai produzir sementes, para chegar na fase reprodutiva precisa da fase vegetativa (cuidar da fase vegetativa para produzir sementes de qualidade) Interação genótipo (cultivar escolhida) x ambiente (temperatura, umidade, condições do solo) = fenótipo Produção de sementes – fase reprodutiva Cleistogâmia: autopolinização, processo que garante uma uniformidade genética, não vai ocorrer a mistura de genes, a planta vai dar origem a uma semente geneticamente igual. Características inicias: sabor amargo das folhas, exsudação latescente – as plantas produzem lactucina – evitam herbívoria de animais, não devem ser consumidas pois podem causar intoxicação alimentar. Pendoamento= O sinal da mudança de fase de vegetativa para reprodutiva se dá através do alongamento da haste, antes de das flores se abrirem. Quanto as plantas de alface entram na fase reprodutiva elas desenvolvem uma inflorescência (conjunto de flores), são irregulares , flores não se abrem ao mesmo tempo, isso dificulta a colheita pois é mecanizada, sementes são perdidas no campo.  Inflorescência = tipo capítulo ; vai se desenvolver de uma haste + o pendão floral

Flores abertas = florete ; botões florais = flores fechadas. Dentro de cada florete existe mais de uma flor, por isso que ele vai produzir mais de uma semente. Quando o florete se abre já aconteceu a polinização e fecundação, então mesmo que chegar o pólen de outra flor não vai interferir. Alface é tipo cleistogama  autógama A semente é produzida através do desenvolvimento do óvulo após a fecundação, o fruto é o ovário que vai se desenvolver após a polinização. O florescimento precisa fornecer as condições de ambiente ideais para cada genótipo para evitar o florescimento prematuro – Bolting, distúrbio fisiológico – florescimento antecipado, deve ser evitado em qualquer fase, quando isso ocorre a qualidade fisiológica da semente não é interessante, plantas estressadas. Componentes da flor: A flor é hermafrodita  Estigma – parte reprodutiva feminina  Antera – parte reprodutiva masculina  Pétala – parte de proteção = corola  Ovário – vai dar origem ao ovulo  Pappus – responsável pela dispersão da semente madura Fruto: As sementes são os frutos. Fruto seco tipo Aquênio: é um fruto que não armazena grandes quantidades de água, é um fruto seco, dura por mais tempo e aquênio por ter essas estruturas de dispersão (pappus e o fruto seco, característica família ASTERACEAE) – desuniformidade na inflorescência , é importante para a planta pois essa irregularidade permite que vão ter sementes dispersas por um período mais longo , é um esquema de perpetuação da planta.  Conjunto de sementes – infrutencência Sementes rusticas , não dependem de insetos, animais para fazer a dispersão, somente do vento e se não tiver vento essas sementes vão ser liberadas. Dispersão de semente: vento (anemocoria), características das plantas da família ASTERACEAE. O pappus auxilia a semente a ir mais longe da planta mãe. Morfologia da semente:Receptáculo – é a base da estrutura, onde estava antes o florete, onde cada orifício estava uma flor  Fruto – contém o embrião e o material de reserva que vai nutrir o embrião Tecidos da semente:Pericarpo - tecido externo da semente, a casca, a proteção dos tecidos internos.  Eixo embrionário – é a parte responsável por iniciar a germinação  Cotilédones – contêm 2, tecido de reserva  Endosperma – tecido de reserva, produção da radícula e plúmula  Micrópila – região que estava ligada no receptáculo, é a abertura pelo qual o núcleo espermático que estava no grão de polén conseguiu chegar dentro do óvulo. Está próximo ao eixo embrionário. A partir da micrópila vai sair primeiramente a radícula

e uniformizar o tamanho. E a empresa tem que informar com qual material fez a peletização (ex: pigmento), não pode comprar sementes peletizadas com adubo, herbicida ou fungicida. Uma semente para ser peletizada precisa de um alto vigor, pois ela vai romper uma barreira a mais, o pelete, e mesmo assim produzir uma muda vigorosa, isso faz com que o preço dessa semente seja cara (R$). Comercialização/plantio: depois da semente limpa vai ficar somente os frutos. Beneficiamento:

  1. As sementes são colhidas antes de serem dispersas,
  2. depois de colhidas precisam ser retiradas da infrutescência,
  3. depois esse material vai ser limpo para garantir uma pureza física
  4. e depois vai passar por um processo de armazenagem, de análise do ponto de vista microbiológico e fisiológico.

