Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Resumo completo Farmacodinâmica, Notas de estudo de Farmacologia

Tudo o que você precisa saber sobre o mecanismo de ação dos fármacos! Explicações claras sobre receptores, agonistas, antagonistas, curva dose-resposta, potência, eficácia e índice terapêutico. ✔️ Essencial para compreender como os medicamentos realmente agem no organismo.

Tipologia: Notas de estudo

2025

À venda por 29/04/2025

gabrielcouraa_
gabrielcouraa_ 🇧🇷

20 documentos

1 / 6

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
@Medlife_Coura
A farmacodinâmica estuda o que
o medicamento faz no organismo,
ou seja, como ele age para
produzir seu efeito terapêutico. Se
a farmacocinética explica “o que
o corpo faz como o fármaco”
(absorção, distribuição,
metabolismo e excreção), a
farmacodinâmica explica “o que o
fármaco faz com o corpo”.
Exemplo lúdico: Imagine um
remédio como uma chave e
o seu corpo como um
grande castelo. A fármaco
dinâmica estuda como essa
chave se encaixa nas
fechaduras (receptores) e
abre portas (efeitos no
organismo).
Princípios Fundamentais da
Farmacodinâmica:
1- Receptores e Mecanismos
de Ação:
• Os medicamentos atuam
ligando-se a receptores
específicos no corpo, como se
fossem chaves encaixando-se em
fechaduras. Os receptores podem
estar na membrana celular ou
dentro das células.
Tipos de Receptores Principais:
Receptores acoplados a
proteínas G (GPCRs): Ex:
Adrenalina (ativa receptores beta-
adrenérgicos para aumentar a
frequência cardíaca.
• Receptores ligados a canais
iônicos: Ex: Benzodiazepínicos
(aumentam a ação do GABA),
promovendo efeito sedativo).
Receptores ligados a enzimas
(quinases): Ex: Insulina (ativa
receptores tirosina quinase para
captar glicose).
Introdução à farmacodinâmica
pf3
pf4
pf5

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Resumo completo Farmacodinâmica e outras Notas de estudo em PDF para Farmacologia, somente na Docsity!

  • A farmacodinâmica estuda o que o medicamento faz no organismo, ou seja, como ele age para produzir seu efeito terapêutico. Se a farmacocinética explica “o que o corpo faz como o fármaco” (absorção, distribuição, metabolismo e excreção), a farmacodinâmica explica “o que o fármaco faz com o corpo”. ➔ Exemplo lúdico: Imagine um remédio como uma chave e o seu corpo como um grande castelo. A fármaco dinâmica estuda como essa chave se encaixa nas fechaduras (receptores) e abre portas (efeitos no organismo). Princípios Fundamentais da Farmacodinâmica: 1 - Receptores e Mecanismos de Ação:
  • Os medicamentos atuam ligando-se a receptores específicos no corpo, como se fossem chaves encaixando-se em fechaduras. Os receptores podem estar na membrana celular ou dentro das células. Tipos de Receptores Principais:
  • Receptores acoplados a proteínas G (GPCRs): Ex: Adrenalina (ativa receptores beta- adrenérgicos para aumentar a frequência cardíaca. - Receptores ligados a canais iônicos : Ex: Benzodiazepínicos (aumentam a ação do GABA), promovendo efeito sedativo).
    • Receptores ligados a enzimas (quinases): Ex: Insulina (ativa receptores tirosina quinase para captar glicose). Introdução à farmacodinâmica
  • Receptores intracelulares (nucleares): Ex: Corticoides (entram na célula e alteram a transcrição genética).
  • Os fármacos podem agir de duas formas principais nos receptores: ➔ Agonistas : Ativam o receptor, imitando a ação da substância natural do corpo. Exemplo: Salbutamol (Ventolin): Ativa receptores betas 2 para dilatar os brônquios (usado na asma). ➔ Antagonistas : Bloqueiam o receptor, impedindo a ativação. Exemplo: Propranolol bloqueia os receptores, beta-adrenérgicos, reduzindo a frequência cardíaca (usado para hipertensão). OBS: Imagine que os agonistas são “os mocinhos” que ligam o receptor e ativam o efeito, enquanto os antagonistas são “os vilões” que impedem que o receptor funcione. 1 - Agonistas Totais:
    • Os agonistas totais são fármacos que, ao se ligarem a um receptor, ativam-no completamente, produzindo a resposta biológica máxima, semelhante à do ligante natural do corpo. Isso ocorre porque os receptores existem em dois estados, ativo e inativo, e os agonistas totais estabilizam o receptor no seu estado ativo, garantindo sua plena funcionalidade.
    • Um exemplo clássico é a fenilefrina, que age nos receptores adrenérgicos alfa. Ao ativa esses receptores no músculo liso vascular, ela desencadeia uma cascata de reações celulares, incluindo a mobilização dos íons (Ca2+). Esse processo leva à contração do músculo liso, reduzindo o diâmetro das arteríolas e aumentando a resistência ao fluxo sanguíneo. Como consequência, a pressão arterial se eleva, auxiliando na manutenção da circulação.
    • Os agonistas totais podem gerar diferentes efeitos, desde a ativação de moléculas dentro das células até mudanças no funcionamento de tecidos e órgãos. Isso demonstra a importância da interação entre o fármaco e o receptor, determinando sua eficácia no organismo. Agonistas Vs Antagonistas

