



Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Detalhadamente as propriedades químicas e físicas da amálgama, sua composição química, as diferentes classificações e as interações entre os elementos químicos que a compõem. Além disso, são discutidas as diferenças históricas na composição de ligas de amálgama, as funções de cada elemento na liga e as consequências de suas concentrações variadas.
Tipologia: Resumos
1 / 7
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Prof. Wallace de Freitas Oliveira Amálgama é um termo designado a todo tipo de liga metálica em que um dos componentes é o Mercúrio (Hg). Este, por ser líquido à temperatura ambiente, permite a formação de ligas com outros metais em estado sólido. Há outros termos que são muito confundidos e até mesmo usados como sinônimos como, por exemplo, a liga de amálgama dentário que corresponde à liga de Prata, Cobre, Estanho e outros metais processados na forma de pó, assim também o amálgama odontológico, que se refere à liga de Mercúrio, Prata, Cobre, Estanho e outros metais acrescentados à liga base com o objetivo de melhorar a manipulação e o desempenho clínico. Composição da liga segundo a ADA (American Dental Association) deve conter Prata (Ag) e Estanho (Sn) predominantemente. Assim como concentrações não específicas de Cobre (Cu), Ouro (Au), Mercúrio (Hg) e Zinco (Zn), desde que em concentrações menores que a prata e o estanho e, para que as ligas sejam consideradas com zinco, elas devem conter uma porcentagem maior que 0,01%, valores abaixo desse caracteriza a liga como sem zinco. Nesta especificação não há considerações acerca da diferenciação entre ligas pobres e ricas em cobre. No entanto, historicamente, as ligas apresentam uma quantidade inferior a 6% de cobre em suas composições, além de 65% de prata e 29% de estanho; essas concentrações são as indicadas por G. V. Black em 1896. Só a partir da década de 70 que as concentrações de cobre começaram a aumentar, variando de 6 a 30% de cobre. Tendo em vista que as propriedades de resistência mecânica, selamento marginal e menor corrosão são melhoradas. Com isso, as ligas convencionais passaram a ser consideradas com menos de 6% de cobre e valores maiores constituiriam ligas ricas em cobre. Pode-se perceber que cada elemento químico interfere isoladamente ao reagir com outros elementos nas propriedades das ligas de amálgama. A prata corresponde à cerca de 2/3 da composição total da liga, sendo o elemento que assegura a cristalização
em tempo adequado, dá resistência mecânica à massa da liga, retarda a perda do brilho e oxidação do amálgama, aumenta a expansão de presa da massa e diminui o escoamento. O excesso de prata pode provocar expansão em demasia, porém, sua falta acompanhada de aumento da quantidade de estanho, pode provocar a contração do amálgama. Já o estanho que responde à cerca de 1/4 da liga, tem características que facilitam a amalgamação da liga com o mercúrio em temperatura ambiente, reduz a expansão da prata dentro dos limites práticos, prolonga o tempo de cristalização, aumenta também o escoamento, mas o seu excesso (acima de 29%) produz contração e diminui a resistência e a dureza da liga, diminuindo a expansão. O cobre e o zinco são substâncias que se apresentam em menores quantidades e que apresentam propriedades relevantes. O cobre pode substituir parcialmente a prata, tornando a liga menos friável e facilitando o seu corte durante a fabricação, deste modo, assim como a Prata, aumenta a expansão, a dureza e a resistência mecânica do amálgama, diminuindo seu escoamento. Nas ligas convencionais representa cerca de 6% da liga e se o amálgama de baixo conteúdo de cobre for comparado ao rico em cobre apresentará uma expansão seis vezes maior. A adição do cobre à liga convencional, além do limite permitido, diminui a resistência e aumenta o escoamento. Em alta porcentagem, aumenta a tendência de escurecimento e descoloração. Já o Zinco pode ser usado como desoxidante, uma vez que atua como agente de limpeza durante a fusão, combinando-se com oxigênio e impurezas, diminuindo a possibilidade de formação de outros óxidos. Esse composto também, mesmo em pequena quantidade, quando na presença de umidade, provoca excessiva expansão do amálgama com baixo teor de cobre, diferentemente das ligas enriquecidas com cobre. O mercúrio, diferentemente dos outros metais da liga que se apresentam sólidos, é líquido a temperatura ambiente e é o responsável pela transformação do pó em uma massa plástica passível de ser manipulada e comparável ao produto de uma fundição. O mercúrio é incorporado ao pó através dos processos de trituração/amalgamação e de condensação. Algumas ligas no mercado já são ligeiramente pré-amalgamadas. O mercúrio existente no pó da liga induz uma amalgamação mais rápida, mantendo algumas características e qualidades de trabalho das ligas convencionais. Todas as partículas da liga devem ser umedecidas (molhadas) pelo mercúrio, mesmo que não reajam totalmente com o mercúrio, sendo que sua falta ou excesso levam à corrosão e ao enfraquecimento, respectivamente.