Produção de mudas I

A produção de mudas inicia com a aquisição de sementes de boa qualidade e o teste mais comum é o Teste de Germinação (utilizado para estimar a viabilidade de um lote de semente), no Brasil quem dita é a Regras para análise de sementes (RAS) que é feito pelo MAPA.  Teste de Germinação: capacidade de germinar, emergir, formar plântula sobre condições ideais.  Vigor: capacidade de germinar, emergir, formar plântula sobre condições adversas. Para evitar falhas no estande é recomendado plantar as mudas em bandejas, evitando prejuízos como a dormência embrionária, do que plantar diretamente no campo. Qualidade boa de sementes, escolha da cultivar são fundamentais para obter mudas uniformes e vigorosas rendendo maior retorno financeiro para o agricultor. Importante: embalagens lacradas, rótulos completos. Comercialização / Legislação MAPA 2019: não existem padrões para o vigor das sementes, e legislação vigente obriga apenas a indicação da germinação e pureza física do lote de sementes.  Pureza (mínima em 3g): 98%  Germinação (mínima): 80%  viáveis em condições ideais: temperatura, umidade e substrato  Sementes cultivadas (máximo de 3g): 0,1%  Outras cultivares e espécies: 4%  Sementes silvestres (máximo em 3g): 4%  Sementes nocivas (máximo em 15g): a) proibidas: 0; b) toleradas: 4%

Bandejas e substrato Existem vários materiais e modelos de bandeja (isopor e plástico ), isso não interfere na germinação e sim o substrato usado, mas o ideal é que utilize bandejas de plásticos resistentes e com células de aproximadamente 128 células. Não é recomendado fazer “sementeiros”, sementes jogadas em caixotes. As bandejas precisam ficar suspensas e equilibrada para fazer a poda aérea , acontece pela presença da luz e a aeração fazendo com que a raiz não se desenvolva fora da bandeja e sim envolta do torrão de substrato. O substrato é algo muito importante pois é o meio que vai manter e desenvolver a plântula à muda de qualidade. O ideal é que se opte por um substrato especifico para hortaliças. O solo não é um meio adequado para se utilizar como substrato. Fases da germinação

  1. Embebição
  2. Ativação das enzimas
  3. Prolongamento do embrião Irrigação: água potável e quantidade suficiente  irrigar até que o excedente de água comece a sair pelo orifício de drenagem da célula da bandeja e quando o substrato começar a ficar com uma cor mais clara deve irrigar novamente, a frequência é tantas vezes quanto for necessário para evitar estresse hídrico. A irrigação é extremamente necessária para o desenvolvimento vegetativo das plantas de alface, cerca de 80% de composição da folha é água. Fases:
  4. No início do desenvolvimento da planta as irrigações vão ser feitas com maior frequência, porem nunca devemos colocar toda a quantidade que a planta precisa em uma única rega pois o excesso favorece o surgimento de patógenos.
  5. 5-7 dias antes do transplantio: diminui/abaixa a frequência  a quantidade de água necessária vai ser dividida ao longo do dia, isso vai fazer com que aumente o numero de fibras criando maior resistência ao estresse para que depois de transplantada ela resista bem.
  6. Dia do transplantio: irrigar antes  tanto a muda quanto o canteiro, fazendo com que o turgor aumente e facilite a retirada da muda da bandeja e facilite o pegamento das mudas no canteiro. 4. Ideal: é que seja fornecido uma lâmina da água de 30mm/dia, visando aumentar a área foliar e desenvolvimento de raízes. A alface é uma planta que tem um sistema radicular superficial portanto não pode faltar água, mas não se deve regar em excesso pois pode causar o apodrecimento das raízes. Sistema de irrigação:

 Análises: química e microbiológica  solo e água – são muito importantes Dentro da análise química precisamos reconhecer a presença de matérias pesados como: mercúrio, chumbo e cromo pois podem ser transmitidos da planta para o homem, já que alface é ingerida sem cozimento , a preocupação em transmitir parasitas e metais pesados é grande. É importante na análise as características físicas pois a alface é uma planta de ciclo curto, então ideal é que esse solo seja: Leve : poroso fazendo a drenagem d’agua e aeração evitando a proliferação de microrganismos  Turfosos, arenosos (textura média) pois a drenagem e capacidade de retenção da água favorecendo a diminuição de doenças e aumentando o aspecto de limpeza das plantas. Solo argiloso: aparece rachaduras na superfície levando o produtor a irrigar mais, porem mais a baixo essa água está retida, irrigando sem necessidade e também no aspecto visual de sujeira. Não é impeditivo cultivar alface em solo argiloso porem tem que estar consciente que esse solo vai precisar de uma maior quantidade de adubo orgânico (melhoria caracteristicas físicas). Operações: limpeza. Aração, gradagem, levantamento dos canteiros, descompactar com subsolador (se necessário)

Calagem

 Feita em 90 dias antes do plantio  Calcário dolomítico (Ca e Mg)  hortaliças  Elevar o pH e SB  Alface: V% = 80 Qualquer produto em excesso vai diminuir os micronutrientes no solo (teoria de Liebig) e consequente mente diminuir a produção.

Exigência da cultivar

Se vc não tiver: buscar o mais próximo da realidade que você está Recomendação geral  30 d.a.p.: 60-80 t/há esterco de gado curtido ou ¼ de esterco de galinha  N: 50 kg/ha  P 2 O 5 : 50 – 250 kg/ha  K 2 O: 50 – 100 kg/ha  B: 1kg/ha  o boro é um micronutriente exigido pelas folhosas  Essa adubação deve ser feita de 7 a 10 dias antes do plantio Deve-se usar o elemento simples e nunca o formulado se tratando de hortaliças!

Nitrogênio  É instável  Não consta na análise pois não temo equipamentos para medir  É o mineral mais exigido pelas plantas de alface  Para ter clorofila precisa do N, realizar a fotossíntese, a clorofila capta luz, comprimento de onda, queremos consumir a parte vegetativa e precisa de fotossíntese. Levar em consideração o adubo orgânico utilizado (ex: esterco de ave tem mais ureia portanto tem mais N que o esterco bovino) Fontes e preços variados  Ureia 45% de N  Sulfato de amônio 21% de N e 23% de S  Nitrato de potássio 13% de N e 44% K 2 O  Fosfato moniamonico 10% de N e 46 a 50% P 2 O 5  DAP 16% de N e 38 a 40% de P 2 O 5 Fosforo

No controle fitossanitário de hortaliças devemos considerar alguns pontos muito impotantas, principalmente relativo ao manejo que é dado aos agroquímicos, em relação ao hoarario de aplicação, devem ser aplicados nas horas mais frescas do dia. Em relação à pessoa que está manipulando o equipamento e também em relação a quantidade e ao tipo de produto que vai ser utilizado, de maneira geral esses produtos são utilizados de maneira excessiva e indiscriminada. O vilão não são os agroquímicos (desde que permitidos pelo MAPA), mas sim o manejo. É importante eliminar restos culturais, de outras culturas que foram anteriormente cultivadas na área pois podem hospedar insetos e patógenos Principais agentes  Moluscos  Insetos  Fungos  Bactérias  Vírus A ocorrência desses agentes esta ligada diretamente com as características do local de cultivo, com por exemplo, a água em excesso faz com que aumente esses agentes, restos culturais servem de alimento e abrigo para que esses patógenos se multipliquem e continuem na área mesmo após o fim do cultivo, os nutrientes minerais também influenciam pois tanto em excesso como falta fazem com que as plantas de alface fiquem debilitadas, isso provoca a menor tolerância desses agentes, a escolha da cultivar, T°C e UR e agua. Os agroquímicos se utilizados de forma inadequada pode causar resistência a esses agentes ao longo do tempo