Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Resumo completo sobre cárie dentaria , Resumos de Odontologia

Classificação da cárie, Fatores que Contribuem para a Disbiose Bucal, Fases da Cárie, Histopatologia, Relação cárie e pH da saliva, Diário Alimentar, Prevenção da cárie.

Tipologia: Resumos

2021

À venda por 30/04/2024

LarissasCaroline
LarissasCaroline 🇧🇷

4.3

(3)

24 documentos

1 / 7

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
Cárie
A cárie é classificada como uma disbiose bucal, reclassificada por volta de 2010 e
consolidada nos últimos anos, representa um paradigma fundamental na compreensão e
no tratamento dessa doença.
Mudança de Enfoque:
Implicações da Reclassificação:
Pontos Chave:
Fatores que Contribuem para a Disbiose Bucal:
Fases da Cárie:
A cárie se desenvolve em diferentes fases:
Modelo Tradicional (Pré-2010): A cárie era vista como uma doença infecciosa causada
unicamente pela bactéria Streptococcus mutans, que fermentava açúcares na boca e
produzia ácidos, levando à desmineralização dos dentes.
Nova Visão (Pós-2010): Pesquisas revelaram que a cárie é um processo mais complexo,
influenciado por um desequilíbrio na microbiota oral, conhecido como disbiose bucal.
Essa disbiose favorece o crescimento de bactérias patogênicas, como a S. mutans,
enquanto suprime bactérias benéficas.
Mudança no Foco da Prevenção: Em vez de apenas combater bactérias específicas, a
prevenção da cárie agora se concentra em promover o equilíbrio da microbiota oral.
Novas Abordagens Terapêuticas: Desenvolvimento de probióticos, prebióticos e outras
estratégias para modular a microbiota oral e prevenir a disbiose.
Maior Personalização do Tratamento: Considerando as características individuais da
microbiota oral de cada paciente para otimizar o tratamento da cárie.
A cárie como disbiose não está vinculada apenas à presença de bactérias, mas sim ao
desequilíbrio da microbiota oral.
Hábitos inadequados, redução do pH e consumo excessivo de açúcar são os principais
fatores que contribuem para a disbiose bucal.
A reclassificação da cárie abre novas perspectivas para a prevenção e o tratamento da
doença, com foco em promover o equilíbrio da microbiota oral e a saúde bucal geral.
Dieta Rica em Açúcares: Principal impulsionador das bactérias patogênicas,
contribuindo para a desmineralização dos dentes.
Higiene Bucal Deficiente: Permite a proliferação de bactérias na boca, incluindo as
patogênicas.
Fatores Sistêmicos: Doenças como diabetes e xerostomia (boca seca) podem alterar a
microbiota oral e aumentar o risco de cárie.
Genética: Indivíduos com predisposição genética podem ter maior suscetibilidade à
disbiose bucal e à cárie.
Mancha Branca: Fase inicial, caracterizada por uma área esbranquiçada no dente, sem
dor ou sensibilidade. É reversível com medidas de remineralização.
Cárie Dentinária: Afeta a dentina, camada interna do dente, podendo causar
sensibilidade à dor, especialmente ao frio ou ao doce.
Cárie Pulpar: Atingindo a polpa dentária, a região central do dente que contém nervos e
vasos sanguíneos, a dor se torna intensa e persistente, pulsátil e irradiada para outras
pf3
pf4
pf5

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Resumo completo sobre cárie dentaria e outras Resumos em PDF para Odontologia, somente na Docsity!

Cárie

A cárie é classificada como uma disbiose bucal, reclassificada por volta de 2010 e consolidada nos últimos anos, representa um paradigma fundamental na compreensão e no tratamento dessa doença.

