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Guias e Dicas
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Resumo Bactérias Gram-positiva de importância médica 2, Notas de estudo de Microbiologia

Revisão prática e direta sobre os principais gêneros de bactérias Gram-positivas, como Staphylococcus, Streptococcus, Clostridium, Listeria e Bacillus. Inclui morfologia, fisiologia, doenças associadas, mecanismos de virulência e estratégias terapêuticas. ✔️ Essencial para estudantes de Medicina entenderem os agentes causadores de infecções comuns e graves!

Tipologia: Notas de estudo

2025

À venda por 29/04/2025

gabrielcouraa_
gabrielcouraa_ 🇧🇷

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@Medlife_Coura
1- Características Gerais:
Morfologia: Cocos Gram-
positivos, organizados em cadeias
ou pares.
Respiração: Anaeróbios
Facultativos (Alguns
aerotolerantes).
Catalase: Negativa (Diferencia
dos estafilococos, que são
catalase-positivos).
Exigências nutricionais:
Requerem meios enriquecidos, como
ágar-sangue.
Hemólise em ágar-sangue:
o Beta-hemolíticos:
hemólise total (clara).
o Alfa-hemolíticos:
hemólise parcial
(esverdeada).
o Gama-hemolíticos:
sem hemólise.
Classificação
Grupo Lancefield
(baseado
em antígenos da parede celular
– carboidratos C)
Importante para os beta-
hemolíticos.
Grupos mais relevantes: A, B,
C, D, G.
Classificação por hemólise:
• Alfa: S. pneumoniae, S. Viridians
Beta: S. Pyogenes (Grupo A), S.
agalactiae (Grupo B).
Gama: Alguns enterococos (Ex:
E.Faecalis).
Espécies de Importância Clínica
Streptococcus pyogenes
(Grupo A, beta-hemolítico)
Fatores de virulência:
o Proteína M (anti-
fagocítica)
o Estreptolisinas O e S
o Exotoxinas
pirogênicas (choque
tóxico)
Doenças:
o Faringite
estreptocócica
(amigdalite)
o Impetigo
o Erisipela e celulite
o Febre escarlatina
o Síndrome do choque
tóxico estreptocócico
o Complicações
imunomediadas:
Febre reumática,
Glomerulonefrite
pós-estreptocócica
Streptococcus agalactiae
(Grupo B, beta-hemolítico)
Coloniza o trato genital
feminino.
Gênero Streptococcus
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1 - Características Gerais:

  • Morfologia: Cocos Gram- positivos, organizados em cadeias ou pares.
  • Respiração: Anaeróbios Facultativos (Alguns aerotolerantes).
  • Catalase: Negativa (Diferencia dos estafilococos, que são catalase-positivos).
  • Exigências nutricionais : Requerem meios enriquecidos, como ágar-sangue.
    • Hemólise em ágar-sangue : o Beta-hemolíticos : hemólise total (clara). o Alfa-hemolíticos : hemólise parcial (esverdeada). o Gama-hemolíticos : sem hemólise. Classificação

Grupo Lancefield (baseado

em antígenos da parede celular

- carboidratos C) - Importante para os beta- hemolíticos. - Grupos mais relevantes: A, B, C, D, G. Classificação por hemólise:

  • Alfa: S. pneumoniae, S. Viridians
    • Beta: S. Pyogenes (Grupo A), S. agalactiae (Grupo B).
    • Gama: Alguns enterococos (Ex: E.Faecalis). Espécies de Importância Clínica

Streptococcus pyogenes

(Grupo A, beta-hemolítico)

  • Fatores de virulência : o Proteína M (anti- fagocítica) o Estreptolisinas O e S o Exotoxinas pirogênicas (choque tóxico)
  • Doenças : o Faringite estreptocócica (amigdalite) o Impetigo o Erisipela e celulite o Febre escarlatina o Síndrome do choque tóxico estreptocócico o Complicações imunomediadas: Febre reumática , Glomerulonefrite pós-estreptocócica

Streptococcus agalactiae

(Grupo B, beta-hemolítico)

  • Coloniza o trato genital feminino.

Gênero Streptococcus

  • Principal causa de sepse e meningite neonatal.
  • Também causa ITU e infecções em idosos/imunossuprimidos.