liso dos vasos sanguíneos relaxa, e a pressão arterial diminui. OBS: Imagine que o receptor é uma cadeira em um ônibus lotado. O agonista quer sentar-se para ativar o efeito, mas o antagonista competitivo chega primeiro e ocupa o lugar. Se o agonista quiser ter efeito, vai precisar de mais dose para superar essa competição. 5 - Antagonistas Irreversíveis:

  • Os antagonistas irreversíveis são como uma cola superforte, eles se ligam ao receptor de forma tão firme que o agonista não consegue mais competir, mesmo que esteja em alta dose. Diferente dos antagonistas competitivos, que podem ser vencidos com um excesso de agonista, os irreversíveis simplesmente “trancam a porta” do receptor para sempre.
  • **Se ligam diretamente ao local ativo do receptor e bloqueiam sua ativação.
  • Se ligam a um local diferente (alostérico), impedindo que o agonista funcione, mesmo que eles estejam presentes**. OBS: Imagine que o receptor é um cadeado. O agonista tem a chave certa para abrir, mas o antagonista irreversível coloca cola na fechadura. Agora nenhuma chave pode girar, e o efeito do agonista nunca será ativado novamente. 6 - Antagonismo Funcional e Químico:
  • Os antagonistas funcionais são como heróis e vilões lutando em lados opostos, mas sem disputar o mesmo receptor. Enquanto uma agonista ativa um caminho no organismo, o antagonista funcional ativa outro caminho oposto, equilibrando os efeitos.
  • Exemplo: A histamina causa contração dos brônquios (dificultando a respiração). Já a epinefrina faz o oposto-> Relaxa os brônquios e facilita a passagem de ar.
  • Já os antagonistas químicos são como imas que grudam no agonista e impedem que ele funcione. Eles neutralizam p agonista quimicamente, tornando- o incapaz de ativar o receptor.
  • Exemplo: O sulfato de protamina se liga à heparina, impedindo sua ação anticoagulante. Curva Dose-Resposta: Como a Droga Age em Diferentes Doses?
  • Os efeitos dos medicamentos dependem da dose administrada.
  • A curva dose-resposta: mostra como o efeito do fármaco aumenta conforme a dose cresce , até atingir um platô , onde o aumento da dose não gera mais efeito significativo. ➔ Potência : Quantidade de droga necessária para causar efeito. Exemplo: O fentanil é mais potente que a morfina (precisa de menos dose para o mesmo efeito). ➔ Eficácia: Capacidade máxima do fármaco em produzir efeito. Exemplo: Paracetamol e morfina aliviam dor, mas a morfina tem eficácia maior para dores intensas.
  • O índice terapêutico (IT) mede a segurança de um medicamento, quando maior mais seguro.
  • IT= Dose Tóxica 50 (DT50)/ Dose Efetiva (DE50).
    • Ou seja, compara a dose que causa efeito terapêutico com a dose que pode ser tóxica. Exemplo de IT baixo (perigoso): Varfarina (anticoagulante) - > Pequenas variações na dose podem causar sangramentos graves. Exemplo de IT alto (mais seguro): Paracetamol - > A margem entre a dose eficaz e a tóxica é maior.
    • Taquifilaxia : O efeito do medicamento diminui rapidamente, mesmo com a mesma dose.
    • Tolerância : O corpo precisa de doses maiores ao longo do tempo para obter o mesmo efeito. Exemplo: Morfina e benzodiazepínicos - > O organismo cria resistência, exigindo doses maiores para o mesmo efeito analgésico ou sedativo. OBS: Imagine que seu corpo aprende os truques do remédio e Índice Terapêutico: Segurança do Medicamento Taquifilaxia e Tolerância: O Corpo se Acostuma?