Mudança de Enfoque:

Implicações da Reclassificação:

Pontos Chave:

Fatores que Contribuem para a Disbiose Bucal:

Fases da Cárie:

A cárie se desenvolve em diferentes fases: Modelo Tradicional (Pré-2010): A cárie era vista como uma doença infecciosa causada unicamente pela bactéria Streptococcus mutans , que fermentava açúcares na boca e produzia ácidos, levando à desmineralização dos dentes. Nova Visão (Pós-2010): Pesquisas revelaram que a cárie é um processo mais complexo, influenciado por um desequilíbrio na microbiota oral, conhecido como disbiose bucal. Essa disbiose favorece o crescimento de bactérias patogênicas, como a S. mutans , enquanto suprime bactérias benéficas. Mudança no Foco da Prevenção: Em vez de apenas combater bactérias específicas, a prevenção da cárie agora se concentra em promover o equilíbrio da microbiota oral. Novas Abordagens Terapêuticas: Desenvolvimento de probióticos, prebióticos e outras estratégias para modular a microbiota oral e prevenir a disbiose. Maior Personalização do Tratamento: Considerando as características individuais da microbiota oral de cada paciente para otimizar o tratamento da cárie. A cárie como disbiose não está vinculada apenas à presença de bactérias, mas sim ao desequilíbrio da microbiota oral. Hábitos inadequados, redução do pH e consumo excessivo de açúcar são os principais fatores que contribuem para a disbiose bucal. A reclassificação da cárie abre novas perspectivas para a prevenção e o tratamento da doença, com foco em promover o equilíbrio da microbiota oral e a saúde bucal geral. Dieta Rica em Açúcares: Principal impulsionador das bactérias patogênicas, contribuindo para a desmineralização dos dentes. Higiene Bucal Deficiente: Permite a proliferação de bactérias na boca, incluindo as patogênicas. Fatores Sistêmicos: Doenças como diabetes e xerostomia (boca seca) podem alterar a microbiota oral e aumentar o risco de cárie. Genética: Indivíduos com predisposição genética podem ter maior suscetibilidade à disbiose bucal e à cárie. Mancha Branca: Fase inicial, caracterizada por uma área esbranquiçada no dente, sem dor ou sensibilidade. É reversível com medidas de remineralização. Cárie Dentinária: Afeta a dentina, camada interna do dente, podendo causar sensibilidade à dor, especialmente ao frio ou ao doce. Cárie Pulpar: Atingindo a polpa dentária, a região central do dente que contém nervos e vasos sanguíneos, a dor se torna intensa e persistente, pulsátil e irradiada para outras

Com 1 semana, não é possível detectar nenhuma alteração do ponto de vista macroscópico; porém, a nível microscópico, já existem indícios de dissolução da superfície externa do esmalte, aumentando sua porosidade. A porosidade do esmalte progride de acordo com o aumento do alargamento dos espaços intercristalinos. Passadas 2 semanas, já é possível observar alterações esbranquiçadas/ opacas no esmalte, após a secagem da estrutura dentária. Isso se deve ao fato de que a água presente nos espaços intercristalinos, possui índice de refração semelhante à hidroxiapatita do tecido dentário, logo, o processo passa despercebido. Com a secagem criteriosa, a água entre os cristais é substituída por ar – que possui um índice de refração menor – fazendo com que a lesão assuma um aspecto opaco e esbranquiçado, determinando o primeiro sinal clínico da cárie: a mancha branca. A porosidade continua a aumentar, uma vez que a remoção mineral ocorre, principalmente, nos tecidos mais profundos, formando lesões subsuperficiais, assim, se o biofilme e açúcares não forem removidos com eficácia, permitirá a formação de um sistema isolado entre o desafio cariogênico e o esmalte, em que não será possível a remineralização. Portanto, haverá perda contínua de minerais do esmalte e, se não interrompida, provocará a formação de cavidades na superfície (MARTIGNON et al, 2019; FEJERSKOV et al., 2017). Após 1 semana de desorganização mecânica do biofilme, aquela área que antes era “protegida” por ele, já vai ter regredido clinicamente, acarretando na diminuição da aparência esbranquiçada. Com 2 a 3 semanas, onde aquelas superfícies forem limpas regularmente, o brilho do esmalte e sua dureza são possíveis de terem retornado ao estado de normalidade (MARTIGNON et al, 2019; FEJERSKOV et al., 2017).

Histopatologia:

Cárie em esmalte: Passível de remineralização. Clinicamente, a cárie de esmalte é observada como uma lesão de mancha branca opaca, assumindo esta aparência devido à mudança do índice de refração da área de perda mineral, quando comparada com o do esmalte translúcido adjacente (FEATHERSTONE, 1999). Cárie em dentina: Remoção seletiva do tecido cariado regiões da face. Abcesso Periapical: Infecção se espalha para os ossos ao redor do dente, causando dor intensa, inchaço e pus.