Streptococcus pneumoniae

(alfa-hemolítico)

  • Diplococo com cápsula polissacarídica.
  • Causa comum de: o Pneumonia lobar o Otite média o Sinusite o Meningite bacteriana
  • Vacina : pneumocócica conjugada (PCV13, PPV23)

Grupo Streptococcus viridans

(alfa-hemolíticos)

  • Microbiota da cavidade oral.
  • Associados à endocardite subaguda (principalmente em válvulas danificadas).
  • Podem causar cáries

dentárias ( S. mutans).

Enterococos (ex:

Enterococcus faecalis e faecium)

- anteriormente grupo D - Resistentes a ambientes hostis. - Patógenos oportunistas: infecções urinárias, endocardite, infecções intra- abdominais. - Multirresistência : VRE (resistência à vancomicina). Diagnóstico Laboratorial

  • Cultura em ágar-sangue : observar hemólise.
  • Gram : cocos Gram-positivos em cadeias.
  • Teste da bacitracina :

o S. pyogenes →

sensível.

  • Teste da CAMP :

o S. agalactiae →

positivo.

  • Solubilidade em bile e optoquina :

o S. pneumoniae →

sensível à optoquina e solúvel em bile.

  • Teste de PYR :

o Positivo em S.

pyogenes.

1 - Classificação:

  • Grupo de Lancefild: Grupo A
  • Tipo de hemólise: Beta-Hemólise Total
  • Gram: Coco Gram-positivo, organizados em cadeias 2 - Características Gerais:
  • Anaeróbio Facultativo
  • Catalase negativo

Streptococcus Pyogenes

o As fibrilas facilitam a adesão da bactéria ao epitélio da orofaringe, pele e outras superfícies mucosas. o São essenciais para o início da colonização e infecção.

  1. Interação com fatores do sistema imune : o Podem mascarar antígenos bacterianos e dificultar o reconhecimento pelo sistema imunológico.
  2. Interação com outras proteínas de virulência : o Trabalham em conjunto com a proteína M , amplificando os efeitos de adesão e evasão imune.
  • O que são?

  • As estreptolisinas S e O são toxinas hemolíticas produzidas por S. pyogenes que destroem células

do hospedeiro, especialmente glóbulos vermelhos e células imunes. Estreptolisina O (SLO)Características:

  • Oxi gênio- lábil (inativada na presença de O₂)
  • Antigênica → induz formação de anticorpos anti-estreptolisina O (ASLO) 🛡️ Funções na virulência:
  • Hemólise (destruição de hemácias)
  • Danos às células do sistema imune (neutrófilos, macrófagos)
  • Facilita evasão do sistema imune
  • Utilizada como marcador diagnóstico de infecção recente (ex: febre reumática) Estreptolisina S (SLS)Características:
  • Oxi gênio- estável
  • Não antigênica (não induz formação de anticorpos detectáveis)
  • Responsável pela zona clara de hemólise beta em culturas de ágar-sangue 🛡️ Funções na virulência:
  • Causa hemólise e lesão tecidual local
  • Contribui para espalhamento da bactéria nos tecidos
  • Dificulta ação dos leucócitos
  • O que é?

  • A esteptoquinase é uma enzima extracelular produzida por Streptococcus pyogenes.
  • É um ativador do plasminogênio, transformando-o em plasmina, que é uma enzima fibrinolítica. - Dissolução de coágulos de fibrina :
  • Ao ativar o plasminogênio, a estreptoquinase degrada a fibrina , estrutura que o organismo usa para conter infecções.
  • Isso permite que a bactéria se espalhe mais facilmente pelos tecidos do hospedeiro.
  • Facilita a invasão tecidual :
  • Rompe barreiras físicas que limitariam a disseminação da bactéria.
  • Importante em infecções como celulite e fascite necrosante.
  • O que é

  • Hialuronidase é uma enzima que degrada ácido hialurônico, componente importante da matriz extracelular dos tecidos conjuntivos.

Função na virulência:

  • "Fator espalhador" → facilita a disseminação da bactéria pelos tecidos ao romper barreiras estruturais.
  • Contribui para infecções invasivas como celulite e fascite necrosante.
  • O que é?