amálgama. O componente mais fraco é a fase γ 2. Em relação à contração e expansão, idealmente, um amálgama deveria cristalizar sem alteração dimensional e permanecer estável por toda a vida da restauração. Entretanto, variados fatores influenciam a dimensão inicial sobre a cristalização e a estabilidade dimensional no decorrer do tempo. A ADA especifica que as ligas não sofram alterações dimensionais além de 20μm/cm a 37°C entre 5 min e 24 h após o início da trituração. A restauração de amálgama deve seguir alguns passos para seu sucesso final. Esses passos podem ser chamados de Tempos de Cristalização do Amálgama. Dever-se- á considerar: Proporção; Trituração; Inserção; Condensação; Brunidura pré e pós escultura; Escultura; Cristalização; Acabamento e polimento. Além das características do preparo da cavidade para receber uma restauração em amálgama, conforme mostra o Quadro 1. O tempo ideal de trituração é o mínimo requerido para a formação de uma massa prateada e brilhante, de máxima plasticidade numa dada proporção liga/mercúrio. Após a trituração do material insere-se o amálgama manipulado à cavidade preparada em pequenas porções com a ajuda do porta amálgama, mesmo quando uma técnica de condensação apropriada é empregada, é impossível conseguir-se boa adaptação do material quando se utilizam incrementos grandes de amálgama. Intervalo desde o final da trituração até o final da condensação e que dependendo do tipo, formato, tamanho e composição das partículas varia de 3 a 4 minutos. A condensação visa o preenchimento da cavidade e a perfeita adaptação do amálgama com as paredes e ângulos dessa cavidade, além de possibilitar a compactação do amálgama, produzindo assim uma restauração uniforme e livre de poros. A condensação deve ser iniciada logo após a trituração, pois à medida que passa o tempo, o amálgama perde a plasticidade e resistência. A correta condensação do amálgama tem uma importância decisiva na: expansão, dureza final, conteúdo residual do mercúrio, adaptação às paredes cavitárias. Esta pode realizar-se com instrumentos manuais. Neste caso utilizam-se condensadores de diferentes coleções, como os de Ward, Black ou Hollemback. Para as ligas com partículas em forma de limalha, a condensação deve iniciar-se com condensadores de menor diâmetro, seguindo-se os de maior diâmetro, para que através de uma pressão enérgica, se consiga compactar corretamente o amálgama, lembrando que quanto menor a ponta ativa do condensador, maior a força
aplicada sobre o amálgama, em termos de pressão por área. Para ligas de partículas esféricas, emprega-se uma pressão de condensação menor através de condensadores compatíveis com a forma e tamanho da cavidade. Segue-se com a brunidura pré-escultura. Esta brunidura é capaz de melhorar a performance clínica das restaurações. Esta deverá ser realizada com um brunidor ovóide ou esférico maior que a abertura vestíbulo lingual da cavidade, com pressão firme sobre o amálgama, removendo assim o excesso de mercúrio pós-condensação. A escultura é recomendada logo após a condensação, este tempo pode variar de 3 a 15 minutos dependendo das características da liga. Para a escultura será necessário o conhecimento prévio das características anatômicas dos dentes a serem restaurados e a oclusão do paciente. Após a escultura da restauração, procede-se à brunidura final, pois esta proporciona uma superfície mais lisa, reduz a porosidade nas margens, reduz a infiltração marginal, reduz o conteúdo de mercúrio nas margens, reduz a infiltração marginal e reduz a emissão de vapores de mercúrio residual e aumenta a dureza nas margens. A brunidura deverá ser realizada com brunidores que melhor se adaptem à anatomia da face oclusal em movimentos efetuados no sentido da restauração para a margem. Uma restauração não está completa sem polimento, pois este ajuda ao enobrecimento do material, reduz o depósito de placa e prolonga a vida da restauração. Imediatamente após o término da condensação do amálgama, a superfície da restauração é esculpida com o emprego de instrumentos adequados, de maneira que se reproduzem os detalhes anatômicos da parte perdida do dente, durante o preparo da cavidade. O acabamento tem a função de corrigir as discrepâncias marginais e de melhorar o contorno. O acabamento final das restaurações de amálgama deve ser feito depois de decorridas 24 a 48 horas. De preferência, aguardar a período de uma semana. Após este período, já terão ocorridas todas as mudanças de fases que ocorrem durante a presa total do amálgama e a superfície terá maior estabilidade estrutural. O acabamento deve ser executado com fresas multilaminadas de 12 ou 30 lâminas e/ou com pontas abrasivas, em baixa rotação, com a finalidade de remover os excessos e promover um melhor contorno ou para eliminar pequenas discrepâncias marginais. Nas áreas proximais, usa- se, de preferência, discos ou tiras de lixa para amálgama. Outro procedimento também importante, e que tem influência na superfície da restauração, é a brunidura que deve ser