Alterações no pH da saliva: Quando ocorre a diminuição do pH resulta em perda de minerais das estruturas dentárias. Dessa maneira, as lesões cariosas são advindas do desequilíbrio fisiológico entre o conteúdo mineral do substrato e os fluidos do biofilme e da cavidade oral (BALHADDAD et al., 2019). Os microrganismos presentes nos fluidos produzem ácidos que são capazes de baixar o pH do meio, contribuindo para a desmineralização. Por isso, enquanto o pH for maior que 5,5 a tendência é que – por difusão – o dente receba os íons cálcio e fosfato, uma vez que a saliva está saturada desses íons. Em contrapartida, quando existe a presença do ácido lático oriundo do metabolismo dos microrganismos, ocorre a diminuição do pH para níveis considerados críticos, sendo menor do que 5,5, ocasionando, assim, a dissolução dos cristais de hidroxiapatita. Portanto, a propensão química passa a ser a perda de minerais para o meio com o intuito de equilíbrio, iniciando o processo de desmineralização. Em condições de normalidade, os íons presentes na cavidade oral são capazes de evitar que as estruturas dentárias se dissolvam; porém, o decréscimo do pH aumenta a solubilidade dos minerais dos dentes, provocando a dissolução quando o pH chega a valores menores do que 6,5 (em dentina) e 5,5 (em esmalte). Assim, no processo desmineralização- remineralização (DES-RE) ocorre uma maior perda de mineral do que uma reposição de íons, o que acaba por acarretar na progressão das lesões de cariosas (BALHADDAD et al., 2019).

Fatores que influenciam o pH da saliva:

Diário alimentar:

É interessante em casos de cárie recorrente fazer um Diario alimentar, registrando a frequencia da ingestão de alimentos. O pH ideal da saliva oscila entre 6,8 e 7,2 , considerado neutro ou ligeiramente alcalino. Nessa faixa, a saliva neutraliza ácidos presentes na boca, combatendo bactérias e protegendo o esmalte dentário da desmineralização, processo que leva à formação de cáries. Saliva ácida (pH abaixo de 6,8): Favorece a proliferação de bactérias cariogênicas, que produzem ácidos que corroem o esmalte dentário. Aumenta o risco de desmineralização e formação de cáries. Saliva alcalina (pH acima de 7,2): Pode contribuir para o acúmulo de placa bacteriana e formação de tártaro. No entanto, não está diretamente relacionada ao desenvolvimento de cáries. Dieta: Alimentos açucarados e ácidos tendem a acidificar a saliva temporariamente. Consumo de água: Beber bastante água ajuda a manter a salivação adequada e o pH neutro. Medicação: Alguns medicamentos podem alterar o fluxo salivar e o pH da saliva. Doenças: Doenças como xerostomia (boca seca) podem reduzir o fluxo salivar e elevar o pH da saliva. Fumo: Fumar diminui a produção de saliva e aumenta a acidez da boca. Estresse: O estresse pode afetar a produção de saliva e o pH da saliva. Quais alimentos são consulmidos Incluir medicamentos Evitar feriados

Prevenção da Cárie:

A prevenção da cárie é fundamental para manter a saúde bucal e evitar o desenvolvimento da doença. As principais medidas preventivas incluem: Mudança inteligente de hábitos alimentares: Instruções de higiene oral: Vai muito além do convencional como escova macia e fio dental. Deve-se atentar: Dieta Balanceada: Reduzir o consumo de açúcares, especialmente açúcares simples presentes em alimentos processados, doces e bebidas açucaradas. Higiene Bucal Rigorosa: Escovar os dentes pelo menos duas vezes ao dia por dois minutos, utilizando creme dental com flúor e fio dental uma vez ao dia. Proteínas Gorduras Vitaminas e Sais Minerais Alimentos com flúor (chá preto, frutos do mar, vegetais verde escuro) Leite de vaca ou queijos - Cariostático, liberação de Ca e P, tirosina, fosfoproteínas Leite materno propriedades antifecciosas Áreas de difícil acesso: Bráquetes ortodonticos, contenções, molares em erupção, apinhamento ou espaço interdental aumentado. Nesses casos seria interessante a