  • DNAse é uma enzima que degrada DNA extracelular, especialmente o liberado por células imunes em NETs (armadilhas extracelulares dos neutrófilos). Função na virulência:
  • Destrói NETs , ajudando a bactéria a escapar da ação dos neutrófilos.
  • Reduz a viscosidade do pus , facilitando a difusão da bactéria nos tecidos.
  • O que é? C5a peptidase é uma enzima que inativa a C5a, um peptídeo gerado pela ativação do sistema complemento. Função na virulência:

  • C5a é um potente quimiotático para neutrófilos.
  • Ao degradá-lo, a C5a peptidase inibe a migração de neutrófilos para o local da infecção.
  • Causa : S. pyogenes invade a pele através de lesões.
  • Tratamento : Antibióticos orais (ex. penicilina). 3. Celulite
  • Descrição : Infecção mais profunda da pele, envolvendo a derme e tecido subcutâneo.
  • Sintomas : Área inflamada, dolorosa, avermelhada e quente. Pode haver febre e linfadenopatia.
  • Causa : Comumente

por S. pyogenes,

também pode ser por outros patógenos.

  • Tratamento : Antibióticos orais ou intravenosos, dependendo da gravidade. 4. Fascite Necrosante - Descrição : Infecção grave e de rápida progressão dos tecidos subcutâneos e fasciais. - Sintomas : Dor intensa, edema, necrose dos tecidos, febre alta. A necrose pode se espalhar rapidamente. - Causa : S. pyogenes (geralmente em combinação com outros microrganismos). - Tratamento : Desbridamento cirúrgico, antibióticos intravenosos de largo espectro. 5. Miosite
  • Descrição : Inflamação do tecido muscular, frequentemente com necrose.
  • Sintomas : Dor muscular intensa, febre, inflamação local e, às vezes, necrose.
  • Causa : S. pyogenes invade o músculo.
  • Tratamento : Antibióticos, em casos graves pode ser necessária drenagem ou desbridamento. 6. Faringite e Amigdalite Estreptocócica
  • Descrição : Infecção da garganta e amígdalas, frequentemente observada em crianças e adolescentes.
  • Sintomas : Dor de garganta intensa, febre, adenomegalia (gânglios inchados), exsudato amigdaliano

(pus), ausência de tosse.

  • Causa : S. pyogenes, transmissão por gotículas respiratórias.
  • Tratamento : Penicilina ou antibióticos alternativos para alérgicos. Importante tratar para evitar complicações como febre reumática. 7. Escarlatina
  • Descrição : Complicação da faringite estreptocócica, caracterizada por uma erupção cutânea.
  • Sintomas : Erupção em forma de "lixa", que começa no pescoço e se espalha para o corpo. Pode haver febre alta, dor de garganta e língua "de framboesa".
  • Causa : S. pyogenes liberando exotoxinas pirogênicas.
  • Tratamento : Antibióticos (geralmente penicilina) e cuidados com a febre.

partes moles, osteomielite, pneumonia.

  • Cocos Gram-positivos
  • Catalase negativos
  • Alfa-hemolíticos (hemólise parcial- esverdeada no ágar-sangue)
  • Não possuem antígenos de Lancefild
  • Fazem parte da microbiota normal da boca, orofaringe, trago gastrointestinal e geniturinário.
  • Não são capsulados, na maioria dos casos.

Espécies mais comuns

  • Streptococcus mutans
  • Streptococcus mitis
  • Streptococcus

sanguinis

  • Streptococcus

salivarius

  • Streptococcus

anginosus

Fatores de Virulência

  • Produção de dextrana

(principalmente S.

mutans) → permite

aderência a superfícies, como válvulas cardíacas ou esmalte dentário

  • Biofilme : protege da fagocitose e aumenta aderência
  • Adesinas : facilitam ligação às mucosas e tecidos mportância Clínica 🔸 1. Endocardite Infecciosa Subaguda
  • Associada a bactérias orais que entram na corrente sanguínea (ex: após procedimentos dentários)
  • Atinge principalmente válvulas cardíacas previamente danificadas
  • Curso lento, sintomas como febre baixa, sopros cardíacos, fadiga e perda de peso 🔸 2. Cáries Dentárias
  • S. mutans é o principal agente → fermenta açúcares em ácidos, que dissolvem o esmalte dentário
  • Atua em sinergia com outros microrganismos orais para formar placa bacteriana 🔸 3. Abscessos
  • Algumas espécies

(como S. anginosus)

podem estar associadas a abscessos cerebrais,

Streptococcus Viridans

hepáticos e intra- abdominais

🔸 4. Bacteremias

  • Especialmente em imunocomprometidos ou após manipulação oral (ex: extrações dentárias)

Características Gerais

  • Coco Gram-positivo em forma de diplococo lancetado (parece uma chama de vela)
  • Alfa-hemolítico (hemólise parcial – esverdeada no ágar- sangue)
  • Catalase negativo
  • Possui cápsula polissacarídica (grande fator de virulência!)
  • Aeróbio facultativo
  • Sensível à optoquina e solúvel em bile (diferencia de

Streptococcus

viridans)

Fatores de Virulência

  • Cápsula : principal fator de virulência → inibe fagocitose
  • Pneumolisina : citotóxica → danifica epitélio respiratório e ativa inflamação - Autolisina : promove liberação da pneumolisina - Protease IgA : destrói IgA secretora → favorece colonização mucosa - Adesinas : facilitam fixação às células do trato respiratório Reservatório e Transmissão
  • Parte da flora normal do trato respiratório superior
  • Transmitido por gotículas respiratórias
  • Infecções ocorrem com queda da imunidade, disfunção mucociliar ou após viroses respiratórias Doenças Causadas 📍 Doenças Invasivas e Respiratórias:
  1. Pneumonia pneumocócica o Forma mais comum de pneumonia comunitária o Sintomas: febre, calafrios, tosse produtiva com escarro amarelado ou enferrujado, dor torácica o Rx: consolidação lobar
  2. Sinusite e Otite média aguda

Streptococcus pneumoniae

dificultando a opsonização e lise da bactéria

  • Favorece evasão imune

🧪 Diagnóstico

  • Exames diretos : o Gram de escarro, LCR ou sangue o Pesquisa de antígeno capsular em urina (pneumonia) ou LCR (meningite)
  • Cultura em ágar- sangue : o Colônias alfa- hemolíticas, lisas e mucosas
  • Teste da optoquina : sensível (forma halo de inibição)
  • Solubilidade em bile : positiva

🧬 Características Gerais

  • Cocos Gram- positivos em cadeias curtas ou pares
  • Catalase negativos (ou levemente positivos)
  • Anaeróbios facultativos
  • Crescem em meios com alta concentração de sal (6,5% NaCl) e bile
  • Hemólise variável (geralmente gama- hemolíticos — sem hemólise)
  • Resistentes a altas temperaturas e pH alcalino
  • Parte da microbiota intestinal normal de humanos e animais 📍 Espécies Principais
  • Enterococcus

faecalis (mais comum

e geralmente menos resistente)

  • Enterococcus

faecium (mais

resistente, especialmente a antibióticos) 🦠 Fatores de Virulência –

Enterococcus

🔹 1. Carboidratos de Superfície

Gênero Enterococcus

  • Atuam como adesinas.
  • Função : Facilitam a adesão do microrganismo às células do hospedeiro , sendo o primeiro passo para colonização.

🔹 2. Citolisinas

  • Tóxicas para células eucarióticas.
  • Ajudam na destruição de tecidos e células imunológicas → aumentam a capacidade invasiva do enterococo.

🔹 3. Substância de Agregação

  • Proteína do tipo pili.
  • Funções : o Facilita a transferência de plasmídeos (importante para disseminação de genes de resistência). o Favorece a adesão e colonização de tecidos do hospedeiro.

🔹 4. Ácido Lipoteicoico

  • Promove adesão às células epiteliais , ligando-se a fibronectina (componente da matriz extracelular). - Importante para estabelecimento inicial da infecção. 🔹 5. Hialuronidase
  • Enzima que degrada o ácido hialurônico do tecido conjuntivo.
  • Função : Facilita a disseminação do microrganismo pelos tecidos do hospedeiro. 🔹 6. Plasmídeos e Genes Cromossomais
  • Responsáveis por conferir resistência antimicrobiana.
  • Enterococcus spp. pode ser resistente a: o Aminoglicosíd eos o Vancomicina (VRE –

Vancomycin-

Resistant

Enterococci)

o Beta- lactâmicos

  • Essa resistência é frequentemente transferida entre bactérias , dificultando o tratamento.